quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Debulhando o defensor do Texto Crítico e “Refutador” do Site SollaScriptura - 2ª Parte





Agora apresentaremos os argumentos do segundo artigo, postado no blog "OS BEREANOS":

https://bereianos.blogspot.com/2013/08/o-solascriptura-ttorg-e-suas-acusacoes.html


E agora, nossas novas refutações a estas falácias. Esteja atento a cada argumento e cada resposta nossa:



1º Argumento: "A pedido de um leitor, estou publicando este artigo em resposta ao documento que pode ser baixado neste link. Recomendo a leitura do documento em análise ou, pelo menos, acompanhe a leitura do artigo com o documento, para não se perder. Este artigo é o segundo da série de cinco artigos que visa servir de contraponto e defesa para os argumentos apresentados no site solascriptura-tt.org. Recomendo a leitura do primeiro artigo da série clicando aqui.

Muitos irmãos, sem o domínio do conhecimento que eles abordam, facilmente se escandalizam. São afirmações com tom muito alarmante que impressionam, mas podem ser facilmente questionadas com o mínimo de conhecimento sobre o assunto. Eles qualificam o trabalho da crítica textual do Novo Testamento como obra de demônio, um ataque satânico contra a Palavra de Deus; e, para eles, Palavra de Deus é o mesmo que Almeida Corrigida e Fiel.

Se eles não são ignorantes o suficiente para dizer que “Corrigida” aplica-se à Palavra de Deus e não à Tradução Almeida, eles poderiam quebrar o galho e também reconhecer que, em Crítica Textual, não se questiona a Palavra de Deus, mas o conjunto de manuscrito que deveria servir de base para as traduções. Se questionar a qualidade entre Texto Recebido e Texto Crítico é uma afronta à Palavra de Deus (King James lá fora, e ACF para os tupiniquins), queria saber quem teve a audácia de “corrigir” a Palavra de Deus na edição Almeida CORRIGIDA e Fiel. Logo percebemos que a ignorância de fatos é mera conveniência! Mas vamos ao texto em análise.

O autor do texto anexado como download acima apresenta as quatro possíveis traduções que podemos realizar do texto bíblico: 1) a tradução literal, 2) tradução por equivalência formal, 3) tradução por equivalência dinâmica e 4) tradução por paráfrase.

A definição que o autor faz de cada método de tradução está correto, mas depois ele induz o leitor a dois erros que comprometem todo o conteúdo de seu estudo. Vamos abordar cada um deles"


Resposta:(a)O neófito, roda em círculos, como barata tonta achatada, mas não sai do lugar. (b)Não há nenhum problema em dizermos que a Almeida Corrigida e Revisada é a Palavra e se refere a um conjunto de manuscrito chamado de Texto Receptus, se segundo o Rev. Paulo Anglada, ministro fiel da IPB, primeiro, "fidelidade aos textos originais significa fidelidade ao texto massorético hebraico e aramaico do AT e ao Texto Majoritário do NT”(Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p.119); e segundo, se estas traduções não foram feitas por "e também porque foi feita “por homens de inquestionável reputação, ortodoxia e conhecimento teológico”(Ibidem, p.164). (c)Não temos nenhuma dúvida de que o "trabalho" dessa "Crítica Textual" é coisa do demônio, principalmente quando vemos que o resultado destas traduções baseadas no Texto Crítico elaborado ou defendido por estes críticos textuais ímpios, importa na introdução de doutrinas de demônios dentro do texto bíblico, tais como:


(i)O papado de Pedro em Mt 16:18(1ª edição de 'A Bíblia na Linguagem de Hoje')

(ii)A real consulta aos mortos, em 1 Cr 10:13(NTLH)

(iii)Cristo se manifestará na "Nova Era"(Mt 19:28), como se ele fosse o Anticristo, que é o maior símbolo desse movimento ímpio, chamado de o "Maytrea".

(iv)A omissão da divindade de Cristo em At 20:28, na NTLH, com o acréscimo da palavra "Filho", quando essa palavra não existe em nenhum manuscrito bíblico. É a mesma tática dos testemunhas de jeová, para tentar negar que Deus comprou a sua igreja com o seu próprio sangue

(v)A omissão da igualdade de Cristo com o Pai em Jo 14:28, isto é, de sua divindade, na NTLH, onde se diz que o Pai é mais poderoso que o Filho, contrariando Jo 5:18; 10:28-30, que afirmam que o Filho não apenas é igual ao Pai, como tem o mesmo poder que o Pai tem, além de ser um só e o mesmo Ser Divino com o Pai,

(vi)A afirmação em Fl 2:6, na NTLH, de que ao tornar-se homem, Jesus deixou de ser Deus, na expressão, que diz que Ele "não tentou ficar igual a Deus", contrariando Jo 5:18, que afirma que Jesus, sempre que se chamava de 'Filho de Deus", estava "fazendo-se igual a Deus"(ACF), A NTLH ensina a heresia do Nestorianismo,

(vii)A afirmação em Fl 2:6, na "Nova Bíblia Viva", de que ao tornar-se homem, "não exigiu nem se apegou a seus direitos como Deus", contrariando Jo 5:23; 9:37, onde Jesus exige receber e recebe a mesma honra que Deus Pai recebe, isto é, a adoração. Novamente, a heresia do Nestorianismo.

(viii)A introdução do universalismo em Jo 6:47, com a omissão de "em mim"('Asseguro que aquele que crê tem a vida eterna' - NVI), baseado no texto grego do manuscrito Sinaitico, do Texto Crítico. Demônios, incrédulos(católicos, espíritas, mórmons, adventistas, testemunhas de jeová, etc) também crêem. Terão eles vida eterna?

(ix)A afirmação de que os demônios governam o Universo, em Cl 2:8, na NTLH, contraria o Sl 19:1; 50:6; 76:8; 97:6;103:19; 113:4; 148:4; Dt 10:14; 2 Cr 6:35; Jó 20:27; 41:11; onde se afirma que Deus domina sobre tudo.

(x)A negação da ressurreição física de Cristo, pela instrumentalidade do Espírito Santo, em 1 Pd 3:18('vivificado no espírito'), que lido com o texto seguinte(1 Pd 3:19), cria dentro do texto a possibilidade de salvação após a morte aos condenados no inferno, já que ensina que o espírito humano de Jesus, desincorporado naqueles três dias, foi ao inferno pregar aos condenados incrédulos, que não ouviram a pregação de Noé.

(xi)A substituição da eleição incondicional em At 13:48('e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna' - ACF) pelo pelagiano dogma do livre arbítrio('e todos os que queriam ter a vida eterna, creram' - Bíblia Viva)

(xii)A introdução de personagens fictícios e fantasmas na genealogia de Jesus em Lc 3:33 - "Admim" e "Arni"(ARA, NVI, Biblia Viva, Nova Bíblia Viva, NTLH), fazendo o "Lucas" do TC se contradizer com o Mateus da Biblia(Mt 1:3-4)

(xiii)A confissão de pecados de um homem a outro homem, em Tg 5:16(ARA, Bíblia Viva, NTLH, NVI), favorecendo o dogma católico do "confessionário católico". No site católico "Católico Apostólico Romano" esse verso é citado em apoio ao confessionário católico:

http://catolicoaromano.blogspot.com/2013/06/a-confissao-dos-pecados-esta-na-biblia.html#.W5D-3vZFxjp

Evidentemente, a expressão "confessai os vossos pecados uns aos outros", contraria passagens das Escrituras, como Sl 32:5; At 8:32 e 1 Jo 1:9, que ensinam que devemos confessar nossos pecados a Deus, e não aos homens.

(b)Agora olhe a fala do neófito:

"queria saber quem teve a audácia de “corrigir” a Palavra de Deus na edição Almeida CORRIGIDA e Fiel. Logo percebemos que a ignorância de fatos é mera conveniência! Mas vamos ao texto em análise"


Comentário: Parafraseando o neófito, perguntaríamos:

(i)Queria saber quem teve a audácia de "revisar" e "atualizar" a Palavra de Deus(ARA)!?
(ii)Queria saber quem teve a audácia de adaptar a Palavra de Deus à 'linguagem de hoje'?


2º Argumento: "Primeira indução ao erro: Ele diz que paráfrase não é tradução. Segue a citação do trecho: "Não se trata de uma tradução propriamente. É, na verdade, um texto que representa o entendimento (a maneira de ver) que aquele que fez a paráfrase teve do texto original."

Agora, vamos à definição de paráfrase, segundo o dicionário eletrônico da Porto Editora: “nome feminino 1. ato ou efeito de parafrasear 2. explicação ou nova apresentação de um texto ou documento que procura tornar mais compreensível a informação nele contida 3. LINGUÍSTICA enunciado ou texto que reformula, com fins explicativos ou interpretativos, a mesma informação de outro enunciado ou de outro texto, mas utilizando outros recursos linguísticos 4. tradução livre e desenvolvida.”

Logo, podemos concluir que temos a paráfrase da mesma língua e a paráfrase em tradução de uma língua para outra. Quando ele diz que a NTLH (BLH) é uma paráfrase e defende a tese de que paráfrase não é tradução, então a NTLH deveria estar escrita em grego. Vou explicar! Se para o autor a paráfrase não é tradução, mas uma representação do texto segundo a interpretação do tradutor, então não haveria tradução, e a representação deveria estar escrita em grego! Se a paráfrase foi feita a partir dos textos gregos, ela deveria estar em grego, por simples paráfrase, sem tradução.

Como a NTLH está em legível português, ela seria mera paráfrase sem tradução caso fosse uma paráfrase feita a partir do texto Almeida, por exemplo. Aí, sim! Uma representação do entendimento a partir da Almeida em português, sem traduzir nada do grego. Seria uma paráfrase da Almeida para facilitar a leitura para pessoas com menos instrução que têm dificuldade com a leitura da Almeida. Mas não é isso o que acontece. A NTLH é uma tradução por paráfrase dos textos originais grego e hebraico. O autor do texto em análise faz uma pequena, mas significativa, confusão dos termos "tradução" e "método"! Porque a NTLH é um texto em português a partir do texto grego/hebraico, trata-se de uma perfeita e inquestionável tradução. Se não fosse uma tradução, deveria estar toda em hebraico e grego. Entendeu? E por simplificar e refazer o texto original, valorizando o sentido acima da literalidade, trata-se de uma tradução por método de paráfrase".


Resposta: (a)Quanta falácia e falsidade na argumentação desse neófito. A própria definição da 'Infopédia' Dicionários Porto Editora traz um problema e assinala um tiro no próprio pé do neófito. Olhem a definição deste dicionário online:

"3.LINGUÍSTICA enunciado ou texto que reformula, com fins explicativos ou interpretativos, a mesma informação de outro enunciado ou de outro texto, mas utilizando outros recursos linguísticos 4. tradução livre e desenvolvida”

O dicionário diz que a paráfrase "reformula" o texto se "utilizando outros recursos linguísticos", e arremata ainda mais o significado: "tradução livre e espontânea"(!). Ou seja, a paráfrase não se limita a traduzir a palavra grega ou o texto grego, conforme está no original, mas é uma tradução livre e espontânea, onde o tradutor traduz não de forma literal, mas ao nível de compreensão do leitor. Este método é também conhecido como "Tradução de Impacto", onde significando que o tradutor tenta produzir o mesmo impacto sobre os leitores modernos, que, em sua opinião, a versão original teria sobre os leitores do original. É também conhecida como "Tradução de Transferência Indireta" onde o tradutor não precisa traduzir literal e diretamente na língua do receptor, sendo livre para ser indireto. É também conhecida como "Equivalência Funcional", onde o tradutor não deve ter como objetivo a exata equivalência(a tradução literal), mas uma equivalência geral, funcional. Por fim, é conhecida também como "Tradução do Pensamento", onde o tradutor deve traduzir os pensamentos globais, em vez de traduzir as palavras realmente usadas [inspiradas por Deus]. Sintetizando tudo - A Equivalência Dinâmica", usada nas traduções do TC, não se destina a traduzir o texto conforme está no original, com exatidão, mas pode ser feita e destinada e adaptada ao nível de compreensão comum do leitor e se a língua do leitor é a de um povo amplamente iletrado, o “nível comum” deveria ser o do terceiro ou quarto grau [das crianças de 8 ou 9 anos de idade] Por exemplo, se elas não entendem prontamente a palavra ”neve”, por exemplo, esta pode ser mudada para alguma outra substância de cor branca, Ou seja, o sentido é adaptar a Escritura ao nível cultural u intelectual do leitor, para sua fácil compreensão, não se preocupando jamais com a tradução literal do texto, de formas a colocar quaisquer palavras que bem aprouver ao tradutor, sem se importar com a palavra no texto original, ou com o seu significado literal de acordo com esse texto original. Nesse sentido, a tradução não segue nenhum critério É 'livre e espontânea'. O tradutor pode traduzir como bem lhe aprouver a sua vontade e intenções. Por exemplo, desde quando substituir "virgem"(Is 7:14 ACF) por "jovem"(NTLH) é traduzir? Será que o povo comum não entenderia o significado de "virgem", a ponto da palavra ter que ser substituída por "jovem"? Ou desde quando mencionar personagens apócrifos na genealogia de Jesus - "Admim" e "Arni"(ARA, NVI, NTLH, BV), substituindo "Aarão" por "Arni" e "Aminadabe" por "Admim", é traduzir? Só rindo com uma dessas.

(b)Só para demonstrar a falsidade, desonestidade e impiedade desse método de tradução, basta citar que a BLH(NTLH), em Is 7:14, substitui “virgem” por “jovem”, contrariando o próprio Espírito Santo, que usou a mão do apóstolo para traduzir a palavra hebraica הָעַלְמָ֗ה(almah) por “virgem”. em Mt 1:23, traduzindo Is 7:14 usando a palavra grega παρθένος (parthenos) que só significa 'virgem'! Ademais, o hebraico עַלְמָה(almah) é usado 6 vezes no VT, e sempre referindo-se a virgens imaculadas(Gn 24:43; Ex 2:8; Sl 68:25; Ct 1:3; 6:8; Pv 30:19). Uma mulher pode ser “jovem” e não ser virgem. “Virgem” é um termo totalmente conclusivo para se referir a castidade sexual de uma pessoa, enquanto que “jovem” é inconclusivo. Logo, a BLH(NTLH),simplesmente omite o nascimento virginal de Cristo em Is 7:14, criando uma contradição dentro do texto bíblico entre o profeta Isaías e o apóstolo Mateus

(c)Outra prova da falsidade, desonestidade e impiedade desse método de tradução('equivalência dinâmica'), usada em paráfrases da Bíblia, como a NTLH, é o acréscimo de "Filho" a At 20:28, quando nenhum manuscrito grego apresenta essa palavra. A ideia ali é eliminar a crença em Jesus Cristo como o Deus encarnado, e negar que Deus comprou a sua igreja com seu próprio sangue. Isso não é tradução, mas adulteração, mutilação e falsificação das Escrituras.

(d)Por fim, outra prova da falsidade, desonestidade e impiedade desse método de tradução('equivalência dinâmica'), usada em paráfrases da Bíblia, como a NTLH, é a "tradução" de Cl 2:8, onde lemos:

"Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vem de sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que governam o Universo".

Onde o texto grego literal de Cl 2:8, menciona "espíritos que governam o Universo"? O texto grego literal de Cl 2:8, diz:

"Βλέπετε μή τις ὑμᾶς ἔσται ὁ συλαγωγῶν διὰ τῆς φιλοσοφίας καὶ κενῆς ἀπάτης, κατὰ τὴν παράδοσιν τῶν ἀνθρώπων, κατὰ τὰ στοιχεῖα τοῦ κόσμου καὶ οὐ κατὰ Χριστόν"

(Blepete mē tis hymas estai ho sylagōgōn dia tēs filosofias kai kenēs apatēs kata tēn paradosin tōn anthrōpōn kata ta stoicheia tou kosmou kai ou kata Christon)

Onde está a palavra grega para "espíritos" nesse texto? Será que o tradutor estava em algum centro de Quimbanda, Candomblé, Umbanda ou na Igreja de Satanás(fundada em 1966) de Anton LaVey? De onde vem essa tentativa de introduzir no NT a idéia de que os demônios governam o Universo?

Então, a NTLH, não é uma tradução do texto grego literal, mas uma mera paráfrase do NT, onde o tradutor coloca as palavras à revelia das verdadeiras palavras do texto original:

a frase do neófito("valorizando o sentido acima da literalidade, trata-se de uma tradução por método de paráfrase") beira ao ridículo diante das evidências por mim apresentadas acima.


3º Argumento: "O segundo erro: outra confusão que leva o leitor a achar que a divergência entre as versões bíblicas são resultado do método empregado na tradução e não pela adoção de base de manuscritos diferentes.

Para o primeiro exemplo, ele mostra que o Texto Crítico não traz a palavra "primogênito", presente no Texto Recebido. E logo faz as citações enunciadas pelas respectivas versões que trazem o Texto Crítico ou o Texto Recebido. Fica claro que a questão da divergência é devido à adoção de conjuntos de manuscritos diferentes. Mas, para o restante dos casos, ele faz o enunciado a partir dos métodos de tradução, fazendo parecer que o problema está no método e não entre os manuscritos TC e TR. Vejamos, como exemplo, seu comentário de colossenses 1:14:

Ele apresenta os textos gregos para o TR e TC, sublinhando no Texto Recebido o que teria sido omitido no Texto Crítico. E coloca apenas uma tradução literal feita a partir do TR! Por que ele não apresenta a tradução literal das duas bases de textos grego, TR e TC? A tradução da Almeida Revista e Atualiza é tão formal quanto a ACF, só que tem por base o TC e não o TR que a ACF segue. Tradução por tradução (por método formal) as duas estão corretíssimas e igualmente precisas - cada uma de sua própria base de texto grego! A ACF é tão fiel em sua tradução do Texto Recebido, quanto a ARA é fiel em sua tradução do Texto Crítico.

O autor ainda afirma que o TR é mais confiável, mas já argumentei no primeiro texto da série que isso não é verdade, leia o artigo aqui. Também recomendo a leitura deste outro artigo: http://www.andrerfonseca.com/2011/12/um-clubinho-farisaico-em-defesa-das.html

Ele também defende que a melhor tradução, quanto ao método, é a tradução formal. Este assunto já foi tratado por mim neste artigo: O que seria uma tradução fiel ao original?

Para finalizar, quero expandir os comentários finais do autor do texto em análise: "Nossa Responsabilidade"

1. “Avaliar com critério qual tradução usar.” Isso é verdade! Uma vez que não são todos os crentes que podem desfrutar de uma leitura bíblica e estudos a partir das línguas originais, as traduções são meras ferramentas linguísticas. Dependendo do emprego, uma tradução poderá ser considerada mais adequada do que outras. Lembrando que há traduções tendenciosas e erradas, como é o caso da tradução dos Testemunhas de Jeová – mas essa é outra história.

2. “Não desprezar as traduções existentes. Elas podem ser excelente fonte de instrução.” Sábias palavras. Graças a Deus podemos ter à nossa disposição tantas bíblias e versões. Todas têm seu valor e utilidade, basta saber empregar a ferramenta certa para cada tipo de trabalho. Eu prefiro levar minha NTLH para alguns trabalhos de discipulado com irmãozinhos na fé que não têm a mínima condição de ler uma Almeida. Ou instruir crianças e adolescentes na superficialidade do texto bíblico que não demanda da precisão exegética de uma Almeida clássica. Assim como prefiro trabalhar alguns estudo bíblicos a partir da Almeida Revista e Atualizada para alguns grupos específicos.

3. “Ter sempre junto a nós um texto que seja traduzido a partir do TR, através de Equivalência Formal, no qual possamos confiar 100% (será o nosso fiel da balança).” Aqui ele escorrega feio! A confiabilidade do TR é muito questionável e os métodos de tradução literal e formal já deixaram de ser reconhecidos como os melhores há muito tempo. Desde Ferdinand de Saussure, a linguística tem evoluído muito, e há significativa contribuição da linguística, filologia e outras disciplinas no campo de tradução. Recomendo a leitura do meu artigo sobre o assunto tradução fiel ao original: http://www.andrerfonseca.com/2012/05/o-que-seria-uma-traducao-fiel-ao.html

4. “Zelar para que nossos filhos tenham acesso à pura Palavra de Deus.” Parte deste zelo deve advir do cuidadoso estudo sobre o assunto, não deixando se enganar pelo estardalhaço que alguns fazem sem apresentar o mínimo de racionalidade para tratar o caso. É verdade que Jesus disse: “tenham fé em mim e no Pai”, mas não pediu burrice e ignorância como prerrequisitos!

5. “Não recriminar os que não conhecem toda a história (muitos líderes não conhecem).” Que história? Quais líderes? Quem são esses que ficam martelando os dois coitados (Westcott e Hort) o tempo todo e se esquecem de toda a história de desenvolvimento da Crítica Textual, ignoram os métodos questionáveis empregados por Erasmo de Roterdã para a composição do Texto Recebido e mais uma série de outros fatos? Só podem ser os tietes de Almeida que não conhecem toda a história, e fica difícil não enxergar isso...

Próximo artigo da série está programado para publicação no dia 4 de agosto"




Resposta: (a)O neófito trata da questão da omissão de "primogênito" em Mt 1:25. O neófito argumenta puerilmente:

"Para o primeiro exemplo, ele mostra que o Texto Crítico não traz a palavra "primogênito", presente no Texto Recebido"

Ora, ora, por que este neófito não explica o porque do termo "o primogênito", não aparecer nos corrompidos manuscritos do TC, se o termo aparece nas citações do NT usado, pelos primitivos cristãos antes ou depois da criação dos manuscritos do TC(Vaticano e Sinaítico, o que prova que estes manuscritos não eram apreciados pelos primitivos cristãos. De fato, não tenho nenhuma dúvida de que a omissão desse termo favorece ao Romanismo, e particularmente ao seu dogma da perpétua virgindade de Maria, contrariando o testemunho da igreja pós-apostólica, que cita “primogênito” no referido texto:

(i)Taciano(150 d.C)(Diatessaron, Seção 2), cita tal expressão

(ii)Agostinho(354-430) também(Harmonia do Evangelho, II:14)

(b)O neófito, chega ao cúmulo de dizer:

"A tradução da Almeida Revista e Atualiza é tão formal quanto a ACF, só que tem por base o TC e não o TR que a ACF segue".

Comentário: O Dicionário Online de Português, define "Formal", dentre outras coisas, como "Que não admite dúvidas; que é claro; explícito. Que não se pode discordar; evidente, irrefutável". Nesse sentido, não podemos falar da ARA, como falamos da ACF, principalmente diante de discrepâncias e aberrações doutrinárias do texto da ARA, como se segue:


(i)A ARA põe dois personagens fictícios na genealogia de Jesus - "Admim" e "Arni"(Lc 3:33), criando uma contradição com Mateus(Mt 1:3-4). Os tradutores da ARA eram médiuns espíritas?

(ii)A ARA nega a ressurreição física de Cristo, pela instrumentalidade do Espírito Santo, em 1 Pd 3:18('vivificado no espírito'), que lido com o texto seguinte(1 Pd 3:19), cria dentro do texto a possibilidade de salvação após a morte aos condenados no inferno, já que ensina que o espírito humano de Jesus, desincorporado naqueles três dias, foi ao inferno pregar aos condenados incrédulos, que não ouviram a pregação de Noé.

(iii)A ARA ensina a confissão de pecados de um homem a outro homem, em Tg 5:16, favorecendo o dogma católico do "confessionário católico". No site católico "Católico Apostólico Romano" esse verso é citado em apoio ao confessionário católico:

http://catolicoaromano.blogspot.com/2013/06/a-confissao-dos-pecados-esta-na-biblia.html#.W5D-3vZFxjp

Evidentemente, a expressão "confessai os vossos pecados uns aos outros", contraria passagens das Escrituras, como Sl 32:5; At 8:32 e 1 Jo 1:9, que ensinam que devemos confessar nossos pecados a Deus, e não aos homens.

(c)O neófito também chega ao cúmulo de dizer:

"Eu prefiro levar minha NTLH para alguns trabalhos de discipulado com irmãozinhos na fé que não têm a mínima condição de ler uma Almeida. Ou instruir crianças e adolescentes na superficialidade do texto bíblico que não demanda da precisão exegética de uma Almeida clássica. Assim como prefiro trabalhar alguns estudo bíblicos a partir da Almeida Revista e Atualizada para alguns grupos específicos"



Este neófito também poderia levar seus "irmãozinhos na fé", e "crianças" para algum centro de Quimbanda, Candomblé, Umbanda ou na Igreja de Satanás(fundada em 1966) de Anton LaVey, já que a NTLH ensina que os demônios governam o Universo:

"Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vem de sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que governam o Universo"(Cl 2:8)

(d)O neófito novamente chega ao cúmulo do absurdo, em dizer:


"Desde Ferdinand de Saussure, a linguística tem evoluído muito, e há significativa contribuição da linguística, filologia e outras disciplinas no campo de tradução. Recomendo a leitura do meu artigo sobre o assunto tradução fiel ao original"


A Palavra de Deus não tem que se adaptar a Ferdinand de Saussure, filósofo e linguista suíço, mas todos os homens tem que se adaptar a ela, em toda a sua integralidade, vogal por vogal, palavra por palavra, sinal vocálico por sinal vocálico:

"Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido"(Mt 5:18)

"Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus"(Mt 4:4)

(e)Outra frase pífia e acéfala deste neófito, é de dar dó. Ei-la:

"A confiabilidade do TR é muito questionável e os métodos de tradução literal e formal já deixaram de ser reconhecidos como os melhores há muito tempo"


Resposta:(i)A confiabilidade do TR, é inatacável, inegável e irrefutável. Este texto é abundantemente encontrado em “papiros, unciais, citações patrísticas, lecionários, versões, cursivos”(Paulo Anglada; Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p. 102), característica inexistente no Texto Crítico. Uma das insofismáveis provas de que o Texto Receptus contém o texto genuíno do NT, são as citações dos pais da Igreja. O Dr. A. A. Hodge, atesta isso, quando afirma:

Citações das Escrituras apostólicas encontradas nos escritos dos primeiros cristãos. Essas são tão numerosas, que todo o Novo Testamento poderia ser reunido das obras de escritores escritas antes do 7º século; elas provam o exato estado do texto no tempo em que ele foi redigido"(Confissão de Fé de Westminster Comentada, pp.69,70).

(ii)Os métodos de tradução literal e formal já deixaram de ser reconhecidos como os melhores, apenas pelos adeptos do Texto Crítico, não pelos crentes ortodoxos, que desde os Pais da Igreja, Reformadores, tradutores reformados da Bíblia(Lutero, Tyndale, Olivetan, Cipriano de Valera, Cassiodoro de Reyna, Sínodo de Dort, Diodatti, João Ferreira de Almeida, etc), o tem usado, representando vinte séculos de uso ininterrupto pela igreja.

(f)O neófito teve o cinismo de dizer:

"A ACF é tão fiel em sua tradução do Texto Recebido, quanto a ARA é fiel em sua tradução do Texto Crítico"

Resposta: A ARA não é fiel a todo o corpo de manuscritos do TC. Por exemplo, em Mc 7:4, a ARA traz a palavra "aspergirem", seguindo o manuscrito Sináitico(5º século), que cita o verbo grego "rantizo", invés de seguir o manuscrito do Vaticano(4º século), que reza no mesmo texto o verbo grego "βαπτίζω"(baptizo).

(g)Por fim, suas últimas palavras, revelam seu analfabetismo histórico:

“'Não recriminar os que não conhecem toda a história (muitos líderes não conhecem)'. Que história? Quais líderes? Quem são esses que ficam martelando os dois coitados (Westcott e Hort) o tempo todo e se esquecem de toda a história de desenvolvimento da Crítica Textual, ignoram os métodos questionáveis empregados por Erasmo de Roterdã para a composição do Texto Recebido e mais uma série de outros fatos? Só podem ser os tietes de Almeida que não conhecem toda a história, e fica difícil não enxergar isso..."


Comentário: (a)Westcott e Hort, dois coitados, ou dois ímpios, negadores da infalibilidade das Escrituras? =


"Eu rejeito esmagadoramente a palavra infalibilidade das Sagradas Escrituras"(Life and Letters of Brooke Foss Westcott, Volume I, p.207).

"Mas eu não sou capaz de ir tão longe assim como você, em afirmar a infalibilidade absoluta de um escrito canônico”(Life and Letters of Fenton John Anthony Hort , Volume 1, p.422)

(b)A acusação contra Erasmo, sem provas documentais, não passa de violação do 9º mandamento(Ex 20:16), da qual esse neófito, é praticante. O Rev. Paulo Anglada, aludindo ao texto de Erasmo, diz:

"Os primeiros textos gregos impressos do Novo Testamento foram terminados quase que simultaneamente pelo Cardeal Ximenez(em 1514) e por Erasmo de Roterdã(em 1516). Eram ambos, 'a comum continuação da tradição cristã'. Eles preservaram em essência, agora não mais manuscrito, mas impresso, o texto majoritário ou eclesiástico, o qual continuaria as ser amplamente adotado pela igreja, inclusive pelos reformadores, como cópia fidedigna do texto original"(Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p.100)

"Outra evidência da preservação do texto original do Novo Testamento pode ser verificada no consenso e na qualidade dos manuscritos que apresentam o texto majoritário.

Por consenso, refiro-me não apenas ao número de manuscritos, mas também a catolicidade (diferentes áreas geográficas); variedades de manuscritos (papiros, unciais, citações patrísticas, lecionários, versões, cursivos); e continuidade (consenso histórico, ou seja, manuscritos de diversos séculos). O texto majoritário ou 'bizantino' é encontrado em milhares de manuscritos dos tipos mais variados, provenientes dos locais mais diversos, e praticamente de todos os séculos da História da Igreja. O fato é que a não aceitação do texto majoritário como a fiel transmissão do texto original implica na rejeição da doutrina da preservação do Novo Testamento; pois, que outro texto do Novo Testamento teria o testemunho da história de haver sido preservado?"(Ibidem, p.102).

E sobre o TC, de Westcott e Hort, Anglada dispara:

"Mas que tudo indica, os últimos anos parecem estar reconduzindo a um retorno ao texto majoritário. Livros, artigos e até mesmo novas edições do texto majoritário foram recentemente publicados por estudiosos de inquestionável erudição - tais como Van Bruggen, Pickerinhg e Zane Hodges - combatendo novamente a teoria de Westcott e Hort e seus seguidores e defendendo o texto majoritário com argumentos bastante plausíveis. Como resultado, não tem sido poucos os que tem reconhecido no texto majoritário o único texto que pode reivindicar haver sido preservado por Deus, através da igreja, no decorrer dos séculos"(Ibidem, p.102).















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