segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A ‘Tradição” e o “Magistério Eclesiástico” - As Falsas Fontes de Revelação Divina da Igreja Romana!!!



Quando vemos o uso das nomenclaturas “Tradição” e “Magistério Eclesiástico”, empregados pelos romanistas, como fontes de revelação divina, ficamos muitas vezes sem entender a que ou ao que eles estão se referindo.

(a)Em primeiro lugar, o que significa o termo “Tradição” na acepção romanista?

Eis a definição:

A Tradição chega para nós hoje, acima de tudo, por meio dos símbolos da fé (os credos, como o dos apóstolos e o Niceno-Constantinopolitano), na liturgia e na vida (pregação e santos) da Igreja, nos escritos dos padres e doutores da Igreja, que nos primeiros séculos transmitiram a fé

https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-e-a-tradicao-da-igreja/?fbclid=IwAR1eeBilHKYkulAbheYkeoKFaaKwjvCaYkmx9vDASoXhv2GXdQn3cYzhqgw

Frei Damião de Bozzano, em sua obra “Em Defesa da Fé”, afirma que “A TRADIÇÃO É TAMBÉM A PALAVRA DE DEUS”(p.13)

(b)Em segundo lugar, o que significa o termo ‘Magistério Eclesiástico”, na acepção romanista? Segundo o Catecismo da Igreja Católica, tal termo se refere “AOS BISPOS EM COMUNHÃO COM O SUCESSOR DE PEDRO, O BISPO DE ROMA”(85)

Então temos as definições do que seja ‘Tradição” e “Magistério Eclesiástico”. A ‘Tradição’ da Igreja Romana é baseada nos credos dos apóstolos, Niceno-Constantinopolitano e nos escritos dos Pais da Igreja(Patrística)e doutores da igreja romana; enquanto que “Magistério Eclesiástico” se refere aos bispos romanistas unidos ao papa de Roma. Segundo Roma, ambas(Tradição e Magistério Eclesiástico) são fontes de revelação divina, e suas decisões e ensinos representam o pensamento das Escrituras:

“A Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, por sapientíssima disposição de Deus, SE ACHAM TÃO UNIDOS E ENLAÇADOS, ENTRE SI, QUE NÃO PODEM SUBSISTIR INDEPENDENTEMENTE”( Pe. Luiz D’Elboux, Doutrina Católica Compendiada Hoje Para Adultos, p.9).

Estariam de fato a ‘Tradição’ e o ‘Magistério Eclesiástico’ unidos e enlaçados às Escrituras, a tão ponto de não subsistirem, como fontes de ensino, à parte das Escrituras? A História mostra que não! Acompanhe:

(1)A ‘Tradição’ Romanista nega doutrinas claras das Escrituras:

- O Didaché ensina que nem todos ressuscitarão(16:7), contrariando as Escrituras(Jo 5:28,29)

- A Segunda Epístola de Policarpo aos Filipenses ensina que “A ESMOLA LIBERTA DA MORTE”(10:2), o que contraria as Escrituras, que mostram que embora Cornélio desse esmolas(At 10:1-2), contudo, ainda não tinha o Espírito Santo, isto é, ainda não era regenerado, estando morto espiritualmente, isto é, sendo ainda escravo da morte espiritual(At 10:44-47)

- Justino de Roma(89-165)ensinou a adoração aos anjos (Primeira Apologia, 6:1-2), contrariando Ap 19:10; 22:8,9).

- Irineu ensinava que os santos não vão logo para o céu imediatamente após a morte porque só entrarão nele depois da ressurreição(Contra Heresias, V, 31:2), ensino contrário às Escrituras(2 Co 5:1-2,8; Fl 1:23; Mt 8:11; Lc 16:23; 23:43)

- Orígenes(184-254) afirmou a preexistência das almas, isto é, que a alma do homem não foi criada juntamente com o corpo mas antes do mesmo(De Principios, III; 5:5), o que contraria as Escrituras(Zc 12:1; Jó 38:4; Rm 9:11)

- Hilário de Poitiers(300-368) afirmou que Jesus Cristo não sentiu dor na cruz(Da Trindade, 10:23), contrariando a Bíblia!(1 Pd 2:21)

- Tertuliano(160-230) ensinava o traducianismo materialista, ou seja, a teoria segundo a qual as almas são transmitidas aos filhos pelos genitores mediante a semente material(Da Alma, 36), o que contraria as Escrituras, que dizem que a alma é colocada no corpo humano por Deus(Zc 12:1; 1 Re 17:21-22).

- Hermas ensinava que “O Filho é o Espírito Santo”(O Pastor, 58), contrariando as Escrituras, que mostram que o Espírito Santo é tão distinto do Filho, que além de descer sobre Ele no batismo(Mt 3:16,17), ainda ensina que o Espírito Santo é o Substituto do Filho de Deus na Igreja(Jo 14:16-17), e que seria enviado pelo Filho à sua igreja(Jo 15:26)

- O papa Hormidas(514-523), em sua "Carta Encíclica", chamada "Livro de Fé do Papa Hormidas" condenou certos bispos que haviam ensinado que um dos membros da Trindade havia sofrido morte de cruz, contrariando as Escrituras, que mostram que um dos membros da Trindade sofreu morte de cruz(At 20:28).

(2)O ‘Magistério Eclesiástico’ nega doutrinas claras das Escrituras:

- Hipólito(215-255) afirma que o papa Calixto I(217-222) aderiu ao sabelianismo(Refutação Contra Todas as Heresias, 9:5-6), o que contraria as Escrituras(Mt 3:16-17; 1 Jo 5:7)

- Atanásio(293-373) afirma que Libério, bispo de Roma, cedeu ao arianismo(História dos Arianos, 41), o que contraria as Escrituras(Jo 1:1; 20:28)

- Jerônimo(340-420) afirma que o papa Libério subscreveu a heresia(Vidas de Homens Ilustres, 97)

- Em seu sermão “Todas as Almas”, o papa João XXIII nega a imortalidade da alma, ou o estado de consciência da alma, dizendo que “Até o momento do juízo final a alma jaz imóvel, como num transe, como o corpo, SEM SENTIR ALEGRIA OU DOR”, o que contraria as Escrituras(Lc 16:22-25; Mt 8:11; 17:1-3; Fl 2:9-11; Ap 5:13; 6:9-11).

- O papa Pio XII(1876-1958), em sua encíclica “Humani Generis” advoga a teoria da evolução, contrariando as Escrituras, que afirma que o homem é descendente direto de Adão(At 17:26)


- O papa Clemente VII(1523-1534), em sua bula “Cum Ex-Corpore”, recomenda que o dinheiro ganho da prostituição deve ser dado a Igreja. O seu antecessor, João XXIII, fez o mesmo. Um outro antecessor seu, o papa Leão X, dizia que o dinheiro deixado pelas falecidas meretrizes deve ser dado "aos mosteiros, igreja e às freiras"(Bula 'Salvator Noster'). A Bíblia diz: ‘Não trarás o salário da prostituta...”(Dt 23:18).

Conclusão: Se ambos(‘A Tradição’ e o ‘Magistério Eclesiástico’) negam doutrinas claras das Escrituras, como podem estar unidas e enlaçadas com as Escrituras? Roma mente. “Seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso”(Rm 3:4).

De fato, os únicos fundamentos do Romanismo(Tradição e Magistério Eclesiástico)são só se contradizem, mas contradizem as Escrituras. Como ainda ousam afirmar que ambos são fontes de revelação divina, se Deus não erra, nunca se contradiz, tampouco é mutável?(Pv 8:8; Jo 10:35. Nm 23:19; Ml 3:6; Hb 13:8; Tg 1:17).