quarta-feira, 2 de junho de 2021

Igreja Primitiva [Mais de 350 Pais da Igreja]: 1 João 5:7 [o texto coroa da Trindade] é parte da Primeira Epístola de João!!!

(a)O Testemunho da Igreja Primitiva: 1 João 5:7('Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um'- ACF), o texto coroa da doutrina da Santíssima Trindade, é negado, como canônico, por todos os hereges, inclusive por aqueles que endossam o corrompido e adulterado 'Texto Crítico'(baseado nos corrompídos manuscritos Vaticano e Sinaítico), como são também igualmente negados como canônicos outros textos das Escrituras, como Mc 16:9-20; Jo 8:1-11, mas que foram comprovados como autênticos e parte das Escrituras, por pais eclesiáticos latinos, gregos e europeus, como Papias, Orígenes, Tatiano, Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o 7º Concílio de Cartago[258)[composto de 350 bispos], Juliano de Ciílica, Gregório de Nissa, Eusébio de Cesaréia, Ambrósio, Hilário de Poitiers, Paciano, Dídimo de Alexandria, Crisóstomo, Agostinho, Vitor de Antoioquia, etc.

Com relação a 1 Jo 5:7, as ´biblias’ do TC(ARA, NVI, BLH [NTLH), Bíblia Viva, TNM dos testemunhas de jeová, etc) simplesmente o omitem ou o colocam entre colchetes [ARA], negando sua canonicidade, apesar do testemunho esmagador da igreja pós-apostólica em seu favor, como parte integrante das Escrituras:

(1)Justino Mártir(89-165),

“Cultuamos o Criador do Universo... Honramos também Jesus Cristo e o colocamos em segundo lugar assim como o Espírito profético, que pomos no terceiro”(Primeira Apologia [150 d.C]; 13:1,3)

Qual lugar em que os cristãos colocam o Filho em segundo lugar, e o Espírito em terceiro lugar, senão em Mt 28:19 e 1 João 5:7?

(2)Inácio de Antioquia(37-100) em sua “Epístola aos Filadelfios”(Cap. 2), disponível na internet no site ‘new advent’, cita de memória, de forma reminiscente, além de outros textos bíblicos, 1 Jo 5:7. Nesse texto, ele se refere às pessoas da Trindade, nomeando-as como “Pai”, “Palavra” e “Espírito”, que é uma fórmula trinitária encontrada apenas em 1 Jo 5:7. Da mesma forma, na versão mais longa da Epístola de Inácio aos Filadelfianos (Cap. IV) pode ser considerado uma alusão a 1 Jo 5:7, onde ele usa a mesma fórmula trinitária(Alexander Roberts., The Ante-Nicene Fathers: The Writings of the Fathers Down to A. D. 325 Volume I – [The Apostolic Fathers with Justin Martyr and Irenaeus], p.81)

(3)O "Philopatros"(166-167 d.C), uma obra escrita por um pagão contemporâneo de Luciano, (o qual menciona o judeu Trifo, com quem Justino debateu), que ridicularizando a crença dos cristãos na Trindade, afirma que os cristãos atribuíam a crença nessa doutrina ao apóstolo João, e isso remete a 1 Jo 5:7.

. Eis o texto:

"...o Deus Todo-Poderoso, o Grande, o Imortal, o Celestial, o Filho do Pai, o Espírito procedente do Pai, Um de Três e Três de Um. Considere este Ser como Júpiter, e estime-o como Deus- Eu não sei o que você diz: 'Um é Três, e Três são Um'".

(4)Teófilo de Antioquia(+ 186 d.C), ao se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo como “Trindade”(2º Livro a Autólico, 15), cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7

(5)Atenágoras(133-190), cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7, quando diz que os cristãos admitem “um Deus Pai, um Deus Filho e um Espírito Santo, que mostram seu poder na unidade e sua distinção na ordem”(Petição em favor dos cristãos, 10)

(6)Irineu(130-200), ao se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo como “Trindade”(Demonstração da Fé Apostólica, Oração), cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7

(7)Hipólito(169-215), de forma reminiscente, cita 1 Jo 5:7, quando em combate ao sabelianismo, afirma: “e estes, portanto, são três”(Contra Noécio,8)

(8)Clemente de Alexandria(155-225) o cita duas vezes, em suas obras “Eclogae propheticae”(Extratos dos Profetas, 13.1), onde ele chama o Pai, o Filho e o Espírito Santo de “três testemunhas” e no próprio “Comentário da Primeira Epístola de João”, onde ele menciona a expressão “e estes três são um”. E ao se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo como “Trindade”(Stromata,1V,14), cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7

(9)Tertuliano(160-230), teólogo cristão, em sua obra “De Pudicitia”(21), onde menciona: “Há uma Trindade de uma só Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”, cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7. E em outra obra, diz, também mencionando 1 Jo 5:7 =

"Assim, a conexão do Pai no Filho, e do Filho no Paráclito, produz três pessoas coerentes, uma da outra, que três são um, não uma pessoa, como se diz:'Eu e o Pai somos um'"(Contra Práxeas, 25)

Na mesma obra, ele ainda diz, tendo 1 Jo 5:7 novamente em evidência:

"Que necessidade haveria do evangelho, que é a substância da Nova Aliança, estabelecendo (como faz) que a lei e os profetas duraram até João Batista, se daí em diante o Pai, o Filho e o Espírito não existirem cridos como Três, e como um Único Deus!"(XXXI).

(10)Orígenes(184-255) o cita em sua obra “Escólio Sobre o Salmo 123:2” e em seu “Comentário do Evangelho de João”(II:4), quando os chama de “três em um”. E também ao se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo como “três”(Comentário Sobre o Evangelho de João, 2:6) e como “Trindade”(Dos Princípios I; 3:2).Ele também cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7, e em seu "Comentário sobre o Salmo 123", cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7, ao se referir ao Pai, Filho e Espírito Santo como "Porque OS TRÊS SÃO UM"(2)

(11)Tratado sobre o Rebatismo(255 d.C)(xv,xix), menciona 1 Jo 5:7, usando a expressão "e estes três são um".

(12)Cipriano(200-258), mestre de retórica, advogado e teólogo cristão, diz:

"O Senhor diz: "Eu e o Pai somos um"[Jo 10:30]; e novamente está escrito do Pai e do Filho e do Espírito Santo: 'E estes três são um'"(Da Unidade da Igreja, 6)

Em outro lugar, ele cita novamente 1 Jo 5:7

"Se do Espírito Santo; visto que os três são um, como pode o Espírito Santo estar em paz com aquele que é o inimigo do Filho ou do Pai?"(Epistola a Jubaiano, 72:12)

(13)Hilário de Poitiers[315-368], citando 1 Jo 5:7, de forma reminiscente, diz:

"...manifestamente, isto é, de um Pai que é verdadeiramente Pai, e claramente de um Filho que é verdadeiramente Filho, e um Espírito Santo que é verdadeiramente um Espírito Santo, estas palavras não sendo apresentado ociosamente e sem significado, mas cuidadosamente significando a Pessoa, e a ordem e a glória de cada um daqueles que são nomeados, para nos ensinar que eles são três Pessoas, mas na mente um"(Sobre os Concílios, 11:29)

"Conseqüentemente, eles declararam que havia três substâncias, ou seja, três Pessoas subsistentes, e não introduzindo assim qualquer diferença de essência para separar a substância do Pai e do Filho. Para que as palavras nos ensinem que são três em substância, mas em concordância um"(Ibidem, 11:32)

"Portanto, estes são três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo"(Da Trindade, IV:13).

"Este fim será alcançado quando as blasfêmias do ensino herético sobre este tema também forem varridas, e o mistério, puro e imaculado, da Trindade que nos regenera for fixado em termos de precisão salvadora sobre a autoridade dos Apóstolos e Evangelistas"(Da Trindade, I:36).

Quando Hilário afirma que a doutrina da Trindade repousa sobre os apóstolos e evangelistas, sem dúvida alguma, está citando 1 Jo 5:7, pois não há outro lugar nos escritos dos apóstolos, onde essa doutrina apareça tão clara e explícita.

"Os livros anteriores deste tratado, escritos há algum tempo, contêm, eu acho, uma prova invencível de que mantemos e professamos a fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, que é ensinada pelos Evangelistas e Apóstolos"(Da Trindade, 4:1)

Quando Hilário afirma que a fé no Pai, Filho e Espírito Santo é ensino dos Evangelistas e Apóstolos, não temos nenhuma dúvida de que ele alude a 1 Jo 5:7, pois que outro lugar há nos escritos dos apóstolos, onde essa doutrina apareça tão clara e explícita, senão nesse texto?

"Cada pessoa divina está na unidade, mas nenhuma pessoa é o único Deus. A seguir, nosso propósito sendo demonstrar a verdade irrefutável deste mistério pela evidência dos Evangelistas e Apóstolos"(Da Trindade, VII:2)

Quando Hilário afirma que este mistério da Trindade tem sua evidência dos Evangelistas e Apóstolos, não temos nenhuma dúvida de que ele alude a 1 Jo 5:7, pois que outro lugar há nos escritos dos apóstolos, onde essa doutrina apareça tão clara e explícita, senão nesse texto?

(14)Poebádio(+ 350 d.C), bispo de Agen(Contra Arianos, 17:4):

"O Senhor diz: 'Vou pedir a meu Pai e Ele lhe dará outro Consolador'(Jo 14.16) Assim, o Espírito é diferente do Filho, assim como o Filho é diferente do Pai; então, a terceira pessoa está no Espírito, como a segunda, está no Filho. Todos, entretanto, são um Deus, porque os três são um"

(15)Marcus Celedensis(370 d.C) o cita(Declaração de Fé):

"Para nós há um Pai e seu único Filho, que é verdadeiro Deus, e um Espírito Santo, que é verdadeiro Deus, e estes três são um; - uma divindade, poder e reino. E eles são três pessoas, não duas nem uma".

(16)Lucífer de Caligari(+ 370 d.C) diz:

"E a fé apostólica da Trindade admite a divindade perfeita e única para reconhecer o Pai, o Filho e o Espírito Santo"(Sobre não conviver com os heréticos, 9)

(17)Eusebius of Vercelli(283-371), diz:

"Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito, e em Cristo Jesus são um"(Da Trindade).

(18)Atanásio(263-373), o renomado teólogo grego e bispo de Alexandria, diz:

"...então o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, são três pessoas e um Deus em substância"(Outras Perguntas)

"Esse batismo vivo e salvador, pelo qual recebemos a remissão dos pecados, administrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E São João diz: E estes três são um"(Disputa com Ário)

"O apóstolo ensina aqui a unidade do Filho com o Pai"(A Sinopse da 1ª Epístola de João)

Não existe outro lugar desta epístola onde a unidade entre o Pai e o Filho seja mencionada, exceto em 1 Jo 5:7, existe?

(19)Efrém, o Sírio(306-373), diz:

"Veja aqui as três testemunhas que acabaram com todas as contendas! E quem duvidaria das santas Testemunhas [Heb. 6] de Seu Batismo?"(Oitenta Harmonias sobre a fé, contra as disputas, 'Ritmo do vigésimo oitavo')

Em qual lugar se faz menção do Pai, do Filho e do Espírito Santo como 'três testemunhas', senão em 1 Jo 5:7?

(20)Basílio(330-379), diz:

"Mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo constituem a natureza divina"(Contra Eunômio, 2:6)

"Pois a divindade no Pai, Filho e o Espírito Santo é uma"(Ibidem, 2:12)

Em que lugar, Basílio encontraria que Pai, Filho e Espírito Santo constituem a natureza divina, senão em 1 João 5:7?

(21)Prisciliano(+ 380 d.C), conhecido bispo de Avila, disse:

"Como João diz: 'e há três que dão testemunho na terra, a água, a carne o sangue, e esses três estão em um, e há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e estes três são um"(Liber Apologeticus, Tratado 1, Seções 46-48)

(22)Vigilio, então renomado bispo de Tapsus, cita 1 Jo 5:7(+380 d.C),diz:

"E João Evangelista diz: 'E há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e estes três são um'"(Contra Varimadum; 1:5)

"Portanto, embora nos exemplos acima as Escrituras silenciam quanto aos nomes das pessoas, esta união do nome divino por todos nisto deve ser demonstrada a vocês; também como neste exemplo da verdade, em que os nomes das pessoas são claramente evidentes, e os nomes divinos unidos declarados encerrados, o evangelista João diz em sua epístola: 'Há três que testificam no céu, o Pai e a Palavra e o Espírito, e eles são um no Senhor Jesus Cristo”(Da Trindade, XII).

(23)Gregório Naziazeno(330-390), bispo grego, menciona-o na sua “45ª Oração Teológica”:

"Te ofereçamos Sacrifícios aceitáveis sobre o Teu altar, Pai, Palavra e Espírito Santo; pois a Ti pertence toda a glória, honra e poder"(Oração 45, 'Segunda Oração sobre a Páscoa').

E novamente em sua "Quinta Oração Teológica"[Oração nº 31, Verso 19], Nazianzo protesta contra a omissão de 1 João 5:7 por parte de alguém da época, afirmando estar o texto gramaticalmente sem sentido com a ausência de 1 Jo 5:7:

"Mas, em minha opinião, diz ele, essas coisas são consideradas conumeradas e da mesma essência da qual os nomes também correspondem, como três homens ou três deuses, mas não três isso e aquilo. Qual é o valor dessa concessão? É adequado para quem estabelece a lei quanto aos nomes, não para quem está afirmando a verdade. Pois também afirmarei que Pedro, Tiago e João não são três ou consubstanciais, enquanto não posso dizer Três Pedro, ou Três Tiago, ou Três João; para o que você reservou para nomes comuns, exigimos também para nomes próprios, de acordo com seu acordo; ou então você será injusto em não conceder aos outros o que você assume para si mesmo. E quanto a João então, quando em sua Epístola Católica ele diz que 'há Três que dão testemunho, o Espírito, a Água e o Sangue'? Você acha que ele está falando bobagem? Primeiro, porque ele se aventurou a contabilizar sob um número as coisas que não são consubstanciais, embora você diga que isso deve ser feito apenas no caso de coisas que são consubstanciais. Pois quem afirmaria que são consubstanciais? Em segundo lugar, porque ele não foi consistente na maneira como aconteceu em seus termos; pois depois de usar Três no gênero masculino, ele adiciona três palavras neutras, contrárias às definições e leis que você e seus gramáticos estabeleceram. Pois qual é a diferença entre colocar um Três masculino primeiro, e então adicionar Um e Um e Um no neutro, ou depois de Um masculino para usar os Três não no masculino, mas no neutro, que vós mesmos negais no caso da Divindade?"

Notaram a expressão "...que vós mesmos assumis no caso da Divindade"? E tambem notaram a expressão "...depois de usar três no gênero masculino"? Essas duas frases não são alusões as pessoas da Trindade, mencionadas em 1 João 5:7? É claro que Gregório reconheceu a inconsistência com a gramática grega, se tudo o que temos são os versículos seis e oito sem o verso sete.

Em outro lugar, novamente cita 1 Jo 5:7, afirmando:

"Pois nem o Filho é Pai, pois o Pai é Um, mas Ele é o que o Pai é; nem é o Espírito Filho porque é de Deus, pois o Unigênito é Um, mas Ele é o que o Filho é. Os Três são Um em Deus e o Um Três em propriedades; de modo que nem a Unidade é sabeliana, nem a Trindade aceita a presente distinção maligna"(5ª Oração Teológica [Oração 31], 9).

"Pois a Divindade é um em cada três, e os três são um, em quem a Divindade está, ou para falar mais precisamente, quem é a Divindade"(Oração 39, 11)

"Então, há um Deus em três, e estes três são um, como já dissemos"(Oração 39, 12).

(24)Ambrósio(337-397), bispo de Milão cita-o:

"Embora sejamos batizados com água e o Espírito, o último é muito superior ao primeiro e, portanto, não deve ser separado do Pai e do Filho... E assim essas três testemunhas são uma, como disse João..."(Do Espírito Santo, I:6)

Em outros lugares, menciona 1 Jo 5:7 novamente:

"A Divindade do Espírito Santo é sustentada por uma passagem de São João. Esta passagem foi, de fato, apagada pelos hereges, mas é uma tentativa em vão, visto que sua infidelidade poderia ser mais facilmente condenada. A ordem do contexto é considerada para que esta passagem possa ser mostrada para se referir ao Espírito. Ele é nascido do Espírito que é nascido de novo do mesmo Espírito, de quem se crê que o próprio Cristo nasceu e nasceu de novo. Novamente, a Divindade do Espírito é inferida de dois testemunhos de São João; e por último, é explicado como o Espírito, a água e o sangue são chamados de testemunhas"(Do Espírito Santo, III:10:)

"Portanto, sua confissão pela qual vocês apagaram a Palavra de Deus permanece, enquanto vocês temem o original"(Ibidem)

"Pois pela astúcia você sabe que está condenado pelas evidências dessa passagem, e que seus argumentos não podem ser aplicados contra esse testemunho"(Ibidem).

"Pois, como dizemos que há um Deus, confessando o Pai, e não negando o Filho sob o verdadeiro Nome da Trindade; assim, também, não excluímos o Espírito Santo da Unidade da Divindade"(Ibidem, 3:13)

"E assim, desde a própria passagem de São João que os hereges usaram contra Sua dignidade, a igualdade da Trindade e a Unidade da Divindade é estabelecida"(Ibidem, 3:16)

"...também o Espírito é um com o Pai e o Filho"(Ibidem, 3:19)

Ele ainda cita 1 Jo 5:7 em sua "Exposição da Fé".

(25)O famoso Concílio da Igreja de Cartago em 415 d.C, composto de 350 bispos, cita 1 Jo 5:7 =

"E assim, nenhuma ocasião para incerteza é deixada. É claro que o Espírito Santo também é Deus e o autor de sua própria vontade, aquele que é mais claramente demonstrado que está trabalhando em todas as coisas e conferindo os dons da dispensação divina de acordo com o julgamento de sua própria vontade, porque onde se proclama que distribui graças onde quer, não pode existir condição servil, pois a servidão se entende no criado, mas o poder e a liberdade na Trindade. E para que possamos ensinar o Espírito Santo a ser uma divindade com o Pai e o Filho ainda mais claramente do que a luz, aqui está a prova do testemunho do evangelista João. Pois ele diz: 'Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um'".

(26)Jerônimo(347-420), o primeiro tradutor da Bíblia, diz:

"A ordem das sete epístolas ditas canônicas não é a mesma entre os gregos que seguem a fé correta e a que se encontra nos códices latinos, onde Pedro, sendo o primeiro entre os apóstolos, também tem suas duas primeiras epístolas. Mas assim como revisamos os evangelistas para colocá-los na ordem correta, com a ajuda de Deus resolvemos isso. A primeira é uma de Tiago, depois duas de Pedro, três de João e uma de Judas. Assim como estes são devidamente compreendidos e assim traduzidos fielmente para o Latim, sem deixar ambiguidade para os leitores nem permitir que a variedade de gêneros entrem em conflito, especialmente naquele texto onde lemos a unidade da Trindade ser colocada na Primeira Epístola de João, onde muitos erros ocorreram nas mãos de tradutores infiéis contrários a verdade, que mantiveram apenas as três palavras 'agua, sangue e Espírito'. Nesta edição, omitindo a menção do 'Pai, a Palavra e o Espírito', em que especialmente a fé católica é fortalecida e a Unidade da Substância do Pai, Filho e Espírito Santo é atestada"(Prólogo das Epístolas Católicas, 399).

E em sua "Confissão de Fé", enviada e dirigida ao bispo de Roma, Damásio, Jerônimo ainda cita 1 João 5:7, dizendo:

"Assim como, em oposição a Ário, nós afirmamos que a Trindade é de uma mesma essência, três pessoas em um só Deus; assim como condenando a heresia de Sabelio, nós distinguimos as três pessoas pelas suas respectivas propriedades, o Pai é sempre o Pai, o Filho é sempre o Filho e o Espírito Santo é sempre o Espírito Santo. Em essência, portanto, estes três são um".

E em sua "Explanação de Fé", dirigida a Cirilo, bispo de Jeruzalém, Jerônimo cita novamente 1 João 5:7, dizendo:

"Para nós, portanto, há um só Pai; um Filho, que é verdadeiro Deus, e um Espírito Santo, que é verdadeiro Deus: e estes três são um".

(27)Agostinho(354-430), bispo de Hipona e teólogo, em várias de suas obras, citando 1 Jo 5:7, diz:

"Portanto, Deus supremo e verdadeiro, com Sua Palavra e Espírito Santo (que os três são um), um Deus onipotente e criador de cada alma e de cada corpo"(A Cidade de Deus, V:11)

"Então, esses três são Deus, um, sozinho, grande, sábio, santo, abençoado"(Da Trindade, VI; 5:7)

"Além disso, se não apenas o Pai é Deus, como todos, mesmo os hereges, admitem; mas também o Filho, que, queiram ou não, eles são compelidos a reconhecer, visto que o apóstolo diz: 'Que é sobre todos, bendito Deus para sempre'; e o Espírito Santo, visto que o mesmo apóstolo diz: 'Portanto, glorifique a Deus em seu corpo; quando ele disse acima: Não sabes que o teu corpo é o templo do Espírito Santo, que está em ti, que tens de Deus[?]', e esses três são um só Deus, como acredita a integridade católica: não é suficientemente aparente qual pessoa da Trindade aquele anjo revelou, se ele era um dos outros anjos, e se alguma pessoa, e não da própria Trindade"(Da Trindade, II; 13:23)

"E, portanto, esses três são um"(Da Trindade; X; 11:18)

"...portanto, há três pessoas: visto que então o Pai é Deus, e o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, por que não três Deuses? Ou então, visto que por causa de sua união inefável estes três são juntos um Deus"(Ibidem, VII; 4:8)

"Assim também o Espírito Santo é um com eles, visto que esses três são um"(Da Trindade, IV; 20:29)

"Visto que em sua própria substância em que estão, os três são um, o Pai, e o Filho e o Espírito Santo, o mesmo, por nenhum movimento temporal, acima de toda a criatura, sem qualquer intervalo de tempo e lugar, e em uma vez um e o mesmo de eternidade em eternidade, como se fosse a própria eternidade, que não é sem verdade e caridade"(Da Trindade, IV;21)

"Mas se vamos investigar o significado que as coisas por estas, não exageradamente entram em nossos pensamentos sobre a Trindade em si, que é uma única Verdade, o Supremo Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, de quem poderia mais ser realmente dito: 'HÁ TRÊS TESTEMUNHAS, E OS TRÊS SÃO UM'. Estes são as três testemunhas, e os Três são Um. Desta forma, em seguida, as três coisas pelas quais eles são, significadas como saindo do corpo do Senhor: como a partir do Corpo do Senhor soou por diante o comando para 'batizar as nações em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'. 'Em nome', não, nos nomes: 'PORQUE ESTES TRÊS SÃO UM', e Deus é Um destes três. E, se de outra forma esta profundidade do mistério que lemos na epístola de João pode ser exposta e compreendida agradavelmente com a fé católica, que não confunde nem divide a Trindade, nem nega que as pessoas são três, e em nenhum caso deve ser rejeitada"Contra Maximiniano[II, 22:3]).

Tomás de Aquino(1225-1274) afirma:

Mas, como diz Agostinho: ‘Quando dizemos que há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo’”(Suma Teológica, 1ª Parte, Quest. 29, Art. 4)

(28)Crisóstomo(349-407) cita 1 Jo 5:7-8, de forma reminiscente:

"Três testemunhas abaixo, três testemunhas acima, mostrando a inacessibilidade da glória de Deus"(Discurso Contra os Judaizantes, I:3)

"Mas, ó Pai, e Palavra e Espírito, o ser Triúno, e poder e força de vontade..."(Do Conhecimento de Deus e da Santa Teofania).

(29)Teodoro de Mopsuéstia(+ 428 d.C), diz:

"…que João em sua epístola apresenta Deus como uma Trindade"(Um Tratado Sobre a Trindade Em Um Só Deus, a Partir da Epístola de João, o Evangelista)

(30)Elcherius de Lião(+ 434 d.C)(Formulae, C.XI, Seção 3), diz:

"Este número se refere a Trindade na Epístola de João".

Onde se menciona um número ligado a Trindade na Epístola de João, senão em 1 João 5:7?

(31)Cirilo de Alexandria(378-444 d.C), o famoso patriarca de Alexandria, disse:

"Por ter dito que o Espírito de Deus enquanto é uma das testemunhas[1 Jo 5:7,8], um pouco para a frente, ele acrescenta, 'o testemunho de Deus é maior'[1 Jo 5:9]: Como, então, ele seria uma criatura quando é dito que ele seria Deus com o Pai Universal, e completando o número da SANTA TRINDADE?"(Tesouro da Santíssima e Consubstancial Trindade)

(32)Leão, o Grande(+461), bispo de Roma, cita-o(Epístola a Flávio de Constantinopla), mencionando a expressão "e os três são um".

(33)Proclo de Constantinopla(+ 446 d.C), cita 1Jo 5:7, dizendo:

"Ele é Deus como o Pai; o Espírito Santo é como Deus o Pai e o Filho; a pluralidade de pessoas não prejudica a unidade da natureza; a Trindade não divide a substância"(Homília 15 [Elogio ao Apóstolo João])

"Esta é uma grande graça, meus irmãos: um homem simples sobe ao céu com o pensamento de aprender sobre um mistério tão sublime e seguir a Palavra que a fé o fez contemplar saindo do seio do Pai Eterno, como Deus gerado por Deus. Ele viu o Espírito Santo adorado com o Pai e o Filho, e a Trindade em uma Unidade de natureza a quem louvor eterno foi dado"(Ibidem).

(34)O sírio Tiago de Edessa(451-521)cita, de forma reminiscente, cita 1 Jo 5:7-8, afirmando:

"A alma e o corpo e a mente que são santificados por três coisas santas: pela água e sangue e Espírito, e por meio do Pai e do Filho e do Espírito"(Sobre os Santos Mistérios Eucarísticos)

(35)Cesário de Arles(420-542) o cita, dizendo:

"No fato de que vimos três, como já foi dito, ele entendeu o mistério da Trindade, mas como ele os adorou como um, ele reconheceu que há um Deus em três pessoas"(Sermão 83)

"Os três dias que podemos chamar apropriadamente de Pai, Filho e Espírito Santo; porque o Pai é um dia, este Filho é um, e o Espírito Santo é um, e estes três são um"(Sermão 97)

(36)Victor Vitensis (+ 485 d.C), diz:

"Há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo, e esses três são um"(Historia persecutionis Africanae Provinciae 3.11).

(37)Fulgêncio(468-527 d.C), bispo africano de Ruspe, cita-o:

"Mas o Espírito Santo está no Pai e no Filho e em si mesmo; como o Evangelista São João tão absolutamente testifica em sua epístola: E os três são um"(De Trinitate, V).

"O bendito Apóstolo São João evidentemente diz: 'E os três são um'; que foi dito do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como eu já mostrei, quando vocês exigiram de mim por uma razão"(Contra Fabianum).

"Ele nos ensina que um se refere à natureza deles e nós somos às pessoas deles. Da mesma maneira, é dito: 'Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito; e estes três são um'"(De Trinitate ad Felicem)

"No Pai, portanto, e no Filho e no Espírito Santo, reconhecemos a unidade de substância, mas não ousamos confundir as pessoas. Porque São João, o apóstolo, testifica dizendo: 'Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito, e estes três são um'"(Resposta contra os arianos)

"Na carta de João, e três estão no céu, o Pai, Palavra e o Espírito, e estes três são um"(De Fide Catholica adversus Pintam episcopum Arianum)".

(38)Zacarias de Mitilene(+552) diz:

"O Senhor e Criador de todas as coisas, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, a Trindade Divina, igualmente tripla e santa unidade"(Disputatio De Mundi)

(39)Cassiodoro(583 d.C)(S. Epistolam Parthos ad Joannis: 10.5.1):

"Além disso, há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estes três são um"(S. Epistolam Parthos ad Joannis: 10.5.1).

(40)Isidoro(560-636), diz:

"Na Epístola de João: Porque há três testemunhas na terra, o Espírito, são aqueles que são testemunhas, a água e o sangue; e os três são um Jesus Cristo; E há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito, e os três são um"(Testemunho das Divinas Escrituras, 2)

(41)Máximo, o Confessor, em suas "Disputas sobre o Concílio de Nicéia", também cita em grego 1 Jo 5:7

(42)André de Creta(650-740), diz:

Ó Grande Governante, ó reta, toda poderosa Santíssima Trindade: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, ó Deus, Luz e Vida, guarda o vosso rebanho"(Grande Canon)

(43)João de Damasco(675-749), pai grego, diz:

"O Pai Onipotente, a Palavra e o Espírito, três pessoas, todavia, uma natureza e substância, essência mais elevada e divindade mais elevada"(Carmina et Cantica: In Dominicam Pascha)

(44)Ansbert(760 d.C), diz:

"Embora a expressão de testemunho fiel ali encontrada se refira diretamente a Jesus Cristo somente, - ainda assim, caracteriza igualmente o Pai, o Filho e o Espírito Santo; de acordo com essas palavras de São João: 'Há três que testificam no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e esses três são um'"(Comentário Sobre o Apocalípse)

(45)Ambrósio Autperto(730-784), abade de San Vincenzo, Itália, também cita 1 Jo 5:7:

"Quem é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o primeiro entre os reis da terra'? Por essa maneira de falar, que tem como premissa acima, a expressão da testemunha fiel refere-se apenas ao Filho, portanto, ao mesmo tempo, o Pai e o Espírito Santo dão um testemunho fiel de si mesmos, como está escrito: 'Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um'(1 Jo 5:7). No entanto, deve-se saber que, assim como esses três são um, também aprendemos que esses testemunhos são um, onde o testemunho de um insinua o testemunho do outro. Pois assim o Pai dá testemunho do Filho, que ele é a vida eterna, como está escrito: 'Se aceitarmos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior, porque Ele testificou de seu Filho, enviando-o como Salvador do mundo na Terra'(1 Jo 5:9; 4:14) e pouco depois: 'E este é o testemunho de que Deus nos deu a vida eterna e esta vida está no Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem vida'(1 Jo 5:11-12), mas também o Espírito Santo dá um testemunho do Filho de que ele é a verdade, como está escrito: 'É o Espírito que testifica que Cristo é a verdade'(1 João 5:6b)"(Exposição do Apocalípse de João, 1:3).

(46)Pedro Lombardo(1096-1160), disse:

"Que o Pai e o Filho, diz ele, não por confusão de pessoas, mas pela Unidade da Natureza, São João nos ensinou em sua Epístola Canônica, dizendo: 'Há três que testificam no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um"(Segunda Distinção [Libri Quattuor Sententiarum])

(47)O 4º Concílio de Latrão(1215), em um documento, escrito em grego, diz:

"Pois os fiéis de Cristo, diz ele, não são um no sentido de que são algo que é comum a todos, mas no sentido de que constituem uma Igreja em razão da unidade da fé católica e um reino por razão da união da caridade indissolúvel, como lemos na epístola canônica de São João: 'Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um'(1 Jo 5:7). E imediatamente é adicionado: 'E três são os que dão testemunho na terra: o espírito, a água e o sangue; e estes três são um'(1 João 5:8), como é encontrado em alguns códices"(Canon II)

(47)Tomás de Aquino(1226-1274), disse:

"Em sentido contrário, diz a Primeira Carta de João: 'Eles são três que testemunham no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo'. e para a pergunta Três o que[?], responde-se Três pessoas, como Agostinho diz. Portanto, há somente três pessoas em Deus"(Suma Teológica, I; Quest. 30, Art.3, v.5)

Uma explicação plausível sobre o fato de que 1 Jo 5:7 não ser encontrado nos mais antigos manuscritos gregos, é dada pelos próprios pais da igreja. Por exemplo, Ambrósio((337-397), mencionando os arianos, afirma:

A qual passagem, Arianos, tão expressamente testifica o que se diz sobre o Espírito, que vocês as removeram de suas cópias, e que seriam suas e não também da Igreja! Pois na época em que Auxencio se apoderou da Igreja de Milão com os braços e as forças da incredulidade ímpia, a Igreja de Sirmium foi atacada por Valens e Ursatius, quando seus sacerdotes caíram da fé. Esta falsidade e seu sacrilégio foram encontrados nos livros eclesiásticos. E pode acontecer que vocês tenham feito o mesmo no passado. E vocês realmente têm sido capazes de apagar as epístolas, mas não podem remover a fé”(Do Espírito Santo, III:10)

Da mesma forma, o historiador Socrátes(380-439), aludindo a 1 João, afirma que “assim, pela própria linguagem dos antigos intérpretes, alguns corromperam esta epístola”(História Eclesiástica, VII:32). O próprio Atanásio também compartilha dessa opinião, pois afirma que era praxe entre os arianos a falsificação de documentos eclesiásticos, quando menciona “as conspirações dos arianos por meio de falsas cartas”(Apologia Contra os Arianos, I:3). Apesar dos inimigos da igreja terem extirpado esse texto de vários manuscritos gregos, sobreviveram alguns contendo 1 Jo 5:7, como o Manuscrito E (Basiliensis)(735 d.C) e o Ψ ou 044[Codex Athous Lavrensi(Século IX), bem como o lecionário conhecido como "Apóstolos"[ou ‘Coleção de Lições’], de data considerada como entre o 4º ou 5º Séculos, lecionário esse, pertencente a Igreja Ortodoxa Grega, e o lecionário ‘Ordo Romanus’ [730 d.C], e também de outros lecionários gregos(o 60 [Séc. XI] e o 173 [Séc.10]).

Assim, o testemunho dos pais da igreja, leva-nos a crer que 1 Jo 5:7 foi suprimido do texto grego, pelos hereges, os inimigos da igreja.


O texto de 1 Jo 5:9 pressupõe o texto trinitário de 1 Jo 5:7, na expressão “o testemunho de Deus é maior”(ACF). O “testemunho dos homens” com base em 1 Jo 5:8, se entende mediante eles serem, passivamente regenerados pelo ‘Espírito’, lavados pela ‘água’[a Palavra de Deus](Ef 5:26) e redimidos pelo “sangue”(Hb 9:12). Isso parece estar subtendido por todo o contexto do verso(1 Jo 5:1-6). Portanto, os homens que são objetos dessas graças divinas, são testemunhas oculares do que Deus fez por eles. Agora, uma vez omitido o texto trinitário de 1 Jo 5:7, onde temos a evidência do “testemunho de Deus”? Portanto, diante dessa evidência, somada ao testemunho dos manuscritos, lecionários gregos, bem como o testemunho dos pais da igreja, entendemos e cremos que a negação da autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7 ou a sua atual e proposital omissão nas modernas bíblias, se pratica em nome da ignorância, desonestidade intelectual ou impiedade.


(b)Erasmo reconhece 1 Jo 5:7, e o citou em seus escritos:

"Pois o Espírito também é verdade, assim como o Pai e o Filho são. A verdade de que todos os três são um, assim como a natureza de todos os três é uma, assim como a natureza de todos os três é uma. Pois há três no céu que fornecem testemunho de Cristo: o Pai, a Palavra e o Espírito. O Pai, que não uma, mas duas vezes, enviou sua voz do céu e testificou publicamente que este era seu Filho unicamente amado em quem ele não encontrou ofensa; a Palavra , que, por realizar tantos milagres e por morrer e ressuscitar, mostrou que ele era o verdadeiro Cristo, tanto Deus quanto o homem, o reconciliador de Deus e da humanidade; o Espírito Santo, que desceu sobre sua cabeça no batismo e após o a ressurreição desceu sobre os discípulos. A concordância desses três é absoluta: o Pai é o autor, o Filho o mensageiro, o Espírito o inspirador. Há também três coisas na terra que atestam Cristo: o espírito humano que ele depositou na cruz, a água e o sangue que fluiu de seu lado na morte. E essas três testemunhas estão de acordo. Eles testificam que ele era um homem. Os três primeiros declaram que ele é Deus"(Obras Coletadas de Erasmos [em inglês], p. 174)

(c)Modernos Teólogos da Igreja Ortodoxa Grega citam 1 Jo 5:7 como parte da Epístola de João.

Emanual Calecas no século 14 e Joseph Bryennius [1350–1430] no século 15 fazem referência à 1 Jo 5:7 em seus escritos gregos.

Os ortodoxos aceitaram 1 Jo 5:7 como parte da Epístola de João. A Confissão de Fé Ortodoxa, publicada em grego em 1643 pelo estudioso multilíngue Peter Mogila[1596-1464], cita 1 Jo 5:7 =

"Conseqüentemente, o Evangelista ensina (1 Jo 5:7): Há três que dão testemunho no Céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo e esses três são um ..."([A Confissão Ortodoxa da Igreja Católica, Apostólica e Oriental, 1662, p.16], 1762. Greek and Latin in Schaff The Creeds of Christendom, 1877, p.275)

Se 1 Jo 5:7 nunca tivesse sido parte das bíblias gregas, como a Igreja Ortodoxa Grega o citaria em sua própria confissão de fé, sem ouvir-se uma única voz de protesto? Não faria nenhum sentido.

(d)O testemunho dos teólogos reformados e arminianos

(i)François Turrettini(1623-1687) defende a canonicidade de 1 Jo 5:7, apelando para os manuscritos gregos:

Erasmo, declara que [1 Jo 5:7] é encontrado no muito antigo Códice Britânico, que ele considerou tão oficial que restaurou este versículo, omitido de suas edições anteriores, nas edições posteriores, que ele revisou com o máximo cuidado, como ele mesmo diz"(Compendium Theologiæ didactico-elencticæ, ex theologorum nostrorum institucionalibus theologicis auctum et illustratum. 1695, p.36).

(ii)O arminiano John Wesley(1703-1791), em seu "Sermão sobre a Trindade", diz:

"Eu insistiria apenas nas palavras diretas, inexplicáveis, exatamente como estão no texto: 'Há três que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo: E estes três são um'.

'Como estão no texto': - mas aqui surge uma pergunta: Esse texto é genuíno? Foi originalmente escrito pelo apóstolo ou inserido em épocas posteriores? Muitos duvidaram disso; e, em particular, a grande luz da igreja cristã, recentemente removida para a Igreja de cima, Bengel, - a mais piedosa, a mais judiciosa e a mais laboriosa de todos os modernos Comentadores do Novo Testamento. Por algum tempo, ele duvidou de sua autenticidade, porque está faltando em muitas das cópias antigas. Mas suas dúvidas foram removidas por três considerações: (1)Que embora esteja faltando em muitas cópias, ainda é encontrado em mais; e aquelas cópias da maior autoridade: - (2.)Que é citado por um ganho de escritores antigos, desde a época de São João até a de Constantino. Este argumento é conclusivo:Pois eles não poderiam tê-lo citado, se não estivesse no cânone sagrado. (3)Que podemos facilmente explicar por ele estar, depois daquela época, faltando em muitos exemplares, quando lembramos que o sucessor de Constantino foi um zeloso ariano, que usou todos os meios para promover sua má causa, para espalhar o arianismo por todo o império; em particular, o apagamento deste texto de tantas cópias quantas caíram em suas mãos. E ele prevaleceu até agora, que a era em que viveu é comumente denominada Seculum Aranium, - 'a era ariana'; havendo então apenas um homem eminente que se opôs a ele com perigo de vida. De modo que era um provérbio, Atanasius contra mundum: 'Atanásio contra o mundo'".

(e)Autoridades da Igreja Católica Romana.

O sacerdote católico romano Anthony Kohlmann(1771-1836), diz:

"Existem várias formas de dar conta dessa omissão e entre outras, pode-se dizer, primeiro, que essa omissão aconteceu por negligência de alguns copistas ignorantes, que, após terem escrito as primeiras palavras do 7º verso 'há três que dão testemunho', por um erro dos olhos, pularam a parte restante do texto e passou para o texto imediatamente seguinte, onde as mesmas palavras se repetem; pois tais erros geralmente ocorrem na transcrição, especialmente quando os dois versos e os dois períodos começam e terminam com as mesmas palavras.Outra razão desta omissão é dada pelo autor do prólogo às sete epístolas católicas ... (tradução da seção do Prólogo da Vulgata) ... Com essas palavras ele não alude obscuramente aos marcionitas ou arianos, que propositalmente apagaram este versículo de todas as cópias que puderam cair em suas mãos; pois eles bem entenderam que por aquele único testemunho sua causa foi desfeita. Com uma perfídia semelhante, Santo Ambrósio(lib. Iii de spiritu sancto cap X) reprova os arianos, que haviam expurgado estas palavras das Escrituras: 'pois eles bem entenderam que por aquele único testemunho sua causa foi desfeita'"(Unitarismo filosoficamente e teologicamente examinado, 1821, p.173).

Diante de todas estas evidências, novamente repetimos, que, com base em todas estas evidências, somadas ao testemunho dos manuscritos, lecionários gregos, bem como o testemunho dos pais da igreja, entendemos e cremos que a negação da autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7 ou a sua atual e proposital omissão nas modernas bíblias, se pratica em nome da ignorância, desonestidade intelectual ou impiedade.