sexta-feira, 6 de abril de 2018

Uma resposta ao defensor do Texto Crítico e auto-denominado ‘calvinista’ – João Peixoto Neto - administrador da página do facebook 'Calvinistas"

















(1)Síntese é um tipo de texto que contempla as principais ideias de outro texto, isto é, do contexto do próprio verso. Nesse caso, a omissão de 1 Jo 5:7 prejudica toda a mensagem de 1 Jo 5, e todo o seu entendimento. O texto de 1 Jo 5:9 pressupõe o texto trinitário de 1 Jo 5:7, na expressão “o testemunho de Deus é maior”(ACF). O “testemunho dos homens” com base em 1 Jo 5:8, se entende mediante eles serem, passivamente regenerados pelo ‘Espírito’, lavados pela ‘água’[a Palavra de Deus](Ef 5:26) e redimidos pelo “sangue”(Hb 9:12). Isso parece estar subtendido por todo o contexto do verso(1 Jo 5:1-6). Portanto, os homens que são objetos dessas graças divinas, são testemunhas oculares do que Deus fez por eles. Agora, uma vez omitido o texto trinitário de 1 Jo 5:7, onde temos a evidência do “testemunho de Deus”?


(2)1 Jo 5:7 tanto faz parte da epístola de João, que o "Philopatros"(166-167 d.C), uma obra escrita por um pagão contemporâneo de Luciano(o qual menciona o judeu Trifo, com quem Justino debateu), que ridicularizando a crença dos cristãos na Trindade, afirma que os cristãos atribuíam a crença nessa doutrina ao apóstolo João, e isso remete a 1 Jo 5:7, pois não há nenhum outro lugar nos escritos de João, onde a doutrina da Trindade aparece tão explícita, como em 1 Jo 5:7


(3)O Joás me pergunta se sou graduado ou em especialista em grego, para defender a canonicidade de 1 Jo 5:7. Aliás, ninguém precisa ser graduado ou em especialista em grego, para saber que 1 Jo 5:7 fazia parte das bíblias gregas, antes que os heréticos arianos tomassem o domínio da igreja grega durante quarenta anos, a ponto de suprimirem esta passagem que fala da Trindade, se temos o testemunho dos próprios pais gregos pós-apostólicos, citando 1 Jo 5:7, como parte da 1ª epístola de João:


(i)Clemente de Alexandria(155-225)(Extratos dos Profetas, 13.1/ Comentário da Primeira Epístola de João)


(ii)Orígenes(184-255)(Escólio Sobre o Salmo 123:2/Comentário do Evangelho de João”[II:4]),


(iii)Atanásio(263-373), o renomado teólogo grego e bispo de Alexandria(“Disputa com Ario”/“A Sinopse da 1ª Epístola de João”/“Quaestiones Aliae”)


(iv)Gregório Naziazeno(330-390), bispo grego cita-o(5ª Oração Teológica, [31:9]/”45ª Oração Teológica”);



(v)Cirilo de Alexandria(378-444 d.C) o famoso patriarca de Alexandria (Tesouro da Santíssima e Consubstancial Trindade)


(vi)João de Damasco(675-749)(Carmina et Cantica: In Dominicam Pascha)


Ambrósio(337-397), mencionando os arianos, afirma que eles foram capazes “DE APAGAR AS EPÍSTOLAS”(Do Espírito Santo, III:10);


Da mesma forma, o historiador Socrátes(380-439), aludindo a 1 João, afirma que “assim, pela própria linguagem dos antigos intérpretes, ALGUNS CORROMPERAM ESTA EPÍSTOLA”(História Eclesiástica, VII:32)


Jerônimo(347-420), o primeiro tradutor da Bíblia, em seu "Prólogo as Epístolas Católicas", afirma que 1 Jo 5:7 "FOI OMITIDO POR COPISTAS INFIÉIS".


E há muitos outros pais da igreja, citando 1 Jo 5:7, como parte integrante da epístola de João:


http://fundamentalismoreformado.blogspot.com.br/…/a-autenti…


Agora me diga: Quem é o Dr. Carson, diante dos pais da Igreja (gregos e não gregos), que tiveram perto de si o texto original, como foi redigido em sua composição original?


Apesar dos inimigos da igreja terem extirpado esse texto de vários manuscritos gregos, sobreviveram alguns contendo 1 Jo 5:7, como o Manuscrito E(Basiliensis)(735 d.C). Assim, o testemunho dos pais da igreja, leva-nos a crer que 1 Jo 5:7 foi suprimido do texto grego, pelos hereges, os inimigos da igreja.


(4)Como já dissemos, e repetimos - o texto de 1 Jo 5:9 pressupõe o texto trinitário de 1 Jo 5:7, na expressão “o testemunho de Deus é maior”(ACF). O “testemunho dos homens” com base em 1 Jo 5:8, se entende mediante eles serem, passivamente regenerados pelo ‘Espírito’, lavados pela ‘água’[a Palavra de Deus](Ef 5:26) e redimidos pelo “sangue”(Hb 9:12). Isso parece estar subtendido por todo o contexto do verso(1 Jo 5:1-6). Portanto, os homens que são objetos dessas graças divinas, são testemunhas oculares do que Deus fez por eles. Agora, uma vez omitido o texto trinitário de 1 Jo 5:7, onde temos a evidência do “testemunho de Deus”? Portanto, diante dessa evidência, somada ao testemunho dos manuscritos (como o e lecionários gregos(o nº 60 [Século XI] e o nº 173 [Século 10]), bem como o testemunho dos pais da igreja, entendemos e cremos que a negação da autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7 ou a sua atual e proposital omissão nas modernas bíblias, se pratica em nome da ignorância, desonestidade intelectual ou impiedade.



(5)Se você não crê que 1 Jo 5:7 é inspirado, não se diga calvinista, porque Calvino o citou como prova bíblica da Trindade(Institutas, III, 1:1). Justamente por isso, em seu "Comentário de 1 Jo 5:7", Calvino chegou a dizer sobre esta passagem: "ESTOU INCLINADO A RECEBÊ-LA COMO VERDADEIRA LEITURA", Ademais, os três simbolos de fé de Westminster citam 1 Jo 5:7, como prova bíblica da Trindade:



https://www.ligonier.org/…/ar…/westminster-confession-faith/

http://www.westminsterconfession.org/…/the-westminster-shor…

http://www.reformed.org/documents/wlc_w_proofs/


(5)Na realidade, esse texto é omitido no Texto Crítico, representado apenas por dois manuscritos gregos, comprovadamente corrompidos(o manuscrito Vaticano e Sinaítico), como atesta o Rev. Jackson Macedo, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, declarando:


“As modernas versões e traduções da Bíblia são feitas a partir de um punhado de Mss gregos chamados Alexandrinos, por terem sua origem naquela cidade que foi o berço das heresias. Esses Mss, chamados pelos críticos de superiores e melhores, são os seguintes: o Ms Sinaítico, também chamado de Aleph (1ª letra do alfabeto hebraico) e o Ms Vaticano, também chamado de Ms B. Na realidade, são os mais corrompidos, como vamos mostrar:


a. O descobridor do Códice Sinaitico – Tischendorf contou em torno de 14.800 alterações feitas por nove pessoas diferentes dos copistas originais;


b. Ebernard Nestle — admitiu que teve de modificar o estilo do Texto Grego do Códice Sinaítico, que apresentava um estilo do grego de Aristóteles e Platão, para o estilo Koinê;


c. O texto do Ms Vaticano omite 2877 palavras só nos evangelhos;


d. O Ms Sinaitico omite 3453 só nos evangelhos;


e. Em relação ao Textus Receptus, o Texto Crítico difere 5337 vezes;


f. O Códice Sinaitico e o Códice Vaticano divergem entre si cerca de 3000 vezes, só nos evangelhos. POR AQUI SE VÊ QUE AS VÁRIAS OMISSÕES, INCLUSIVE DA COMMA [1 Jo 5:7] FORAM FEITAS INTENCIONALMENTE E COM MÁ FÉ”(Defesa da Fé, Ano V – Nº 37, Agosto de 2001, p.58).


Ademais, não só estes pais gregos citaram mais diversos outros pais citaram 1 Jo 5:7, como parte do texto inspirado de 1 João 5:

http://fundamentalismoreformado.blogspot.com.br/…/a-autenti…


(5)Por que me silenciar? E por que o grupo "Calvinistas" não tem o direito de saber que só os manuscritos corrompidos omitiram 1 Jo 5:7? O Joás me silenciou, por eu atrapalhar as crenças dele, por ser ele um defensor aberto e declarado do Texto Crítico, pois já havia afirmando ter abandonado a crença no Texto Majoritário (Texto Receptus) como texto usado por Deus, para preservar todo o texto original do NT. Uma das insofismáveis provas de que o Texto Receptus contém o texto genuíno do NT, são as citações dos pais da Igreja. O Dr. A. A. Hodge[1823-1886], atesta isso, quando afirma:


“CITAÇÕES DAS ESCRITURAS APOSTÓLICAS NOS ESCRITOS DOS PRIMEIROS CRISTÃOS, ESSAS SÃO TÃO NUMEROSAS, QUE TODO O NOVO TESTAMENTO PODERIA SER REUNIDO DAS OBRAS DE ESCRITORES ESCRITAS ANTES DO SÉTIMO SÉCULO; ELAS PROVAM O EXATO ESTADO DO TEXTO NO TEMPO EM QUE ELE FOI REDIGIDO"(Confissão de Fé de Westminster Comentada, pp.69,70).


Se todas as citações dos textos do NT, feitas pelos pais da Igreja, não só comprovam o estado genuíno do NT, mas em si reúnem “todo o NT”(como disse corajosa e coerentemente o Dr. Hodge), então segue-se que a preservação total dos textos do NT (como Cristo prometeu: ‘nem um jota ou um til se omitirá da lei’[Mt 5:18]), não pode ser encontrada no Texto Crítico, uma vez que textos como 1 Jo 5:7; Mc 16:9-20; Jo 8:1-11, etc, citados pelos pais da Igreja, não constam neste texto grego (Texto Crítico - Sinaítico e Vaticano), mas apenas no Texto Majoritário(Texto Receptus). Cometeram os pais da Igreja o "pecado" de citar e colocar textos "apócrifos" do NT em suas obras? Ou de onde eles tiraram esses textos? Será que os defensores e usuários do TC(ARA, BLH, NVI, BV, etc), os “modernos reformados", podem responder essa pergunta?


O simples fato de que todas as citações do NT, feita pelos pais da Igreja estejam contidas 100% no Texto Receptus (tambem chamado Texto Majoritário) mostra que o TC e suas 'bíblias' não contêm toda a palavra que saiu da boca de Deus. De fato, a preservação plenária das Escrituras Gregas só pode ser encontrada e defendida apenas dentro e através do Texto Majoritário. Faço minhas as palavras do ministro presbiteriano, Rev. Paulo Anglada (que é um fiel ministro da IPB):


"O texto grego representado na maioria dos manuscritos, conhecido como texto majoritário, bizantino, tradicional ou eclesiástico, foi o texto empregado em todas as traduções da Bíblia até o início deste século... Eles preservaram em essência, agora não mais manuscrito, mas impresso, o texto majoritário ou eclesiástico, O QUAL CONTINUARIA A SER AMPLAMENTE ADOTADO PELA IGREJA, INCLUSIVE PELOS REFORMADORES, COMO CÓPIA FIDEDÍGNA DO TEXTO ORIGINAL... O FATO É QUE A NÃO ACEITAÇÃO DO TEXTO MAJORITÁRIO COMO A FIEL TRANSMISSÃO DO TEXTO ORIGINAL IMPLICA NA REJEIÇÃO DA DOUTRINA DA PRESERVAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO; POIS, QUE OUTRO TEXTO DO NOVO TESTAMENTO TERIA O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA DE HAVER SIDO PRESERVADO?"(Sola Scriptura, pp.97,100,102).

Como verdadeiros cristãos de linha reformada, cremos que o Senhor registrou, em sua Palavra toda a sua perfeita vontade, isto é, todas as coisas concernentes a salvação, fé e prática do cristão(Sl 139:130; Jo 5:39; At 17:11; Ef 6:17; 2 Tm 3:17-18). Da mesma forma, também cremos que a Bíblia é totalmente inspirada e infalível(Pv 8:8; Jo 10:35), pois o mesmo Senhor prometeu igualmente preservá-la integralmente pura (letra por letra, vogal por vogal, palavra por palavra)(Mt 5:18; 24:35; Gl 3:16), como era desde o princípio. Este também era o pensamento da Confissão de Fé de Westminster:


“O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência CONSERVADOS PUROS EM TODOS EM TODOS OS SÉCULOS, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das Escrituras”(I:8)


Acreditando de verdade na promessa do Senhor, nós, sem dúvida alguma, cremos absolutamente, que, temos hoje, seguradas em nossas mãos, em hebraico e em grego, a mais absolutamente perfeita e infalível Palavra de Deus, perfeitamente inspirada e preservada, e, em português, sua tradução extremamente confiável, uma vez que foi fielmente baseada nos textos originais, e “FIDELIDADE AOS TEXTOS ORIGINAIS SIGNIFICA FIDELIDADE AO TEXTO MASSORÉTICO HEBRAICO E ARAMAICO DO AT E AO TEXTO MAJORITÁRIO DO NT”(Paulo Anglada; Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p.119), e também porque foi feita “POR HOMENS DE INQUESTIONÁVEL REPUTAÇÃO, ORTODOXIA E CONHECIMENTO TEOLÓGICO”(Ibidem, p.164).



O Texto Crítico de Westcott e Hort é baseado em apenas dois manuscritos gregos: O Sinaítico (5º Século) e o Vaticano (4º século), enquanto que o Texto Majoritário(Texto Receptus) é baseado na maioria dos manuscritos “DOS TIPOS MAIS VARIADOS, PROVENIENTES DOS LOCAIS MAIS DIVERSOS, E PRATICAMENTE DE TODOS OS SÉCULOS DA HISTÓRIA DA IGREJA”(Paulo Anglada; Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p. 102). Este texto é abundantemente encontrado em “PAPIROS, UNCIAIS, CITAÇÕES PATRÍSTICAS, LECIONÁRIOS, VERSÕES, CURSIVOS”(Paulo Anglada; Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p. 102), característica inexistente no Texto Crítico.


(6)O Joás Peixoto Filho - como todo seguidor de Westcott e Hort, e de liberais que comandam a ímpia e apóstata 'Crítica Textual'(baseada no TC), ataca a KJV, assim como outros atacam a ACF, dizendo que os autores da KJV entendiam mais de latim do que de grego, mas não cita nenhuma prova para isso.

(7)O Joás Peixoto Filho, mostra não ter domínio sobre manuscritologia. O domínio dele é sobre 'piolhologia', e ser 'maria-vai-com-as-outras', pois se baseia não em uma pesquisa pessoal do assunto, mas na opinião de terceiros (defensores do TC), como o Dr. Carson, de quem ele diz:


"ELE É A PONTA DO ICEBERG"


"O DR. CARSON ESCREVEU UMA OBRA INTEIRA SOBRE OS EQUÍVOCOS DA KJ. INFELIZMENTE, NÃO FOI TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS AINDA. MAS É UMA OBRA ÍMPAR! ME FEZ ABRIR OS OLHOS".


Note, o adulão do Carson chegou as suas conclusões, a partir do pensamento do Carson, não com base em uma pesquisa que ele mesmo se propôs a fazer. é um piolho do Carson.


Em defesa da KJV 1611, temos vários livros escritos por eminentes teólogos reformados:


- Edward F. Hills, The King James Version Defended

- Dr. Donald A. Waite. Defending the King James Bible

- Dr. Donald A. Waite. Defending the King James Bible: A Four-Fold Superiority : Texts, Translators

- Dr. Charles Turner.; Why the King James Version?

- Dr. Otto Fuller, Which Bible?

- Dr. John Burgon. Revision Revised

- Rick Streight. In Defense of the King James Bible

Nenhum desses livros jamais foram refutados pelos adeptos do TC.


Além desses homens, temos vários sites em defesa da KJV:


http://www.jesus-is-savior.com/…/1611_authorized_king_james…

http://bible-truth.org/KjvDefensePage.html

http://deanburgonsociety.org/PDF/Defending_The_KJB.pdf (Contendo FOUR REASONS for DEFENDING THE KING JAMES BIBLE", do Dr. D. A. Waite)

http://holinessmessenger.com/writings/kjv_defense.htm

http://www.biblerays.com/defending-the-king-james-bible.html

http://www.avdefense.webs.com/articles.html

http://www.cuttingedge.org/defendingKJV.html

http://mpbiwv.com/Defense-Of-The-KJV.php

http://www.blessedquietness.com/…/housechu/kingjamesbiblede…

http://www.kjv-asia.com/authorized-version-defence/

http://standardbearers.net/…/The_King_James_Version_Defende…

https://www.daystarpublishing.org/king-james-defense

https://kjvdefense.wordpress.com/the-king-james-bible-beli…/

https://av1611.com/kjbp/articles/waite-fourfold1.html

http://www.lovethetruth.com/king_james_bible.htm

https://www.wayoflife.org/database/king_james_only.html

https://anglicanorumcoetibussociety.blog/…/in-defense-of-t…/

(8)Desmascarando os "Críticos Textuais"


David Cloud, líder fundamentalista, passa o pente fino sobre esses indivíduos, dizendo:


"Enquanto as Bíblias da Reforma tinham nascido em um clima de reavivamento espiritual e de fé, as modernas Bíblias nasceram em um clima de apostasia e incredulidade.


Os principais editores que, nos anos 1800s, produziram os novos textos (em grego) que diferiam do Texto Recebido, foram Griesbach, Hug, Lachmann, Tregelles, Tischendorf, e Westcott & Hort. Estes foram os pais do moderno criticismo textual.


a)J.J. GRIESBACH (1745-1812) foi um professor da disciplina !Novo Testamento?, com uma paixão pelo criticismo textual. É importante notar que Griesbach, ![que] desde seus dias de estudante de graduação [foi] influenciado pela maré enchente do racionalismo que varria seu país, era um inimigo do cristianismo ortodoxo? (D. A. Thompson, ?The Controversy Concerning the Last Twelve Verses of the Gospel According to Mark?, p. 40). Ele abandonou o Texto Recebido e teceu um novo texto contendo muitas das novidades posteriormente popularizadas por Westcott e Hort. Griesbach mantinha o assombroso ponto de vista de que? Entre as várias variantes para uma passagem [do Novo Testamento em grego], tem que merecidamente ser considerada como suspeita aquela que, mais do que as outras [variantes], manifestadamente favorece os dogmas da ortodoxia? (Scrivener, citado por D. A. Thompson, p. 40). Em outras palavras, de acordo com este princípio, ?se houver uma passagem no Texto Recebido que evidente e fortemente implica ou ensina a divindade de Cristo em [natureza e] essência, ou [ensina] alguma outra doutrina fundamental da Fé, e em alguns outros velhos manuscritos houver uma variante que diminua aquela ênfase, ou que, por omissão, de todo a joga no lixo, então esta última variante deve tomar precedência sobre aquela primeira? (Ibid.). Isto, meus amigos, é pensar caoticamente, de cabeça para baixo! A edição do texto (em grego) de Griesbach removeu o final de Marcos 16 (vv. 9-20), baseado em relatos de que o manuscrito Vaticanus, que ele considerava o mais antigo e melhor, não continha estes versos. Griesbach não tinha visto o Vaticanus, mas tinha recebido relatos sobre o fato de que Marcos 16:9-20 era omitido neste códice.


b)J.L. HUG (1765-1846) "em 1808 introduziu a teoria de que, no século II, o texto do Novo Testamento tinha se tornado profundamente degenerado e corrupto, e que todos os textos hoje sobreviventes são meramente revisões editoriais deste texto corrompido? (Hills, p.65). Esta inacreditável teoria totalmente contradiz a promessa que Deus fez de preservar as Escrituras. [Ver nota de rodapé anterior].


c)KARL LACHMANN (1793-1851), que tem sido descrito como um racionalista alemão (Turner, p.7), publicou edições do Novo Testamento em Berlim, na Alemanha, em 1842 e 1850. Ele foi um professor de "Filologia Clássica e Alemã", em Berlim. Ele ?começou a aplicar ao texto do Novo Testamento em grego as mesmas regras que tinha usado para editar textos dos clássicos gregos, os quais têm sido radicalmente alterados ao longo dos anos. ... Lachmann tinha estabelecido uma série de diversas pressuposições e regras que usou para chegar aos [que cria serem os] textos originais dos clássicos gregos. ... Ele agora começou a usar estas mesmas pressuposições e regras para corrigir o Novo Testamento que ele também pressupunha ter sido irrecuperavelmente corrompido. [Mas] ele cometeu um erro por demais evidente. O cuidado reverente e amoroso prestado pelas igrejas fiéis ao copiar e preservar as Escrituras não foi igualado por um processo similar no copiar dos clássicos gregos? (Turner, pp. 7-8). Lachmann descartou a escrita do Texto Recebido em favor daquilo que ele considerava o mais antigo e melhor texto, representado pelo Vaticanus e uns poucos outros manuscritos similarmente corrompidos. Burgon observa que o texto de Lachmann raramente se apoia em mais que quatro códices em grego, muito frequentemente em três, não infrequentemente em dois, algumas vezes em somente um?(Revision Revised?, p. 21). Na sua arrogância de erudito, Lachmann estava querendo erradicar séculos de piedoso discernimento (purificado na fornalha da perseguição), em favor de modernas novidades.


d)SAMUEL TREGELLES (1813-1875) aceitou os pontos de vista de Lachmann. Tregelles disse: 'Tem que ser concedido a Lachmann o reconhecimento disto, que ele tomou a frente no caminho de jogar fora os assim chamados Textus Receptus, e corajosamente colocar o Novo Testamento completa e inteiramente, sobre uma base de real autoridade?'(Edward Miller, A Guide to the Textual Criticism of the New Testament?, 1886, p. 22). O que Lachmann supunha ser real autoridade? era o manuscrito Vaticanus (que, por séculos, tinha repousado em desuso no castelo do Papa) e alguns outros poucos manuscritos similarmente não merecedores de respeito.


e) CONSTANTIN TISCHENDORF (1815-1874) foi um editor alemão de textos [bíblicos] que viajou extensivamente em procura de antigos documentos. Ele foi instrumental em trazer à luz os dois manuscritos [lamentavelmente] mais influentes no moderno trabalho da tradução da Bíblia ! Códice Sinaiticus e Códice Vaticanus.


CÓDICE SINAITICUS. No ano de 1844, enquanto viajava sob o patrocínio de Frederick Augustus, Rei da Saxônia, em busca de manuscritos, Tischendorf chegou ao Convento de Santa Catarina, [ao pé do] Monte Sinai. Aqui, observando alguns documentos de antiga aparência e que estavam em uma cesta [de lixo] cheia de papéis prontos para acender o fogão, ele os escolheu e retirou, e descobriu que eram quarenta e três folhas de pergaminho da Versão Septuaginta. Foi permitido que ele os tomasse: mas, no desejo de salvar as outras partes do manuscrito do qual ele ouvira falar, ele explanou seu valor aos monges os quais, sendo agora informados, lhe permitiriam apenas copiar uma página e recusaram lhe vender o resto. Quando retornou, ele publicou em 1846 o que tinha conseguido obter , com o título `Codex Frederico-Augustanus' estampado em honra do seu patrocinador" (Miller, p. 24).


O manuscrito Sinaiticus completo continha porções do Velho Testamento e dos livros apócrifos, continha o Novo Testamento completo, como também a espúria [forjada] Epístola de Barnabé, e um fragmento da espúria Pastor de Hermas. Naquela primeira visita Tischendorf não teve permissão para tomar o manuscrito completo, mas ele retornou ao monastério em 1853 e novamente em 1856. Na noite final da sua última visita, o códice lhe foi mostrado e ele ficou acordado toda a noite copiando uma parte dele. Qual foi a porção com a qual ele perdeu uma noite de sono a copiando, você pode perguntar? Assombrosamente (e indicativo da condição espiritual do homem, cremos), foi a Epístola de Barnabé, que nem [sequer] é canônica! A respeito desta epístola, o estudioso textual do século XIX, Friedrich Bleek, disse: '[ela] é provavelmente forjada e seu conteúdo é insignificante e frívolo, de modo que é bastante indigna de ser colocada lado ao lado com os escritos do Novo Testamento?!'. Ganhando um ouvinte simpatizante no abade superior do monastério, Tischendorf manobrou de modo a ter o manuscrito trazido ao Cairo, onde, naquele mesmo ano, lhe foi permitido copiá-lo. Depois de consideráveis lutas políticas e religiosas, e da promessa de uma soma de dinheiro e de honras para a ordem monástica, foi permitido a Tischendorf tomar o manuscrito para São Petersburgo na Rússia, em 1862. Pouco depois, em Leipzig, Alemanha, ele publicou 300 cópias [do manuscrito], em quatro volumes.


Tischendorf era tão enamorado com o manuscrito Sinaiticus que ele alterou a oitava edição do seu texto em grego (1869-72) em 3.369 casos, largamente em conformidade com o Sinaiticus.


Note que este manuscrito, que tão poderosamente influenciou os homens que desenvolveram as teorias do moderno criticismo textual, foi descoberto em uma cesta de lixo em um monastério da Igreja Católica Greco-Ortodoxa. Mesmo os monges espiritualmente cegos que viviam neste local demoniacamente oprimido o consideraram digno apenas de queimar! Dr. James Qurollo observa, "Eu não sei qual deles tinha a verdadeira avaliação do seu valor ! Tischendorf, que queria comprá-lo, ou os monges, que estavam se aprontando para queimá-lo!?

A pura palavra de Deus, meus amigos, não tem sido preservada em um obscuro monastério da Igreja Católica Greco-Ortodoxa ou nas prateleiras empoeiradas da biblioteca do Papa, mas nos manuscritos e nas Bíblias e que têm sido altamente honradas e usadas pelos crentes comuns através dos séculos.


***As corrupções do Códice Sinaiticus: é importante notar que o Sinaiticus mostra clara evidência de corrupção. Dr. F. H. A. Scrivener, que em 1864 publicou "A Full Collation of the Codex Sinaiticus, testificou:


"O Códice é coberto com alterações de um caráter obviamente corretivo ! devidas a pelo menos dez diferentes revisores, alguns deles [os revisores] sistematicamente se espalhando sobre CADA página, outros ocasionalmente, ou limitados a porções separadas do manuscrito, muitos destes sendo contemporâneos ao primeiro escritor, mas a maior parte [dos revisores] vivendo no sexto ou sétimo século?.


A condição amedrontadoramente sacrílega do Monastério de Santa Catarina: É apropriado darmos uma descrição do monastério que abrigava o Códice Sinaiticus. A descrição seguinte foi escrita pelo Dr. R. L. Hymers: Eu me tornei convicto da superioridade do Texto Recebido durante uma viagem à Península do Sinai, no verão de 1987. Minha esposa e eu éramos parte de uma expedição que escalou o Monte Sinai. Depois que descemos, visitamos o Monastério Santa Catarina, que se localiza ao pé da montanha. Eu fiquei chocado com as características estranhas e mesmo satânicas deste monastério. As caveiras de monges de todos os séculos estavam amontoadas em um grande aposento. Esta montanha de caveiras tinha entre uns 2,10 a 2,40m de altura. O esqueleto de um dos monges estava acorrentado a uma porta adjacente a esta pilha de caveiras, deixado lá como um guarda de idade indeterminável. Dentro do próprio santuário do monastério, ovos de avestruzes pendiam do forro, lâmpadas tenuamente iluminavam a atmosfera tenebrosa, e estranhos desenhos e pinturas contrárias às Escrituras decoravam o edifício inteiro.


Fomos guiados através deste fantasmagórico convento para o local onde os rolos Sinaiticus tinham sido guardados através dos séculos, por estes monges, até serem descobertos por Tischendorf, levados à [Rússia, publicados na] Alemanha, e finalmente vendidos à Grã Bretanha. Enquanto eu estava de pé em frente à caixa onde o manuscrito Sinaiticus tinha sido guardado antes de ser roubado por Tischendorf, eu tive a distinta impressão de que nenhuma luz espiritual poderia vir deste local.


Esta impressão me levou a reexaminar os fatos concernentes ao texto de Westcott e Hort, e a chegar à conclusão de que o uso que [estes homens] fizeram dos manuscritos Sinaiticus e Vaticanus como a base para o novo texto em grego foi ilegítimo e enganador. Eu tenho chegado à conclusão de que o texto de Westcott e Hort é uma mutilação, e de que o Texto Masorético e o Texto Recebido, que são a base para a Bíblia do Rei Tiago [e para as Almeidas 1753, RCorr e CFiel], lhe são incomparavelmente superiores. Portanto, eu fortemente defendo a Bíblia do Rei Tiago como a mais confiável tradução que hoje temos das Escrituras para o idioma inglês." [O mesmo dizemos das Almeidas RCorr e CFiel, para o português].


CÓDICE VATICANUS. Tischendorf também contribuiu para trazer à luz o manuscrito Vaticanus. Os detalhes envolvidos neste empreendimento são quase tão fascinantes quanto aqueles da sua busca pelos Sinaiticus:


"Como o nome diz, [o Vaticanus] está na Grande Biblioteca do Vaticano, em Roma, que tem sido seu domicílio desde alguma data antes de 1481 [Editor: isto deve ser bem entendido por aqueles que conhecem o espírito pervertido de Roma]. As autoridades da Biblioteca do Vaticano punham contínuos obstáculos no caminho de todos aqueles que desejavam estudá-lo em detalhes. Um correspondente de Erasmus, em 1533, enviou àquele estudioso um número de selecionadas transcrições do manuscrito, como prova da sua [suposta] superioridade em relação ao Texto Recebido. [Editor: Erasmus subseqüentemente rejeitou estas transcrições]. ... Como um troféu de vitória, Napoleão levou o Vaticanus para Paris, onde ele permaneceu até 1815, quando os muitos tesouros que ele tinha saqueado das bibliotecas do Continente foram devolvidas aos seus respectivos donos. ... Em 1845, foi permitido ao grande estudioso inglês Tregelles vê-lo por seis horas, mas não lhe copiar uma [só] palavra. Seus bolsos foram revistados antes que ele pudesse abrí-lo e todos os materiais de escrever lhe foram tomados. Dois membros do clero ficaram ao seu lado e arrebatavam o volume se ele olhasse por demasiado tempo para qualquer passagem!... Em 1866 Tischendorf uma vez mais submeteu um pedido de permissão para editar o manuscrito, mas com dificuldade ele [somente] obteve permissão para examiná-lo durante quatorze dias, todos eles de três horas cada um, com o propósito de colatar passagens difíceis. E, fazendo o máximo [proveito] do seu tempo, em 1867 Tischendorf pode publicar a mais perfeita edição do manuscrito que já tinha aparecido. Uma versão [Católica] Romana melhorada apareceu em 1868-81..." (Frederic Kenyon, Our Bible and the Ancient Manuscripts?, New York: Harper & Brothers, 4a. edição, 1939, pp. 138-139).


A atitude que Roma exibiu com relação àqueles que procuraram examinar o manuscrito Vaticanus é indicativa da atitude histórica de Roma com relação à Palavra de Deus. Enquanto os batistas e os reformadores estavam diligentemente trazendo as Escrituras à luz, !de modo que o condutor de arados possa entendê-las? , de modo igualmente diligente Roma estava tentando esconder a Palavra de Deus do homem comum. Este é um fato histórico, amigos.


http://www.palavraprudente.com.br/…/va…/micelanea/cap26.html


Sobre os modernos textos gregos baseados sobre Westcott e Hort, Cloud afirma:


"Tristemente, o enfoque crítico à Bíblia que foi tão evidente entre muitos dos estudiosos do século XIX, tem continuado a ser a filosofia dominante do século XX. À luz da profecia bíblica com respeito à apostasia dos últimos dias, não achamos este fenômeno surpreendente. É sobre o lastimável fundamento do Westcott-Hortismo que repousa o inteiro edifício das versões modernas [baseadas no Texto Crítico].


O TEXTO EM GREGO, DE NESTLÉ. Em 1904 a British and Foreign Bible Society publicou uma edição do texto em grego, com aparato crítico preparado pelo Professor Eberhard Nestlé. O texto de Nestlé foi baseado na 8a. edição (1869-72) de Tischendorf, na edição 1881 de Westcott e Hort, e na edição 1902 de D. Bernhard Weiss (Artigo número 56 da Trinitarian Bible Society). O texto de Nestlé tem sido editado cerca de 26 vezes e amplamente usado em salas de aula e em trabalhos de tradução. Versões posteriores do texto de Nestlé adicionaram Kurt Alland como co-editor, sendo chamadas Texto de Nestlé-Aland.


O TEXTO EM GREGO, DA UNITED BIBLE SOCIETIES. Este popular texto em grego, publicado em Münster, Alemanha, é aproximadamente idêntico à 26a. edição do texto de Nestlé-Aland. A 1a. edição foi publicada em 1965; a 3a, em 1983. Ele é editado por Kurt Aland, Matthew Black, Carlo M. Martini, Bruce Metzger, Allen Wikgren e Eugene Nida. NENHUM DESTES HOMENS É UM VERDADEIRO CRENTE. TODOS SÃO OU COMPROMETIDOS COM O MODERNISMO, OU SEUS SIMPATIZANTES. CARLO MARTINI É UM BISPO CATÓLICO e professor de Criticismo do Novo Testamento, no Pontifício Instituto Bíblico em Roma. Eugene Nida é um dos principais pais da filosofia da equivalência dinâmica, QUE CLAMA QUE A BÍBLIA NÃO PRECISA SER TRADUZIDA LITERALMENTE, MAS PODE SER 'ADAPTADA À CULTURA DO HOMEM'. ELE NEGA A EXPIAÇÃO PELO SANGUE DE JESUS CRISTO E DIZ QUE O SANGUE NÃO FOI UMA PROPICIAÇÃO PARA NOSSA SALVAÇÃO. TAMBÉM NÃO ACREDITA QUE A BÍBLIA É A ABSOLUTA, PERFEITA PALAVRA DE DEUS. Bruce Metzger é o modernista editor da Revised Standard Version, DO CONCÍLIO NACIONAL DE IGREJAS. Ele editou a New Oxford Annotated Bible RSV e a Reader's Digest Condensed Bible, AMBAS CHEIAS DE COMENTÁRIOS HERÉTICOS SOBRE AS ESCRITURAS. EM SUAS NOTAS EDITORIAIS, METZGER QUESTIONA A AUTORIA, A DATA TRADICIONAL E A INSPIRAÇÃO SOBRENATURAL DOS LIVROS ESCRITOS PELAS MÃOS DE MOISÉS, DANIEL, JOÃO, PAULO E PEDRO ENSINA QUE ALGUMAS HISTÓRIAS DO VELHO TESTAMENTO SÃO MITOS. CHAMA JÓ DE UMA FÁBULA FOLCLÓRICA E JONAS DE UMA LENDA.


É EVIDENTE QUE OS AUTORES DO TEXTO DA UBS NÃO SÃO CRENTES NA BÍBLIA. NISTO, COMO TEMOS VISTO, ELES SEGUEM AS PEGADAS DOS SEUS FAMOSOS PAIS TEXTUAIS [ISTO É, WESTCOTT E HORT]. O texto em grego da UBS é uma revisão do texto de W-H E CONTÉM A MAIORIA DAS CORRUPÇÕES DO TEXTO [BÍBLICO] QUE SÃO LISTADAS NO ESTUDO QUE SE SEGUE.


Uma apavorante conseqüência da exaltação do Texto Crítico em grego tem sido o enfraquecimento da autoridade das Escrituras através das nações. Dr. Charles Turner sintetiza isto:


'O ponto crítico para abandonar [o texto recebido e adotado pela Reforma] tinha sido alcançado [com a ascendência do texto de Westcott-Hort]. O conjunto formado pela maioria dos manuscritos em grego, preservados pelas igrejas, não era mais a base para o reconhecimento da escrita origina. De agora em diante, os eruditos professores livrariam o mundo da sua cegueira e ignorância. Pela sua perícia erudita eles entregariam às igrejas um texto mais puro do Novo Testamento. Dr. Machen chamou este tipo de erudição !a tirania dos peritos'.


Agora os peritos presidiriam sobre as igrejas e [a cada verso] decidiriam por elas qual escrito variante era o aceitável. Depois de Westcott e Hort, a caixa de Pandora tinha ficado aberta . COMO RESULTADO, TODOS OS MALES DO RACIONALISMO ALEMÃO COMEÇARAM A DESPEDAÇAR O FUNDAMENTO DA FÉ, [ISTO É] AS SAGRADAS ESCRITURAS. ESTES 'GOLPES FORTEMENTE TORCEDORES' DAS ESCRITURAS TEM CONTINUADO ATÉ HOJE EM AMBAS AS FORMAS DE CRITICISMO (ALTO E BAIXO). A SITUAÇÃO HOJE ENVOLVE, QUASE TANTOS DIFERENTES TEXTOS DO NOVO TESTAMENTO EM GREGO quantos estudiosos há. CADA ESTUDIOSO DECIDE POR SI MESMO [A CADA VERSO] O QUE ELE IRÁ OU NÃO ACEITAR COMO A PALAVRA DE DEUS.


Tudo se resume a duas escolhas. Podemos aceitar o texto transmitido pelas igrejas [fiéis] por aproximadamente dois mil anos, ou aceitar os conclusões dos eruditos modernos, dos quais nenhum concorda com nenhum outro. Se seguirmos os eruditos, não há nenhum texto que seja aceito por todos eles. Confusão reina entre os eruditos. Não há padrão"(Why the King James Version?, p. 9).


(9)O problema para os que defendem o TC, é terem com isso, que admitir que não são nem reformados, nem confessionais. Não são reformados, porque a Reforma Protestante não se utilizou do TC, para traduzir suas bíblias ou para citar textos bíblicos em suas confissões de fé e catecismos. Nesse caso, terão que admitir que:


(i)Deus não é soberano, visto que o TC omite a expressão de Mt 6:13('“...porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre'), sendo esta expressão encontrada em grego no Codex Washingtonensis(Séc. IV) e sendo citada pelos pais da Igreja:


(a)Didache, o primeiro manual de instrução da igreja cristã, ESCRITO EM GREGO(90 d.C)(8:2).

(b)Tatiano(150 d.C), teólogo do século II(O Diatessaron, 9ª Seção),

(c)Crisóstomo(347-407)(Homília 19 Sobre o Evangelho de Mateus)


Curiosamente, essa expressão de Mt 6:13 é também citada em dois símbolos de fé reformados, pelos autores dos Catecismos Maior(Pergunta nº 196) e Menor de Westminster(Pergunta nº 107). Se eles crêem que o TC está certo, negam os símbolos de Westminster e os Catecismos de Heildelbeg e de Genebra, que citam o texto, E PORTANTO, NÃO SÃO CONFESSIONAIS.


(ii)Que a eleição para a salvação não é particular, visto que o TC omite a expressão de Mt 20:16; 22:14 = ""...porque há muitos chamados, mas poucos escolhidos"(ACF). Segundo eles, Ele não poderia estar dizendo a verdade, porque tal expressão não aparece nos manuscritos do TC [Sinaítico e Vaticano](4º e 5º Séculos), embora fosse citada pelos primitivos cristãos - os pais da Igreja:


(a)A Epistola de Barnabé(IV:14), que é datada do ano 120 d.C.
(b)Irineu(130-200)(Contra Heresias [180 d.C], IV, 15:2),
(c)Orígenes(184-254), teólogo GREGO(Comentário de Mateus, XII:12).
(d)Tertuliano(160-220)(De Fuga in Persecutione, 14).
(e)Basílio(330-379)(Homília 15),
(f)Crisóstomo(347-407)(Homília 64 Sobre Mateus),
(g)Rufino de Aquiléia(340-410)(Apologia Contra Jerônimo, 44) (h)Jerônimo(347-420)(Comentário de Mateus 24:12).
(i)Agostinho(354-430)(A Correção e a Graça, 7:14),
(j)Pedro Crisólogo(+ 433 d.C)(Sermão sobre Romanos 7:1-6)
(l)Sócrates(380-439), historiador cristão(História Eclesiástica, 5:10).
(m)Leão, o Grande(+461), famoso bispo de Roma, cita-o(Sermões, 62:4)
(n)Gregório Magno(540-604)(Homílias 19,38)


(iii)Que o universalismo - isto é, a vida eterna será concedida a todas as criaturas ímpias e más, só porque 'creem', visto que Jo 6:47, no manuscrito Sinaítico (TC), com a omissão de "eis eme"(em mim), diz: "....aquele que crê tem a vida eterna"(NVI). Para agrado dos universalistas, o TC elimina que temos que crer em CRISTO (crer total e somente NELE, crer literalmente e de todo coração em tudo que a Bíblia diz sobre ELE). Bastaria "crer", crer em qualquer alguém ou qualquer algo. Assim, ímpios, filhos do diabo, quem 'creem', tendo sua própria fé em seus ensinos falsos, e os próprios demônios, que 'crêem'(Tg 2:19), com base no TC, terão vida eterna. Nesse caso, a doutrina da expiação limitada e da reprovação eterna dos não eleitos, e da predestinação dos anjos não eleitos para a condenação, ensinadas pela CFW, terão que ser tidas como falsas, se o adulterado TC for considerado 'palavra de Deus'. Evidentemente, a tradução 'Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê tem a vida eterna", contraria o testemunho da igreja pós-apostólica, que no testemunho de Agostinho(354-430), reza Jo 6:47 como “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê EM MIM tem a vida eterna”(Tratado 26 Sobre o Evangelho de João, 10)



(10)Por fim, ser chamado de "moleque", por você, que queria me silenciar, só porque eu estava condenando a papista e falsa bíblia de Jerusalém e condenando o corrupto Texto Crítico, pra mim, foi uma ofensa desnecessária, mostrando quem você realmente é, isto é, alguém, que não segue o conselho de Pedro, que afirma que a Bíblia que temos em mãos, é "o leite racional, NÃO FALSIFICADO"(1 Pd 2:2). Gente como você, zomba da advertência do Senhor, no sentido de que qualquer um que omitir qualquer palavra de seu Livro Sagrado, estará debaixo da ira de Deus(Ap 22:18,19). Gente como você, deveria não condenar os praticantes de falsidade ideológica, já que aceita essa prática sendo feita contra a Palavra de Deus:


“OMITIR, em documento público ou particular, DECLARAÇÃO QUE DELE DEVIA CONSTAR, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita...”(299º Artigo do Código Penal - '‘falsidade ideológica”,)


Gente como você, é pior que os ímpios que governam essa nação e estados, jogando na cadeia, quem pirateia e falsifica documentos, marcas, cds, dvds e remédios:


https://istoe.com.br/437819_O+BRASIL+NA+ROTA+DOS+REMEDIOS+…/

http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp…

http://www.correiobraziliense.com.br/…/homem-que-vendia-rou…

https://www.campograndenews.com.br/…/policia-prende-grupo-q…


Enquanto os ímpios dessa nação se revoltam com os que pirateiam remédios, roupas, dvds, cds, roupas, tenis, gente como você não se revolta com quem falsifica as Escrituras. Você é uma vergonha para a fé reformada. Você não é reformado. Se é para ser coerente com a sua prática passiva diante da falsificação das Escrituras, compre remédios falsificados, cds e dvds falsificados, roupas falsificadas, tênis falsificados, e dê a seus parentes e amigos. Seja coerente pelo menos uma vez na vida

Wilbur Pickering detonando o Texto Crítico!!!





Em primeiro lugar, se requer saber de quem estamos falando. Quem é o Dr. Wilbur Pickering? Wilbur (Gilberto) Norman Pickering nasceu em São Paulo, capital, de pais missionários norte-americanos; criado na Bolívia até os 11 anos; casado com Ida Lou Ammerman, americana, e tem duas filhas casadas.


Formação norte-americana a partir do segundo grau incluso, mestrado em Teologia pelo Seminário Teológico de Dallas (EUA), mestrado e doutorado em lingüística pela Universidade de Toronto (Canadá). Autor de dois livros em inglês: The Identity of the New Testament Texte ; A Framework for Discurse Analysis. Colaborou no preparo de The Greek New Testament according to the Majority Text. Autor do livro, Guerra Espiritual - CPAD.


Iniciou a carreira missionária no Brasil em 1961, trabalhou junto à etnia Apurinã no Amazonas durante vários anos. Assessor chefe para tradução da Sociedade Internacional de Lingüística no Brasil, 1967-1971. Secretário Executivo da AWTB -Associação Wycliffe para Tradução da Bíblia - no Brasil, 1978-1984. Secretário e membro da Diretoria da ALEM - Associação Lingüística Evangélica Missionária, 1982-1986; membro do Conselho Consultivo, 1993-1997; membro da Diretoria desde 1997. Professor e coordenador acadêmico no Seminário Teológico do Betel Brasileiro em João Pessoa, 1991-1994. Preletor sobre missões transculturais, guerra espiritual bíblica e a divina preservação do texto neotestamentário, pelo Brasil a fora, desde 1979. Presidente e professor da Escola Superior de Missões, 1996-1998. Atualmente é diretor da Escola Superior de Guerra.


Uma vez identificado nosso erudito personagem, discorramos sobre seus ortodoxos pontos de vista sobre os textos omitidos pelo Texto Crítico, ou sobre as traduções baseadas nele.


I1)Sobre Mc 16:9-20, ele diz:


“(presente em) — cada MS grego existente (cerca de 1800) exceto três, Lec,lat,sirp,h,cop,Diat


A UBS3 coloca estes versos entre colchetes duplos [[ ]], que significam que os versos são ‘considerados como adições ao texto, posteriormente feitas’, e dão à sua decisão uma nota {A}, ‘virtualmente inquestionável’. Assim, os editores da UBS nos asseguram que o genuíno texto de Marcos termina em 16:8. Mas por que os críticos insistem em rejeitar esta passagem? Ela está contida em cada MS grego sobrevivente (cerca de 1800), exceto três (na verdade somente dois, B e 304 — Aleph não é propriamente ‘sobrevivente’ porque, neste local, é forjado).543 Cada Lecionário grego sobrevivente (cerca de 2000?) contém a passagem (um deles, 185, somente no Menologion). Cada MS sírio sobrevivente (cerca de 1000), exceto um (o Sinaítico), a contém. Cada MS em latim (8000), exceto um (k), a contém. Cada MS cóptico sobrevivente, exceto um, a contém. Temos evidência concreta (Irineu e o Diatessaron) da ‘inclusão’ da passagem já no século II, presumivelmente na sua primeira metade. QUANTO À ‘EXCLUSÃO’, NÃO TEMOS NENHUMA EVIDÊNCIA SÓLIDA SEMELHANTE.


Face tal evidência massiva, por que os críticos insistem em rejeitar esta passagem? LAMENTAVELMENTE, A MAIORIA DAS VERSÕES MODERNAS TAMBÉM, DE UMA OU DE OUTRA MANEIRA, LANÇA DÚVIDAS SOBRE A AUTENTICIDADE DESTES VERSOS (a NRSV é, aqui, especialmente objecionável). COMO SOU UM DOS QUE CRÊEM QUE É A PALAVRA DE DEUS, ACHO INCONCEBIVEL QUE UMA BIOGRAFIA OFICIAL DE JESUS CRISTO, COMISSISONADA POR DEUS E ESCRITA SOB O SEU CONTROLE DE QUALIDADE, OMITIRIA PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO, EXCLUÍRIA TODAS AS SUAS APARIÇÕES SUBSEQUENTES, e terminaria com a cláusula ‘porque temiam’!


Se a avaliação dos críticos fosse correta, pareceríamos estar apertados entre uma rocha e um lugar duro. O EVANGELHO DE MARCOS SERIA UM EVANGELHO MUTILADO (SE INTERROMPIDO NO V.8), SENDO QUE O FINAL ORIGINAL TERIA DESAPARECIDO SEM DEIXAR VESTÍGIOS. MAS NESSE EVENTO, SERIA DO PROPÓSITO DE DEUS EM ORDENAR ESTA BIOGRAFIA?”(p.208)


(2)Sobre Jo 7:53-8:11


A UBS3 coloca estes versos entre colchetes duplos [[ ]], que significa que os versos são “considerados como adições ao texto, posteriormente feitas,” e dão à sua decisão uma nota {A}, “virtualmente inquestionável”. A omissão introduz uma aberração


A evidência contra o Texto Majoritário é, aqui, mais forte do que em qualquer dos exemplos prévios. Mas, assumindo (somente para efeito de raciocínio) que a passagem é espúria, como poderia jamais ter sido introduzida aqui, E DE TAL MODO QUE É ATESTADA POR UNS 85% DOS MSS? Tentemos ler a passagem maior sem estes versos — temos que ir diretamente de 7:52 para 8:12. Revendo o contexto, os principais sacerdotes e fariseus tinham enviado guardas para prenderem Jesus, sem proveito; uma ‘discussão’ resulta; Nicodemos faz uma colocação, ao que os fariseus respondem:


‘(7:52) “És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu.”

(8:12) “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: ‘Eu sou a luz do mundo.’ ..."


Qual é o antecedente de ‘lhes’, e qual é o significado de ‘outra vez’? Pelas regras normais da gramática, se 7:53-8:11 estão faltando, então ‘lhes’ tem que referir aos "fariseus" e "outra vez" significa que, [nesta conversação], Jesus já lhes dirigira a palavra ao menos uma vez. Mas 7:45 deixa claro que Jesus não estava lá com os fariseus. ASSIM, A UBS INTRODUZ UMA ABERRAÇÃO. Mesmo assim, Metzger alega que a passagem (7:53-8:11) ‘interrompe a sucessão de 7.52 e 8.12ss’ (pag. 220)! Procurar pelos antecedentes de 8:12 em 7:37-39 não somente afronta a sintaxe mas também colide contra 8:13 – ‘os fariseus’ respondem à reivindicação que Jesus fez no verso 12, mas ‘os fariseus’ estão em outro lugar, 7:45-52 (se 7:53-8:11 está ausente).


Metzger também alega que ‘o estilo e vocabulário da passagem em foco diferem notavelmente daqueles do restante do quarto evangelho’. MAS OS FALANTES NATIVOS DO GREGO NAQUELA ÉPOCA NÃO ESTARIAM EM MELHOR POSIÇÃO QUE OS CRÍTICOS MODERNOS PARA NOTAREM ALGO ASSIM? ENTÃO COMO PODEERIAM ELES PERMITIR UMA PASSAGEM TÃO ‘ESTRANHA’ SER FORÇADA PARA DENTRO DO TEXTO? SUGIRO QUE A RESPOSTA EVIDENTE ÉR QUE ELES NÃO O FIZERAM: A PASSAGEM ESTAVA LÁ DESDE O INÍCIO. TAMBÉM PROTESTO CONTRA O USO DOS COLCHETES AQUI. UMA VEZ QUE OS EDITORES CLARAMENTE ENCARAM A PASSAGEM COMO ESPÚRIA ELES DEVERIAM SER CONSISTENTES E A ELIMINAREM, COMO A NEB E A BÍBLIA DE WILLIAMS O FAZEM. DESTA MANEIRA, TODA A EXTENSÃO DO SEU ERRO FICARIA EXPOSTA PARA TODOS VEREM. As Bíblias NIV, NASB, NRSV, Berkeley e TEV também usam colchetes para questionar a validade desta passagem”(pp.209,210)


(3)Sobre 1 Tm 3:16, primeiro ele, menciona alguns documentos gregos escriturísticos da igreja, contendo a expressão ‘Deus se manifestou em carne’:


θεος−−A,Cvid,F/Gvid,K,L,P,Ψ,Biz,Lec 544
Deus [se manifestou em carne]
ος −−ℵ,33,sirpal
quem [se manifestou em carne]
ο −−D,lat,sirp,h?,cop?
que [se manifestou em carne]


Depois, ele afirma:


"Uma anomalia gramatical é introduzida. ‘Grande é o mistério da piedade, quem se manifestou em carne’ é pior em grego do que o é em português. ‘Mistério’ é do gênero neutro enquanto ‘piedade’ é feminino, mas ‘quem’ é masculino!


Em um esforço para explicar o ‘quem’, é comumente argumentado que a segunda metade do verso 16 foi uma citação direta de um hino, mas onde está a evidência para esta alegação? Sem evidência, a alegação [descaradamente] foge da pergunta por assumir o fato como provado. Que a passagem tem algumas qualidades poéticas não diz mais do que que ela tem qualidades poéticas. “Quem” é sem sentido [gramatical], de modo que a maioria das versões modernas que se guem o texto da UBS toma aqui ações evasivas. A redação em latim, ‘o mistério ... que’, pelo menos faz sentido. A VERDADEIRA REDAÇÃO, COMO ATESTADO POR 99% DOS MSS GREGOS , É ‘DEUS’. Nos MSS mais antigos “Deus” foi escrito ΘC, ‘quem’ foi escrito OC, e ‘que’ foi escrito O. A diferença entre ‘Deus’ e ‘quem’ é somente de dois traços cruzados, e com uma pena estragada eles poderiam facilmente ser fracos, (ou um copista poderia momentaneamente se distrair e esquecer de adicionar os traços). Assim, a variante ‘quem’ pode ser explicada por um fácil erro transcricional. A variante ‘que’ seria uma solução óbvia para um copista deparado com o ‘quem’ sem sentido. Qualquer que seja a intenção dos editores da UBS, o texto deles mutila esta forte declaração da divindade de Jesus Cristo”(Ibidem, pp.210,211)


(4)Sobre Jo 6:47


Primeiro, Pickering cita vários manuscritos, versões primitivas e um pai da Igreja(Tatiano), como citando a passagem de Jo 6:47, com a expressão “em mim”:


εις εµε encontrada em −−A,Cc,D,E,G,H,K,N,∆,Π,Ψ,0141, 0233,f1,13,Biz,lat,sirp,h(c,s),cop,Diat


Depois, ele argumenta:


“Jesus está fazendo uma declaração formal sobre como se pode ter vida eterna. “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna.” AO OMITIR ‘EM MIM’, A UBS ABRE A PORTA PARA O UNIVERSALISMO.


Uma vez que é impossível viver sem crer em algo, todos crêem — o objeto da crença é que é o essencial. O verbo ‘crer’ ocorre em outros locais desacompanhado de um objeto explícito (que é suprido pelo contexto), mas não em uma declaração formal como esta. A redação mais curta é provavelmente o resultado de um exemplo de homoioarcton muito fácil de ocorrer — três palavras curtas em seqüência começam com ‘E’. Todavia, Metzger diz das palavras “em Mim”: “NENHUMA BOA RAZÃO PODE SER SUGERIDA PARA EXPLICAR SUA OMISSÃO” (B.M. Metzger, The Text of the New Testament (London: Oxford University Press, 1964) p. 214). Os editores dão à omissão a nota {A} [“virtualmente inquestionável”]! ISTO CONTRA 998% DOS MSS ALÉM DA ATESTAÇÃO DO 2º SÉCULO. TEV, NASB, NIV, NRSV e “Jerusalém” reproduzem, precisamente, o texto da UBS”(p.207)


(5)Sobre 1 Jo 5:7, Pickering diz:


“Em 1 João 5:7-8, 99% dos MSS gregos não trazem as “três testemunhas celestiais”(Ibidem, p.159).


Mas, uma vez que os pais da igreja atestaram que os arianos adulteraram as Escrituras, “APAGANDO AS EPÍSTOLAS”(Ambrósio[337-397], Do Espírito Santo, III:10), e que novamente com referência a 1 João, “ALGUNS CORROMPERAM ESTA EPÍSTOLA”(Socrátes [380-439], História Eclesiástica, VII:32). é como eu já disse em meu livro “ARMINIANISMO PROSCRITO”:


“Apesar dos inimigos da igreja terem extirpado esse texto de vários manuscritos gregos, sobreviveram alguns contendo 1 Jo 5:7, COMO O MANUSCRITO E (BASILIENSIS)(735 d.C)”.


Daí se entende a explicação de Pickering, quando aponta como 1% de manuscritos contendo 1 Jo 5:7. Está perfeitamente explicável e entendido. Foi muita corrupção.


(6)Sobre Lc 3:33


Primeiro, Pickering cita vários manuscritos, versões primitivas como citando a passagem de Lc 3:33, sem a menção dos fictícios ‘Admin’ e ‘Arni’.

του Αµιναδαβ, του Αραµ −−A,E,G,K,N,∆,Π,Ψ,047,0211(D,Θ)+7unc(f¹)33,Biz,Lec,lat,sirp,h

de Aminadabe de Arão
του Αµιναδαβ, του Αδµιν, του Αρνι −−nenhum manuscrito!!
de Aminadabe de Admin, de Arni
του Αδµειν, του Αρνει −−B
του Αδαµ, του Αρνι? — sirs
του Αδαµ, του Αδµιν, του Αρνει−−ℵ*
του Αδαµ, του Αδµειν, του Αρνει−−copsa
του Αδµειν, του Αδµιν, του Αρνι −−copbo
του Αµιναδαβ, του Αδµιν, του Αρνει−−ℵc
του Αµιναδαβ, του Αδµιν, του Αρηι −−f13
του Αµιναδαβ, του Αδµη, του Αρνι −−X
του Αµιναδαβ, του Αδµειν, του Αρνι −−L
του Αµιναδαβ, του Αδµειν, του Αραµ −−0102(P4?)


Depois ele argumenta:


“OS FICTÍCIOS ADMIN E ARNI SÃO INTRODUZIDOS NA GENEALOGIA DE CRISTO.


O TEXTO DA UBS TEM DISTORCIDO A EVIDÊNCIA NO SEU APARATO CRÍTICO, DE MODO A ESCONDER O FATO DE NENHUMN MS GREGO TEM O TEXTO EXATO QUE IMPRIMIRAM, UMA VERDADEIRA ‘COLCHA DE RETALHOS’. Ao apresentar o raciocínio da Comissão da UBS neste caso, Metzger escreve: “A COMISSÃO ADOTOU O QUE PARECIA SER A FORMA MENOS SATISFATÓRIA DO TEXTO”(B.M. Metzger, The Text of the New Testament (London: Oxford University Press, 1964, p. 136). MAS QUE ARROGÂNCIA SEM MEDIDA!! OS EDITORES DA UBS INVENTAM SUA PRÓPRIA REDAÇÃO E A PROCLAMAM SER ‘A MENOS INSATISFATÓRIA’! E O QUE EXATAMENTE PODE SER ‘INSATISFATÓRIO’ NA REDAÇÃO DE 99% DOS MSS, EXCETO QUE NÃO INTRODUZ QUAISQUER DIFICULDADES?


HÁ COMPLETA CONFUSÃO NO ARRAIAL EGPÍCIO. ESSA CONFUSÃO DEVE TER COMEÇADO NO SEGUNDO SÉCULO, RESULTANDO DE ALGUNS ERROS FÁCEIS DE OCORRER AO TRANSCREVER, SIMPLES ENGANOS AO COPIAR. É MUITO FÁCIL MUDAR ARAM PARA ARNI (nos primeiros séculos, somente letras maiúsculas eram usadas): com uma pena de escrever que começa a arranhar, os traços cruzantes no A e no M poderiam ficar fracos, e um copista subsequente poderia confundir a perna esquerda do M como acompanhando o Λ, de modo a fazer um N, e a perna direita do M se tornaria um I. Muito cedo “Aminadabe” foi soletrado errado, como “Aminadam”, o que sobreviveu em cerca de 25% dos manuscritos existentes. O Α∆ΑΜ de Aleph, Siríaco ‘Sinaítico’ e Copta ‘sahídica’ surgiu de uma fácil instância de homoioarcton (o olho do copista foi do primeiro).


A em ‘Aminadabe’ para o segundo, omitindo ‘Amin’ e deixando ‘Adam’). A e ∆ são facilmente confundíveis, especialmente quando escritos à mão — ‘Admin’ presumivelmente veio de ‘AMINadab/m’, embora o processo fosse mais complicado. O ‘I’ DE ‘ADMIN’ E ‘ARNI’ É ADULTERADO PARA ‘EI’ EM CÓDICE B (UMA OCORRÊNCIA FREQUENTE NESSE MS – TALVEZ DEVIDO À INFLUÊNCIA CÓPTICA). Códice Aleph fez a conflação do ancestral que produziu ‘Adam’ com aquele que produziu ‘Admin’, etc. A CONFUSÃO TOTAL NO EGITO NÃO NOS SURPREENDE, MAS COMO EXPLICAREMOS O TEXTO E APARATO DA UBS NESTE EXEMPLO? E O QUE PODERIA TER SE APODERADO DOS EDITORES DA NASB, NRSV, TEV, LB, BERKELEY, ETC. PARA ABRAÇAREM O ERRO”(Ibidem, pp.202,203)


Daí Pickering conclui:

“Visto que os textos críticos e ecléticos da atualidade são baseados precisamente em B e Aleph e nos outros manuscritos mais antigos, TODOS ELES GUIAS CEGOS, FICA CLARO QUE OS ESTUDIOSOS MODERNOS TEM SEVERAMENTE IGNORADO A CONSIDERAÇÃO DE RESPEITABILIDADE, COMO UM CRITÉRIO OBJETIVO. CONTUDO, EU AFIRMO QUE ESTA ‘MARCA DA VERDADE’ TEM DE SER LEVADA A SÉRIO: O RESULTADO SERÁ A COMPLETA DERROTA DO TIPO DE TEXTO PRESENTEMENTE EM VOGA”(Ibidem, p.115)


(7)A opinião de Pickering sobre as citações patrísticas e o Texto Majoritário versus Texto Crítico, com relação ao texto do NT citado e usado pela igreja pos-apostólica.


Sobre isso, ele diz:


“O VERDADEIRO ESTADO DO CASO É QUE O TEXTO TRADICIONAL (‘BIZANTINO’) RECEBE MAIS SUSTENTAÇÃO DOS ANTIGOS PAIS DA IGREJA DO QUE O TEXTO CRÍTICO (ESSENCIALMENTE W-H) USADO PELOS REVISORES INGLESES”(Ibidem, p.43)


“Depois deste cuidadoso peneiramento, MILLER AINDA CHEGOU A 2630 CITAÇÕES DE 76 PAIS OU FONTES, COBRINDO UMA EXTENSÃO DE 300 ANOS (100-400 d.C), SUSTENTANDO LEITURAS DO TEXTO ‘BIZANTINO’ EM OPOSIÇÃO ÀQUELAS DO TEXTO CRÍTICO DOS REVISORES INGLESES (QUE RECEBEU 1753)”(p.47)


Diz ainda Pickering sobre os Pais da Igreja:


‘O testemunho dos antigos Pais


Para recapitular, LEITURAS ‘BIZANTINAS’ SÃO RECONHECIDAS (MAIS NOTAVELMENTE) PELA DIDACHÉ, DIOGNETO E JUSTINO MÁRTIR NA PRIMEIRA METADE DO SEGUNDO SÉCULO; PELO EVANGELHO DE PEDRO, ATENÁGORAS, HEGÉSIPO E IRINEU(PESADAMENTE) NA SEGUNDA METADE; POR CLEMENTE DE ALEXANDRIA, TERTULIANO, CLEMENTINO, HIPÓLITO E ORÍGENES (TODOS PESADAMENTE); NA PRIMEIRA METADE DO TERCEIRO SÉCULO; POR GREGÓRIO TAUMATURGO, NOVACIANO, CIPRIANO (PESADAMENTE), DIONÍSIO DE ALEXANDRIA E ARQUELAU NA SEGUNDA METADE; POR EUSÉBIO, ATANÁSIO, MACÁRIO MAGNO, HILÁRIO, DÍDIMO, BASÍLIO, TITO DE BOSTRA, CIRILO DE JERUSALÉM, GREGÓRIO DE NISSA, CANÔNES E CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS, EPIFÂNIO, E AMBRÓSIO (TODOS PESADAMENTE) NO QUARTO SÉCULO. AOS QUAIS PODEMOS ADICIONAR O TESTEMUNHO DOS ANTIGOS PAPIROS”(Ibidem, pp.47,48)


(8)Pickering fala sobre a Falsificação dos Textos do NT, afirmando:


“METZGER OBSERVA A RECLAMAÇÃO DE JERÔNIMO:


‘JERÔNIMO RECLAMOU DOS COPISTAS ‘QUE ESCREVEM NÃO O QUE ENCONTRAM, MAS AQUILO QUE PENSAM SER O INTENCIONADO, E ENQUANTO TENTAM RATIFICAR OS ERROS DOS OUTROS, MERAMENTE EXPÕEM OS SEUS PRÓPRIOS’”(Metzger, The Text, p. 195). (Exatamente, produzindo assim leituras que nos pareceriam ser ‘mais difíceis’ MAS QUE SÃO DE FATO ESPÚRIAS)


Depois de relatar um incidente em uma assembléia dos bispos cipriotas em 350 d.C, Metzger, segundo Pickerging, conclui:


“Apesar da vigilância de eclesiásticos com o temperamento do Bispo Esperidião, é aparente, mesmo ao exame casual de um aparato crítico, que copistas, ofendidos por erros (reais ou imaginados) de grafia, de gramática, e de veracidade histórica, DELIBERADAMENTE INTRODUZIRAM MUDANÇAS NAQUILO QUE ESTAVAM TRANSCREVENDO”([Metzger, The Text, p.195], citado por Pickering, Ibidem, p.53)


(9)A Conclusão de Wilbur Pickering Sobre o Texto Crítico:


“E ISTO COMPLETA NOSSA REVISÃO DA TEORIA CRÍTICA DE W-H. ESTA TEORIA É EVIDENTEMENTE ERRÔNEA EM CADA PONTO. NOSSAS CONCLUSÕES CONCERNENTES À TEORIA DELES TAMBÉM SE APLICAM NECESSARIAMENTE A QUALQUER TEXTO GREGO CONSTRUÍDO A PARTIR DELA, BEM COMO A TODAS AQUELAS VERSÕES BASEADAS EM TAIS TEXTOS (E AOS COMENTÁRIOS NELAS BASEADOS). K.W. Clark diz do texto de W-H: "A história textual postulada para o 'textus receptus' em que agora confiamos [isto é, o Texto Crítico de W-H] tem sido explodida"(Clark, "Today's Problems," p.162). EPP CONFESSA QUE ‘SIMPLESMENTE, NÃO TEMOS UMA TEORIA DO TEXTO’(Epp, pag. 403). A QUESTÃO RELEVANTE É QUE ‘O RESTABELECIMENTO DO NT PODE SER ALCANÇADO APENAS POR UMA RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DAQUELE TEXTO PRIMITIVO. ...".


Colwell concorda:


‘SEM UM CONHECIMENTO DA HISTÓRIA DO TEXTO, A LEITURA ORIGINAL NÃO PODE SER ESTABELECIDA’(Colwell, The Greek New Testament with a Limited Apparatus, p. 37)


Nas palavras de Aland: ‘AGORA, COMO NO PASSADO, NÃO É POSSÍVEL CRÍTICA TEXTUAL SEM UMA HISTÓRIA DO TEXTO’(Aland, The Present Position, p. 731)


Ou, como o próprio Hort expressou: ‘TODA RESTAURAÇÃO CONFIÁVEL DE TEXTOS ADULTERADOS É FUNDADA NO ESTUDO DE SUAS HISTÓRIAS’(Westcott e Hort, p.40). COMO JÁ FOI NOTADO, UMA DAS DEFICIÊNCIAS FUNDAMENTAIS DO MÉTODO ECLÉTICO É QUE ELE IGNORA A HISTÓRIA DO TEXTO. HORT NÃO A IGNOROU, MAS QUE DEVEMOS DIZER DA SUA ‘VISÃO CLARA E FIRME’ DELA’(Epp, “Interlude,” pP. 391-392). O que Clark diz é:


‘A HISTÓRIA TEXTUAL QUE O TEXTO DE WESTCOTT-HORT REPRESENTA NÃO MAIS É DEFENSÁVEL, À LUZ DE DESCOBERTAS MAIS NOVAS E DE DETALHES DE TEXTO MAIS COMPLETOS. No esforço de construir uma história congruente, nosso fracasso sugere que estamos perdidos, que enveredamos num beco sem saída, E QUE APENAS UMA VISÃO NOVA E DIFERENTE NOS PERMITIRÁ ROMPER AS BARREIRA E EMERGIR”(Clark, Today's Problems, p. 161)


Daí, Pickering, afirma:


“A EVIDÊNCIA ANTE NÓS INDICA QUE A HISTÓRIA DE HORT NUNCA FOI DEFENSÁVEL”(p.63)


Posteriormente, Pickering afirma que Marcião corrompeu as epístolas de Paulo, e menciona pais da igreja que tiveram acesso aos textos originais do NT, o que comprova que o verdadeiro texto do NT jamais foi perdido em seus tempos nos tempos dos pais da igreja:


“MAS MARCIÃO TAMBÉM ALTEROU A REDAÇÃO DE LUCAS E DAS EPÍSTOLAS DE PAULO, ATRAVÉS DE SUAS RECRIMINAÇÕES AMARGAS FICA CLARO QUE OS FIÉIS ESTAVAM TANTO CIENTES QUANTO PREOCUPADOS.


Dionísio, Bispo de Corinto (168-176), queixou-se de que as suas próprias cartas foram adulteradas E, PIOR AINDA, TAMBÉM AS SAGRADAS ESCRITURAS. E insistiram em que tinham recebido uma tradição pura. Assim Irineu disse que a doutrina dos apóstolos havia sido entregue através da sucessão de bispos, SENDO GUARDADA E PRESERVADA, SEM QUALQUER ALTERAÇÃO DAS ESCRITURAS, SEM PERMITIR NEM ACRÉSCIMOS NEM DIMINUIÇÕES, ENVOLVENDO LEITURA PÚBLICA SEM FALSIFICAÇÃO(Contra Hereges III; 1:2; 2:1-2; 21:3). Tertuliano também atesta o seu direito às Escrituras do Novo Testamento: ‘Eu tenho os verdadeiros registros oficiais desde os próprios donos… Eu sou herdeiro dos apóstolos. Assim como prepararam com cuidado o seu testamento e o outorgaram a uma custódia…mesmo assim eu a retenho’[Direito de Prescrição Contra os Hereges, 37]”(Ibidem, p.69)


Irineu:


'A fim de assegurar precisão na transcrição, os autores às vezes incluiriam no final de suas obras literárias uma intimação dirigida a copistas futuros. Assim, por exemplo, Irineu anexou ao final do seu tratado Sobre o Ogdoad o seguinte: ‘Eu te conjuro, QUEM COPIAR ESTE LIVRO, por Nosso Senhor Jesus Cristo e por seu glorioso Advento, quando vier julgar os vivos e os mortos, QUE O COMPARES O QUE TRANSCREVES E O CORRIJAS A PARTIR DESTA MANUSCRITO DO QUAL ESTÁS COPIANDO, E TAMBÉM QUE TRANSCREVAS ESTE CONJURAMENTO E O COLOQUES NA CÓPIA’(Fragmentos, 1)


Se Irineu tomou tais precauções extremas em prol da transmissão precisa de sua própria obra, quanto mais ele teria preocupação pela transcrição exata da Palavra de Deus? De fato, ele demonstra a sua preocupação pela exatidão do texto por defender a leitura tradicional de uma única letra. A questão é se o apóstolo João escreveu χξς' (666) ou χις' (616) em Ap. 13:18. Irineu assevera que 666 se acha “EM TODAS AS CÓPIAS MAIS ANTIGAS E APROVADAS” e que “AQUELES HOMENS QUE VIRAM JOÃO FACE A FACE’(Contra Heresias, IV; 30:1), ATESTAM ESTA LEITURA. E ELE AD VERTE AQUELES QUE FIZERAM A ALTERAÇÃO DUMA SÓ LETRA) QUE ‘O CASTIGO SOBRE AQUELE QUE AUMENTA OU DIMINUI QUALQUER COISA DA ESCRITURA NÃO SERÁ”(Contra Heresias, IV; 30:1). Parece que Irineu está impondo Ap. 22:18-19.


Considerando a intimidade entre Policarpo e João, a sua cópia pessoal do Apocalipse provavelmente foi feita sobre o autógrafo. E considerando a veneração de Irineu para com Policarpo, a sua cópia pessoal do Apocalipse provavelmente foi feita sobre a de Policarpo. Embora Irineu evidentemente não mais poderia se referir ao autógrafo (nem noventa anos depois deste ter sido escrito!) claramente ele estava numa posição para identificar uma cópia fiel e declarar com certeza a leitura original — isto no ano 186 DC. Que nos conduz até Tertuliano.


Tertuliano


Por volta do ano 208 ele instou aos hereges:


“Percorrer as igrejas apostólicas, nas quais os próprios tronos dos apóstolos ainda estão nos seus lugares proeminentes, NAS QUAIS OS SEUS ESCRITOS AUTÊNTICOS SÃO LIDOS, expressando a voz e representando o rosto de cada um deles individualmente. Acáia fica bem perto de vocês, (na qual) vocês acham Corinto. Já que vocês não estão longe de Macedônia, têm Filipos; (e ali também) têm os Tessalonicenses. Já que vocês podem atravessar para Ásia, encontram Éfeso. Além disso, estando perto da Itália, vocês têm Roma, donde chega às nossas mãos a própria autoridade (dos apóstolos mesmos)”(Direito de Prescrição Contra os Hereges, 36)

Ambos Justino Mártir e Irineu afirmaram que a Igreja estava espalhada por toda a terra, no tempo deles — lembremos que Irineu, em 177, tornou-se bispo de Lion, na Gálea, e ele não foi o primeiro bispo daquela região. JUNTANDO ESTA INFORMAÇÃO COM A AFIRMAÇÃO DE JUSTINO QUE AS MEMÓRIAS DOS APÓSTOLOS ERAM LIDAS TODOS OS DOMINGOS NAS CONGREGAÇÕES, TORNA-SE CLARO QUE DEVERIA HAVER MILHARES DE CÓPIAS DOS ESCRITOS DO NOVO TESTAMENTO EM USO, EM TORNO DE 200 DC. Cada congregação precisaria de uma cópia para fazer leitura, e deveria haver cópias particulares entre aqueles que podiam custear o trabalho. Temos evidência objetiva na História para sustentar as seguintes proposições.


• O texto verdadeiro jamais ‘se perdeu’.

• Em 200 DC a exata redação original dos diversos livros ainda podia ser verificada e certificada.

• Portanto não havia nenhuma necessidade de praticar a crítica textual, e qualquer esforço nesse sentido seria espúrio. Contudo, certas regiões presumivelmente estariam em situação melhor para proteger e transmitir o texto verdadeiro do que outras”(Ibidem, pp.70,71)


(10)Pickering afirma que o Texto Bizantino era o texto da igreja:


“EU AFIRMO QUE O TEXTO BIZANTINO DOMINOU A HISTÓRIA DA TRANSMISSÃO PORQUE AS IGREJAS DA ÁSIA MENOR O AVALIZARAM. E ASSIM FIZERAM DESDE O PRINCÍPIO, PORQUE SABIAM QUE ERA O TEXTO VERDADEIRO, TENDO RECEBIDO-O DOS APÓSTOLOS. O TEXTO MAJORITÁRIO É O QUE É EXATAMENTE PORQUE SEMPRE TEM SIDO O TEXTO DA IGREJA”(Ibidem, p.88)


(11)A qualidade dos manuscritos mais antigos (TC), julgada por Pickering:


“Se estes são nossos melhores MSS podemos todos concordar com aqueles que insistem em que a recuperação das palavras originais é impossível, e voltar nossas mentes para outros empreendimentos. MAS A EVIDÊNCIA INDICA QUE OS MSS MAIS ANTIGOS SÃO OS PIORES, O QUE DEMONSTRA QUE ELES NÃO ERAM TIDOS EM ALTA ESTIMA NOS SEUS DIAS”(Ibidem, pp.93-94)


(12)A Conclusão de Pickering:


“E agora? COMO IDENTIFICARMOS A EXATA REDAÇÃO ORIGINAL? PRIMEIRO DEVEMOS AJUNTAR AS EVIDÊNCIAS DISPONÍVEIS – ISTO INCLUIRÁ OS MSS GREGOS (INCLUINDO OS LECIONÁRIOS), OS PAIS E AS VERSÕES. Depois devemos avaliar as evidências para determinar qual forma de texto goza da mais antiga, mais plena, mais ampla, mais respeitável, mais variada atestação”(Ibidem, p.126)


“Pois então, e a minha crença que Deus tem preservado o texto do N.T., como ela casa com a evidência? EU VEJO NO TEXTO TRADICIONAL (‘BIZANTINO’) TANTO O RESULTADO COMO A PROVA DAQUELA PRESERVAÇÃO. Por favor, notar que eu não estou impondo minhas pressuposições sobre a evidência — O TEXTO MAJORITÁRIO EXISTE E, TANTO QUANTO POSSO VER, REPRESENTA A TRANSMISSÃO NORMAL DO TEXTO ORIGINAL”(Ibidem, p.133)



(13)Pickering ironizando as variantes do TC:


“Para dar uns poucos e rápidos exemplos: AS VARIANTES EM MT 1:7 E 10 QUE INTRODUZEM ASAFE E AMÓS NA GENEALOGIA DE JESUS, SÃO VENENO; A VARIANTE EM MT 1:18 QUE ATRIBUI A CRISTO UMA ‘ORÍGEM’ É VENENO; A VARIANTE EM MC 6:22, QUE TRANSFORMA HERODIAS NA FILHA DE HERODES É VENENO; A VARIANTE EM LC 3:33 QUE INSERE OS FICTÍCIOS ADMIN E ARNI NA GENEALOGIA DE JESUS É VENENO (ESTES PROVAVELMENTE FORAM O RESULTADO DE DESCUIDO OU IGNORÂNCIA DO COPISTA, MAS OS EDITORES MODERNOS QUE OS FORÇAM PARA DENTRO DO TEXTO IMPRESSO SÃO IRRESPONSÁVEIS); A VARIANTE EM LC 23:45, QUE TEM O SOLO ECLIPSADO [PELA LUA CHEIA DA PÁSCOA], É VENENO; A VARIANTE EM JOÃO 1:18 QUE LÊ ‘UM DEUS UNIGÊNITO’ É VENENO; A VARIANTE EM 1 CO 5:1 QUE NEGA A EXISTÊNCIA DE INCESTO ENTRE OS GENTIOS É VENENO; AS OMISSÃO DE MC 16:9-20 É VENENO; O USO DE COLCHETES NA ESCRITURA IMPRESSA (EM QUALQUER LINGUAGEM) PARA INSINUAR AO USUÁRIO QUE O MATERIAL CIRCUNDADO É ESPÚRIO, É VENENO. POR ‘VENENO’ EU QUERO DIZER VIOLÊNCIA FEITA AO TEXTO BÍBLICO DE MODO A SOLAPAR SUA CREDIBILIDADE.511”(pp.178,179)


(14)Pickering , aludindo novamente a Mc 16:9-20, diz:


“E MC 16:9-20 NÃO FOR GENUÍNO, ENTÃO A DECLARAÇÃO DE CRISTO EM MT 5:18 PARECE ESTAR ERRADA”(Ibidem, p.179)


“O QUE TEM A IGREJA DITO SOBRE MC 16:9-20, ATRAVÉS DOS SÉCULOS? COM VOZ UNIDA, QUASE UNÂNIME, ELA TEM DECLARADO A CANONICIDADE DA PASSAGEM”(Ibidem, p.180)


(15)Pickering explica sobre a evidência interna de Mc 16:9-20


“A PASSAGEM EM QUESTÃO ESTÁ CONTIDA EM CADA MANUSCRITO GREGO CONHECIDO (CERCA DE 1800) exceto três: os códices B (Vaticanus) e ℵ (Sinaiticus), e o minúsculo 304, do século XII. TAMBÉM ESTÁ CONTIDA EM TODO LECIONÁRIO CONHECIDO (lecionários são coleções das lições [e leituras] da Escritura, ligadas ao calendário eclesiástico). A importância desta evidência lecionária tem sido explicada por J. W. Burgon:


"Que lições do Novo Testamento eram publicamente lidas nas congregações dos fiéis, seguindo um esquema definido, e em um sistema estabelecido pelo menos tão cedo quanto no quarto século — tem sido mostrado ser um fato histórico indisputado’(The Last Twelve Verses according to S. Mark, 1871, p. 207)


E, novamente:


“DESCOBRE-SE QUE, DESDE O INÍCIO, MARCOS 16:9-20 TEM SIDO, EM TODOS OS LOCAIS E POR TODOS OS RAMOS DA IGREJA CATÓLICA, DESIGNADO PARA DUAS DAS MAIORES FESTAS DA IGREJA – PÁSCOA E ASCENSÃO. Uma circunstância de maior peso ou de maior significado dificilmente pode ser imaginada. SUPOR QUE É ESPÚRIA UMA PORÇÃO DA ESCRITURA SELECIONADA PELA IGREJA UNIVERSAL PARA TAL EXTRAORDINÁRIA HONRA, É PURAMENTE IRRACIONAL”(The Last Twelve Verses according to S. Mark, 1871, p.210)


Embora depois de um certo tempo passagens da Escritura viessem a ser designadas para cada dia do ano, a prática evidentemente começou com os fins de semana, e mais especialmente aqueles mais importantes. De acordo com a Lei de Baumstark, as leituras-lições associadas com as grandes festas parecem ter sido as primeiras a serem adotadas(W.R. Farmer, The Last Twelve Verses of Mark [Cambridge University Press, 1974], p. 35) Uma vez que a idéia foi tomada emprestada da prática das sinagogas judaicas, ela bem que pode ter se generalizado durante o segundo século.


Antes que a Igreja começasse a produzir lecionários como tais, manuscritos normais foram adaptados pela colocação de símbolos nas margens (ou no texto) para indicar o início e o fim das leituras-lições.


Estes incluíam a palavra τελος (“fim”), quer abreviadamente ou por extenso. Declarações de evidência para a omissão dos vv. 9-20 usualmente mencionam um número de MSS que têm tais símbolos ao final do v. 8 (e, assim, no início do v. 9), alegando que eles foram colocados ali para indicar dúvida sobre a genuinidade dos versos seguintes. Acontece que não apenas Mc. 16:9-20 é uma das mais proeminentes de todas as leituras-lições do calendário litúrgico, como também uma outra leitura-lição termina precisamente no v.8.


Argumentando, Pickering diz:


“Considere o que Bruce Metzger escreve concernente ao MS 2386:


‘ESTE ÚLTIMO, NO ENTANTO, É APENAS UMA TESTEMUNHA APARENTE DA OMISSÃO, POIS EMBORA A ÚLTIMA PÁGINA DE MARCOS TERMINE COM εφοβουντο γαρ ["porque temiam"], A PRÓXIMA FOLHA DO MANUSCRITO ESTÁ FALTANDO, E LOGO APÓS 16:8 ESTÁ O SINAL INDICANDO O ENCERRAMENTO DE UMA LEITURA-LIÇÃO ECLESIÁSTICA, UMA CLARA IMPLICAÇÃO DE QUE O MANUSCRITO ORIGINALMENTE CONTINUAVA COM MATERIAL ADICIONAL DE MARCOS”(Metzger, p. 122)


Notar sua ‘clara implicação’. Não é óbvio? Não se pode ler além do fim de um livro, assim não faz sentido se colocar ali um sinal de divisão entre leituras-lições. Isto nos faz indagar quais as intenções dos editores de UBS3. No aparato deles, como evidência para a omissão dos vv. 9-20, incluem “(Lect a leitura-lição termina no verso 8)” — isto presumivelmente se refere a sinais de leituras-lições nas margens, UMA VEZ QUE NÃO PODE SIGNIFICAR QUE OS LECIONÁRIOS NÃO TEM VV.9-20. MAS SINAIS DE LEITURAS LIÇÕES NA MARGEM SÃO EVIDÊNCIA A FAVOR, NÃO CONTRA! Notar que, ao discutir a evidência para conjuntos de variantes dentro dos vv. 9-20, UBS3 invariavelmente cita Byz Lect, O QUE SIGNIFICA QUE SEUS EDITORES RECONHECEM QUE OS LECIONÁRIOS CONTÊM A PASSAGEM. De fato, da circunstância que eles também listam l185m, parece que o lecionário 185 é o único que não tem os versos no Synaxarion (eles aparecem apenas no Menologion).


AS VERSÕES SIRÍACA, LATINA, CÓPTICA E GÓTICA, TODAS DÃO APOIO À PASSAGEM. Apenas as versões Armeniana e Georgiana (ambas do quinto século) a omitem. PARA SER MAIS EXATO, CADA MS SIRÍACO (CERCA DE 1000) exceto um (o Sinaítico, usualmente datado ao redor do ano 400) CONTÉM A PASSAGEM. Embora o Sinaítico seja aparentemente o mais antigo dos MS siríacos em existência, ele não é representativo da tradição siríaca. O próprio B. F. Westcott, escrevendo em 1864, atribuiu a Peshitta ao início do segundo século, concordando com a opinião geral do mundo erudito de então(The Bible in the Church [London: MacMillan] p. 132). As exigências da teoria de W-H subseqüentemente os levaram a atribuir a Peshitta ao quinto século, mas Vööbus demonstra que a Peshitta retrocede pelo menos até meados do quarto século e que não foi o resultado de uma revisão autoritativa(Early Versions of the New Testament [Stockholm: Estonian Theological Society in Exile, 1954], pp. 100-102). O Sinaítico é um palimpsesto; foi raspado para dar lugar a algum material devocional, o que é um eloqüente comentário sobre a avaliação da sua qualidade, na sua época!


CADA MS LATINO (8000) exceto um (Bobiensis, usualmente datado ao redor do ano 400) CONTÉM A PASSAGEM. Mas Bobiensis (k) também parece ser a única testemunha, entre todos os tipos, a nos oferecer somente o assim chamado "final mais curto" — toda outra testemunha que contém o ‘final mais curto’ também contém o ‘final mais longo’, exibindo assim uma conflação (incrivelmente estúpida, por sinal!). Agora, tanto quanto eu sei, todos reconhecem o ‘final mais curto’ como sendo uma aberração, o que significa que Bobiensis é aberrante neste ponto e não representa a tradição latina. Se a tradição latina data do segundo século, temos aqui sustentação do segundo século para o ‘final mais longo’.


Parece que a única testemunha Cóptica que omite a passagem é um MS Sahídico, embora haja uns poucos que exibem a conflação já mencionada (ELES SÃO, DESTE MODO, CONDENADOS COMO SENDO ABERRANTES).


O DIATESSARON (de acordo com as tradições árabe, italiana e antiga holandesa) E IRINEU CLARAMENTE ATESTAM OS ÚLTIMOS DOZEVERSOS NO SEGUNDO SÉCULO! O MESMO FAZ HIPÓLITO UNS POUCOS ANOS DEPOIS.

ENTÃO VEM VINCENTIUS, o Evangelho de Nicodemos E AS CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS, NO TERCEIRO SÉCULO; EUSÉBIO, AFRAAT, AMBRÓSIO E CRISÓSTOMO NO QUARTO; SEGUIDOS POR JERÔNIMO,AGOSTINHO, CIRILO DE ALEXANDRIA, VÍTOR DE ANTIOQUIA, ETC. Clemente de Alexandria e Orígenes são usualmente citados como sendo contra a passagem, mas este é um argumento pelo silêncio. Emerge que as obras sobreviventes de Clemente não se referem ao último capítulo de Marcos, mas também não se referem ao último capítulo de Mateus. E daí?


A principal fonte patrística usada contra Mc. 16:9-20 é Eusébio. Parece que ele escreveu uma defesa contra quatro discrepâncias alegadas entre os relatos da ressurreição nos evangelhos, propostas por um certo ‘Marinus’ (nosso conhecimento baseia-se em um sumário, feito no décimo século, do que ele presumivelmente escreveu, um sumário ao qual falta consistência interna). A primeira discrepância alegada é entre Mt. 28:1 e Mc. 16:9. Fica claro que ‘Marinus’ está aceitando que v. 9 é ‘Evangelho’ genuíno ou não haveria nenhum problema; então podemos concluir que ele entendeu que esta era a posição da Igreja. Que Eusébio gasta tempo para responder aponta na mesma direção. ADEMAIS, RESPONDENDO À SEGUNDA DISCREPÂNCIA, EUSÉBIO SIMPLESMENTE ASSUME A GENUINIDADE DO RELATO DE MARCOS E ARGUMENTA QUE A MUDANÇA DE FRASEOLOGIA EM MATEUS TEM SIDO MAL ENTENDIDA. No entanto, ao responder à primeira alegação (de acordo com o sumário) ele oferece duas opções: ‘Alguém poderia dizer que a passagem não é contida em todas as cópias do evangelho de Marcos ...; um outro diz que ambos os relatos (Mateus e Marcos) são genuínos e têm que ser propriamente entendidos’.


Com a primeira opção ele emprega o modo optativo [no verbo ‘poderia dizer’, no grego], apropriado ao gênero de retórica hipotética (o que significa que nada dito pelo orador hipotético está sendo endossado por Eusébio), enquanto na segunda opção ele muda para o modo indicativo, o que leva a presumir que é esta uma indicação de que ele próprio considerava ser esta segunda posição a correta — tanto que quando passa à segunda discrepância, ELE NÃO OFERECE A OPÇÃO DE REJEITAR A PASSAGEM.


No entanto, os ‘cânones’ ou ‘seções’ de Eusébio (mas não as assim chamadas ‘seções de Amônius’) podem não ter incluído vv. 9-20. Em alguns MSS gregos o número de seção 233 é colocado na margem ao lado de v. 8 e é o último tal número (em Marcos) — o que significa que a seção 233 começava no v. 8, mas desde que muitas ‘seções’ continham mais que um verso, não sabemos a extensão desta. Mas há mais coisas na estória. BURGON CHECOU 151 MSS GREGOS QUE TEM AS ‘SESSÕES EUSEBIANAS’ MARCADAS NA MARGEM e ofereceu a seguinte tabulação dos resultados:


em 3 MSS o último número de seção é 232, posto ao lado do v. 6,

em 34 MSS o último número de seção é 233, posto ao lado do v. 8,

em 41 MSS o último número de seção é 234, posto ao lado do v. 9,

em 4 MSS o último número de seção é 235, posto ao lado do v. 10
,
em 7 MSS o último número de seção é 236, posto ao lado do v. 12
,
em 12 MSS o último número de seção é 237, posto ao lado do v. 14
,
em 3 MSS o último número de seção é 238, posto ao lado do v. 15,

em 1 MS o último número de seção é 239, posto ao lado do v. 17,

em 10 MSS o último número de seção é 240, posto ao lado do v. 19,

em 36 MSS o último número de seção é 241, posto ao lado do v. 20

Adicionado a isto, a seguinte informação pode ser de interesse:

o MS mais antigo que termina com 232 é A do século V,
o MS mais antigo que termina com 233 é L do século VIII,
o MS mais antigo que termina com 234 é ∆ do século IX,
o MS mais antigo que termina com 237 é Λ do século IX,
o MS mais antigo que termina com 239 é G do século IX,
o MS mais antigo que termina com 240 é H do século IX,
o MS mais antigo que termina com 241 é C do século V.519


Para as seções 235, 236 e 238, o MS mais antigo é do século X ou depois. Portanto, em três quartos destes MSS os números das seções manifestamente vão além do v. 8, e os dois manuscritos mais antigos (A e C) não ajudam a argumentação pró-omissão. Jerônimo é citado como sendo contra a passagem porque ele pôs as questões de Marinus nos lábios de uma certa ‘Hebidia’ e usou um sumário das respostas de Eusébio em réplica. NO ENTANTO, A PRÓPRIA AVALIAÇÃO DE JERÔNIMO É CLARA PELO FATO QUE ELE INCLUIU MC 16:9-20 NA SUA VULGATA LATINA; ELE TAMBÉM CITOU OS VERSOS 9 E 14 NOS SEUS ESCRITOS. HESÍQUIO DE JERUSALÉM (não Severo de Antioquia nem Gregório de Nissa) PARAFRASEIA EUSÉBIO EM UM TRATADO SOBRE OS DITOS ‘PROBLEMAS’. NO ENTANTO, UMA VEZ QUE CITOU MC 16:19 E EXPRESSAMENTE DECLAROU QUE MARCOS ESCREVEU AS PALAVRAS, SUA POSIÇÃO É CLARA. VÍTOR DE ANTIOQUIA TAMBÉM REPETE EUSÉBIO, E RECONHECE QUE OS VV.9-20 FALTAM EM ‘MUITAS’ CÓPIAS DE MARCOS (não é claro se Vítor tinha verificado e se convencido que isto era verdadeiro, ou se apenas estava citando Eusébio). ENTÃO AFIRMA QUE ELE PRÓPRIO TINHA VERIFICADO QUE ‘MUITAS’ CONTÉM OS VERSOS, E APELA PARA AS ‘CÓPIAS ACURADAS’ E MUITO ESPECIALMENTE PARA O ‘EXEMPLAR PALESTINO DE MARCOS’ EM APOIO À SUA PRÓPRIA CONTENÇÃO DE QUE A PASSAGEM É GENUÍNA. ELE CHEGA MESMO A POR A CULPA DA OMISSÃO SOBRE INDIVÍDUOS QUE PENSAVAM QUE OS VERSOS ERAM ESPÚRIOS[Burgon, pp. 19-31, 38-69, 265-90]’(Ibidem, pp.182,183)


‘Infelizmente, ainda podem ser encontrados comentários que reproduzem certas distorções do passado acerca das ‘scholia’ 521 e ‘catenae’. As ‘catenae’ não podem ser alegadas em favor da omissão, como foi demonstrado por Burgon (pp. 135-157). Quanto às ‘scholia’ (notas críticas), a situação parece ser algo como esta:


• pelo menos 22 MSS simplesmente repetem a declaração de Vítor de Antioquia, a qual inclui a afirmação que ele mesmo tinha se certificado de que 'muitas' cópias, incluindo cópias "acuradas"
e mais especialmente o 'verdadeiro exemplar palestino' continham os vv. 9-20;

• diversos MSS têm notas de rodapé defendendo os versos, com base em 'antigas cópias de Jerusalém' (a atenção é dirigida para cada nota de rodapé através de um "+" ou de um "*" no texto, este sinal sendo repetido antes da nota de rodapé — muito similar ao que fazemos hoje);

• dois MSS dizem que a passagem está faltando em "algumas" cópias, mas presente em "muitas";

• quatro MSS dizem que ela está faltando em "algumas" cópias, enquanto presente em "outras";

• três MSS dizem que está faltando em "muitas" e presente em "muitas" cópias(Burgon, pp. 116-125, 290-292).


Ora, o mais antigo desses MSS é do século X (a maioria é posterior), portanto os copistas estavam repetindo as ‘scholia’ cegamente, sem nenhuma maneira de saber se elas eram ou não verdadeiras. Permanece o fato que, dos manuscritos hoje em existência, somente três deles não têm a passagem. Os códices L, Ψ, 099, 0112 e 579 são às vezes alegados como sendo contra a genuinidade dos vv. 9-20, porque também contêm o assim chamado ‘final mais curto’. A OBSERVAÇÃO DE METZGER(p. 126) É ENGANADORA – ESTES CINCO MSS NÃO SUBSTITUEM UM FINAL PELO OUTRO MAS, SIM, ELES CONFLAM A AMBOS.


Uma conflação condena (ao menos naquele local) os MSS que a contêm, mas nada diz dos méritos relativos das partes componentes. Temos que retornar aos códices B e ℵ, ambos do 4º século e ambos provenientes do Egito (presumivelmente, ver Farmer, pag. 37), sendo geralmente considerados como os dois MSS mais importantes do Novo Testamento (freqüentemente referidos como ‘os melhores e mais antigos’). A concordância deles em omitirem vv. 9-20 tem sido um fator importante no pensamento daqueles que rejeitam a passagem (uma vez que eles geralmente consideram o tipo-de-texto Alexandrino superior a todos os outros). CONTUDO, A EVIDÊNCIA NÃO É EXATAMENTE SINGELA. Códice B é escrito em três colunas por página e, ao se completar o processo de copiar um livro, normalmente começa o livro seguinte no topo da próxima coluna. MAS ENTRE MARCOS E LUCAS EXISTE UMA COLUNA COMPLETAMENTE VAZIA, A ÚNICA COLUNA ASSIM NO CÓDICE. CONSIDERANDO QUE PERGAMINHO ERA CARO, O ‘DESPERDÍCIO’ DE TAL ESPAÇO SERIA BASTANTE INUSITADO . Por que o copista fez isso?


Quanto ao códice ℵ, a folha dobrada contendo o final de Marcos e o início de Lucas É, PARA DIZER A VERDADE, FORJADA. TISCHENDORF, QUE DESCOBRIU O CÓDICE, ADVERTIU QUE AQUELAS QUATRO PÁGINAS PARECIAM TER SIDO ESCRITAS POR UMA MÃO DIFERENTE E COM UMA TINTA DIFERENTE DAQUELAS DO RESTO DO MANUSCRITO. Seja como for, uma inspeção cuidadosa revela o seguinte: o final de Marcos e o início de Lucas ocorrem na página 3 (das quatro); as páginas 1 e 4 contêm o equivalente a uma média de 17 linhas de texto grego impresso por coluna (há quatro colunas por página), exatamente como o resto do códice; a página 2 contém uma média de 15,5 linhas de texto impresso por coluna; a primeira coluna da página 3 contém apenas doze linhas de texto impresso e deste modo o v. 8 ocupa o topo da segunda coluna, o resto da qual está em branco (exceto por alguns desenhos); Lucas começa no topo da coluna 3, a qual contém 16 linhas de texto impresso enquanto a coluna 4 volta a conter 17 linhas. ASSIM, NA PÁGINA 2, O FALSÁRIO COMEÇOU A ESPALHAR AS LETRAS DE MODO A DESLOCAR O EQUIVALENTE A SEIS LINHAS DO TEXTO IMPRESSO. NA PRIMEIRA COLUNA DA PÁGINA 3 ELE FICOU DESESPERADO E DESLOCOU O EQUIVALENTE A CINCO LINHAS DE TEXTO IMPRESSO, SOMENTE EM UMA COLUNA! DESTA MANEIRA [DESLOCANDO O EQUIVALENTE A UM TOTAL DE 11 LINHAS DO TEXTO IMPRESSO] ELE CONSEGUIU LEVAR DUAS LINHAS DO VERSO 8 PARA A SEGUNDA COLUNA, EVITANDO A REVELADORA COLUNA VAZIA (COMO A DE ‘B’). AQUELA COLUNA VAZIA ACOMODARIA MAIS 15 LINHAS DE TEXTO IMPRESSO, O QUE, COM AS OUTRAS 11, PERFAZ UM TOTAL DE 26. VERSOS 9-20 OCUPAM 23,5 TAIS LINHAS, PORTANTO HÁ ABUNDANTE ESPAÇO PARA ELES. REALMENTE PARECE QUE HOUVE JOGO SUJO, E NÃO TERIA HAVIDO NECESSIDADE DISTO A NÃO SER QUE A 1ª MÃO DO MS DE FATO EXIBISSE OS VERSOS DISPUTADOS. De qualquer modo, ℵ tal qual se apresenta, é forjado e portanto não pode ser legitimamente alegado como uma evidência contra os versos.


EM SUMA, CADA MS GREGO CONHECIDO (CERCA DE 1.800) exceto dois (B e 304 — ℵ não é ‘conhecido’ porque é forjado neste ponto) CONTÉM OS VV, 9-20. CADA LECIONÁRIO GREGO CONHECIDO (CERCA DE 2000) CONTÉM OS VV.9-20 . Cada lecionário grego conhecido (cerca de 2000) os contém (um deles, 185, os contém somente no Menologion). CADA MS SIRÍACO CONHECIDO (CERCA DE 1000) exceto um (Sinaítico) os contém. CADA MS LATINO CONHECIDO (8000) exceto um (k) OS CONTÉM. CADA MS CÓPTICO CONHECIDO OS CONTÉM. A favor da ‘inclusão’, temos evidência concreta a partir do 2º século (Irineu, Diatessaron). A FAVOR DA ‘EXCLUSÃO’, NÃO TEMOS NENHUMA EVIDÊNCIA SÓLIDA SEMELHANTE.


Pareceria que, em algum momento DURANTE O 3º SÉCULO, MSS OMITINDO A PASSAGEM COMEÇARAM A SER PRODUZIDOS NO EGITO, PROVAVLEMENTE EM ALEXANDRIA, DOS QUAIS DOIS (OU UM) DO QUARTO SÉCULO TEM SOBREVIVIDO ATÉ O0S NOSSOS DIAS. Embora a posição omitidora tenha ganho alguma circulação no Egito, ela não se firmou nem mesmo lá,UMA VEZ QUE A MAIORIA DAS TESTEMUNHAS ALEXANDRINAS, INCLUINDO A VERSÃO CÓPTICA, CONTÉM OS VERSOS . Os tradutores da versão armeniana tinham estudado em Alexandria, e a versão georgiana foi baseada na armeniana, O QUE EXPLICA COMO A POSIÇÃO OMITIDORA EXCAPOU DO EGITO. O RESTO DO MUNDO PARECE NÃO TER TOMADO CONHECIMENTO DESTA ABERRAÇÃO. COMO DECLARADO NESTE APÊNDICE, COM VOZ UNIDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS, EM TODAS AS PARTES DO MUNDO (INCLUINDO O EGITO), A IGREJA UNIVERSAL TEM AFIRMADO E INSISTIDO QUE O EVANGELHO DE MARCOS VAI DESDE 1:1 ATÉ 16:20. FACE A TUDO ISTO, COMO PODE ALGUÉM QUE NEGA A AUTENTICIDADE DE MC 16:8? NÃO ESTÁ ELE SENDO INCOERENTE?”(Ibidem, pp.183-184)


(16)Pickering e a "Evidência" Interna de Mc 16:9-20


Não deveria ser necessário prolongar este exercício, mas provavelmente algo deve ser dito a respeito da ‘evidência interna’ que alguns críticos sentem ser fatal à passagem. Dizem-nos que Marcos ‘nunca"’ usa certas palavras ou frases que, no entanto, ocorrem no trecho em disputa; que outras palavras ou frases que ele ‘sempre’ usa estão faltando; que o estilo é ‘estranho’ a Marcos; que há problemas insuperáveis com a estrutura de discurso e com o próprio conteúdo; em uma palavra, que é ‘impossível’ que a mesma pessoa possa ter escrito 1:1-16:8 e 16:9-20. E agora, que fazer? A maioria dos ‘argumentos’ deste tipo que têm sido proposta revela um decepcionante grau de superficialidade ao pesquisar e ignorância da linguagem. Tais supostos argumentos foram completamente refutados há mais de 100 anos, por J.A. Broadus (The Baptist Quarterly, July, 1869, pp. 355-62) e por Burgon (pp. 136-90). Um tratamento moderno (1975) é oferecido por Farmer (pags. 79-103). Eu responderei a um argumento que pode parecer impressivo a um leitor sem muita experiência. Tem sido alegada como uma circunstância sinistra que Jesus não é mencionado por nome no v. 9 (e nem nos versos seguintes). As regras de estrutura de discurso têm sido violadas, assim dizem eles. Realmente? Consideremos a prática de Marcos em outros locais. Entre Mc. 9:27 e 9:39 Jesus não é mencionado por nome, embora lá hajam duas quebras de parágrafo e uma quebra de seção, mais duas mudanças de local. O próximo ponto onde Jesus é mencionado é 10:5, cinco versos depois de uma quebra de seção e uma outra mudança de local. Entre Mc. 3:7 e 5:6 (75 versos) Jesus não é nomeado embora hajam numerosos participantes e diversas mudanças radicais de local, cena e conteúdo. Em cada caso é apenas quando um outro homem é introduzido na narrativa (criando um potencial de ambigüidade) que Jesus é novamente nomeado, uma vez que um mero pronome seria ambí- guo quanto a quem se refere. Em Marcos 16 só há uma pessoa morta sendo focalizada, precisamente o participante que tem dominado todo o livro, de sorte que v. 9 só pode se referir a Ele — não há ambigüidade e assim um nome próprio não é necessário. Ao longo dos vv. 9-20 nenhum outro participante singular masculino é introduzido e assim não há necessidade de identificar Jesus por nome. Em contraste, Maria Madalena teve de ser completamente identificada, porque não apenas há mais que uma mulher na narrativa, mas há mais que uma Maria! (A informação sobre os antecedentes, ‘da qual tinha expulsado sete demônios’ (v. 9), é perfeitamente apropriada aqui, e só aqui, porque esta é a primeira vez que ela é enfocada. Nas referências anteriores ela somente fazia parte do grupo)”(Ibidem, pp.184,185)


Conclusão Final de Wibur Pickering – Qual a diferença em usar o TC ou o TR(TM)?


Por pelo menos 200 anos tem sido comumente argumentado que, não importa qual o texto grego que se use, nenhuma doutrina será afetada. Na minha própria experiência, por mais de 30 anos, quando tenho levantado a questão de qual é o texto grego correto do Novo Testamento, a resposta mais comum, seja qual for o auditório, tem sido: ‘Que diferença faz?’ O propósito deste artigo é responder essa pergunta, pelo menos em parte.


O texto grego eclético atualmente em voga, UBS3/N-A26, representa o tipo de texto sobre o qual a maioria das versões modernas se baseia. A KJV e a NKJV seguem um tipo de texto bastante diferente, um primo próximo do Texto Majoritário.533 A discrepância entre o texto UBS3 e o Texto Majoritário envolve em torno de 8% das palavras. Em um texto grego com 600 páginas, isto equivaleria a 48 páginas inteiras formadas somente de discrepâncias! Cerca de um quinto desse montante reflete omissões no Texto Eclético, de modo que este é umas dez páginas mais curto que o Texto Majoritário.


Mesmo se admitirmos, para efeito de raciocínio, que até metade das diferenças entre os textos Majoritário e Eclético possam ser chamadas de ‘sem maiores conseqüências’, isto ainda deixaria o equivalente a aproximadamente 25 páginas formadas somente por diferenças que são significativos (em graus variados). A despeito dessas diferenças, é normalmente assumido que nenhuma doutrina cristã cardeal é realmente posta em perigo (embora algumas, tais como as do julgamento eterno, da ascensão e da divindade de Cristo, são enfraquecidas). No entanto, a mais básica de todas, a doutrina da divina inspiração do texto, está realmente sob ataque.


O TEXTO ECLÉTICO INCORPORA ERROS DE FATO E CONTRADIÇÕES QUE QUALQUER AFIRMAÇÃO QUE O NOVO TESTAMENTO É DIVINAMENTE INSPIRADO TORNA-SE RELATIVA, E A DOUTRINA DA INERRÂNCIA SE TORNA VIRTUALMENTE INDEFENSÁVEL. SE A AUTORIDADE DO NOVO TESTAMENTO É SOLAPADA, TODOS OS SEUS ENSINOS SÃO SEMELHANTEMENTE AFETADOS. POR MAIS DE UM SÉCULO, A CREDIBILIDADE DO NOVO TESTAMENTO TEM SIDO MINADA, E ESTA CRISE DE CREDIBILIDADE TEM SIDO IMPOSTA À TENÇÃO DE LEIGOS PELAS VERSÕES MODERNAS, QUE COLOCAM PARTES DO TEXTO ENTRE COLCHETES e têm numerosas notas de rodapé de um tipo tal que levantam dúvidas sobre a integridade do Texto.


As conseqüências de tudo isto para o futuro da Igreja são sérias e de longo alcance. Parece irrazoável que indivíduos e organizações que professam defender um alto conceito da Escritura, que defendem sua inspiração plenária e verbal, e a inerrância dos Autógrafos, venham abraçar um texto grego que efetivamente solapa suas crenças. Dado que a sinceridade desses indivíduos e organizações é evidente, havemos de concluir que estão mal informados, ou que não têm realmente atentado para as evidências e analisado as implicações. Por isso, irei agora expor algumas dessas evidências e discutir as implicações. Quero enfatizar que não estou atacando a sinceridade pessoal ou a ortodoxia daqueles que usam o texto da UBS; estou sim desafiando as pressuposições que estão por trás deste, e chamando a atenção para as conseqüências, os resultados finais”(Ibidem, pp.200,201)


(17)Havia provas de adulteração das Escrituras já na época dos Pais da Igreja?


.Pickering responde:


"Deve o Novo Testamento ser tratado como um outro livro qualquer? Os mesmos procedimentos usados para com as obras de Homero ou Aristóteles serão suficientes? Se tanto Deus como também Satanás estão intensamente interessados no destino do texto do Novo Testamento, a resposta presumível é não. Mas como podemos pôr em prova o fato ou extensão da intervenção sobrenatural? Felizmente temos relatos de testemunhas oculares que nos dão pelo menos uma resposta parcial. Hort afirmou que “não há sinais de falsificação deliberada do texto por motivos doutrinários' MAS OS ANTIGOS PAIS DA IGREJA DISCORDAM DISSO.. METZGER AFIRMA: IRINEU, CLEMENTE DE ALEXANDRIA, TERTULIANO, EUSÉBIO E MUITOS OUTROS PAIS DA IGREJA ACUSARAM OS HEREGES DE TEREM ADULTERADO AS ESCRITURAS COM A FINALIDADE DE PROVER APOIO PARA SEUS PONTOS DE VISTA PARTICULARES (Metzger, The Text, p. 201). . NA METADE DO SEGUNDO SÉCULO MARCIÃO ELIMINOU DAS SUAS CÓPIAS TODAS AS REFERÊNCIAS FEITAS À FORMAÇÃO JUDAICA DE JESUS . A HARMONIA DOS EVANGELHOS DE TACIANO CONTÉM VÁRIAS ALTERAÇÕES TEXTUAIS QUE DERAM APOIO AO PONTO DE VISTA ASCÉTICO OU DA SEITA ENCRATITA"(Metzger, The Text, p.201)


GAIO, UM PAI ORTODOXO QUE ESCREVEU ENTRE 175 E 200 DC, CITA ASCLEPÍADES, TEÓDOTO, HERMÓLITO E APOLLONIDES COMO HEREGES QUE PREPARAVAM CÓPIAS ADULTERADAS DAS ESCRITURAS E QUE TINHAM DISCÍPULOS QUE MULTIPLICARAM CÓPIAS DESSAS FABRICAÇÕES(J.W. Burgon, The Revision Revised (London: John Murray, 1883), p.323)


Certamente Hort conhecia as palavras de Orígenes:


'HOJE EM DIA, COMO É EVIDENTE, HÁ UMA GRANDE DIVERSIDADE ENTRE VÁRIOS MANUSCRITOS, SEJA POR NEGLIGÊNCIA DE CERTOS COPISTAS, SEJA PELA AUDÁCIA PERVERSA EXIBIDA POR ALGUNS EM CORRIGIR O TEXTO, OU SEJA POR CULPA DAQUELES QUE, FAZENDO O PAPEL DE CORRETORES, O ALONGAM OU O ABREVIAM AO SEU BEL-PRAZER'(In Matth. tom. XV, 14; P. G. XIII, 1293)(Colwell, "The Origin of Textypes of New Testament Manuscripts," Early Christian Origins, ed. Allen Wikgren [Chicago: Quadrangle Books, 1961], p. 130)



ATÉ OS ORTODOXOS FORAM CAPAZES DE MUDAR A LEITURA POR RAZÕES DOUTRINÁRIAS.. EPIFÂNIO DECLARA (II 3B) QUE OS ORTODOXOS OMITIRAM 'ELE CHOROU' EM lC 19:41 PELO ZELO QUE TINHAM DA DIVINDADE DO SENHOR(W. Burgon, The Causes of the Corruption of the Traditional Text of the Holy Gospels, arranjado, completado e editado por Edward Miller [London: George Bell and Sons, 1896], pp. 211-12)


Os estudiosos subseqüentes têm tendido a reconhecer o erro de Hort. Colwell fez uma meia-volta instrutiva.


A MAIORIA DAS VARIANTES TEXTUAIS DO NOVO TESTAMENTO FOI CRIADA POR MOTIVOS TEOLÓGICOS OU DOUTRINÁRIOS. A maioria dos manuais e livros-texto atualmente circulando (inclusive o meu!) dirão que estas variantes foram fruto de descaso que foi possível porque os livros do Novo Testamento ainda não haviam alcançado um status forte de 'Bíblia'. O CASO É INVERSO. FOI PORQUE ERAM O TESOURO DA IGREJA QUE FORAM ALTERADOS(Colwell, What is the Best New Testament? [Chicago: The University of Chicago Press, 1952], p.53).


QUANTO AOS TIPOS DE ERROS, AS CÓPIAS DO NOVO TESTAMENTO DIFEREM DELIBERADAMENTE DAS CÓPIAS (QUE TEMOS) DOS CLÁSSICOS [LITERÁRIOS]. A PORCENTAGEM DE VARIANTES DEVIDO AOS ERROS [INVOLUNTÁRIOS] NAS CÓPIAS DOS CLÁSSICOS É GRANDE. [MAS] A MAIORIA DOS DAS VARIANTES NOS MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO, CREIO EU, FORAM FEITAS DELIBERADAMENTE(Colwell, What is the Best New Testament?, p.58)


Matthew Black afirma categoricamente:


'A diferença entre os escritos sagrados utilizados constantemente no uso eclesiástico e popular, e a obra de um autor clássico, nunca foi enfatizada suficientemente na crítica textual do Novo Testamento. OS PRINCÍPIOS VÁLIDOS PARA A RESTAURAÇÃO DE UM TEXTO DE PLATÃO OU ARISTÓTELES NÃO PODEM SER APLICADOS A TEXTOS SAGRADOS COMO OS EVANGELHOS (OU AS CARTAS PAULINAS). NÃO PODEMOS SUPOR QUE SEJA POSSÍVEL CHEGAR AO PROTÓTIPO OU TEXTO SAGRADO DO ESCRITOR AUTÓGRAFO DO ESCRITOR BÍBLICO POR UM [MERO] PENEIRAR DE ENGANOS DOS COPISTAS’(M. Black, An Aramaic Approach to the Gospels and Acts [Oxford: Oxford University Press, 1946], p.214)


H.H. Oliver faz um bom resumo da mudança de posição recente dos estudiosos que não mais apoiam Hort nesta questão(H.H. Oliver, "Present Trends in the Textual Criticism of the New Testament," The Journal of Bible and Religion, XXX [1962], Ppp.311-12)


O FATO DE ADULTERAÇÕES DELIBERADAS E APARENTEMENTE NUMEROSAS, NOS PRIMEIROS ANOS DA HISTÓRIA TEXTUAL, É UM INCONVENIENTE CONSIDERÁVEL À TEORIA DE HORT POR DOIS MOTIVOS: INTRODUZ UMA VARIÁVEL IMPREVISÍVEL COM A QUAL OS CANÔNES DA EVIDÊNCIA INTERNA NÃO PODEM LIDAR, E PÕE A RESTAURAÇÃO DO TEXTO ORIGINAL ALÉM DO MÉTODO GENEALÓGICO
.

Para ilustrar o segundo ponto, a visão de Hort quanto à história textual primitiva pode ser representada pela figura A, ao passo que a visão sugerida pelos Pais da Igreja pode ser representada pela figura B. AS LINHAS PONTILHADAS NA FIGURA 'B' REPRESENTAM AS MAQUINAÇÕES INTRODUZIDAS POR DISTINTOS HEREGES (COMO OS ANTIGOS PAIS OS CHAMAVAM)'(Qual é o Texto Original do Novo Tesamento?, pp.20-22).


(18)São confiáveis os manuscritos do TC, produzidos no Egito?


Pickering responde:


" que dizer sobre o Egito? C.H. Roberts, num tratamento erudito dos papiros literários cristãos dos primeiros três séculos, parece favorecer a conclusão que a igreja alexandrina era fraca e insignificante para o mundo grego cristão no segundo século(Roberts, pp. 42-43, 54-58). Aland afirma: “Egito se destacava das outras províncias da Igreja, até onde podemos julgar, pelo domínio, desde cedo, do gnosticismo'(K. e B. Aland, p. 59). Prossegue nos informando que “ao final do segundo século” a Igreja egípcia era “dominada pelo gnosticismo”, eadianta mais: “AS CÓPIAS EXISTENTES NAS COMUNIDADES GNÓSTICAS NÃO PODIAM SER USADAS, POR ESTAREM SUSPEITA DE SEREM ADULTERADAS'(K. Aland, "The Text of the Church?" Trinity Journal, 1987, 8NS:138)


Isto é bastante esclarecedor — O QUE ALAND ESTÁ NOS DIZENDO, EM OUTRAS PALAVRAS, É QUE DURANTE O SÉCULO SEGUNDO (100 A 200) A TRADIÇÃO TEXTUAL DO EGITO NÃO ERA CONFIÁVEL. A AVALIAÇÃO DE ALAND AQUI É BEM PROVAVELMENTE CORRETA. Notem o que Bruce Metzger diz sobre a Igreja primitiva no Egito:


'Entre os documentos cristãos que durante o segundo século se originaram no Egito ou á circulavam entre tanto ortodoxos como Gnósticos, estão numerosos evangelhos apócrifos, atos, epístolas e apocalipses … Há também fragmentos de obras dogmáticas e exegéticas compostas por cristãos alexandrinos, principalmente Gnósticos, durante o segundo século … De fato, baseado nos comentários de Clemente de Alexandria, quase todo o tipo de seita cristã digressiva se representava no Egito durante o segundo século. Clemente menciona os Valencinianos, Basilidianos, Marcionitas, Peratae, Encratitas,Docetistas, Haimetitas, Cainitas, Ofitas, Simonianos e Eutiquianos. NÃO SE SABE QUE PORCENTAGEM DE CRISTÃOS NO EGITO ERA ORTODOXA'(Metzger, Early Versions, p. 101)


Quase dá para imaginar se Isaías 30:1-3 não seria uma profecia sobre a crítica textual do N.T.! Mas precisamos parar para refletir sobre as implicações das afirmações de Aland. É campeão do tipo de texto egípcio (“alexandrino”), MAS APESAR DISSO, ELE MESMO NOS INFORMA QUE DURANTE O SEGUNDO SÉCULO A TRADIÇÃO TEXTUAL DO EGITO NÃO ERA CONFIÁVEL, E JÁ NO ANO 200 O USO DO GREGO J´]LÁ HAVIA PRATICAMENTE CESSADO. POIS BEM, BASEADO EM QUE PODE ELE ARGUMENTAR QUE MAIS TARDE O TEXTO EGÍPCIO TORNOU-SE O MELHOR? ALAND TAMBÉM AFIRMA QUE NO SEGUNDO SÉCULO, NO TERCEIRO SÉCULO, E ATÉ NO QUARTO SÉCULO A ÁSIA MENOR CONTINUAVA SENDO 'A TERRA-CORAÇÃO DA IGREJA'. ISTO SIGNIFICA QUE AS QUALIFICAÇÕES SUPERIORES DA ÁREA EGÉIA PARA PROTEGER, TRANSMITIR, E CERTIFICAR O TEXTO DO NT VIGORAM QUARTO SÉCULO ADENTRO! Acontece que Hort, Metzger e Aland (além de muitos outros) ligaram o tipo de texto 'Bizantino' com Luciano (de Antioquia), que morreu em 311 DC. ORA, VEJAM, UM TEXTO PRODUZIDO 'NA TERRA-CORAÇÃO DA IGREJA' NÃO SERIA MELHOR DO QUE QUALQUER COISA QUE TIVESSE EVOLUÍDO NO EGITO?"(Qual o Texto Original do Novo Testamento?, pp.73-t4)



(19)Wilbur Pickering volta a questão inicial: Que diferença fez usar o TC ou o TM(Texto Receptus)


Ele responde:


“Para resumir, retorno à pergunta inicial: ‘Que diferença faz?’ Não apenas temos a confusão causada por duas formas competidoras do texto grego, bastante diferentes, mas:


(a)UMA DELAS (O TEXTO ECLÉTICO) INCORPORA ERROS E CONTRADIÇÕES QUE MINAM A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO E VIRTUALMENTE ANULAM A DOUTRINA DA INERRÂNCIA [DA BÍBLIA]; A OUTRA (O TEXTO MAJORITÁRIO) NÃO O FAZ.


(b)A primeira baseia-se em critérios subjetivos, aplicados por críticos naturalistas; a segunda baseia-se no consenso da tradição dos manuscritos através dos séculos.


UMA VEZ QUE AS IGREJAS E ESCOLAS EVANGÉLICAS CONSERVADORAS TEM GERALMENTE ABRAÇADO A TEORIA (E, PORTANTO, AS PRESSUPOSIÇÕES) EM QUE SE BASEIA O TEXTO ECLÉTICO (UBS3/Nestle26), TEM HAVIDO UMA CONTÍNUA HEMORRAGIA OU DEFECÇÃO DENTRO DO CAMPO EVANGÉLICO COM REFERÊNCIA ÀS DOUTRINAS DA INSPIRAÇÃO E (PARTICULARMENTE) DA INERRÂNCIA DA BÍBLIA . A autoridade das Escrituras tem sido solapada — ela não mais exige obediência imediata e sem perguntas. Como uma conseqüência natural, há um enfraquecimento generalizado da nossa dedicação básica a Cristo e Seu Reino. Pior ainda, através dos nossos missionários temos estado exportando tudo isto para as igrejas emergentes do ‘terceiro mundo’. Ai de nós!


Pois então, que faremos: levantar nossas mãos em desespero e desistir? De modo algum! ‘É melhor acender uma vela do que sentar e amaldiçoar a escuridão’. Com a ajuda de Deus, trabalhemos juntos para provocarmos uma reversão da situação. Trabalhemos para desfazer o dano. Temos que começar por conscientemente tentar assegurar que todas nossas pressuposições, nossas hipóteses de trabalho, são consistentes com a Palavra de Deus. QUANDO ABORDAMOS A EVIDÊNCIA (MSS, CITAÇÕES PATRÍSTICAS, ANTIGAS VERSÕES) COM TAIS PRESSUPOSIÇÕES TEREMOS UMA BASE ACREDITÁVEL E MESMO DEMONSTRÁVEL PARA DECLARAR E DEFENDER A DIVINA PRESERVAÇÃO, A INSPIRAÇÃO E A INERRÂNCIA DO TEXTO DO NOVO TESTAMENTO.. Poderemos novamente ter uma base compelidora para total dedicação a Deus e à Sua Palavra. O ATUAL TEXTO MAJORITÁRIO IMPRESSO É UMA BEM ACURADA APROXIMAÇÃO DO ORIGINAL, ISENTA DE ERROS DE FATO E DAS CONTRADIÇÕES ACIMA DISCUTIDOS”(Ibidem, p.215)


Não sei porque, se temos o pão puro e legítimo que Deus nos dá para a nossa alimentação, pessoas insistem em querer comer ou dar de comer a outrem com o 'pão falsificado' ou 'adulterado', isto é, o 'pão que o diabo amassou'.Digo isso, porque autoridades defensoras do TC, como Aland e Metzger, segundo o testemunho do Dr. Pickering, afirmaram que os manuscritos que fazem parte do TC, foram sim, adulterados e fraldados.O pior cego é aquele que não quer ver.


Assim, o Dr. Pickering desmonta os argumentos para a credibilidade do Texto Crítico, ao mesmo tempo que descredencia as versões que nele se baseiam, como a ARA, NVI, Bíblia Viva, NTLH, BJ, TNM.


Parafraseando o Dr. Pickering. Que nós não estejamos ativa ou passivamente no grupo daqueles "FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS"(2 Co 2:17), nem estejamos no grupo daqueles que deixaram de se alimentar ou de alimentar as almas dos outros com "O LEITE RACIONAL, NÃO FALSIFICADO"(2 Pd 2:2). Que nos lembremos, que não podemos ter uma perfeita vida espiritual, se não nos alimentarmos de "TODA A PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS"(Mt 4:4)

Deus nos abençoe.

Sola Scriptura!!