quinta-feira, 30 de abril de 2020

Erros, Contradições, Heresias e Falácias de Roger E. Olson



Roger Olson, figura proeminente nos meios arminianos. Contudo, quando analisamos suas duas obras (destinadas a promoção do arminianismo e ataque ao calvinismo), encontramos erros, contradições, heresias e falácias. Acompanhe conosco:

1º Argumento: “Na teologia arminiana, portanto, todas as crianças que morrem antes de alcançarem a idade de despertamento da consciência e de pecarem efetivamente (em oposição ao pecado inato) são consideradas inocentes por Deus e levadas ao paraíso”(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, pp.42-43)

Resposta: (a)As Escrituras, em lugar algum, ensinam, que todas as crianças que morrem na infância, são salvas e estão no Céu. Antes, o entendimento é que apenas crianças, filhas de pais crentes, são consideradas como salvas, por serem introduzidas por Jesus no reino dos céus(Mt 19:13-15), o que infere sua regeneração, pois ninguém pode entrar no reino dos céus, sem nascer de novo(Jo 3:3,5). O próprio “Hinário Evangélico”(da Igreja Metodista do Brasil), em seu hino 172 - ‘Convite as Crianças’, diz:

Pais crentes, devotos,
Traziam os filhinhos,
Buscando a bênção e oração
De Cristo-Emanuel.
Mas com palavras de rigor
São afastados do Senhor:
'Levai os meninos,
Tirai-os daqui!

Portanto, o próprio hinário arminiano entende que apenas crianças, filhas de pais crentes, pertencem ao reino dos céus e nasceram de novo, antes de entrarem nele. Daí, entendemos que o NT considera como “santos”, apenas os filhos de pais considerados como crentes(1 Co 7:14).

(b)O pensamento de que crianças pequenas que morrem na infância, sem terem ainda cometido um pecado em estado racional, sejam consideradas inocentes diante de Deus, é uma heresia contrária as Escrituras, que não só afirmam que não há nenhum filho de Adão considerado inocente de pecado e culpa diante de Deus(Rm 3:9-18), bem como se trata da heresia pelagiana, que afirma que “as crianças recém-nascidas estão nas mesmas condições de Adão antes da queda”(Agostinho, De Gestis Pelagii, 23)

(c)O pensamento de que crianças pequenas, concebidas e geradas em pecado(Sl 51:5; Gn 8:21), que morrem na infância, ainda sem terem cometido um pecado em estado racional, não aponta para a sua inocência diante de Deus, pois são todas consideradas pecadoras já desde o ventre de suas(Is 48:8; Sl 58:3), e se fossem consideradas inocentes diante de Deus, jamais sofreriam morte física(1 Sm 15:1-3; 2 Sm 12:14-19), visto que a morte física é uma herança dos herdeiros do pecado(Rm 5:12,14,17). O entendimento das Escrituras é que não só estas crianças pequenas foram concebidas em pecado(Sl 51:5), mas são consideradas pecadoras desde o ventre de suas mães(Is 48:8; Sl 58:3) e nascem mortas em delitos e pecados, necessitando do novo nascimento(Jo 3:3,5)

Quando um texto que menciona a morte dos filhos dos incrédulos, como Ex 12:29, é evocado, até mesmo os comentaristas arminianos entendem que tais filhos, estão excluídos da salvação:

“O Profeta Habacuque parece consertar isso como o sentido em que a palavra é usada aqui; por falar das pragas do Egito em geral e da salvação que Deus concedeu ao seu povo, ele diz(Hc 3:13); Fizeste a salvação do teu povo - feriste a cabeça (ראש, o chefe, o mais excelente) da casa dos ímpios - de Faraó e dos egípcios”(Adam Clark[1760-1832], Ministro Metodista, Com de Ex 12:29)

“A única proteção e a única salvação eram através do sangue; nenhuma outra esperança, nenhum outro caminho, nenhuma outra salvação, exceto através do sangue aplicado pela fé, porque tinha que ser um passo de fé da parte do povo”(Charles W, Smith[1927-2013], Ministro Pentecostal, Com de Ex 12:1-51).

Aqui, a significância mística do sangue da cruz, a madeira polvilhada de sangue aparece. Israel não deveria ser salvo por um Messias carnal que reinava em Jerusalém, mas pelo cordeiro morto em figura desde a fundação do mundo”(Arno Gaebelein[1861-1945], Ministro Metodista, Com de Ex 12:1-51)

2º Argumento: “...A presciência eletiva de Deus é causada pela fé dos eleitos”(Ibidem, p.45)


Resposta: Temos aqui dois erros grotescos. (a)O primeiro é dizer que a presciência de Deus é causada por nossa fé, como se a presciência de Deus fosse carimbo para a nossa fé, quando a Bíblia diz que a presciência precede a fé do homem(Jo 6:64), não a fé a presciência de Deus; (b)O segundo erro é dizer que a nossa fé causa a nossa eleição, quando as Escrituras afirmam que nossa eleição causa a nossa fé(At 13:48).

3º Argumento: “A pessoa que recebe a plena intensidade da graça preveniente (ex: através da pregação da Palavra e a chamada interna correspondente de Deus) não mais está morta em delitos e pecados. Entretanto, tal pessoa não está ainda plenamente regenerada. A ponte entre a regeneração parcial pela graça preveniente e a plena regeneração pelo Espírito Santo e a conversão, que inclui arrependimento e fé”(Ibidem, p.46)

Resposta: (a)A heresia aqui é gritante. Contrariamente às Escrituras, que afirmam que quando a chamada externa(a mensagem do pregador) é acompanhada pela chamada interna do Espírito, operando fé e salvação(At 16:13-15), esse escritor arminiano, afirma que a chamada externa, acompanhada pela chamada interna do Espírito, gera vida espiritual parcial, sem arrependimento e fé. É uma heresia; uma blasfêmia contra Deus e Seu Espírito, que eficazmente, pela chamada interna, convencem o homem e o justificam de seus pecados(Jo 8:37; 10:16,27 16:8; Rm 8:30). Olson não pode professar o Credo Apostólico, que diz: ‘Creio em Deus Pai Todo PoderosoCreio no Espírito Santo’.. Ademais, Olson nega a total depravação, afirmando que a pessoa humana caída é possuidora de uma “regeneração parcial”, não é “plenamente regenerada”, e que, embora, tenha a assistência da ‘graça preveniente’, não é possuidora da ‘conversão, que inclui arrependimento e fé’. Se ela não é portadora de fé e arrependimento, como não está ‘mais morta em delitos e pecados’? Olson é notoriamente pelagiano aqui. (b)A heresia aqui é gritante, porque com seu falso dogma da "graça preveniente", Olson afirma que o homem ímpio ('parcialmente regenerado') é "parcialmente depravado", ao invés de ser totalmente depravado, como Paulo ensinava(Rm 3:9-18). O posicionamento do Olson('regeneração parcial' ou 'depravação parcial') é o mesmo endossado pela igreja romana:

"O pecado original... é a privação da santidade e da justiça originais, mas a natureza humana não é totalmente corrompida.... Pelo pecado dos primeiros pais, o Diabo adquiriu certa dominação sobre o homem, embora este último permaneça livre"(Catecismo da Igreja Católica, [Edição Típica Vaticana], pp.115-116)

A ideia do Olson é a mesma da igreja romana. O homem caído é escravo do pecado, mas não absolutamente escravo('totalmente depravado'), pois a queda não lhe tirou toda a sua liberdade, de formas que ele, pela tridentina graça preveniente, teve sua liberdade que estava totalmente escravizada pelo diabo, parcialmente restaurada, de formas que agora ele pode dizer "sim" ou "não" a Deus. A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(2 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

4º Argumento: “É somente a fé em Cristo que coloca o pecador na companhia dos eleitos”(Ibidem, p.63)

Resposta: Este pensamento situa a eleição dentro do tempo, quando a eleição ocorreu na eternidade(Ef 1:4). A fé decorre da eleição eterna(2 Ts 2:13), não o contrário.

5º Argumento: “Podemos definir que o Deus calvinista que predestina incondicionalmente algumas pessoas para o inferno (ainda que unicamente por decretar ignorá-las na eleição), não é um Deus de amor, mas um ser arbitrário e excêntrico que se preocupa apenas em exibir sua glória – mesmo à custa de destruição eterna de almas que ele criou”(Ibidem, p.52)

Resposta: Considerando que Deus, ao decretar na eternidade a queda(Ef 1:4; 1 Pd 1:18-21), contemplando-os posteriormente como espiritualmente mortos(Jo 3:3,5), espiritualmente: cegos(2 Co 4:4), surdos(Mt 14:14), escravos do diabo(2 Tm 2:26), ignorantes(1 Co 2:14), pecaminosos por natureza, sendo aversos a qualquer bem espiritual(Gn 6:5; 8:21; Is 48:8; Sl 51:5) e inimigos dEle(Jo 3:20; At 9:5; 26:9; Rm 5:10; Cl 1:21), por que razão teria a obrigação de salvar a qualquer um deles? Considerando que sua eleição é a “eleição da graça”(Rm 11:5), e se “graça” exclui as obras do homem(Rm 11:5-6) e significa “favor imerecido”, quais dos pecadores caídos, mereciam serem salvos por Deus, ou poderiam fazer algo para serem salvos por Deus? Ora, ora… Se o homem é totalmente incapaz de salvar a si mesmo(Mt 19:25-26), devido a sua queda no Éden ter sido total; e se não pode salvar-se a si mesmo, então Deus tem que salvá-lo. Se é Deus que tem que salvar, então Ele tem que ser livre para salvar a quem Ele quer, e se Ele é livre para salvar a quem Ele quiser, se escolhe salvar uma parte da raça humana, enquanto pretere outra, não é injusto com a outra, preterida e não eleita, visto que ninguém era merecedor de ser salvo por Ele, então pode dizer, sem ser injusto - “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”(Rm 9:15), uma vez que “isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece”(Rm 9:16), e como o Oleiro que fazendo ‘vasos para honra e desonra’(Rm 9:20-24), como Soberano e Dono de sua Criação, pode dizer: “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu. Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”(Mt 20:15). Então foi por estes(os eleitos) que Cristo fez a expiação na cruz. Se Cristo morreu por eles, então o seu Espírito Santo eficazmente chama-los-á para aquela salvação(Rm 8:30; Jo 10:26-27). E quando Ele, considerando todos os homens pecadores, incapazes de serem chamados ou eleitos salvificamente, com base em suas obras(Rm 9:10-11), ama um, enquanto priva o outro de seu amor, sem ser injusto(Rm 9:10-18).

6º Argumento: “Assim, a cooperação com a graça na teologia arminiana é simplesmente a não resistência à graça. É simplesmente a decisão de permitir que a graça faça sua obra de renunciar a todas as tentativas de autopurificação e admitindo que somente Cristo pode salvar. Todavia, Deus não toma exata decisão pelo indivíduo; é uma decisão que os indivíduos, sob o impulso da graça preveniente, devem tomar por si mesmos”(Ibidem, pp.46,47)

Resposta: (a)Aqui Olson blasfematoriamente ensina que Cristo é um ‘salvador’ em potencial. Ele ‘pode’ salvar; mas, não poderá salvar de fato, até que o homem tome essa decisão, por si mesmo, em “reconhecer Cristo como salvador hipotético”. Mas, se o próprio homem pode reconhecer por si próprio Cristo como ‘seu salvador hipotético’, por que então o próprio Cristo disse que o Espírito Santo é que seria o único responsável por convencer o homem de sua incredulidade?(Jo 16:8-9). Se a fé salvífica é um dom do Espírito Santo(Gl 5:22), e se a fé salvífica é concedida ao homem pela graça de Deus(At 18:27), e se graça exclui os esforços dos homens(Rm 11:5-6), e se o próprio Deus diz que no processo soteriológico, Ele agiu absolutamente sozinho(Is 63:5), o que o homem pode de fato fazer para crer em Cristo e reconhecê-lo como seu Salvador? Exatamente nada, como Cristo disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós”(Jo 15:16) e como João disse: “Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele”(Jo 12:39-41). E digo mais. Se o homem caído em pecado, é assistido por uma graça(‘a graça preveniente’), que não opera nele uma regeneração completa, não lhe concedendo conversão, fé e arrependimento(3º argumento), como tal homem poderá tomar alguma decisão por si próprio, admitindo Cristo como seu ‘salvador’, não tendo conversão, arrependimento nem fé? Isto é. Se o homem, mesmo estando assistido por tal graça, é espiritualmente ‘meio morto’ e ‘meio-vivo’, não estando completamente regenerado, como poderá tomar qualquer decisão favorável à sua salvação, ‘renunciando todas as tentativas de ‘autopurificação’? Aqui é evidente que Olson ensina o semipelagianismo, endossado pelo Sínodo de Arles(423 d.C). (b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308)

"Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico"(Ibidem, pp.407-408)

"Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal"(Ibidem, p.488)

"A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"(Ibidem, p.526)

"A graça corresponde às aspirações profundas da liberdade humana; chama-a a cooperar consigo e aperfeiçoa-a"(Ibidem, p.533).

A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(1 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que a o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

7º Argumento: “A graça preveniente, que liberta a vontade humana para responder ao evangelho em arrependimento e fé, vem bem à parte de qualquer outra recepção determinada livremente da pessoa”(Ibidem.75)

Resposta: (a)Se a ‘graça preveniente’ não torna o homem ‘plenamente regenerado’, possuidor de uma ‘conversão que inclui arrependimento e fé’(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, p.46), como pode então libertar sua vontade escrava para que a mesma possa responder a chamada do evangelho em arrependimento e fé? Olson deu um tiro no próprio pé! Aqui, novamente, quando ensina que a vontade humana é ‘ajudada’ pela ‘graça preveniente’ para responder ao evangelho - ‘cooperação’[sinergismo], é evidente que Olson ensina o semipelagianismo, endossado pelo Sínodo de Arles(423 d.C). (b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308).

"Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico"(Ibidem, pp.407-408)

"Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal"(Ibidem, p.488)

"A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"(Ibidem, p.526)

"A graça corresponde às aspirações profundas da liberdade humana; chama-a a cooperar consigo e aperfeiçoa-a"(Ibidem, p.533)

8º Argumento: “Mas a graça preveniente; ela é irresistível no sentido que é um dom de Deus que é dado a todos. Mas a graça preveniente não verga a vontade ou coloca a livre agência de lado; em questões espirituais, ela cria o livre arbítrio e a livre agência, e, portanto, os humanos podem resistir a ela uma vez que a recebem”(Ibidem, p.86).

Resposta: (a)Aqui, Olson entra em contradição com a declaração anterior(‘A graça preveniente, que liberta a vontade humana para responder ao evangelho em arrependimento e fé’’ - Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, p.75). Como a graça preveniente ‘não verga[‘dobra’, ‘subjuga’]a vontade’, se ela ‘liberta a vontade humana’? Uma vez que a vontade corrupta foi dobrada e subjugada, como então ela não foi dobrada, subjugada e vencida? Olhe a monstruosidade soteriológica. O ‘Deus’ arminiano transforma o homem, outrora totalmente caído e morto e escravo do diabo, da carne e dos pensamentos(Ef 2:1-3) e inimigo de Deus(Cl 1:21) , em alguém que agora é ‘semi-morto’, ‘semi-vivo’, e lhe confere (ou na verdade, aumenta-lhe) o ‘poder’ para continuar ‘resistindo-o’. Ou seja, o deus arminiano derrama uma ‘graça’ espúria, que não tira o homem de seu estado de miséria, mas que o fortalece na persistência e permanência em sua militância contra o próprio Deus. Se trata de um ‘dom’ que Deus derrama sobre o homem, para ajudá-lo e encorajá-lo a continuar a ser mais ainda seu inimigo. A lógica, sem lógica, do Olson, é: ‘O homem caído é meio-vivo, mas, porém, também meio-morto. Estando meio-vivo, pode responder ‘sim’ a Deus; todavia, estando ‘meio-morto’, também pode dizer ‘não’ a Deus”. Contudo, ambos os raciocínios são falhos, uma vez que segundo o próprio Olson, a ‘graça preveniente’ não confere ao homem caído plena regeneração pelo Espírito Santo e a conversão, que inclui arrependimento e fé. Estando destituído de plena regeneração e de uma conversão que é acompanhada de arrependimento e fé, o homem caído não sendo completamente regenerado, nem convertido, nem possuindo arrependimento e fé em Cristo, isto é, sendo impenitente e incrédulo, como pode dizer ‘sim’ a graça de Deus? Naturalmente e irresistivelmente dirá um ‘não’ na cara de Deus.

A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(1 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que a o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

9º Argumento: “No momento da chamada de Deus, os pecadores, sob a influência da graça preveniente têm o livre arbítrio genuíno como um dom de Deus; pela primeira vez eles podem simplesmente dizer sim ou não para Deus”(Ibidem, p.97)

Resposta: (a)Se a ‘graça preveniente’, segundo Olson, não opera no homem uma completa regeneração, nem uma conversão, acompanhada com arrependimento e fé(Teologia Arminiana, p.46), os homens continuarão mortos em delitos e pecados, não convertidos, impenitentes e incrédulos, e estando nesses estados, só poderão dizer “não” a Deus, como dizem as Escrituras: “E não quereis vir a mim para terdes vida”(Jo 5:40). (b)A propósito, este dogma arminiano da ‘graça preveniente’, é um plágio barato da doutrina católica romana do Concílio de Trento(Sessão VI[1301.1547], Capítulo V - ‘ Sobre a necessidade, nos adultos, de preparação para justificação, e de onde ela procede’):

“O Sínodo, ademais, declara que, nos adultos, o começo da dita Justificação deve ser derivado da graça preveniente de Deus, através de Jesus Cristo, o que significa dizer que, desde sua Vocação pela qual, sem quaisquer méritos, existindo por parte deles, eles são chamados; que eles, que por pecados foram alienados de Deus, podem ser dispostos através de Seu despertamento e graça de assistência, converter-se a si mesmos a sua própria justificação, por livremente assentir e cooperar com esta dita graça”.

A doutrina arminiana da ‘graça preveniente’ que torna o homem assistido e cooperador com a graça, é de origem católico romana, e é totalmente rejeitada pelas Escrituras, que mostram que Deus age completamente sozinho quando concede ao homem: a regeneração(Ez 11:19-20; 36:26-27; Sl 51:10; Jo 1:13; 3:5-6; 6:44; Tg 1:18-19; 1 Pd 1:23), a fé(Lc 17:5; Jo 6:29; At 14:27; 18:27; Gl 5:22; Ef 2:8-9; Fl 1:29; Hb 12:2; Rm 12:3), o arrependimento(At 5:30; 11:18; 2 Tm 2:25-26; Rm 2:4).

Daí não erramos, quando afirmamos que Armínio, os Remonstrantes e Olson, são influenciados por uma soteriologia tridentina, a qual seguem e usam, como uma arma contra o calvinismo. No obstante, é patente o sinergismo(‘cooperação do homem com Deus’) endossado pelos semipelagianos do Sínodo de Arles(423 d.C). A única graça que Deus concede ao homem antes da fé salvífica, é a regeneração, e é desta graça(a regeneração) que a própria fé salvifica procede(1 Jo 5:1).

(b)A heresia aqui é gritante, porque com seu falso dogma da "graça preveniente", Olson afirma que o homem ímpio ('parcialmente regenerado') é "parcialmente depravado", ao invés de ser totalmente depravado, como Paulo ensinava(Rm 3:9-18). O posicionamento do Olson('regeneração parcial' ou 'depravação parcial') é o mesmo endossado pela igreja romana:

"O pecado original... é a privação da santidade e da justiça originais, mas a natureza humana não é totalmente corrompida.... Pelo pecado dos primeiros pais, o Diabo adquiriu certa dominação sobre o homem, embora este último permaneça livre"(Catecismo da Igreja Católica, [Edição Típica Vaticana], pp.115-116)

A ideia do Olson é a mesma da igreja romana. O homem caído é escravo do pecado, mas não absolutamente escravo('totalmente depravado'), pois a queda não lhe tirou toda a sua liberdade, de formas que ele, pela tridentina graça preveniente, teve sua liberdade que estava totalmente escravizada pelo diabo, parcialmente restaurada, de formas que agora ele pode dizer "sim" ou "não" a Deus.

(b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308).

"Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico"(Ibidem, pp.407-408)

"Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal"(Ibidem, p.488)

"A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"(Ibidem, p.526)

"A graça corresponde às aspirações profundas da liberdade humana; chama-a a cooperar consigo e aperfeiçoa-a"(Ibidem, p.533)

A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(1 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que a o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

10º Argumento: “Além do mais, começando em Zurique, os anabatistas saíram de dentro do seio da reforma protestante (na Zurique de Zuínglio) e espalharam-se pela Europa. Declará-los não protestantes, seria de certa forma tolo, a partir de uma perspectiva histórica”(Ibidem, p.122).

Resposta: (a)Por sua teologia, os anabatistas nunca foram protestantes, mas hereges, conforme atestam vários historiadores cristãos de renome. Por exemplo, o historiador batista Justo Anderson, aludindo às crenças deles, enumera entre elas “(1)Uma Cristologia Hofmanita(carne celestial de Jesus); (2)Uma soteriologia pelagiana; (3)A inculpabilidade do primeiro homem”(Historia dos Batistas, Volume 2, pp.70-71). Ainda segundo Anderson, havia entre eles “um crescente 'socinianismoem suas fileiras”(Ibidem, p.73). Não apenas a opinião dos historiadores, servem contra a ‘protestantização’ do anabatismo, mas também a própria opinião dos anabatistas. Por exemplo, John Smith(1554-1612), famoso líder anabatista, em sua "Breve Exposição de Fé em Vinte Artigos"(1609), nega que crianças pequenas sejam herdeiras do pecado original(V). Thomas Elwys(1550-1616), outro líder anabatista, em sua "Declaração de Fé do Povo Inglês que Permanece em Amsterdã"(1611), também afirmou a contemporaneidade do dom de profecia (XI), além de negar que crianças pequenas herdassem o pecado original(IV). Ele repete esta crença em outra confissão sua - 'Proposições e Conclusões Sobre a Verdadeira Religião Cristã"(1612-1614)(XX). Outro erro seu era ter ensinado que os batismos com o Espírito Santo e o com fogo, eram o mesmo('Proposições e Conclusões Sobre a Verdadeira Religião Cristã'(1612-1614)(LIII). Outro ensino errôneo seu era a ordenação feminina('Proposições e Conclusões Sobre a Verdadeira Religião Cristã'(1612-1614)(LVI). Essas devem ter sido as razões pelas quais os batistas particulares, na ‘apresentação’ de sua “Confissão de Fé Batista de 1644’, terem afirmado:

“Uma confissão de fé de sete congregações (igrejas) de Cristo em Londres, que comumente são chamadas, de forma injustificada, Anabatistas. Esta publicação é para a reivindicação da verdade e informação para os que desconhecem a confissão. Ao mesmo tempo é para contestar as recriminações infundadas que frequentemente nos fazem dos púlpitos e na literatura. Impresso em Londres, no ano do nosso Senhor, 1646”.

Todos estes fatos, são provas de que os anabatistas não eram protestantes, ao ponto dos batistas não quererem ser associados a eles, nem confundidos com eles.

11º Argumento: “Em vez disso, o motivo real pelo qual os arminianos rejeitam controle divino de escolha e ação humana é que isto faria de Deus o autor do pecado e do mal. Para os arminianos, tal controle faria de Deus, no mínimo, moralmente ambíguo e, no pior, o único pecador”(Ibidem, p.127)

Resposta: Os arminianos admitem a crença em um Deus, mas Ele não pode ser um Soberano. O que farão com Salomão, quando disse: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a determinação”(Pv 16:33)? O substantivo hebraico מִשְׁפָּט(mishpat) aqui traduzido por “determinação”, de acordo com o “The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon”, significa literalmente “ato de decidir um caso”(p.1048), mostrando que é o Senhor quem controla as decisões de suas criaturas. Proceder de Deus toda a determinação de suas criaturas, o tornaria em ‘autor do pecado e do mal’ e no ‘único pecador’? Nesse sentido, quando pela vontade decretiva de Deus, Sansão se casou com a ímpia e pagã Dalila(Jz 14:1-4), Deus tornou-se o autor do pecado dele, isentando-o do pecado, e ‘pecando’, em seu lugar? Porque se for esse o caso, porque Deus predestinou os judeus a matarem Cristo(At 4:27-28), sem deixar de considerá-los responsáveis e culpados por esse pecado?(At 2:23; 3:13-15). A propósito, Daniel Wheldon[1808-1885], ministro metodista[arminiano], em seu comentário de Pv 16:33, disse:

Todo julgamento ou decisão dele, é do Senhor. O resultado foi considerado como uma decisão divina".

O arminiano Daniel Wheldon, ao afirmar que Deus controla as escolhas de suas criaturas, estava afirmando que Deus era o autor do pecado, ou afirmando, com isso, que Deus era ‘o único pecador’? Dá pra responder, Olson? E Salomão? Estava ele afirmando que Deus era o autor do pecado e do mal, ou que Ele era o ‘único pecador’, ao afirmar que o Senhor controla todas as ações de suas criaturas?

12º Argumento: “Afinal de contas, Jesus ensinou a seus discípulos a orar: ‘seja feita a sua vontade, aqui na terra como no céu’(Mt 6:10). Se a soberania de Deus já estivesse completamente exercida de facto, por que alguém precisaria orar para a vontade de Deus ser feita na terra? Neste caso, ela já estaria sempre sendo feita na terra. Esta diferença entre a soberania de Deus de facto e de jure é exigida na Oração do Pai Nosso”(Ibidem, p.152)

Resposta: (a)Na oração, Jesus quis incutir na mente de seus discípulos a concordância e total submissão deles à soberania de Deus(como Jesus confirma no v.13), além de orarem a Deus, no intuito de demonstrarem desejo em buscá-lo, num ato de exercitação de sua fé nEle, confiando em suas promessas, para se libertarem de ansiedades, derramando-as perante Ele, declarando, por esse ato de fé, que somente esperam e confiam em Deus. No caso, embora saibam que Deus já saiba do que eles precisam, antes mesmo de lhe pedirem(Mt 6:8), precisam ainda si, demonstrar seu espírito de total confiança e necessidade de Deus, orando a Ele. (b)A oração é feita, não para pedir que Deus seja soberano, mas pela crença que de fato, Ele é soberano(Mt 6:13), como exatamente Jesus disse:

“Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste”(Jo 11:41-42).

13º Argumento: “A salvação vem ao não resistirmos a ela”(Ibidem, p.216)

Resposta: Isso coloca a salvação como vindo e dependendo da vontade do homem (e introduz a heresia do semipelagianismo ensinada pelo Sínodo de Arles[423 d.C]), e é contrária ao pensamento de Paulo, que diz:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.Não vem das obras, para que ninguém se glorie”(Ef 2:8-9)

“Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece”(Rm 9:15-16).

14º “Não há nenhuma predeterminação de que somente alguns serão salvos”(Ibidem, p.240)

Resposta: Isso contraria Isaías e Paulo, quando escreveram:

“Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”(Rm 9:27).

15º Argumento: “O versículo de 1 Timóteo 2:4, na língua grega, não pode ser interpretado de qualquer outra forma além de se referir a todas as pessoas, sem limite”(Contra o Calvinismo, p.105)

Resposta: (a)O calcanhar de Aquiles do Olson é o contexto do próprio texto em nosso idioma, pois mencionada que os “todos”, mencionado no v.4, se refere a ‘todo tipo de pessoas, sem distinção de posição social’, conforme vemos nos vv 1-2=

“...por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”(vv-12 ACF).

(b)A mentira do Olson sobre o significado do termo “todos” em grego, só impressiona os incautos, pois segundo o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, o adjetivo grego “πᾶς”(pas)(‘todos’) aparece no NT com vários sentidos: (i)’um número definido’(Mt 1:17)(p.704), o que se refere aqui a ‘quatorze gerações”; (ii)”todos aqueles devidamente mencionados’(Mc 14:64)(Ibidem), se referindo, portanto, a um grupo específico de pessoas, isto é, aos principais dos sacerdotes(Mc 14:53-64); (iii)Em outros lugares, “πᾶς”(pas) é usado, de acordo com o Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament, para se referir a uma “grande multidão”(Jo 3:26) que se dirigia João Batista(p.492), além de ser usado para se referir a “um número definido”(Ibidem, p.492), se referindo às doze discípulos de João, batizados por Paulo; e que “serve por sua universalidade para designar toda classe de homens”(Ibidem, p.493). G. Kittel e G. W. Bromiley, seu “Dicionário Teológico do Novo Testamento”, afirmam que “πᾶς”(pas) se refere a “um grande número”, aludindo a Mt 2:3(p.150) e a “todos os doentes”, em Mt 4:24(Ibidem), aludindo aqui a uma classe de pessoas, e acolá, se referindo a um número específico e particular de pessoas. Portanto, falta ao Olson mostrar um único léxico grego do NT afirmando que “πᾶς”(pas), significa em todas as suas ocorrências no NT apenas ‘todos os homens, sem exceção”, ou “cada um dos homens, sem exceção”. Ao Olson cabe aqui o epíteto de Pinóquio arminiano.

16º Argumento: “A graça irresistível faz a mesma coisa. Ela impugna a bondade de Deus. Se Deus chama e atrai pecadores irresistivelmente para si de maneira que eles escapam do inferno por que ele os domina e regenera sem qualquer ato de libre arbítrio da parte deles, senão um Deus bom faria o mesmo para todos! Não estou contente em deixar a pergunta do ‘por qquê’ na esfera do mistério. Reconheço mo mistério na revelação, mas não exige crença em uma vontade escondida ou secreta de Deus que faz dele um monstro moral. Somente um monstro moral recusaria salvar pessoas quando a salvação é absolutamente incondicional e unicamente um ato de Deus que não depende do livre arbítrio”(Contra o Calvinismo, p.97).

Resposta: (a)Uma vez que Deus contemplou todos os filhos de Adão caídos(Rm 3:23), espiritualmente mortos(Jo 3:3,5; Ef 2:1), incapazes de chegarem a conclusão que eram pecadores miseráveis(Jó 21:14-15), sendo seus inimigos nas obras e no entendimento(Gn 6:5; 8:21; Jo 3:20; Rm 5:10; Cl 1:21), considerando não só que nenhum deles merecia ser eleito para a vida eterna, mas antes eram todos merecedores da ira de Deus(Ef 2:2), e que tal eleição é “eleição da graça”(Rm 11:5), e graça excluir as obras dos homens(Rm 11:6), então não só Deus não teria obrigação de incluir todos os seres humanos caídos em seu plano redentor, bem como, uma vez tendo já eleito na eternidade alguns para a vida eterna(Ef 1:4), de acordo com esse plano decretado antes da fundação do mundo, chamou salvíficamente aqueles que Ele tinha anteriormente predestinado(Rm 8:3), que eram suas ovelhas, e são apenas estas que ouvirão sua chamada interna do Espírito, recebendo a vida eterna(Jo 10:16,27-28). Aqueles que não foram incluídos nem em sua eleição, tampouco em sua vocação, não serão internamente chamadas de modo salvífico, nem apresentarão a fé salvífica(Jo 10:26; At 16:13-15). O fato de Jesus chamar cada um de seus eleitos, configura seu maior gesto de bondade:

Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor”(Jo 10:14-16).

(b)Se é verdade que um Deus que se recusa a salvar pessoas, é um monstro moral, então João Wesley, o maioral do arminianismo, adorava um monstro moral, porque disse:

Havendo perdido toda a esperança de recuperar a estes, nosso Senhor fala com o propósito de atemorizar à outros para que não cometam os mesmos pecados”(Nota sobre Mt 23:33).

O deus arminiano desiste de salvar pessoas. O deus arminiano é um deus sem esperança! Sim, o deus do arminiano João Wesley.

E se é verdade que um Deus que se recusa a salvar pessoas, é um monstro cruel, então o Olson está chamando o Deus do AT-NT, que excluiu pessoas de ouvirem sua mensagem salvífica(Dt 4:8; Sl 147:19-20; At 13:44; 16:6-7), adorado por Moisés, Davi e por Lucas, de monstro, e com isso, o Olson demonstra que o Deus adorado por Moisés, Davi e por Lucas, não é o mesmo deus adorado pelo Olson e pelos arminianos. O Deus adorado por Moisés e Paulo é absolutamente livre e soberano para escolher salvar a quem lhe aprouver, simplesmente porque nenhuma de suas criaturas caídas é merecedora de salvação(Mt 19:25-26; Ef 2:8-9; Tt 3:3-7), e por isso, Ele diz, que escolhe um, enquanto rejeita outro, sem ser injusto com ninguém:

"Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece...Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer"(Rm 9:15-16,18).

Por isso, como Soberano e Dono de sua Criação, pode dizer: “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu. Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”(Mt 20:15)

17º Argumento: “Assim sendo, eu argumento, o calvinismo, de fato, faz de Deus o autor do mal, no sentido de que, de acordo com sua descrição da soberania de Deus, Deus tornou certo o pecado de Adão”(Ibidem, p.121)

Resposta: (a)Apesar do pecado de Adão está inserido no decreto divino na eternidade(Ef 1:4) como algo que infalivelmente ocorreria dentro do tempo(1 Pe 1:18-21), tornando certa a queda de Adão, em nenhum momento isso tornou Deus o autor do mal, porque embora tendo decretado o pecado de Adão, escrituristicamente, é Adão, não Deus, o autor do mal na Terra, diante de passagens das Escrituras:

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?"(Gn 3:1)

"E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida"(Gn 3:17)

O substantivo hebraico עִצָּבוֹן(itstsabown), aqui traduzido por "causa", de acordo com "O Léxico Hebraico do Antigo Testamento da King James Version", significa literalmente "a partir de", indicando que o mal que recaíra sobre os homens, partiu de ou teve origem em Adão e com Adão. No caso, Adão foi a causa, a orígem e a autoria do mal sobre os homens e a Terra.

"Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo..."(Rm 5:12)

Interessante, que neste texto(Rm 5:12), o verbo grego εἰσέρχομαι(eiserchomai), aqui traduzido por "entrar", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente "surgir, começar a existir", o que indica que Adão é o autor, origem ou causa do pecado na Terra.

"Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias"(Ec 7:29)

O verbo hebraico בָּקַשׁ(baqash), aqui traduzido por "buscar", de acordo com o Léxico Hebraico do Antigo Testamento de F. Brown, S. Driver e C. A. Briggs, significa literalmente "procurar, visar, praticar"(p.134). O entendimento desta passagem é que Adão e Eva, em sua atitude, "procuraram", "visaram" e "praticaram" o mal ou pecado na Terra. O sentido de "praticar" é literalmente "Levar a efeito; fazer, realizar, pôr em execução; obrar, perfazer, realizar regularmente uma atividade; perpetrar, fazer surgir ou dar origem a, produzir"(Dicionário Michaelis Online). Não resta nenhuma dúvida, que o sentido original da sentença do texto hebraico aponta para Adão e Eva como a origem, a causa ou o surgimento do mal ou pecado na Terra. O substantivo masculino hebraico "חִשָּׁבוֹן"(chishshabown), aqui traduzido por "astúcias", de acordo com o Léxico Hebraico do Antigo Testamento de F. Brown, S. Driver e C. A. Briggs, significa literalmente "invenção"(p.364), o que de fato aponta para eles como autores do mal ou pecado na Terra. Isso é indiscutível, do ponto de vista exegético.

(b)Com o falso dogma da graça preveniente, o arminianismo ensina que Deus é o autor do mal, ou infere isso, quando na palavra do próprio Olson, esta 'graça' é dada ao homem para que este possa até dizer "não" a Deus(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, p.97), isto é, é dada ao homem para a possibilidade de mantê-lo na sua incredulidade ou para aumentá-la ou torná-la ainda mais resistente a Deus. A 'graça preveniente' serve como garantia para a permanência na incredulidade e militância contra o próprio Deus. É um dogma ímpio.

18º Argumento: “Em outras palavras, para ser consistente, o calvinismo deve dizer que até mesmo o caráter mal de Faraó, no final de contas, vem de Deus”(Ibidem, p.137)

Resposta: Deus encontrou a vontade má de Faraó, mas não a criou, antes se utilizou dela para sua glória, em outras palavras, Deus usou o coração ímpio do Faraó para realizar seus próprios propósitos(Ex 9:12; 10:20; 11:10; 14:8), sem que Faraó deixasse de ser responsável por sua malignidade, ao impedir que Israel saísse do Egito para adorar a Deus(Ex 7:13,22; 8:15,19; 9:35), ainda que, apesar de Deus usar o endurecimento do coração de Faraó, o puniu por este mesmo pecado de Faraó, que Ele mesmo utilizou para a sua glória, afogando Faraó no Mar Vermelho(Sl 136:15). Sim, Ele levantou Faraó, se utilizou das iniquidades deste egípcio, afim de ser glorificado, ao destruí-lo posteriormente(Rm 9:17-18)

19º Argumento: “Mas se Calvino estiver certo (e se os calvinistas rígidos tais como os que citamos acima estiverem certos), não é apenas a morte do mercador tolo que é tornada certa por Deus; também o sequestro, o estupro e o assassinato da garotinha, tudo isso foi ‘dirigido pela mão sempre presente de Deus’”(Ibidem, p.142)

Resposta: Deus decreta todas as ações de suas criaturas(Pv 16:33). Foi por sua providente mão, que José foi vendido por seus irmãos(Gn 45:5). Foi por sua mão providente que os judeus mataram a Cristo(At 4:27-28), e não é preciso ser calvinista, para reconhecer isso, uma vez que vários arminianos também reconheceram as mesmas coisas:

“Isto descobre uma mente verdadeiramente nobre: não só perdoa e esquece, mas também deseja que aqueles que o injuriaram esqueçam o mal que fizeram, para que não sofram por causa disso; E com profunda piedade atribui tudo à providência de Deus"(Adam Clark [1760-1762], Ministro Metodista, Com. de Gn 45:5)

“José revela que Deus muitas vezes sobrepõe soberanamente a sua providência e controla as más ações dos seres humanos a fim de executar a sua vontade"(Bíblia de Estudo Pentecostal, Nota sobre Gn 45:5)

"Deus tinha usado os assírios para castigar seu povo que enveredara pela impiedade"(Bíblia de Estudo Pentecostal, Nota sobre Is 10:5)

"Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos de seus irmãos, para a preservação da vida”(Bíblia de Estudo Pentecostal, p.106)

20º Argumento: “Não devemos dizer que a queda de Adão, que deu orígem a toda a história do pecado e do mal, foi desejada, planejada e tornada certa por Deus. Deus não preordenou e nem tornou a queda certa, e ela não fazia parte de sua vontade”(Ibidem, p.154).

Resposta: A eleição na eternidade para a salvação e santidade(Ef 1:4; 2 Ts 2:13), pressupõe o decreto da queda, pois ‘salvação’ e ‘santidade’ pressupõem ‘pecado’(Mt 1:21; 1 Pe 1:14-16). Ademais, a menção de Cristo como “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”(Ap 13:8); “um cordeiro imaculado e incontaminadoconhecido, ainda antes da fundação do mundo...”(1 Pe 1:19-20)(que pressupõe pecado, diante do dito da Escritura: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ - Jo 1:29) também pressupõe que o pecado fora decretado na eternidade, e Cristo, escolhido como antídoto contra esse pecado.

21º Argumento: “Como o evangelho pode ser oferecido como uma oferta sincera para todos se alguns já foram escolhidos por Deus para a condenação e, desta forma, não possuem nenhuma chance, de modo algum, de serem aceitos por Deus?’(Ibidem, p.174).

Resposta: A mensagem do Evangelho nunca é pregada em vão. Sua exposição serve para salvação ou juízo(condenação) dos que a ouvem:

“Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia. Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito”(Jo 12:48-50).

22º Argumento: “Como Deus é bom, amável e justo com os réprobos? Como Deus não é arbitrário em sua escolha de alguns para a salvação incondicional enquanto abandona outros para a perdição?’”(Ibidem, p.174)

Resposta: (a)Deus é bom e amável com os réprobos, derramando bençãos temporais sobre eles, como ocorreu com o réprobo Faraó, quando pela intercessão de Moisés, Deus retirou as pragas das moscas e das saraivas sobre ele(Ex 8:28-31; 9:27-33). (b)E é justo com eles, quando os condena, como ‘vasos da ira, preparados para a perdição’(Rm 9:22), por sua impenitência e incredulidade(2 Pe 2:9,12; Jd 4,10-15). A razão para Deus, privar incrédulos do conhecimento de sua salvação, enquanto concede este conhecimento aos seus eleitos, está apenas em sua vontade soberana:

“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve”(Mt 11:25-26).

23º Argumento: “Como Deus é amor se ele preordena muitas pessoas para o inferno para a eternidade quando ele poderia salvá-las, uma vez que a eleição para a salvação é sempre completamente incondicional e não qualquer relação com o caráter ou escolhas?”(Ibidem, pp.174-175).

Resposta: (a)Se Ele viu todos os homens, sem exceção, em estado de miséria e condenação(Rm 3:9-18,23), não havendo nada neles que o movesse a tirar-lhes deste estado, tendo em sua irregeneração sido alvos da ira de Deus(Ef 2:1-3), não sendo nenhum deles merecedor desse amor salvífico, por causa de sua irregeneração(Ef 2:1-3) e inimizade contra Deus(Jo 3:20; Cl 1:21), não sendo obrigado a salvar quem quer que seja, e, assim, podendo escolher salvar a quem lhe aprouvesse salvar(Rm 9:12-18), resolveu salvar da escravidão do diabo, da carne e dos pensamentos justamente aqueles que ele elegeu de antemão para que andassem em boas obras(Ef 2:1,4-6,10);

24º Argumento: “...assim em Rm 9 ‘Jacó’ representa o povo de Deus e ‘Esaú’ não representa o povo de Deus”(Ibidem, p.204)

Resposta: (a)O argumento é inteiramente falso, pois o contexto ainda menciona mais duas pessoas - ‘Moisés’ e ‘o Faraó’(Rm 9:15-17), e o contexto não está falando na eleição ou preterição de nações(o que contraria o pensamento do próprio Paulo em Rm 3:29), mas da eleição ou reprovação de indivíduos: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?”(Rm 9:21). E é por isso que Paulo menciona indivíduos – Jacó e Esaú; e – Moisés e o Faraó.

25º Argumento: “A melhor crítica de João 3:16 significa ‘toda a raça humana’. Até mesmo alguns calvinistas não conseguem concordar com seus companheiros calvinistas que nesta passagem a palavra ‘mundo’ refere-se apenas aos eleitos”(Ibidem, p.208)

Resposta: Olson não pode dogmatizar, afirmando que “mundo” em Jo 3:16 ‘significa ‘toda a raça humana’; uma vez que no mesmo livro afirma que ’mundo’ claramente significa ‘este presente século mau’(Ibidem, p.156). Agora, a expressão “toda a raça humana”, não é a mesma coisa que ‘cada pessoa humana, sem exceção’. ‘Toda a raça humana’, se refere a judeus bem como aos gentios. Foi essa mensagem que Jesus passou para Nicodemos, que como conhecedor dos postulados do AT, entendia que apenas os judeus seriam alvos do amor salvífico de Deus(2 Sm 7:23; 1 Cr 17:21). Se ‘mundo’ não tem um mesmo significado, segundo o próprio Olson, qual é a garantia e prova que ele tem para afirmar que em Jo 3:16, se refira a todos os homens, sem exceção? Mas, o Olson, ou é hipócrita ou é ignorante em matéria de interpretação bíblica, pois o próprio texto já refuta a sua tese, afirmando que este ‘mundo’ que é alvo do amor salvífico de Deus, passa a ter fé em Cristo(‘para que todo aquele que nele crê não pereça’), e uma fé imperecível, que o leva a ter uma vida imperecível(‘que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna’). Cada um dos homens, sem exceção, creu em Cristo até o fim de sua vida? Não. Logo, nenhum destes fazem parte do “mundo” que Deus tanto amou, a ponto de entregar seu Filho por eles, o que aplica o termo ‘mundo’ aos eleitos.

26º Argumento: “Se ‘mundo’ no versículo 16 significa todas as pessoas, então o versículo 17 claramente diz que Jesus veio para salvar a todos (ou dar a todos essa possibilidade)’(Ibidem, p.210)

Resposta: (a)Jo 3:16 classifica o ‘mundo’ que Deus amou e por quem Cristo morreu, apenas como aqueles que creriam nEle, o que significa que aqueles que morreram em sua incredulidade, nunca fizeram deste ‘mundo’ amado por Deus, e substituído vicariamente por Cristo. (b)Cristo, para Olson, não é de fato, infalivelmente um Redentor ou Salvador Eficaz. Ele não tem poderes próprios e suficientes para salvar o homem, sem que este se decida por isso. Ele não “veio buscar e salvar o que se havia perdido”(Lc 19:10), mas ‘tentar buscar e tentar salvar o que se havia perdido”. Ele não é aquele Jesus bíblico que através de sua encarnação e morte “salvará o seu povo de seus pecados”(Mt 1:21). (c)Não há evidência nas Escrituras que Deus concedeu em qualquer tempo da humanidade(no AT ou NT, ou em tempos extra-bíblicos) possibilidade de todos os homens sem exceção (cada pessoa humana, sem exceção) serem salvos, visto ter privado milhares de pagãos e incrédulos de receberem a mensagem de arrependimento(Dt 4:8; Sl 147:19-20; Am 3:2; At 13:44; 16:6-7). O que diremos dos índios, que antes da chegada dos primeiros missionários protestantes(calvinistas), enviados por Calvino ao Brasil(1557), morreram em sua incredulidade, idolatria e paganismo? Alguém que morre, sem ouvir a Palavra de Deus, pode ser salvo? Paulo diz: “E como crerão naquele de quem não ouviram?”(Rm 10:14). E diz ainda: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão”(Rm 2:12).

27º Argumento: “Também argumentarei que a crença na expiação limitada, redenção particular, impossibilita, de maneira sensata, que a oferta sincera do evangelho de salvação para todos,indiscriminadamente”(Ibidem, p.215)

Resposta: Nada pode tornar mais sincera a pregação do evangelho, do que crença na expiação limitada ou particular, indicando que esta oferta do evangelho não só será eficazmente destinada as pessoas certas(os eleitos – At 18:10), como também operará o fim para a qual ela foi destinada – a regeneração e fé dos eleitos(Jo 10:16,27; Rm 8:30; 2 Tm 2:9-10). Em outras palavras, a Palavra de Deus nunca será pregada em vão, como dizem seus escritores:

Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”(Is 55:11).

“E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la”(Jr 1:12).

28º Argumento: “Atanásio, o grande pai da Igreja, altamente estimado por todos os cristãos, incluindo os ortodoxos orientais, católicos romanos e protestantes, insistia de maneira determinada que Cristo, por sua morte, trouxe salvação a todos sem exceção”(Ibidem, p.237)

Resposta: O delírio e desespero do Olson, em tentar achar qualquer apoio para o falso dogma da expiação ilimitada, levaram-no a ver chifre de boi em cavalo. A frase citada por ele, em itálico, supostamente de Atanásio[A Encarnação do Verbo, 2:9](‘Pois, naturalmente, uma vez que a Palavra de Deus está acima de todos, quando Ele ofereceu Seu próprio templo e instrumento corpóreo como um substituto para a vida de todos’), está fora de contexto com os versos anteriores e posteriores, que negam qualquer evidência para a crença na expiação ilimitada, por parte de Atanásio. Observem as outras frases, não colocadas em itálico pelo Olson:

As partes seguintes, não escritas em itálico, dizem:

“Ele assumiu um corpo capaz de morte, a fim de que este corpo, através do pertencimento à Palavra que é acima de todos, e, ele mesmo permanecendo incorruptível através de sua habitação, pudesse, depois disso, por um fim à corrupção para todos os outros também, pela graça da ressurreição”(9:1)

“Ele cumpriu em morte tudo o que era exigido. Também fica claro que, através desta união do Filho de Deus imortal com nossa natureza humana, todos os homens foram revestidos com incorrupção na promessa da ressurreição”(9:2)

Se é verdade que Atanásio está afirmando que Cristo morreu por “cada pessoa humana, sem exceção”, então é igualmente verdade que ele está ensinando que “cada pessoa humana, sem exceção” será salva por Cristo e receberá um corpo glorificado, ensinando um universalismo. Mas as Escrituras afirmam que dentre todos os mortos, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”(Dn 12:2 ACF). Longe de ensinar essa heresia, Atanásio deixou bem claro de que aqueles a quem ele se refere por “todos os outros”; “todos os homens”, são os membros da Igreja:

“Com efeito, pelo sacrifício de seu próprio corpo, ele pôs termo à lei que pesava sobre nós, renovou-nos o princípio da vida”(10:5)

Agora não morremos mais como condenados, e sim, devendo despertar dentre os mortos, esperando a universal ressurreição, a qual Deus nos mostrará em ‘tempo oportuno’(1 Tm 6:15). Ele que a operou e com ela nos agraciou”(10:5).

Assim, mostramos a distorção que Olson tentou fazer com a fala de Atanásio, arminianizando sua fala em itálico.

29º Argumento: “Outra passagem bíblica interessante mencionada por Lemke é Mateus 19:24, onde Jesus diz aos discípulos: ‘E lhes digo ainda: é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus’. Qual é o sentido deste versículo à luz da graça irresistível? Jesus está dizendo que é mais fácil para Deus salvar um rico do que um pobre? Como pode isso? Se todos, sem exceção, apenas entram no Reino de Deus pela obra de Deus apenas sem nenhuma cooperação exigida da parte da pessoa, então a fala de Jesus não faz sentido algum”(Ibidem, pp.257-258)

Resposta: (a)O verbo grego “εἰσέρχομαι”(eiserchomai) aqui traduzido por “entrar”, de acordo com o Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament tem o sentido de “entrar no reino de Deus (comparado a um palácio) através da porta”(p.187). Jesus não está negando que é possível um rico entrar no reino de Deus(José de Arimateia era rico e discípulo de Jesus – Mt 27:52). Está afirmando que o rico entra lá, com muita dificuldade, por causa de obstáculos que se apresentam diante dele – o amor ao dinheiro, às riquezas, que é uma marca dos crentes nominais(1 Tm 6:16). Antes dele chegar lá, tem que passar por cima do esplendor das riquezas, como se estivesse passando dentro do palácio (sem se deslumbrar com as riquezas do lugar), até chegar a porta ou sala onde pudesse encontrar o rei. A expressão ilustra a total depravação do homem, pois Jesus quer mostrar que um homem rico, que põe sua confiança em suas riquezas, invés de em Deus, é alguém totalmente depravado, completamente morto espiritualmente, totalmente incapacitado para operar a sua própria salvação, que em última instância, depende somente de Deus(Mt 19:25-26). Basicamente, isso ilustra o coração daquele jovem rico, que amava suas riquezas mais do que ao próprio Deus(Mt 19:24-25). Seu coração representava alguém que tinha os olhos de seu coração, voltados para as riquezas terrenas, invés das celestiais(Mt 19:21-22). O jovem rico tinha uma mentalidade arminiana, achando que as obras do homem pudessem levá-lo a vida eterna(Mt 19:16). Jesus tinha uma mentalidade monergista. Segundo ele, o homem nada podia fazer para obter a vida eterna, pois esta prerrogativa pertencia apenas a Deus(Mt 19:25-26). (b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

(b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308).

"Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico"(Ibidem, pp.407-408)

"Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal"(Ibidem, p.488)

"A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"(Ibidem, p.526)

"A graça corresponde às aspirações profundas da liberdade humana; chama-a a cooperar consigo e aperfeiçoa-a"(Ibidem, p.533)

30º Argumento: “Assim, na teologia arminiana, uma regeneração parcial realmente precede a conversão, mas ela não é uma regeneração completa. É um despertamento e uma capacitação, mas não uma força irresistível”(Ibidem, p.267)

Resposta: (a)A soteriologia arminiana não apresenta uma Divindade Trina que opere no homem caído uma regeneração completa. O homem caído, no arminianismo, é um Drácula, um Frankenstein, um Salomão Grundy, isto é, um ser ‘meio-vivo’ ou ‘meio-morto’, um zumbí, criado pelo deus arminiano. Ele não foi encontrado por Aquele que disse: “…Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”(Jo 10:10); “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”(Jo 5:24). Não existe nenhum traço de morte espiritual, sobre quem foi encontrado por Jesus Cristo. (b)A heresia aqui é gritante, porque com seu falso dogma da 'graça preveniente", Olson afirma que o homem ímpio ('parcialmente regenerado') é "parcialmente depravado", ao invés de ser totalmente depravado, como Paulo ensinava(Rm 3:9-18). (b)A heresia aqui é gritante, porque com seu falso dogma da 'graça preveniente", Olson afirma que o homem ímpio ('parcialmente regenerado') é "parcialmente depravado", ao invés de ser totalmente depravado, como Paulo ensinava(Rm 3:9-18). O posicionamento do Olson('regeneração parcial' ou 'depravação parcial') é o mesmo endossado pela igreja romana:

"O pecado original... é a privação da santidade e da justiça originais, mas a natureza humana não é totalmente corrompida.... Pelo pecado dos primeiros pais, o Diabo adquiriu certa dominação sobre o homem, embora este último permaneça livre"(Catecismo da Igreja Católica, [Edição Típica Vaticana], pp.115-116).

A ideia do Olson é a mesma da igreja romana. O homem caído é escravo do pecado, mas não absolutamente escravo('totalmente depravado'), pois a queda não lhe tirou toda a sua liberdade, de formas que ele, pela tridentina graça preveniente, teve sua liberdade que estava totalmente escravizada pelo diabo, parcialmente restaurada, de formas que agora ele pode dizer "sim" ou "não" a Deus. A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(1 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que a o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

31º Argumento: “Quando uma pessoa decidir permitir que a graça de Deus a salve, ela se arrepende e confia apenas e completamente em Cristo. Esse é um ato passivo; poderia ser comparado a uma pessoa se afogando que decide relaxar e permitir que o salva-vidas a salve do afogamento. É assim que os arminianos/sinergistas evangélicos entendem Filipenses 2:12-13 citado anteriormente. O apóstolo, sob a inspiração do Espírito Santo, diz a seus leitores cristãos para que se lembrem de ‘operar’ sua salvação ‘com tremor e temor’. Os críticos pensam que os arminianos e os sinergistas evangélicos geralmente param aqui e que ignoram o verso seguinte. Mas eles não fazem isso. Eles percebem e ensinam que se as pessoas estiverem operando sua salvação, do início ao fim, é apenas ‘Deus trabalhando’ nelas. Essa é a graça preveniente que leva a conversão e auxiliadora por toda a vida cristã. Mas não faria nenhum sentido para Paulo exortar seus leitores para que operassem sua salvação com temor e tremor se Deus estivesse fazendo tudo e eles sequer tivessem de cooperar permitindo que a graça de Deus trabalhasse neles”(Ibidem, pp.267-268)

Resposta: (a)Arrependimento e fé salvífica não são operações que partem do homem, parcial ou totalmente, mas são dons e graças do Deus Todo Poderoso(At 5:30; 11:18; 2 Tm 2:25-26; Rm 2:4; Jo 6:39; At 14:27; 18:27; Fl 1:29; Gl 5:22; Hb 12:2; Rm 12:3), dons estes concedidos por Deus aos seus eleitos(Tt 1:1; At 13:48; Rm 2:4 comp. com Rm 8:30). Os homens caídos em pecados não decidem escolherem a Deus, mas Deus monergisticamente decide escolher os homens: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi”(Jo 15:16); “Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti”(Sl 65:4). (b)Fl 2:12 não serve como subsídio para o falso dogma do sinergismo(baseado na tridentina ‘graça preveniente’). O verbo grego “κατεργάζομαι’(katergazomai), aqui traduzido por “operai”, de acordo com o Léxico Analítico do Novo Testamento Grego, de William D. Mounce, significa “apresentar como um resultado”(p.352). W. Haubeck e H. V. Siebenthal, em sua ‘Nova Chave Linguística do Novo Testamento Grego’ rezam “κατεργάζομαι’(katergazomai),por “empenhar-se”(p.1122), e afirmam que texto grego original, na realidade, reza a expressão como ‘assim como sempre...(também) continueis empenhando-vos por...”(Ibidem). A ideia aqui não é de cooperação com a graça divina, coisa que o verso 13 já anula, mas sim, de acordo com o contexto, que os cristãos, no que tange ao segundo aspecto da salvação – santificação – devem apresentar as obras de um verdadeiro portador da salvação, estando despidos de obras da carne como ‘murmurações’, ‘contendas’, empenhando-se em demonstrar ou apresentar uma vida que resulta em um estado de irrepreensibilidade, sinceridade, integridade, sendo luz, e se apegando a Palavra de Deus(Fl 2:14-16). Fl 2:12, embora aluda a responsabilidade do cristão em manter-se numa vida santa, pelo contexto, salienta que estas coisas são monergisticamente operadas por Deus neles, pois embora haja um mandamento que ordene que os cristãos sejam santos, entendemos que todo o processo de santidade emana de uma única fonte – Deus(1 Ts 5:23). (c)Uma coisa é Paulo exortar os cristãos a viverem e demonstrarem uma vida de santidade. Outra, bem diferente, é ele dizer que a salvação do domínio do pecado(‘santificação’) seja um processo operado pelo homem cristão, que segundo Paulo, não é uma fonte de onde emana a santidade, mas o pecado(Rm 7:15-19). (d)É patente a insistência do Olson no semipelagianismo(via ‘sinergismo’)do Sínodo de Arles(432 d.C). (e)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

(b)O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308).

"Pertencem igualmente a este tesouro o preço verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto de Deus as orações e boas obras da bem‑aventurada Virgem Maria e de todos os santos, que se santificaram pela graça de Cristo, seguindo as suas pegadas, e que realizaram uma obra agradável ao Pai; de modo que, trabalhando pela sua própria salvação, igualmente cooperaram na salvação dos seus irmãos na unidade do corpo Místico"(Ibidem, pp.407-408)

"Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal"(Ibidem, p.488)

"A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado do homem, exprime-se no assentimento da fé à Palavra de Deus que convida à conversão, e na cooperação da caridade com o impulso do Espírito Santo que se lhe adianta e o guarda"(Ibidem, p.526)

A visão do Olson, é que pela 'graça preveniente', o homem é parcialmente regenerado(o que infere que ele é parcialmente depravado), e, que, nesse sentido, é parcialmente morto, depravado, cego e escravo do diabo. A definição de Paulo, é que não existe nenhum tipo de graça divina, que seja dada ao homem, para torná-lo espiritualmente 'parcialmente-morto', 'parcialmente-vivo', 'parcialmente-cego' ou 'parcialmente escravo do diabo". O ensino do apóstolo é que o homem ímpio tem sua vontade totalmente escravizada pelo diabo, antes de ser liberto por Cristo:

"Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos"(1 Tm 2:25-26)

A expressão grega "τοῦ διαβόλου παγίδος ἐζωγρημένοι ὑπ αὐτοῦ εἰς τὸ ἐκείνου Thelema", que aparece em 2 Tm 2:26, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente que "eles são mantidos em cativeiro para fazer a sua vontade". A escravidão dos ímpios sob Satã, é absoluta e total. A vontade deles está totalmente escravizada a Satã, para fazerem a vontade dele. Eles não tem liberdade na vontade, para fazer outra coisa que não seja fazer a vontade de Satã. E Deus Pai que sozinho, através de sua graça, liberta do domínio de Satanás, e nos introduz no Seu reino:

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"(Cl 1:12-13)

Sim, para Deus nos introduzir no seu reino, Ele só o poderá fazer, pelo novo nascimento, pois sem a regeneração, ninguém pode entrar nesse reino(Jo 3:3,5).. Por isso, Jesus, ao falar da libertação que Ele opera no homem caído, diz:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"(Jo 8:36)

O adjetivo grego "ἐλεύθερος"(eleutheros), aqui traduzido por "livres", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, significa literalmente "isento, de uma obrigação, lei, dever", tendo o sentido literal de "liberto da escravidão do pecado e da morte". Quando Deus, por meio de Cristo, liberta o homem do jugo de Satanás, este homem está não parcialmente livre, mas totalmente livre da escravidão do pecado e da morto, exatamente como Paulo diz em outro lugar:

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte"(Rm 8:2).

De formas, que se há alguma graça que antecede a fé, essa é a graça que gera a própria fé(At 18:27), e a única graça que antecede a fé e a gera, é a graça da regeneração(Gl 5:22; 1 Jo 5:1), de formas, que a o dogma da graça preveniente é um falso dogma, condenado nas Escrituras!

32º Argumento: “Mas eu preciso fazer algo – não uma boa obra e meritória da qual eu possa me gabar, mas simplesmente admitir minha incapacidade e total dependência da graça de Deus e pedir a Deus que me dê a habilidade e o desejo de remover os nós”(Ibidem, p.270)

Resposta: (a)Novamente, pela milionésima vez, Olson bate na tecla do semipelagianismo do Sínodo de Arles(423 d.C), ao afirmar que ‘a habilidade e o desejo de remover os nós’ de sua alma pecaminosa, é algo partilhado por Deus e por ele, que passa ter capacidade para remover os obstáculos que se levantam contra a vida espiritual dos cristãos. É preciso entender, mediante várias passagens das Escrituras, que o homem caído e morto em delitos e pecados não tem condições de dar nenhum movimento para cooperar com Deus em sua regeneração, por estar totalmente em trevas e ser totalmente incapaz de ouvir a Palavra de Deus:

Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra”(Jo 8:43)

Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor”(Ef 5:8).

Não hé nenhum espaço para o semipelagianismo do Olson, nas Escrituras.

33º Argumento: “Sim, Deus preordenou a Cruz de Cristo, mas ele não fez com que certos homens (ou ‘garantiu’ que eles) pecassem”(Ibidem, p.296)

Resposta: (a)Se Deus preordenou a cruz de Cristo, Ele igualmente preordenou que Herodes, Pilatos, os judeus e os gentios para matarem Cristo(At 4:27-28). Não há meio termo. Claro que Ele não colocou no coração destes homens o pecado, mas se utilizou da maldade já existente em suas naturezas, para que eles cumprissem seu decreto eterno da morte de Cristo.

34º Argumento: “Deus pode guiar o curso da natureza e a história para seu objetivo planejado e garantir que a natureza e a história cheguem ao fim desejado sem controlar tudo”(Ibidem, p.297)

Resposta: (a)Olson acredita em um Deus, mas não admite que Ele é Soberano, a ponto de controlar todas as ações de suas criaturas para a sua glória. Assim, terá que rasgar o Livro de Juízes, que menciona que em sua vontade decretiva(oculta, eterna) aprouve a Deus determinar o casamento misto de Sansão com a ímpia Dalila, e, através disso, destruir os filisteus(Jz 14:1-4). Contudo, em sua vontade revelada, Ele é apresentado como controlando as ações de Sansão, dando-lhe forças para derrubar as colunas do templo de Dagom e matar a os filisteus(Jz 16:28-31). Sua posição dista de outras posições arminianas, que dizem:

“José revela que Deus muitas vezes sobrepõe soberanamente a sua providência e controla as más ações dos seres humanos a fim de executar a sua vontade"(Bíblia de Estudo Pentecostal, Nota sobre Gn 45:5)

Sim, o Deus da Bíblia, adorado pelos calvinistas não é o deus adorado por Olson e pelos arminianos que esposam as mesmas crenças dele.

35º Argumento: “Um Deus que poderia salvar a todos porque ele sempre salva incondicionalmente, mas escolhe salvar apenas alguns não seria um Deus bom ou amável. Ele certamente não seria o Deus de 1 Timóteo 2:4 e de passagens semelhantes”(Ibidem, p.299)

Resposta: (a)Deus não poderia salvar a todos, porque já na eternidade, já havia decidido escolher alguns para a vida eterna(Ef 1:4; 2 Ts 2:13). Ele não pode mudar dentro do tempo o que já decidira dentro da eternidade, justamente porque além de Soberano, também é imutável(Tg 1:17), em suas prévias decisões:

“O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará”(Is 14:24)

(b)Como já dissemos, havendo Deus contemplando todos os homens como espiritualmente mortos(Jo 3:3,5), espiritualmente: cegos(2 Co 4:4), surdos(Mt 14:14), escravos do diabo(2 Tm 2:26), ignorantes(1 Co 2:14), pecaminosos por natureza, sendo aversos a qualquer bem espiritual(Gn 6:5; 8:21; Is 48:8; Sl 51:5) e inimigos dEle(Jo 3:20; At 9:5; 26:9; Rm 5:10; Cl 1:21), por que razão teria a obrigação de salvar a qualquer um deles? Considerando que sua eleição é a “eleição da graça”(Rm 11:5), e se “graça” exclui as obras do homem(Rm 11:5-6) e significa “favor imerecido”, quais dos pecadores caídos, mereciam serem salvos por Deus, ou poderiam fazer algo para serem salvos por Deus? Ora, ora… Se o homem é totalmente incapaz de salvar a si mesmo(Mt 19:25-26), devido a sua queda no Éden ter sido total; e se não pode salvar-se a si mesmo, então Deus tem que salvá-lo. Se é Deus que tem que salvar, então Ele tem que ser livre para salvar a quem Ele quer, e se Ele é livre para salvar a quem Ele quiser, se escolhe salvar uma parte da raça humana, enquanto pretere outra, não é injusto com a outra, preterida e não eleita, visto que ninguém era merecedor de ser salvo por Ele, então pode dizer, sem ser injusto - “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”(Rm 9:15), uma vez que “isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece”(Rm 9:16), e como o Oleiro que fazendo ‘vasos para honra e desonra’(Rm 9:20-24), como Soberano e Dono de sua Criação, pode dizer: “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu. Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”(Mt 20:15). Podendo, caso quisesse, condenar todos ao inferno, não seria injusto e mau com nenhum dos condenados, pois todos estariam recebendo o castigo por seus pecados. Mas, ao invés de, que, com justiça, Deus lançasse a todos no inferno, aprouve a sua vontade escolher uma parte deles para ser seu povo e receber sua salvação(Ef 1:4). Deus foi extremamente bondoso e gracioso, ao eleger, chamar e justificar e glorificar uma parte da raça humana caída(Rm 8:30). Não existe alguém possuidor de um amor tão grande como o nosso Deus.

36º Argumento: “Deus conhece previamente porque algo vai acontecer, ele não conhece previamente porque ele preordena”(Ibidem, p.299)

Resposta: (a)Isso é fatalismo. Não cremos e nem ensinamos que ‘o que tem de acontecer, acontece’, mas sim que tudo o que Deus decretou e propôs, isso acontecerá. (b)O fato de Deus conhecer previamente algo, não significar necessariamente, que este algo vai acontecer, simplesmente porque Ele o previu. Por exemplo, Deus previu que, caso os antigos e falecidos pagãos de Tiro, Sidom e Sodoma tivessem presenciado os milagres de Cristo, ter-se-iam arrependido(Mt 11:20-24). Todavia, como aquilo não estava incluído nos decretos de Deus, todos aqueles antigos pagãos, foram privados de virem as obras de Cristo, e desta forma, pereceram em seus pecados. Isso prova que as coisas acontecerão, não porque Deus as previu, mas porque Ele as decretou, como no caso da destruição dos filisteus pelas mãos de Sansão(Jz 14:1-4; 16:26-31) e da morte do próprio Jesus(At 4:27-28).

37º Argumento: “Concluindo, o que dizer de 1 Timóteo 2.4, que diz que Deus quer que ‘todos os homens’ sejam salvos e onde o grego não pode ser interpretado de nenhuma outra forma a não ser como se referindo a cada pessoa sem exceção? Afinal de contas, a mesma palavra grega para ‘todos’ é utilizada em 2 Timóteo 3.16(‘Toda a Escritura é inspirada’). 1 Timóteo 2.4(‘que não está sozinho em universalizar a vontade de Deus pela salvação, mas está, pelo menos, aberta à qualquer outra interpretação ) permanece lado a lado de João 3.16 como um texto prova contra a eleição incondicional, que, exceto no caso do universalismo, necessariamente inclui a reprovação”(Ibidem, p.210).

Resposta: (a)Olson usa de falácias aqui. Embora, se use a palavra “toda” em 2 Tm, 3:16, o seu uso não é feito no mesmo sentido aplicado em 1 Tm 2:4. O adjetivo grego “πᾶς”(pas), de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson, aqui denota a idéia de “uma unidade, uma totalidade, todo, o todo”(p.703), exatamente porque o próprio adjetivo grego “θεόπνευστος”(theopneustos), denota uma inspiração totalmente livre de ingerência humana no texto, pois denota a idéia de algo que é diretamente “soprado por Deus”(Ibidem, p.416). Todavia, o uso de “πᾶς”(pas), nem sempre denota uma totalidade que não exclua nenhum elemento, de acordo com a opinião de vários léxicos. Por exemplo. o Léxico Grego Português do Novo Testamento, Baseado nos Domínios Semânticos, de J. Louw e E. Nida aplica o termo para se referir a “qualquer um de uma totalidade”(p.531), e usa textos como Mt 18:19; 19:3, onde se menciona poucas pessoas que eram parte de um grupo, invés de todo o grupo, e basicamente este é o sentido de 1 Tm 2:4, onde o apóstolo não exclui nenhuma classe social do plano salvífico, quando menciona uma delas:

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”(1 Tm 2:1-2).

E em seguida, menciona que esta parte mencionada(reis e todos que estão em eminência) não está excluída do plano salvífico de Deus. Os ninivitas e o seu rei, todos convertidos, ilustram essa realidade(Jn 3:5-10). Teófilo, outra autoridade também serve como exemplo(Lc 1:1-4; At 1:10). Paulo deixa essa ideia mais clara(aludindo a uma salvação que não exclui ninguém, independente de classe social ou de raça), quando, ao comentar sobre o v.6, se declara como “pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade”(1 Tm 2:7). Em sua concepção, não apenas os judeus deveriam ser alvos da mensagem salvífica, mas também os gentios.

38º Argumento: O argumento mais devastador contra o exemplo de Sproul como o termo sempre significando ‘compelir’ é João 12:32. Na passagem em questão Jesus diz: ‘quando for levantado da terra, atrairei todos a mim’. O verbo grego é o mesmo de Jo 6:44 e 65. Se Sproul estiver correto e o verbo deva sempre significar ‘compelir’, então este verso ensina o universalismo. Na verdade, a palavra pode significar simplesmente trazer ou atrair em vez de compelir ou arrastar”(Ibidem, p.256)

Resposta: Sproul está certíssimo. Em Jo 6:44,65 a palavra significa realmente ‘compelir, e é a mesma usada em Jo 12:32. Só que Jo 12:32, com o uso do termo grego, não implica nenhuma ideia de universalismo, mas de uma atração ou vocação irresistível de todo tipo de pessoas, isto é, tanto judeus, quanto gentios. Ora, ora… Será mesmo que após a ressurreição de Cristo, cada pessoa humana, sem exceção, foi atraída a ele? Não. No mesmo dia em que Ele ressuscitou, Ele foi rejeitado pelos guardas e escribas(Mt 2811-15). Mesmo depois da ascensão, Ele foi rejeitado pelos sacerdotes judeus ímpios(At 4:1-3, 16-21). Ora, ora… No mesmo dia em que Jesus pronunciou tal declaração(‘quando for levantado da terra, atrairei todos a mim’’), estavam ali presentes, gentios que criam nEle(Jo 12:20-22). Claramente, Jesus estava se referindo, naquela ocasião, a todo tipo de pessoas, tanto judeus quanto gentios(M28:19; Mc 16:15; Lc 24:47; At 1:8). A conjunção grega “ἐάν”(ean), que aparece aqui em Jo 12:32, de acordo com o Léxico Grego Português do Novo Testamento, Baseado nos Domínios Semânticos, de J. Louw e E. Nida, se refere a “um ponto que é um tanto quanto condicional e simultâneo a outro ponto temporal - ‘quando, se e quando’’(p.564). O sentido dado por este lexicógrafo, se refere a algo condicional(‘quando for levantado da terra’) e algo simultâneo(‘atrairei todos a mim’’) a outro ponto temporal(‘quando for levantado da terra’), isto é, como resultado da ressurreição de Cristo, anunciada na pregação do Evangelho, simultaneamente a isso, ocorreria irresistivelmente, no tocante aos eleitos de todas as nações, a atração igualmente irresistível de ‘todos’(judeus e gentios), todos sendo arrastados a Cristo, como dizem W. Haubeck e H. V. Siebenthal, aludindo ao verbo grego “ἕλκω”(helkō) em Jo 12:32: “atrair, arrastar”(p.622). Isso desmonta o argumento falso e pífio do Olson.

Talvez Olson e todos os arminianos tenham contra si sua própria visão soteriológica. O próprio Olson, admite:

Só serão salvos, entretanto, os que forem predestinados por Deus para a salvação eterna. Estes são os eleitos. Todos os que Deus anteviu que aceitarão sua oferta de salvação por intermédio de Cristo ao não resistirem à graça que lhes foi estendida mediante a cruz e o evangelho”(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, pp.44-45)

João Wesley, citado por Olson, diz:

“Por outro lado, Deus, de fato, sabe quem crerá, e seu decreto de predestinação é salvar todos aqueles que Ele sabe que crerão no Filho; Ele chama, interior e exteriormente (pelo Espírito e a palavra), os que Ele sabe de antemão que crerão. Não há como escapar da natureza paradoxal destas confissões wesleianas”(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, pp.244-245).

Se é verdade tudo isso que Olson e Wesley disseram, então segue-se que Deus predestinou salvar, não a todos (crentes e incrédulos), mas apenas aqueles que Ele sabe que crerão no Filho. Logo, nenhum dos tais possuirão livre arbítrio para resistirem a graça de Deus. Nesse caso, a graça de Deus(chamada externa acompanhada da interna) é irresistível naqueles que Deus sabe que crerão nEle. Logo, se Deus predestinou salvar apenas aqueles que Ele sabe que crerão em Cristo, então Cristo não pode haver sido predestinado ou eleito para morrer por aqueles que Ele sabia que não crerão nEle mesmo. Se ‘predestinação’ está ligada a ‘salvação’, logo nem Ele(Cristo) foi destinado para morrer por todos aqueles que Ele sabia que não crerão em nEle, tampouco, Deus chama, interior e exteriormente (pelo Espírito e a palavra) a cada pessoa humana, sem exceção(Dt 4:8; Sl 147:19-20; At 13:44; 16:6-7). Se os arminianos afirmarem que Cristo morreu para salvar a cada pessoa humana, sem exceção (os que crerão e os que não crerão em Cristo), estarão negando que o “seu [de Deus] decreto de predestinação é salvar todos aqueles que Ele sabe que crerão no Filho”, caindo em seu teísmo aberto. Se os arminianos afirmarem que aqueles que Deus sabe que crerão nEle[Cristo], podem resistir a chamada externa e interna do Espírito, estarão negando a presciência de Deus como certa, infalível e irrevogável, caindo, como já dissemos, em seu teísmo aberto. Pois, se aqueles que Ele sabe de antemão que crerão no Filho, podem, dentro do tempo, resistirem a chamada externa-interna do Espírito, então Deus errou em sua presciência; ou melhor, Deus não tem conhecimento prévio de todas as coisas.

Logo, com base nestas afirmações de Wesley, aqueles que Deus sabe que crerão nEle, não possuem livre arbítrio para dizerem ‘não’ à chamada interna do Espírito, tampouco aqueles que Deus sabe que crerão nEle[Cristo], não podem resistir a chamada externa, acompanhada da interna. Logo, diante destas afirmações de Wesley são consideradas falsas três crenças arminianas: (1)O livre arbítrio; (b)A Expiação Ilimitada; e (c)A Resistibilidade da Graça.

6, 2. Considerações sobre a soteriologia do Roger Olson

Todo o seu pensamento soteriológico é baseado no pelagianismo(quando o homem tem participação na sua salvação) ou no semipelagianismo(seja decidindo em conjunto com Deus), no chamado “sinergismo”. Deixemos que as próprias autoridades arminianas definam ‘pelagianismo’ e ‘semipelagianismo’:

Pelagianismo. Pelágio(354-420) ensinava que a vontade humana é a chave para chegar a salvação”(Stanley Horton., Teologia Sistemática, Uma Perspectiva Pentecostal, p.796)

Semipelagianismo. Ensina que os seres humanos pecadores podem dar o primeiro passo em direção a Deus, sendo que depois disso Deus os ajudará a se arrepender e a exercer a fé salvífica”(Ibidem, p.800).

Veja várias citações dele apontando, ora para o pelagianismo, ora, para o semipelagianismo:

“A graça preveniente, que liberta a vontade humana para responder ao evangelho em arrependimento e fé, vem a parte de qualquer outra recepção determinada livremente da pessoa”(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, p.75).

“No momento da chamada de Deus, os pecadores, sob a influência da graça preveniente tem o livre arbítrio genuíno como um dom de Deus; pela primeira vez eles podem livremente dizer sim ou não para Deus. Nada fora do ser determina como eles responderão”(Ibidem, p.97).

“Portanto, mesmo o pecado exige a Cooperação Divina, que é necessária para produzir todo ato, pois absolutamente nada pode ter qualquer entidade exceto a partir do Primeiro e Principal Ser, que imediatamente produz esta entidade. A Cooperação de Deus não é seu influxo imediato para dentro de uma causa secundária ou inferior, mas é uma ação de Deus fluindo [influens] imediatamente para o efeito da causa, de maneira que o mesmo efeito em uma e na mesma ação inteira possa ser produzida simultaneamente [simul] por Deus e a criatura”(Ibidem, pp.157-158, Citação de Armínio).

“Assim, a cooperação com a graça na teologia arminiana é simplesmente a não resistência à graça. É simplesmente a decisão de permitir que a graça faça sua obra de renunciar a todas as tentativas de autopurificação e admitindo que somente Cristo pode salvar. Todavia, Deus não toma exata decisão pelo indivíduo; é uma decisão que os indivíduos, sob o impulso da graça preveniente, devem tomar por si mesmos”(Ibidem, pp.46,47)

“A alternativa é o ‘sinergismo’ - a crença de que a salvação é inteiramente da graça, mas que exige livre cooperação para que ela seja ativada na vida de uma pessoa”(Contra o Calvinismo, p.244).

“A graça de Deus é a causa eficaz da salvação, mas a fé da pessoa humana em resposta à graça preveniente é a causa instrumental da salvação”(Ibidem, p.265).

Quando uma pessoa decide permitir que a graça de Deus a salve, ela se arrepende e confia apenas e completamente em Cristo. Esse é um ato passivo; poderia se comparar a uma pessoa que se afogando que decide relaxar e permitir que o salva-vidas a salve do afogamento”(Ibidem, p.267).

“Mas eu preciso fazer algo – não uma boa obra e meritória da qual eu possa me gabar, mas simplesmente admitir minha incapacidade e total dependência da graça de Deus e pedir a Deus que me dê a habilidade e o desejo de remover os nós”(Ibidem, p.270)

O argumento da 'cooperação humana com a graça divina", é também mero plágio da igreja romana:

"Na fé, a inteligência e a vontade humana cooperam com a graça divina"(Catecismo da Igreja Católica [Edição Típica Vaticana], p.51)

Todas estas definições, levarão o Olson, ou para o Pelagianismo, ou para o Semipelagianismo. Frases como “liberta a vontade humana para responder ao evangelho em arrependimento e fé”; “Nada fora do ser determina como eles responderão”; “de maneira que o mesmo efeito em uma e na mesma ação inteira possa ser produzida simultaneamente por Deus e a criatura”; “É simplesmente a decisão de permitir que a graça faça sua obra de renunciar a todas as tentativas de autopurificação e admitindo que somente Cristo pode salvar”; “é uma decisão que os indivíduos, sob o impulso da graça preveniente, devem tomar por si mesmos”; “mas que exige livre cooperação para que ela seja ativada na vida de uma pessoa”; “mas a fé da pessoa humana em resposta à graça preveniente é a causa instrumental da salvação”; “Quando uma pessoa decide permitir que a graça de Deus a salve”; “e pedir a Deus que me dê a habilidade e o desejo de remover os nós”, remontam ao pelagianismo (quando afirmam que ‘a pessoa decide’ por sua salvação; que ela terá ‘a habilidade e o desejo de remover os nós’, que “é uma decisão que os indivíduos’, que ‘devem tomar por si mesmos’) ou ao semipelagianismo(quando afirmam que no processo soteriológico, “o mesmo efeito em uma e na mesma ação inteira possa ser produzida simultaneamente por Deus e a criatura”). Para as frases do Olson, não cabem outras definições, além destas - ‘pelagianismo’ ou ‘semipelagianismo’.

Concílios da Igreja já haviam se levantado contra uma crença de cooperação do livre arbítrio do homem com a graça, como o Concílio de Cartago(417 d.C)(VI). Não encontrando apoio escriturístico para crenças que colocam o homem como autor(‘pelagianismo’), co-autor ou co-participe(‘semipelagianismo’), personagens influentes da Igreja tem se levantado contra tal crença. Por exemplo, Henry S.. Bettenson(1909-1979), erudito anglicano, declara, aludindo ao “Semipelagianismo”:

“As decisões de Cartago não ganharam popularidade na Igreja. A doutrina agostiniana não conseguiu grande aceitação. Muitos opinaram então, como muitos opinam hoje, que Pelágio, de maneira geral, estava certo em suas afirmações (responsabilidade humana, necessidade de cooperação humana com a graça, que há significado em chamar ‘Deus justo’, etc) e errado em suas negações (disposição para o pecado herdado, necessidade do batismo infantil, atual estado pecaminoso da humanidade). João Cassiano e Fausto de Régio, na Gália, tentaram evitar is exageros de ambas as posições. Influenciado pelas doutrinas João e de Fausto, o Sínodo de Arles condenou as proposições seguintes: O trabalho de obediência humana não precisa cooperar com a graça. Depois da queda do primeiro homem, o livre arbítrio ficou totalmente extinto. Cristo não morreu pela salvação de todos os homens”(Documentos da Igreja Cristã, pp.113-114).

Segundo Bettenson, o semipelagiano Sínodo de Arles, ainda declarou:

Concebemos a graça de Deus de tal maneira que o esforço e diligência do homem devem cooperar com ela, pois a liberdade de escolha do homem, embora atenuada e enfraquecida, não está extinta”(ibidem, p.114).

A Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, em uma de suas definições de “Pelagianismo”, diz:

A pedra fundamental do pelagianismo é a idéia do livre arbítrio fundamental do homem e sua responsabilidade moral. Ao criar o homem, Deus não o sujeitou, como as demais criaturas, à lei da natureza, mas deu-lhe o privilégio sem igual de cumprir a vontade divina mediante a sua própria escolha. Esta possibilidade de escolher livremente o bem acarreta a possibilidade de escolher o mal”(p.127).

Este conceito pelagiano se encaixa perfeitamente no conceito arminiano sinergista, baseado na ‘tridentina’ graça preveniente, segundo a qual, de acordo com Olson, o homem pode escolher dizer até “não” a Deus:

“No momento da chamada de Deus, os pecadores, sob a influência da graça preveniente têm o livre arbítrio genuíno como um dom de Deus; pela primeira vez eles podem simplesmente dizer sim ou não para Deus”(Teologia Arminiana, Mitos e Realidades, p.97).

Mas, adiante a mesma Enciclopédia também confirma que o sinergismo (‘a cooperação do homem com a graça divina’) fazia parte dos ensinos de Pelágio:

“Em segundo lugar, Pelágio considera a graça apenas como uma ajuda externa fornecida por Deus. Não deixa lugar para qualquer ação especial interior de Deus sobre a alma”(p.127).

A mesma Enciclopédia, em sua transcrição de “Semipelagianismo”, define-o cono:

“A graça divina é indispensável para a salvação, mas não precisa necessariamente anteceder uma livre escolha humana, porque, a despeito da fraqueza da volição humana, a vontade toma a iniciativa em direção a Deus. Em outras palavras, a graça e o livre arbítrio humano devem cooperar na salvação”(p.379).

A mesma Enciclopédia, ainda diz do coração do “Semipelagianismo”:

“O livre arbítrio, embora não fosse extinto, era fraco e não podia ser usado para a salvação sem a ajuda da graça”(Ibidem).

"Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios uma das outras e de cooperarem no cumprimento de seu desígnio"(Ibidem, p.91)

"Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação"(Ibidem, p.308)

E ainda:

A salvação, portanto, é realizada pela cooperação dos fatores humano e divino, e a predestinação é a mera presciência daquilo que uma pessoa decidiu livremente”(Ibidem).

A mesma Enciclopédia, em sua transcrição do “Sinergismo”, diz:

“Uma das tradições dentro do cristianismo, a agostiniana, enfatiza a soberania de Deus na conversão (o monergismo ou o monergismo divino). Calvino e Lutero ficavam dentro dessa tradição… A outra tradição, a pelagiana, enfatiza a responsabilidade moral do homem. Modificada por católicos romanos como Erasmo de Roterdã e por protestantes com Jacobus Arminius e João Wesley, essa posição ressalta o livre arbítrio”(p.399).

Contra a idéia semipelagiana (representada pelo sinergismo), Cornelius O. Jansenius(1585-1638), em seu livro “Augustinus”, escreveu:

"Os semipelagianos admitem a graça interior preveniente para todos os atos individuais, mesmo para o começo da fé; nisto eles são hereges porque querem que a graça seja de modo a que a vontade humana lhe possa resistir. É semipelagiano dizer que Cristo morreu e derramou seu sangue por todos os homens”(Henry S. Bettenson, Documentos da Igreja Cristã, p.375)

Heinrich Denzinger(1819-1883), teólogo católico romano, em seu livro "Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral", aludindo ao livro "Augustinus", de Jansenius, declara:

"Foi proibido por Urbano VIII na Bula In Eminenti Ecclesia(assinada em 6 de Marco de 1642), dois anos depois de sua morte"(p.487)

Assim, o falso dogma da “graça preveniente” serve como alicerçe do pelagianismo e semipelagianismo (através do ensino do ‘sinergismo”), que busca não trazer ao homem um estado de completa regeneração, conversão, arrependimento e fé, mas mantê-lo nesse estado de aversão a Deus, incredulidade, impenitência e irregeneração, ao ponto do mesmo ser capacitado (segundo os postulados arminianos) até para poder dizer ‘não” a Deus. Também, fica muito claro, que as posições arminianas batem com as antigas posições de Pelágio, dos pelagianos e dos semipelagianos, sendo corretamente entendidas como uma posição que diz respeito a “hereges”, e não é a toa que o papa Urbano VIII condenou as crenças de Jansenio, contrárias a graça preveniente)como motor do sinergismo), bem como sua afirmação contrária a expiação ilimitada, como crença semipelagiana. Não existem novas heresias, mas novos hereges, como Urbano VIII e Roger Olson.