sábado, 25 de março de 2017

Allan Kardec e Satanás - Uma Parceria Antiga!!!





No "Livro dos Espíritos", questão 131, diz Kardec, fazendo referência a Satanás, "EVIDENTE QUE SE TRATA DA PERSONIFICAÇÃO DO MAL SOB A FORMA ALEGÓRICA".

Kardec negava a personalidade de Lucífer, em outras palavras, negava que Satanás fosse uma pessoal real. Seu sucessor, Leon Denis, também negava a personalidade de Lúcifer:

“Realmente, SATANÁS NÃO PASSA DE ALEGORIA”(Leon Denis, Cristianismo e Espiritismo, p.84).

Mas, segundo, o 5º Volume de ‘As Grandes Religiões”(1973), “Allan Kardec iniciou-se na maçonaria e pertenceu à Grã-Loja Escocesa de Paris”(p.916). O escritor espírita Deolindo Amorim, diz: “...o Codificador do Espiritismo fora iniciado na Maçonaria... Leon Denis, por exemplo, pertenceu a uma Loja Maçônica”(Allan Kardec, pp.24,25). Bem, Kardec e Denis eram maçons. Agora, será que os maçons, ou a maçonaria, tambem nega(m) a existência de Lucífer?

Ora, segundo o maior erudito da Maçonaria, Albert Pike(1809-1891), “LUCÍFER É DEUS”(A. C.de La Rive, La Femme Et L’Enfant Dans La France, Maçonnerie Universele, Paris, 1889, p.558/Lady Queenborough, Occult Theocracy, pp.220-221, citando uma carta de Albert Pike aos Supremos Conselhos Mundiais Maçônicos, em 14.07.1889).

Outro famoso erudito maçom, Manly P. Hall, em sua obra "(The Lost Keys of Freemasonry['As Chaves Perdidas da Maçonaria'], 1976, p.68), diz: "AS ENERGIAS FERVENTES DE LUCÍFER ESTÃO NAS NAS MÃOS DOS MAÇONS".

Neste sentido, como bons espíritas, Kardec e Denis, negavam a personalidade de Lucífer, mas como bons maçons, nas lojas, o adoravam! Até onde vai a hipocrisia humana?! Kardec e Denis, embora, como maçons, cressem e adorassem Lucífer, como espíritas o negavam, e tudo só para não espantar o freguês. É fácil enganar, não? Rsrsrsrs. Eles (Kardec e Denis) estavam, como diz a Escritura, "ENGANANDO E SENDO ENGANADOS"(2 Tm 3:13).

Interessante é uma descrição feita pela revista espírita inglesa "A Bandeira da Luz"(03 de Fevereiro de 1865):

"Pergunta feita pela Srª Connant, médium: 'VOCÊ CONHECE ALGUM ESPÍRITO QUE SEJA A PESSOA A QUEM CHAMAMOS DE DIABO? Resposta (através do espírito controlador, numa sessão): 'CERTAMENTE QUE SIM, POIS ESSE MESMO DIABO É O NOSSO PAI'".

Mas tem gente que ‘adora’ ler e citar as frases de Kardec. Podem ler e citar. Dá Ibope pro capeta! Rsrsrs

sexta-feira, 24 de março de 2017

A Canonicidade e Autenticidade de 1 João 5:7

Todos os bons e ortodoxos estudantes de heresiologia, em confronto com os testemunhas-de-jeová, sempre ao citarem o texto coroa da Trindade(1 João 5:7) se deparam com aquele velho argumento de que tal texto não se encontra nos manuscritos originais, tendo os TsJ alicerçado essa medíocre e falaciosa afirmação na espúria versão 'Almeida Revista e Atualizada', aludindo aos textos em colchetes em sua 'Explicação de Formas Gráficas Especiais, Títulos, Referências e Notas'(1993):

"Finalmente, algumas passagens do Novo Testamento aparecem entre colchetes. Essas passagens não se encontram no texto grego adotado pela Comissão Revisora, mas haviam sido incluídas por Almeida no texto grego disponível na época"(viii).

Ou seja, 1 Jo 5:7(e outros textos) não se encontram no texto grego adotado pelos criadores da ARA(que é o Texto Crítico), mas estavam sem colchetes na versão original de Almeida, que usou o Textus Receptus!

Em outras palavras, para os criadores da versão 'Atualizada'(que basearam sua tradução no Texto Crítico: manuscritos Sinaítico e Vaticano), esses textos não se encontram no texto grego adotado por eles; mas estavam sem colchetes no texto original de Almeida, uma vez que Almeida endossou o Textus Receptus, que defende a inspiração de todos esses textos. b. O texto de 1 Jo 5:7 não é de forma nenhum acréscimo ao texto sagrado, uma vez que pertence ao texto grego original do NT, sendo encontrado nos seguintes manuscritos gregos:

(1)Manuscrito E[Basiliensis][735 d.C - Veja foto abaixo - site: http://textus-receptus.com/wiki/1_John_5:7],

(2)Codex Athous Lavrensis, Ψ, (GA 044)[8º ou 9º Século - Veja foto abaixo - site: http://textus-receptus.com/wiki/1_John_5:7]

(3)629[Século XIV], 61[Século XVI]

(4)918[Século XV]

(5)2473[Século XVII]

(6)88[Século XII]

(6)429[Século XIV]

(7)635[Século XI]

(8)636[Século XIV]

(9)221[Século XV]

Também aparece em lecionários gregos do NT:

(1)60[Século XI]

(2)173[Século X]

(3)Lecionário grego 'Apóstolos'(Sec.III), da Igreja Ortodoxa Grega

(4)Lecionário grego 'AD', da 'Apostoloki Diakonia' de Atenas

Também aparece em versões antigas do NT

(1)Phesita Siríaca(150 d.C)(A Literal Translation from the Syriac Peshito Version, BY JAMES MURDOCK, 1852]

(2)Ítala(157 d.C)

(b)Ìtala 'l'(Sec.XI)

(c)Ítala 'q'(Sec.XII)

(d)Vulgata Clementina(1592 d.C)

Também aparece no manuscrito latino 'r'(Dos Reginas Angeloricum')(Sec.VI-V I)

George Travis[1741-1797], um dos grandes eruditos anglicanos, falando sobre os manuscritos gregos contendo 1 Jo 5:7, diz:

"Este modo de cálculo, então, ultrapssará os sessenta e cinco manuscritos gregos, aqui antes levados em conta, para oitenta e um. De onde, finalmente, segue-se, pelas próprias admissões de Wetstein, assim comentadas (se os argumentos não são, e parece que não são tendenciosos) que, de todo o número de manuscritos gregos, contendo as Epístolas Universais, ou Canônicas, agora conhecidas (por qualquer definição especial) já existentes no mundo, trinta e um em oitenta e um ou (mais do que) três de oito, ou (quase) metade desse número inteiro, – realmente exibiu, ou agora exibe, o versículo de 1 Jo 5:7"(Cartas a Edward Gibbon, Esq., autor da 'História do Declínio e Queda do Império Romano'; Em Defesa da Autenticidade do Versículo Sétimo do Capítulo Quinto da Primeira Epístola de São João'"[Em inglês], 1785, pp.284-285)

Ou seja, segundo este erudito anglicano, havia (pois ele diz 'metade desse número inteiro exibiu ou agora exibe o versículo de 1 João 5:7) 19 manuscritos gregos contendo o texto trinitário de 1 João 5:7.

Daniel McCarthy[1840-1899], ministro anglicano, nesse sentido, enumerando os 19 manuscritos gregos contendo 1 Jo 5:7, declara:

"A partir de 1997, os seguintes manuscritos cursivos são conhecidos por incluir a passagem: 34, 88 (margem) 99, 105, 110, 162, 173, 181, 190, 193, 219, 220, 221, 298, 429, 629[margem] 635, 636 e 918. Assim, a lista de manuscritos gregos conhecidos por conter a 'Comma' não é longa, mas é mais longa (e crescente) do que muitos de nós teríamos acreditado. Encontra-se em 'r', um manuscrito latino antigo do século V, e em uma confissão de fé redigida por Eusébio, bispo de Cartago, em 484"(Epistles and Gospels of the Sunday, 1866, p.514).

(I)1 João 5:7 é citado pela Igreja Pós-Apostólica:

(1)Justino Mártir(89-165),disse

“Cultuamos o Criador do Universo... Honramos também Jesus Cristo e o colocamos em segundo lugar assim como o Espírito profético, que pomos no terceiro”(Primeira Apologia [150 d.C]; 13:1,3)

Qual lugar em que os cristãos colocam o Filho em segundo lugar, e o Espírito em terceiro lugar, senão em Mt 28:19 e em 1 João 5:7?

(2)Clemente de Alexandria[150-215] em seu "Comentário sobre a Primeira Epístola de João" cita "e estes três são um"(1 Jo 5:7 [Sobre 1 Jo 5:8])

(3)Como é de conhecimento geral, o primeiro tradutor da Bíblia, Jerônimo(347-420 d.C), em seu 'Prólogo as Epístolas Católicas", afirma que o texto "foi omitido por copistas desonestos", o que também comprova sua existência nas primitivas bíblias das primitivas igrejas. Na mesma obra, Jerônimo ainda diz:

"A ordem das sete epístolas ditas canônicas não é a mesma entre os gregos que seguem a fé correta e a que se encontra nos códices latinos, onde Pedro, sendo o primeiro entre os apóstolos, também tem suas duas primeiras epístolas. Mas assim como revisamos os evangelistas para colocá-los na ordem correta, com a ajuda de Deus resolvemos isso. A primeira é uma de Tiago, depois duas de Pedro, três de João e uma de Judas. Assim como estes são devidamente compreendidos e assim traduzidos fielmente para o latim, sem deixar ambiguidade para os leitores nem permitir que a variedade de gêneros entrem em conflito, especialmente naquele texto onde lemos a unidade da Trindade ser colocada na Primeira Epístola de João, onde muitos erros ocorreram nas mãos de tradutores infiéis contrários a verdade, que mantiveram apenas as três palavras 'água, sangue e Espírito' nesta edição, omitindo a menção do 'Pai, a Palavra e o Espírito', em que especialmente a fé católica é fortalecida e a unidade da substância do Pai, do Filho e do Espírito Santo é atestada"(Prólogo das Epístolas Católicas, 399).

E em sua "Confissão de Fé", enviada e dirigida ao bispo de Roma, Damásio, Jerônimo ainda cita 1 João 5:7, dizendo:

"Assim como, em oposição a Ário, nós afirmamos que a Trindade é de uma mesma essência, três pessoas em um só Deus; assim como condenando a heresia de Sabelio, nós distinguimos as três pessoas pelas suas respectivas propriedades, o Pai é sempre o Pai, o Filho é sempre o Filho e o Espírito Santo é sempre o Espírito Santo. Em essência, portanto, estes três são um".

E em sua "Explanação de Fé", dirigida a Cirilo, bispo de Jeruzalém, Jerônimo cita novamente 1 João 5:7, dizendo:

"Para nós, portanto, há um só Pai; um Filho, que é verdadeiro Deus, e um Espírito Santo, que é verdadeiro Deus: e estes três são um".

(4)E Orígenes[185-254], em seu "Comentário do Salmo 122"[1], se referindo as pessoas da Trindade, cita de forma reminiscente 1 Jo 5:7, dizendo: "Porque os três são um".

(5)E Cipriano(208-258), bispo de Cartago, em sua obra 'Da Unidade da Igreja', diz:

"O Senhor diz: 'Eu e o Pai somos um'[Jo 10:30] e novamente está escrito do Pai e do Filho e do Espírito Santo: 'E estes três são um'"(6)

E em sua "Epístola a Jubaiano", ele cita novamente 1 João 5:7(72:12):

"Se do Espírito Santo; visto que os três são um, como pode o Espírito Santo estar em paz com aquele que é o inimigo do Filho ou do Pai?".

(6)Phoebadio(+350 d.C), também cita 1 João 5:7(Contra Arianos, 17:4):

"O Senhor diz: 'Vou pedir a meu Pai e Ele lhe dará outro Consolador'(Jo 14.16) Assim, o Espírito é diferente do Filho, assim como o Filho é diferente do Pai; então, a terceira pessoa está no Espírito, como a segunda, está no Filho. Todos, entretanto, são um Deus, porque os três são um"

Sobre Phoebadio, Jerônimo[347-420], diz:

"Phoebadio, bispo de Agen, na Gália, publicou um livro Contra os Arianos. Dizem que há outras obras dele, que ainda não li. Ele ainda está vivo, enfermo pela idade"(Dos Homens Ilustres, 108)

William Hales[1747-1831], ministro anglicano, aludindo a Poebadio, diz:

"Phoebadio[359 A.D], em sua controvérsia com os arianos, Cap, xiv. escreve: 'O Senhor diz: Vou pedir a meu Pai e Ele lhe dará outro advogado'[Jo 14:16]. Assim, o Espírito é diferente do Filho, assim como o Filho é diferente do Pai; então, a terceira pessoa está no Espírito, como a segunda, está no Filho. Todos, entretanto, são um Deus, porque os três são um[tres unum sunt] ... Aqui, 1 João 5:7, está evidentemente conectado, como um argumento escriturístico, com João 15:16"(Introdução Histórica e Crítica dos Livros do Novo Testamento[em francês],1861, p.564)

(7)Vigilio Tapsus[380 d.C] em sua obra "Contra Varimadum"(380 d.C), diz:

"E João Evangelista diz: 'E há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e estes três são um'"

(8)Priciliano(+ 380 d.C), em seu 'Liber Apologeticus', diz:

"Como João diz: "e há três que dão testemunho na terra, a água, a carne o sangue, e esses três estão em um, e há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito, e estes três são um"

(9)Elcherius de Lião(434 d.C) tambem cita 1 João 5:7(Formulae, C.XI, Seção 3):

"Este número se refere a Trindade na Epístola de João".

Em que parte do NT encontramos um número sendo aplicado a Trindade na Epístola de João, exceto em 1 Jo 5:7?

(10)Tertuliano(155-222), cita a passagem(Contra Práxeas, 25):

"Assim, a conexão do Pai no Filho, e do Filho no Paráclito, produz três pessoas coerentes, uma da outra, que três são um, não uma pessoa, como se diz:'Eu e o Pai somos um'"(Contra Práxeas, 25)

E em seu livro 'Do Batismo', ele ainda diz:

"Agora, se cada palavra de Deus deve ser confirmada por três testemunhas ... Pois onde estão os três, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, aí está a Igreja que é um corpo dos três"(6).

Onde teríamos a menção do Pai, Filho e Espírito Santo como 'três testemunhas', exceto em 1 João 5:7?

(11)Crisóstomo(349-407), o comentarista das Escrituras na época dos pais da Igreja, cita 1 João 5:7 em seu "Discurso Contra os Judaizantes"(I:3):

"Três testemunhas abaixo, três testemunhas acima, mostrando a inacessibilidade da glória de Deus".

Em que lugar as Escrituras mencionam três testemunhas acima, exceto em 1 Jo 5:7?

E em sua obra "Sobre o conhecimento de Deus e sobre a santa teofania", lemos: "Mas, ó Pai, e Verbo, e Espírito, o ser trino e poder e vontade e poder, considere-nos, que confessamos você como a substância inconfundível e indivisível, também dignos de estar à sua mão direita quando você vier de céu para julgar o mundo com justiça, pois a tua é a glória, a honra e a adoração, ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre, e por toda a eternidade".

(12)Zacarias de Mitilene(465 d.C), em sua obra "Disputatio De Mundi Opificio", diz:

"O Senhor e Criador de todas as coisas, ó Pai, e Verbo, e Espírito Santo, a Trindade Divina, ao mesmo tempo tríplice e santa unidade".

(13)Victor Vitensis (+ 485 d.C), cita o texto de 1 Jo 5:7:

"Há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e esses três são um"(Historia persecutionis Africanae Provinciae 3.11).

(14)Fulgêncio(468-527 d.C) cita o texto de 1 Jo 5:7:

"E há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito. E os três são um só ser"(Responsio contra Arianos)

"E Há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito, e estes três são um ser"(Contra Fabianum, 21:4)

"Há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito, e estes três são um"(De Trinitate)

Henry Thomas Armfield[1836-1898], tendo como base estas declarações de Fulgêncio, diz:

"Certamente, é bastante claro a partir dos escritos de Fulgêncio, tanto que ele mesmo viu o versículo nas cópias do Novo Testamento; e que aqueles com quem ele argumenta não mostraram que o versículo não existia então na Epístola de São João"(The Three Witnesses: The disputed text in St. John - considerations new and old['As Três Testemunhas; O Texto Disputado com relação a São João - Primitivas e Modernas Considerações'], 1883, p.171).

(15)Isidoro de Sevilha(560-636), cita o texto:

"E há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito, e os três são um"(Testimonia divinae Scripturae 2)

(16)Cassiodoro(583 d.C), também cita 1 Jo 5.7:

"Além disso, há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estes três são um"(S. Epistolam Parthos ad Joannis: 10.5.1).

(17)Agostinho(354-430) também cita o texto de 1 Jo 5.7:

"Portanto, Deus supremo e verdadeiro, com Sua Palavra e Espírito Santo (que os três são um), um Deus onipotente e criador de cada alma e de cada corpo"(A Cidade de Deus, V:11)

"Além disso, se não apenas o Pai é Deus, como todos, mesmo os hereges, admitem; mas também o Filho, que, queiram ou não, eles são compelidos a reconhecer, visto que o apóstolo diz: 'Que é sobre todos, bendito Deus para sempre'; e o Espírito Santo, visto que o mesmo apóstolo diz: 'Portanto, glorifique a Deus em seu corpo; quando ele disse acima: Não sabes que o teu corpo é o templo do Espírito Santo, que está em ti, que tens de Deus[?]', e esses três são um só Deus, como acredita a integridade católica: não é suficientemente aparente qual pessoa da Trindade aquele anjo revelou, se ele era um dos outros anjos, e se alguma pessoa, e não da própria Trindade"(Da Trindade, II; 13:23)

"E, portanto, esses três são um"(Da Trindade; X; 11:18)

E em sua obra "Contra Maximiniano"(II, 22:3), Agostinho ainda diz:

"Mas se vamos investigar o significado que as coisas por estas, não exageradamente entram em nossos pensamentos sobre a Trindade em si, que é uma única Verdade, o Supremo Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, de quem poderia mais ser realmente dito: 'Há Três Testemunhas, E os três são um'. Estes são as três testemunhas, e os Três são Um. Desta forma, em seguida, as três coisas pelas quais eles são, significadas como saindo do corpo do Senhor: como a partir do Corpo do Senhor soou por diante o comando para 'batizar as nações em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'. 'Em nome', não, nos nomes:'porque estes três são um', e Deus é Um destes três. E, se de outra forma esta profundidade do mistério que lemos na epístola de João pode ser exposta e compreendida agradavelmente com a fé católica, que não confunde nem divide a Trindade, nem nega que as pessoas são três, e em nenhum caso deve ser rejeitada".

Agostinho está claramente confirmando a existência de 1 João 5:7 como um texto da 1ª epístola universal de João. Isso é um fato inconteste.

(18)Gregório Nazianzo(330-390), um bispo grego, cita o texto, de modo reminiscente: "...Os três são um"(5ª Oração Teológica,[31:9]).

E novamente em sua "Quinta Oração Teológica"[Oração nº 31, Verso 19], Nazianzo protesta contra a omissão de 1 João 5:7 por parte de alguém da época, afirmando estar o texto gramaticalmente sem sentido com a ausência de 1 Jo 5:7:

". . .E sobre João então, quando em sua Epístola Católica diz que há três que dão testemunho... Em segundo lugar, porque ele não tem sido consistente na maneira como ele aconteceu em seus termos, porque depois de usar três no gênero masculino, acrescenta três palavras que são neutros, ao contrário das definições e leis que você e seus gramáticos estabeleceram. Pois qual é a diferença entre colocar uma masculina três primeiros, e então adicionando um e um e um no neutro, ou depois de uma Um masculino e um e um para uso não os três no masculino, mas no neutro, que vós mesmos assumis no caso da Divindade?".

Notaram a expressão "...que vós mesmos assumis no caso da Divindade"? E tambem notaram a expressão "...depois de usar três no gênero masculino"? Essas duas frases não são alusões as pessoas da Trindade, mencionadas em 1 João 5:7? É claro que Gregório reconheceu a inconsistência com a gramática grega, se tudo o que temos são os versículos seis e oito sem o verso sete. Outros estudiosos têm reconheciVárias Leituras Doutrinárias do Novo Testamento Gregdo a mesma coisa. Este foi o argumento de Robert Dabney do Seminário Teológico União, em seu livro, "Várias Leituras Doutrinárias do Novo Testamento Grego"(1891). O Bispo Middleton em seu livro, 'Doutrina do Artigo Grego', argumenta que o versículo sete deve ser uma parte do texto de acordo com a estrutura grega da passagem. Mesmo no famoso comentário de Matthew Henry, há uma nota afirmando que devemos ter o versículo sete, se quisermos ter o grego adequado no versículo oito.

Em outro lugar, novamente cita 1 Jo 5:7, afirmando:

"Pois nem o Filho é Pai, pois o Pai é Um, mas Ele é o que o Pai é; nem é o Espírito Filho porque é de Deus, pois o Unigênito é Um, mas Ele é o que o Filho é. Os três são um em Deus e o Um Três em propriedades; de modo que nem a Unidade é sabeliana, nem a Trindade aceita a presente distinção maligna"(5ª Oração Teológica [Oração 31], 9).

"Pois a Divindade é um em cada três, e os três são um, em quem a Divindade está, ou para falar mais precisamente, quem é a Divindade"(Oração 39, 11)

"Então, há um Deus em três, e estes três são um, como já dissemos"(Oração 39, 12).

Gregório ainda cita 1 Jo 5:7, quando diz:

"Mas se quisermos ser libertados, de acordo com o nosso desejo, e sermos recebidos no Tabernáculo Celestial, pode ser que ali também possamos oferecer a Ti sacrifícios aceitáveis ​​em Teu Altar, ao Pai, à Palavra e ao Espírito Santo; pois a Ti pertence toda glória, honra e poder, mundo sem fim. Amém"(Oracão 45:30)

Diante desse testemunho de Gregório, o Dr. C. H. Pappas, é cirúrgico, quando diz:

"Além disso, como o argumento do Dr. Scrivener está à luz da cópia mais antiga de 1 João que é datada do século X? Se o manuscrito mais antigo 221 [conforme apresentado no capítulo 1] tinha a passagem contestada na margem, é sugerido que a partir daí a Comma começou a entrar nas Escrituras? Isso não é aceitável, pois sabemos que o texto contestado estava nos manuscritos gregos já em 379 d.C. Gregório de Nazianzo discutiu a respeito da omissão da Comma naquela época. Os arianos omitiram a Comma e Gregório, por sua vez, exigia sua inclusão"('In Defense of the Authenticity of 1 John 5:7'['Em Defesa da Autenticidade de 1 João 5:7'], p.68)

(19)O texto de 1 João 5:7 é citado na "Sinopse Grega da Sagrada Escritura", datada do 4º século.

(19)A passagem de 1 João 5:7 também foi citada em uma homília feita por um autor desconhecido, na edição beneditina de Crisóstomo(Tomo XII, pp.416-421). A data desta homília foi corrigida é de 381 d.C, portanto também datada do 4º século.

(20)Teodoro de Mopsuéstia(+ 428 d.C), o mestre de Crisóstomo e um contemporâneo do imperador Juliano, citou 1 João 5:7 em sua obra denominada "Um Tratado Sobre a Trindade Em Um Só Deus, a Partir da Epístola de João, o Evangelista". Este é um testemunho notável e irrefutável, já que implica a existência e notoriedade de 1 João 5:7 no meio do quinto século.

(21)Cirilo de Alexandria(+ 444 d.C), em seu "Thesaurus de Sancta Et Consubstantiali Trinitate" tenta provar que o Espírito Santo é Deus, aludindo a 1 Jo 5.7:

"Por ter dito que o Espírito de Deus enquanto é uma das testemunhas, um pouco para a frente, ele acrescenta, o testemunho de Deus é maior: Como, então, ele seria uma criatura quando é dito que ele seria Deus com o Pai Universal, e completando o número da SANTA TRINDADE"?.

Quando se refere ao Espírito Santo como uma das testemunhas, ele alude a 1 João 5:7. Ademais, as palavras em letras maiúsculas formam a substância do sétimo verso que Cirilo quis citar. Esses dizeres mostram Cirilo citando 1 Jo 5:7,9. Isso foi no 5º século. Evidentemente, Cirilo cita 1 Jo 5:7 ou alude ao mesmo nesses seus dizeres, pois em que parte de 1 João 5 encontramos o Espírito Santo completando o número da Trindade, exceto em 1 João 5:7?

(22)Atanásio(295-373), o campeão da ortodoxia de Nicéia, em sua obra "Disputa com Ario" cita 1 João 5:7:

"Esse batismo vivo e salvador, pelo qual recebemos a remissão dos pecados, administrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E São João diz: E estes três são um".

Muitos tem afirmado que essa obra atribuída a Atanásio, é apócrifa, contudo sem um argumento sólido. Estes afirmam que tal obra não pode ter sido de Atanásio porque o estilo do diálogo não é consistente com os escritor de Atanásio. No entanto, Charles Forster refutou essa linha de argumentação, mostrando que o estilo e tipo de citação empregados no diálogo é inteiramente consistente com o que aparece em outras obras de Atanásio que são aceitos como verdadeiros por todos. Além disso, na obra "Disputa com Ario", durante o diálogo, se fala do imperador Constantino no tempo presente, como governando com Constâncio, seu filho, indicando claramente uma data de composição na primeira metade do século IV.

E em outra obra de Atanásio, "A Sinopse da 1ª Epístola de João", ele alude a 1 João 5:7, afirmando:

"O apóstolo ensina aqui a unidade do Filho com o Pai".

Não existe outro lugar desta epístola onde a unidade entre o Pai e o Filho seja mencionada, exceto em 1 Jo 5:7, existe?

Em sua outra obra - Quaestiones Aliae​", ele cita novamente 1 Jo 5:7, afirmando:

"Assim como minha alma é uma, mas uma alma trina, razão e respiração; assim também Deus é um, mas também é trino, Pai, Verbo e Espírito Santo. Pois como alma, razão e respiração são três características, e em substância uma alma, e não três almas; assim Pai, Verbo e Espírito Santo , [são] três pessoas, e um Deus em substância, e não três deuse:

(23)Efrém, o Sírio(306-373), diz:

"Veja aqui as três testemunhas que acabaram com todas as contendas! E quem duvidaria das santas Testemunhas [Heb. 6] de Seu Batismo?"(Oitenta Harmonias sobre a fé, contra as disputas, 'Ritmo do vigésimo oitavo')

(24)O Concílio da Igreja de Cartago em 415 d.C, composto de 350 bispos, em sua confissão de fé, escrita por Eugenio, cita o texto. Como poderia um texto "apócrifo" ser citado por 350 bispos da igreja, sem ouvir-se uma única voz de protesto?

(25)Leão, o Grande(+461), bispo de Roma, cita-o(Epístola a Flávio de Constantinopla), mencionando a expressão "e os três são um".

Thomas Burgess[1756-1837], Bispo Anglicano, em seu livro "An Introduction to the Controversy on the Disputed Verse of St. John, as Revived by Mr. Gibbon"['Uma Introdução à Controvérsia sobre o Versículo Disputado de São João, Revivido pelo Sr. Gibbon'], afirma que "a passagem de sua Carta é, em alguns aspectos materiais, favorável à autenticidade do versículo"(xxxi)

(26)André de Creta(650-740), diz:

"Ó Grande Governante, ó reta, toda poderosa Santíssima Trindade: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, ó Deus, Luz e Vida, guarda o vosso rebanho"(Grande Canon)

(27)Ansbert(760 d.C), em seu "Comentário Sobre o Apocalípse" cita 1 João 5:7:

"Embora a expressão de testemunho fiel ali encontrada se refira diretamente a Jesus Cristo somente, - ainda assim, caracteriza igualmente o Pai, o Filho e o Espírito Santo; de acordo com essas palavras de São João: 'Há três que testificam no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e esses três são um'"(Comentário Sobre o Apocalípse)

(28)Ambrósio Autperto(730-784), abade de San Vincenzo, Itália, também cita 1 Jo 5:7:

"Quem é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o primeiro entre os reis da terra'? Por essa maneira de falar, que tem como premissa acima, a expressão da testemunha fiel refere-se apenas ao Filho, portanto, ao mesmo tempo, o Pai e o Espírito Santo dão um testemunho fiel de si mesmos, como está escrito: 'Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um'(1 Jo 5:7). No entanto, deve-se saber que, assim como esses três são um, também aprendemos que esses testemunhos são um, onde o testemunho de um insinua o testemunho do outro. Pois assim o Pai dá testemunho do Filho, que ele é a vida eterna, como está escrito: 'Se aceitarmos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior, porque Ele testificou de seu Filho, enviando-o como Salvador do mundo na Terra'(1 Jo 5:9; 4:14) e pouco depois: 'E este é o testemunho de que Deus nos deu a vida eterna e esta vida está no Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem vida'(1 Jo 5:11-12), mas também o Espírito Santo dá um testemunho do Filho de que ele é a verdade, como está escrito: 'É o Espírito que testifica que Cristo é a verdade'(1 João 5:6b)"(Exposição do Apocalípse de João, 1:3).

(29)João de Damasco(675-749), pai grego, diz:

"O Pai Onipotente, a Palavra e o Espírito, três pessoas, todavia, uma natureza e substância, essência mais elevada e divindade mais elevada"(Carmina et Cantica: In Dominicam Pascha)

(30)O Concílio de Frankfurt[794 d.C] também citou 1 Jo 5:7

(II)A evidencia interna de 1 João 5 favorece o texto trinitário de 1 Jo 5:7

O Dr. Otto Fuller, com maestria, explica que a omissão de 1 Jo 5:7 prejudica todo o sentido do texto de 1 Jo 5:8 . Em seu livro "Which Bible", ele escreve:

"A EVIDÊNCIA INTERNA DA CRÍTICA SUSTENTA O 'PARÊNTESE'

"Se 1 João 5:6-8 for retirado do texto grego, as duas pontas soltas resultantes não se unirão gramaticalmente. A língua grega tem 'gênero' na terminação dos seus substantivos (como fazem muitas outras línguas). Substantivos neutros normalmente exigem artigos neutros (a palavra “o”, como em “o sangue”, é o artigo). Mas o artigo no verso 8 da leitura encurtada que é encontrada no grego que é a base das versões modernistas (verso 7 do texto grego da Bíblia do Rei Tiago) é masculino. Assim, as novas traduções lêem 'o Espírito'(neutro), a água (neutro) e o sangue (neutro): e estes três (masculino!! – do artigo grego 'hoi') são um'. Conseqüentemente, três sujeitos neutros estão sendo tratados como masculinos (veja abaixo onde a porção omitida é italizada). Se o 'Parêntese' for rejeitado, é impossível explicar adequadamente esta irregularidade. Adicionalmente, sem o 'Parêntese' o verso 7 tem um antecedente masculino; três sujeitos neutros (substantivos, no verso 8) não admitem um antecedente masculino. Vendo-se a passagem completa, torna-se aparente como esta regra de gramática é violada quando as palavras são omitidas.

5:6...E o Espírito (neutro) é o que testifica (neutro), porque o Espírito (neutro) é a verdade.

5:7 Porque três (masculino) são os que testificam (masculino) no céu: o Pai (masculino), a Palavra (masculino), e o Espírito Santo (neutro); e estes três (masculino) são um (masculino).

5:8 E três (masculino) são os que testificam (masculino) na terra: o Espírito (neutro), e a água (neutro), e o sangue (neutro); e estes três (masculino) concordam num.

Quando pedimos aos eruditos uma explanação para esta estranha situação, a resposta é que a única maneira de explicar o uso do masculino dos três neutros no verso 8 é que aqui eles têm sido 'personalizados'. Todavia, nós observamos que o Espírito Santo é referenciado duas vezes no verso 6 e, como Ele é a terceira pessoa da Trindade, isso equivale a 'personalizar' a palavra 'Espírito' – mas o gênero neutro é usado. Portanto (como Hills observou) uma vez que 'personalização' não acarretou uma mudança de gênero no verso 6, não pode razoavelmente ser alegada como a razão para tal mudança no verso 8.

O que, então, deve ser feito para explicar [as dificuldades do Texto Crítico]? A resposta é que alguma coisa está faltando! Se nós retemos o Parêntese Joanino, uma razão para referenciar os substantivos neutros (Espírito, água e sangue) do verso 8 usando o gênero masculino torna-se imediatamente clara. A chave é o princípio da 'influência' e 'atração' na gramática grega. Que influência faria com que 'que testificam' em verso 7 e 'estes três' em verso 8 subitamente se tornarem masculinos? A resposta só pode ser: [isto ocorreu] devido à influência dos substantivos Pai e Palavra no verso 7, as quais são masculinas – é com a presença de 'o Pai' e de 'a Palavra' que o começo e o final da passagem concordam, um princípio bem conhecido da sintaxe grega. Com efeito, então, a única maneira pela qual o Espírito, a água e o sangue podem ser 'personalizados', é continuarmos adotando a leitura da Bíblia do Rei Tiago de 1611 e do texto grego sobre a qual ela é baseada. [Nessa leitura] todas as três palavras são referências diretas à Trindade(verso 7). Onde está a 'Pessoa'? 'A Pessoa' está no verso 7 da Versão Autorizada de 1611.

O leitor perceberá que a frase sublinhada, 'os que testificam', ocorrendo três vezes na passagem precedente, é um particípio, o qual é um tipo de adjetivo verbal. Como adjetivos, particípios modificam substantivos e [com estes] têm que concordar em gênero. Portanto, se um crítico textual deseja retirar esta passagem com integridade de caráter, ele deveria ser capaz de responder ao seguinte:

a) Por que é que, depois de se usar um particípio neutro na linha um, subitamente um particípio masculino é usado na linha três?

b) Como pode ser permitido que o numeral masculino, o artigo (grego) e o particípio da linha três (todos três adjetivos masculinos) modifiquem os três substantivos neutros da linha sete?

c) Quais fenômenos da sintaxe grega (a parte da gramática que trata da maneira na qual as palavras são ajuntadas para formar frases, cláusulas ou sentenças em um sistema ou arranjo ordenados) fariam com que os substantivos neutros da linha sete fossem tratados como masculinos pelo 'estes três' na linha oito?

Não há nenhuma resposta satisfatória! Estudiosos-líderes do gregos (tais como Metzger, Vincent, Alford, Vine, West, Bruce, Plummer etc.) não fazem nenhuma menção do problema, de forma alguma, quando tratam a passagem, em nenhum dos seus escritos até o presente. The International Critical Commentary devota doze páginas à passagem mas, ignorante ou desonestamente, silencia a respeito dos gêneros que não casam.

Finalmente, com respeito à evidência interna, se as palavras fossem omitidas, as palavras concludentes, ao final do verso 8, conteriam uma referência ininteligível. As palavras gregas “kai oi treis eis to en eisin” significam precisamente – 'e esses três concordam com aquele um (antes mencionado)'. Se o verso 7º é omitido, 'aquele um' não aparece. É inconcebível como 'aquele um'(grego = to hen) pode ser reconciliado com a omissão das palavras precedentes, isto écom a extirpação do 'Parêntese'. Como Gaussen observou: “Remova-o [isto é, remova o 'Parêntese'], e a gramática torna-se incoerente”.

Sobre a omissão de 1 Jo 5:7 nos manuscritos gregos mais antigos, ainda em seu livro "Which Bible", o Dr. Otto Fuller diz:

"UMA PROVÁVEL EXPLANAÇÃO DA OMISSÃO DO 'PARÊNTESE'[por alguns, posteriormente]

Há muito devíamos ter dado algum lugar a outros na defesa deste verso tão disputado. Fazemo-lo agora, oferecendo a seguinte explanação, [muito] plausível, de como o verso foi omitido. As palavras são as do crítico textual [realmente] crente, Dr. Edward Freer Hills, falecido em 1981:

"... durante o segundo e terceiro séculos (entre 220 e 270, de acordo com Harnack) a heresia que os cristãos ortodoxos tiveram que combater não foi o Arianismo (uma vez que este erro não tinha ainda aparecido), mas [sim] o Sabelianismo (... assim chamada devido a Sabelius, um dos seus principais promotores), que ensinava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram um no sentido deles serem idênticos. Aqueles que advogaram este ponto de vista herético foram chamados de Patripassianos ('o Pai sofreu'), porque acreditavam que Deus o Pai, sendo idêntico a Cristo, sofreu e morreu na cruz;

"É possível, portanto, que a heresia Sabeliana colocou o Parêntese Joanino em desfavor com os cristãos ortodoxos [inimigos do Sabelianismo]. ... E, se neste período da controvérsia manuscritos foram descobertos os quais tinham perdido esta leitura ..., é fácil ver como o grupo ortodoxo consideraria tais manuscritos mutilados como representando o texto verdadeiro e encararia o Parêntese Joanino como uma adição herética. Especialmente no Oriente que falava grego, o parêntese seria unanimemente rejeitado, pois lá a batalha contra o Sabelianismo foi particularmente severa.

"Deste modo, não é impossível que durante o terceiro século, entre o stress e a tensão da controvérsia Sabeliana, o Parêntese Joanino perdeu o seu lugar no texto Grego mas foi preservado nos textos latinos da África e Espanha, onde a influência do Sabelianismo provavelmente não foi tão grande. ... embora o texto do Novo Testamento Grego tenha sido o recebedor especial do providencial cuidado de Deus... este cuidado também se estendeu, em menor grau, às versões antigas e ao seu uso -- não somente aos cristãos de fala grega, mas também aos de outros ramos [portanto línguas] da igreja cristã. Por isso, embora o tradicional texto encontrado na vasta maioria dos manuscritos gregos seja uma completa reprodução, digna de confiança, do texto original divinamente inspirado, todavia é possível que o texto da Vulgata Latina, que realmente representa o uso estabelecido na Igreja Latina desde os primeiros séculos, preserve algumas poucas leituras genuínas não encontradas nos manuscritos gregos. ...por isso, é possível que o Parêntese Joanino seja uma dessas leituras excepcionais as quais ... foram incluídas no Textus Receptus sob a direção da providência especial de Deus”.

Assim, com respeito à evidência externa, temos visto que, no cômputo global, se 1 João 5:7 é recebido, tem de ser recebido principalmente com base no testemunho da Igreja Ocidental ou Latina. Admitidamente, parece injustificável que se despreze a autoridade da Igreja Grega e se aceite o testemunho da Latina onde uma questão surge sobre a autoridade de uma passagem a qual apropriadamente pertence ao texto da primeira [a igreja grega]. No entanto, quando a doutrina contida naquela passagem é tomada em consideração, existem razões para dar preferência à autoridade da Igreja Ocidental acima daquela da Oriental.

Como a citação do Dr. Hills indica, o Arianismo surgiu logo após o período no qual a heresia Sabeliana floresceu. Arius, um presbítero de Alexandria (d. 336 D.C.) e aluno de Luciano de Antioquia, negou a divindade e a eternidade de Jesus Cristo. A Igreja Grega ou Oriental se entregou completamente àquela heresia desde o reinado de Constantino até aquele de Teodósio o Ancião, por um período de pelo menos quarenta anos (c.340-381, a convocação do quarto Concílio de Bizâncio).

Ao contrário, a Igreja Ocidental permaneceu incorrompida pela heresia Ariana durante este período. Assim se o problema do 'Parêntese' não se desenvolveu durante a controvérsia Sabeliana (como o Dr. Hills propõe), pode muito bem ter se desenvolvido durante o tempo do domínio Ariano sobre a Igreja Grega (como o Dr. Frederick Nolan tem proposto com fortíssimos argumentos). Nolan argumenta que, com os Arianos em controle da Igreja Grega durante um período de cerca de quarenta anos, Euzébio foi capaz de suprimir esta passagem na edição que 'revisou', a qual teve o efeito de remover o verso dos textos gregos. Portanto, o verso disputado foi originalmente suprimido, e não gradualmente introduzido na tradução Latina".

(III)O testemunho dos manuscritos latinos. .

O falecido erudito batista Michael Maynard, cita vários manuscritos latinos do NT, contendo 1 Jo 5:7 na íntegra, aludindo a Trindade [A Defesa Histórica de 1 João 5:7-8, O Texto Injustamente Amputado das Três Divinas Testemunhas, pp.31-35], como:

(1)O Codex Freisingenis[5º Século];

(2)O Codex 923[Século V]

(3)O Codex Fuldensis([6º Século [546 d.C])

(4)O Codex Palegionensis[650 d.C];

(5)O Codex Amiantinus[716 d.C]

(7)O Codex Wizanburgensis[750 d.C]

(8)O Codex 930[780/820 d.C];

(9)Codex Theodulphianus[VIII/IX Séculos]

(10)Codex Ulmensis[9º Século]

(11)Codex Complutensis[927 d.C]

(12)Codex Sangallensis 907[VIII/IX Séculos]

(13)Codex Sangallensis 63[IX-X Séculos]

(14)Codex Cavensis[9º Século]

(15)O Codex Toletanus[988 d.C];

(16)O Codex Demidovianus[1150 d.C];

(17)O Codex Divionensis[1150 d.C];

(18)O Codex Colbertinus[1150 d.C].

É impressionante a cara de pau dos defensores do Texto Crítico e negadores da canonicidade de 1 Jo 5:7. Como os manuscritos latinos do NT, feitos a partir do texto grego acessível aos copistas, continham 1 Jo 5:7, sem ter sido primeiramente visto pelos copistas no texto grego?

(IV)1 João 5:7 é citado por outras outras autoridades religiosas antes do século XVI.

(1)Atos do Concílio de Latrão[1215]

(2)Convenção dos Valdenses Ultramontanos e Ingleses[1218]

(3)O Sínodo de Trier[12331], na Alemanha

(4)Os Valdenses de Languedoc[1248]

(5)Haitho, rei da Armênia[1303]

(6)La Noblia Leyczon[um documento valdense][1414]

(7)Anna C. Paues('A fourteenth century English Biblical Version'['Uma versão bíblica em inglês do século XIV', p.41)

(8)Sebastian Brant['Narrenschiff'][1494].

(V)1 João 5:7 é citado por traduções da Bíblia antes de Erasmo.

(1)Bíblia Valdense[1170]

(2)Bíblia Valdense[1180]

(3)A Bíblia de Augsburgo[1350], em alemão

(4)A Bíblia de John Wycliff[1380], em inglês.

(5)O Novo Testamento de Giannozzo Manetti[1306-1459][em italiano]

(6)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1466][Strasburg]

(7)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1470][Strasburg]

(8)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1475][Augsburg]

(9)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1476][Augsburg]

(10)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1476][Nuremberg]

(11)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1477][Augsburg], pr Anton Sorg

(12)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1477][Augsburg], por Gunter Zainer

(13)Kôiner Bible[Pré Luterana Bíblia da Baixa Alemanha][1478]

(14)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1480][Augsburg]

(15)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1485][Strasburg]

(16)Pré-Luterana Bíblia Alemã[1490][Augsburg]

(17)Bíblia Poliglota, Sacra, Hebraica, Caldaica e Grega Com Interpretações Latinas[1514-1517][Madri]

Nada justifica a omissão e negação da canonicidade e inspiração de 1 Jo 5:7, exceto desonestidade intelectual ou pura ignorância

Outra explicação da omissão de 1 Jo 5:7 nos manuscritos antigos, é chamada de "Omissão Involuntária", isto é, por um erro comum entre os copistas, que é chamado de Homoioteleuton (final igual). Ao copiar o verso 7, depois de copiar as palavras “são três os que testiticam”, o copista levantou os olhos do original enquanto molhava a pena e, ao voltar os olhos ao Ms, viu agora duas linhas abaixo, as mesmas palavras, mas continuou escrevendo “são três que testificam na terra”. Desse modo, omitiu parte final do verso 7 e do início do verso 8 (a Comma Johanneum).

(VI)1 João 5:7 citada em traduções da Bíblia anteriores e posteriores ao século XVI:

(1)Bíblia de John Wyclif[1394]

(2)Bíblia de William Tyndale[1531]

(3)Bíblia de Miles Coverdale[1535]

(4)The Matthew Bible[1537]

(5)A Grande Bíblia[1539], traduzida por Thomas Cranmer

(6)Bíblia de Genebra[1560]

(7)Novo Testamento de Teodoro de Beza[1566]

(8)Bíblia dos Bispos[1568]

(9)Bíblia de Lutero[1568]

(10)Biblia de Lutero[1574]

(11)Bíblia de Giovani Diodatti[1607][italiana]

(12)King James Version[1611]

(13)Statevertaling[1618-1619][Holandesa], Bíblia do Sínodo de Dort

(14)Bíblia Armênia[1666]

(15)Douay-Rheims Bible[1750][católica].

(16)Bíblia do padre Antonio Figueiredo[1790][católica]

(17)The Webster Bible[1833]

(18)O Novo Testamento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: No Original Grego, Com Introdução. e Notas[1862], publicado por Christopher Wordsworth[1807-1885], bispo e teólogo da igreja anglicana

(19)A Bíblia de João Ferreira de Almeida[1676-1681]

(20)Bíblia do padre Matos Soares[1956][católica]

(VII)1 João 5:7 foi citado pelos reformadores:

(a)Martinho Lutero[1483-1546], em seu "Comentário de 1 Jo 5:7", na edição de 1543-1544 de sua Bíblia, diz:

"João, portanto, aduz um testemunho com o qual pretende provar que Jesus é o Cristo. Agora, este testemunho é um testemunho de Deus, e não do homem: porque o Pai dá testemunho de seu Filho. 'Se recebermos o testemunho dos homens[diz João, ver.9] o testemunho de Deus é maior', o que ele testificou de seu Filho. Mas este testemunho divino é duplo. É dado em parte no céu, em parte na terra: o dado no céu tem três testemunhas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo: o outro, dado na terra, também tem três testemunhas; ou seja, o espírito, a água e o sangue".

(b)João Calvino[1509-1564](Institutas, III:1)

Em seu "Comentário de 1 Jo 5:7", Calvino chegou a dizer sobre esta passagem: "Estou inclinado a recebê-la como verdadeira leitura".

Falando para o leitor presbiteriano e calvinista, eu acho até ridículo um camarada se denominar 'presbiteriano' ou 'calvinista', sem endossar o TR e consequentemente, negar a autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7, já que Calvino e Knox endossaram o TR e consequentemente defenderam a autenticidade de 1 Jo 5:7. O que um camarada desses (defensores e usuários do TC e suas traduções[ARA, NVI, BLH, BV, etc]) tem haver com Calvino ou Knox? Vamos, me digam?

(c)Felipe Melanchthon[1497-1560](3ª Edição de de seu 'Loci communes'[1535]).

(d)Heinrich Bullinger[1504-1575], em suas "Anotações sobre 1 João 5:7", diz:

"Alguns aqui tratam de muitas coisas concernentes à unidade da Trindade, mas não em seu lugar. Pois ele não faz nada aqui sobre a unidade da Trindade, que é mais conveniente e firmemente introduzida e confirmada em outros lugares. Para aquele membro, que tem algumas cópias inseridas (já que há três que dão testemunho, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo no céu, e esses três são um)".

(e)John Knox[1515-1572], John Winram[1492-1582], John Spottiswood[1510-1585], John Willock[1515-1585], John Douglas[1505-1574]e John Row[1525-1580][Confissão de Fé Escocesa[1560, I]

(f)Guido de Bres[1522-1567][Confissão Belga[1560, IX]

(g)Confissão de Fé de Teodoro de Beza[1519-1605][datada de 1560, 'Da Trindade', 1º Ponto, II)

(h)Gaspar Olevianus[1536-1587] e Zacarias Ursinos[1534-1583][Catecismo de Heidelberg[1563, XXV]

(i)Zacarias Ursinus[1534-1583](Comentário do Catecismo de Heidelberg, p.251 [Resp. Perg. nº 5 - 'V. É adequado que a Igreja deva reter os termos 'essência', 'pessoa' e 'Trindade'?])

(VIII)1 João 5:7 é citado pelos anabatistas.

Interessante é que até os anabatistas dos Séculos XVI(que também endossaram o TR) também citavam 1 Jo 5:7 em suas defesas da Trindade, como por exemplo, Meno Simons(1496-1561)(Confissão do Tríuno Deus, 1532 d.C)(The Complete Writings of Menno Simons, p.496). Outros anabatistas, como Pieter Pietersz[1574-1651]['O Caminho Para a Cidade da Paz'] fizeram o mesmo.

(IX)1 João 5:7 citado nas confissões de fé[luteranas, reformadas, puritanas, anabatistas, batistas, congregacionais, menonitas, presbiterianas, anglicanas, metodistas e pentecostais]:

(1)Confissão de Fé da Congregação Inglesa em Genebra[1556, I, III)[Reformada]

(2)Confissão de Fé Francesa[1559, VII][Reformada]

(3)Formulário de Lattanzo Ragnoni[1559 - 'Sobre a Trindade'][Reformado]

(4)Confissão de Fé Escocesa[1560, I][Reformada]

(5)Confissão Belga[1560, IX][Reformada]

(6)Confissão de Fé de Teodoro de Beza[1560, 'Da Trindade', 1º Ponto, II)[Reformada]

(7)Confissão de Fé de Tarcal[1562] e Torda[1563][Parte I, 'Da Santíssima Trindade', II)

(8)Catecismo de Heidelberg[1563, XXV][Reformada]

(9)Confissão de Antuérpia[1566, II][Reformada]

(10)Documentos do Sínodo de Debrecen[1567, IX - 'Sobre Deus']Reformado.

(11)O Sínodo de Sziskó[1568, V][Reformado]

(11)Uma Breve Confissão dos Primeiros Artigos da Fé Cristã[1580, III][Anabatista]

(12)Segunda Confissão da Igreja de Amsterdam em Londres[1596, II][Reformada]

(13)Segunda Confissão Londrina em Amsterdam[1596][II][Reformada]

(14)Uma Verdadeira Confissão[1596, II][Anabatista]

(15)Uma Declaração de Fé do Povo Ingês que Reside em Amsterdam[1611, I][Anabatista - Menonita]

(16)Confissão de Fé Arminiana[1621, III]

(17)A Confissão de Fé de Cyril Lucar[1629/1631, I][Reformada]

(18)Confissão de Fé de Dordercht[1632, I][Anabatista - Menonita]

(19)Confissão de Fé Batista de 1644[Calvinista]

(20)O Grande Catecismo[1645, III], escrito por John Owen[Congregacional/Reformado]

(21)Catecismo Maior de Westminster[1647, IX][Anglicanos, Presbiterianos e Congregacionais]

(22]Catecismo Menor de Westminster[1648, VI][Anglicanos, Presbiterianos e Congregacionais]

(23)Confissão de Fé de Westminster[1643-1649, II:3][Anglicanos, Presbiterianos e Congregacionais]

(24)Confissão de Fé de Midlands[1655, II][Reformada]

(25)Confissão de Fé Valdense[1655, I][Reformada]

(26)Declaração de Fé e Ordem de Savoy[1658][II:3][Congregacional/Reformada]

(27)Confissão de Fé Valdense[1662, I][Reformada]

(28)O Livro de Oração Comum e Administração dos Sacramentos da Igreja da Inglaterra[1662]

(29)Confissão de Fé Batista de 1677[II:3][Batista/Reformada]

(30)Um Credo Ortodoxo[1679, III][Batista]

(31)Confissão de Fé Batista de 1689[II:3][Batista/Reformada]

(32)Catecismo Batista[1693,IX][Batista/Reformada]

(33)Confissão de Fé da Igreja Metodista Calvinista de Gales[1833, IV][Reformada]

(34)Confissão de Fé Batista de 1833[II][Batista/Reformada].

(35)O Catecismo da Igreja Epíscopal Metodista[Em Inglês][1855, II][pp.11,46].

(36)Heinrich Schmid[1921-1999], Ministro Luterano('A Teologia Doutrinária da Igreja Evangélica Luterana Exibida e Verificada a Partir das Fontes Originais'[1876][em inglês][p,179]

(37)Uma Declaração das Doutrinas Cristãs da Igreja de Deus em Cristo - Menonita[II]

(38)Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil[1916, II][Batista/Reformada]

(39)Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira[1985, II]

(40)'Pontos de Doutrina e da Fé Que Uma Vez foi Dada aos Santos'[Congregação Cristã do Brasil][II]

(41)Regras de Fé da 'Igreja Deus é Amor'(I)

(X)1 João 5:7 foi defendido por João Wesley, Có-fundador do metodismo:

"Eu insistiria apenas nas palavras diretas, inexplicáveis, exatamente como estão no texto: 'Há três que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo: E estes três são um'.

'Como estão no texto': - mas aqui surge uma pergunta: Esse texto é genuíno? Foi originalmente escrito pelo apóstolo ou inserido em épocas posteriores? Muitos duvidaram disso; e, em particular, a grande luz da igreja cristã, recentemente removida para a Igreja de cima, Bengel, - a mais piedosa, a mais judiciosa e a mais laboriosa de todos os modernos Comentadores do Novo Testamento. Por algum tempo, ele duvidou de sua autenticidade, porque está faltando em muitas das cópias antigas. Mas suas dúvidas foram removidas por três considerações: (1)Que embora esteja faltando em muitas cópias, ainda é encontrado em mais; e aquelas cópias da maior autoridade: - (2.)Que é citado por um monte de escritores antigos, desde a época de São João até a de Constantino. Este argumento é conclusivo: Pois eles não poderiam tê-lo citado, se não estivesse no cânone sagrado. (3)Que podemos facilmente explicar por ele estar, depois daquela época, faltando em muitos exemplares, quando lembramos que o sucessor de Constantino foi um zeloso ariano, que usou todos os meios para promover sua má causa, para espalhar o arianismo por todo o império; em particular, o apagamento deste texto de tantas cópias quantas caíram em suas mãos. E ele prevaleceu até agora, que a era em que viveu é comumente denominada Seculum Aranium, - 'a era ariana'; havendo então apenas um homem eminente que se opôs a ele com perigo de vida. De modo que era um provérbio, Atanasius contra mundum: 'Atanásio contra o mundo'"('Sermão sobre a Trindade')

(XI)François Turrettini(1623-1687), teólogo e apologeta reformado, defende a canonicidade de 1 Jo 5:7, apelando para os manuscritos gregos:

Erasmo, declara que [1 Jo 5:7] é encontrado no muito antigo Códice Britânico, que ele considerou tão oficial que restaurou este versículo, omitido de suas edições anteriores, nas edições posteriores, que ele revisou com o máximo cuidado, como ele mesmo diz"(Compendium Theologiæ didactico-elencticæ, ex theologorum nostrorum institucionalibus theologicis auctum et illustratum. 1695, p.36).

(XII)Puritanos usavam e defendiam a canonicidade de 1 João 5:7.

(a)Thomas Godwin[1600-1680], que "era membro da Assembléia de Westminster"(The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, Volume 1, p.23)citou 1 Jo 5:7 diversas vezes, como se segue:

- 'Comentário de Colossenses 2:16-27'(Works of Thomas Goodwin, Volume 4, p.231)

- 'Encorajamento e Fé'(I(bidem, p.263)

- 'A Glória do Evangelho'[Capítulo 1](Ibidem, p,263)

- 'Do Objeto e Atos da Fé Justificadora'[II:3](Works of Thomas Goodwin, Volume VIII, p.152)

(b)John Owen[1616-1683], congregacional puritano:

- 'A Doutrina da Santíssima Trindade Explanada e Defendida'(The Works pof John Owen, Volume 2, pp.401-402,405)

- 'Da Comunhão com Deus'(I:2; 'The Works of Johmn Owen, Volume 2', pp.9-10)

Outros puritanos como Matthew Henry, John Gill, Matthew Poole, já foram citados aqui, e o seu testemunho é favorável 1 Jo 5:7 como parte do texto inspirado.

(XIII)Teólogos Presbiterianos usavam e defendiam a canonicidade de 1 João 5:7=

Alexander A. Hodge[1823-1886]:

- 'Esboços de Teologia'[1860][IX]. Ele chega a dizer: "Devemos retê-la"!

- 'Confissão de Fé de Westminster Comentada'(1869](p.90)

Johannes Geerhardus Vos[1862-1949](Catecismo Maior de Westminster Comentado, p.47)

(XIV)A opinião dos anglicanos

George Travis[1741-1797], um dos grandes eruditos anglicanos, diz:

"Erasmo confessa um dos manuscritos; embora, ele devesse ter reconhecido oito. Walfrido Strabo orienta seus leitores, em todas as sementes de dificuldade, a se levantarem a se levantarem em direção às cópias gregas; o que implica ter sido sua própria prática: e esta passagem contestada sempre inundou sua 'Glossa Ordinária'. A antiga Versão Armênia foi traduzida do grego do Concílio de Éfeso e essa versão exibiu constantemente este versículo. Jerônimo declara que os manuscritos gregos de seu tempo registraram o versículo; pois ele faz seu apelo, em nome de sua versão, à autoridade do texto grego; e este verso sempre foi exposto em sua versão"(Cartas a Edward Gibbon, Esq., autor da 'História do Declínio e Queda do Império Romano'; Em Defesa da Autenticidade do Versículo Sétimo do Capítulo Quinto da Primeira Epístola de São João"[Em inglês], 1785, p.324)

Henk J. de Jonge, erudito erasmiano, citando o testemunho de Edward Lee[1482-1544], ministro anglicano inglês, concernente as primeiras duas vezes em que Erasmo havia se recusado a citar o texto trinitário de 1 João 5:7, reconhece:

"Lee não se absteve de acusar Erasmo de arianismo [inter alia] por ter deixado de fora 1 João 5:7-8a de seu texto grego e latino] Pelagianismo e outras heresias"('Introdução' do 'Pedido de desculpas em resposta a Jacobys Lopes Sivnica', p.11).

(XV)Pentecostais [Primitivos e Modernos] também citam e defendem 1 João 5:7 =

"Por exemplo, em Jo 17:11,21-23 e 1 Jo 5:7, temos a 'unidade' das três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo... No texto de 1 Jo 5:6-11,13,20; O triplo testemunho das três pessoas divinas, mencionadas nos vgersículos 7 e 8"(Nels Lawrence Olson; 'O Batismo Bíblico e a Trindade', CPAD, pp.73,79)

"As três pessoas são citadas nominalmente e distintamente em Jd 20,21. Em 1 Jo 5:7 lemos: 'Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um'"(Geziel Gomes; Licões Bíblicas nº 22 'Maturidade Cristã', Jovens e Adultos, REvista do Aluno, Lição nº 1; 01/04/1990, p.5)

"Quanto às três pessoas da Trindade Santa, a Bíblia declara: 'e estes três são um'"[1 Jo 5:7]'"(Antônio Gilberto; Lições Bíblicas nº 32, 'Maturidade Cristã', Jovens e Adultos', Revista do Aluno, Lição 9; 09/11/1992, p.33)

Infelizmente, teólogos pentecostais das AD, como Ezequias Soares da Silva, tem prestado um desserviço a fé cristã, negando a canonicidade de 1 Jo 5:7 em seu livro 'Como Responder as Testemunhas de Jeová', não seguindo o legado dos falecidos Antonio Gilberto e Nels Lawrence Olson. O indivíduo nega o próprio texto endossado por sua Igreja na 'Bíblia de Estudo Pentecostal', que traz 1 Jo 5:7 como parte do texto joanino. Profundamente lamentável.

Com isso, podemos ter certeza, que todos os ramos que são considerados como parte da Igreja [pais da Igreja, Valdenses, Católicos Romanos, Ortodoxos Gregos, Escolásticos, Pré-Reformadores, Reformadores, Anabatistas, Menonitas, Simbolos Confessionais, Reformados, Batistas, Presbiterianos, Metodistas, Congregacionais, Luteranos, Pentecostais, Arminianos, Calvinistas], por muitos eruditos, reconheceu a canonicidade de 1 João 5:7. O Dr. C. H. Pappas, é preciso e cirúrgico, quando disse:

"Os santos de todos os séculos, independendente de serem africanos, asiáticos ou mesmo europeus, abraçaram a passagem trintária sem reservas. Fazia parte de seus credos e confissões. Foi citado pelos pais ante-nicenos e pelos pais pós-nicenos. Foi encontrada em suas várias traduções das Escrituras. Tudo isso indica, desde a datação mais antiga até 1881. Que a passagem trinitária nunca foi questionada. A Comma foi universalmente aceita pela Igreja até que o Comitê de Revisão a questionou. E mesmo assim a Igreja nunca aceitou o veredito do Comité de Revisão sobred a Comma, Pois continuou indiscutível no texto grego recebido e, portanto, na Versão Autorizada"('In Defense of the Authenticity of 1 John 5:7'['Em Defesa da Autenticidade de 1 João 5:7'], p.20)

(XVI)Até adeptos do Texto Crítico reconhecem a legitimidade dos manuscritos usados na defesa de 1 João 5:7

Mesmo os defensores do Texto Crítico, que crêem que 1 Jo 5:7, seja um acréscimo, contudo, quando reconhecem manuscritos do século XVI como "Antigos", e quando os comparam aos outros, colocando-os no mesmo nível de antiguidade dos demais ['Outros Manuscritos Trazem' - Kurt Aland e Bárbara Aland, O Texto do Novo Testamento, p.322], de certa maneira, reconhecem a canonicidade de 1 Jo 5:7, quando declaram:

"Seria possível acrescentar ainda grandes exemplos, como o assim chamado Comma Johanneum[1 Jo 5:7-8]. Quem porém, examinar os dados que constam do aparato crítico do Nest-Aland(que incluem até os mínimos detalhes) poderá, à luz do que dissemos até esse momento, abrir mão [assim esperamos!] de qualquer explicação que mostre que esse acréscimo tem um caráter secundário, não tendo nada a ver com o texto original de 1 João. Existe ainda um grande número de outras notas, em traduções modernas, que apontam para diferenças nos manuscritos do Novo Testamento e que seria útil examinar. Um exemplo de tradução que faz isto é a Revised Standard Version. Muito lamentável, porém é o fato de que em muitas dessas edições as notas dizem apenas 'outros manuscritos antigos trazem...'. Formalmente, Tal afirmação é correta, Pois até mesmo o último manuscrito do Texto Majoritário, isto é, do texto original bizantino - mesmo um que tenha sido copiado no século XVI - é, visto de nossa perspectiva, 'um manuscrito antigo'"(Kurt Aland e Bárbara Aland, O Texto do Novo Testamento, p.322).

(XVII)O Texto Crítico [Vaticano e Sinaítico] extinguem a total possibilidade de 1 Jo 5:7 ser o texto trinitário?.

A verdade é que mesmo os adulterados e corrompidos manuscritos Vaticano[Século IV] e Sinaítico[Século V] apresentam evidências de 1 Jo 5:7, como se segue:

- Vaticano[Século IV]: "PORQUE SÃO TRÊS QUE TESTIFICAM"

- Sinaítico[Século V] "PORQUE TRÊS SÃO OS QUE DÃO TESTEMUNHO".

Ambos os manuscritos usam a mesma fraseologia dos manuscritos que dão suporte a 1 Jo 5:7. A conjunção grega "ὅτι"(hoti), aqui traduzido por "porque", aparece tanto no Texto Receptus, como no Texto Crítico, mas apenas no verso 7, justamente o verso da Trindade. Ela não ocorre no v.8.

A inferência é lógica, clara e insofismável, a respeito da referência a Trindade. O uso da conjunção grega, sem a menção das pessoas da Trindade, faz o texto ficar sem sentido, aludindo a "TRÊS TESTEMUNHAS", sem nomeá-las, como ocorreu com a adulteração feita por heréticos, que omitiram o texto de ambos os manuscritos. O próprio contexto posterior de 1 Jo 5:7 sugere sim a menção das três testemunhas celestiais, como sendo essas "TRÊS TESTEMUNHAS"

(XVIII)A OPINIÃO DOS COMENTARISTAS DAS ESCRITURAS:

Todo este versículo foi omitido por alguns. Jerônimo pensa que isso aconteceu por desígnio e não por engano, e isso de fato apenas por parte dos latinos. Mas como nem mesmo as cópias gregas concordam, não ouso afirmar nada sobre o assunto. Como, no entanto, a passagem flui melhor quando esta cláusula é adicionada, e como vejo que ela é encontrada nas melhores e mais aprovadas cópias, estou inclinado a recebê-la como a leitura verdadeira”(João Calvino[1509-1564], Com de 1 Jo 5:7)

“Alega-se que muitos manuscritos gregos antigos não o têm. Não entraremos aqui na controvérsia. Parece que os críticos não estão de acordo sobre quais manuscritos têm e quais não; nem nos informam suficientemente sobre a integridade e o valor dos manuscritos que examinam. Alguns podem ser tão defeituosos, como eu tenho um antigo testamento grego impresso tão cheio de erratas, que alguém pensaria que nenhum crítico estabeleceria uma leitura diferente sobre isso. Mas deixe que os criteriosos coletores de cópias gerenciem esse negócio. Existem algumas suposições racionais que parecem apoiar o presente texto e leitura”(Matthew Henry[1662-1714], Ministro Presbiteriano, Com de 1 Jo 5:7)

“A autenticidade deste texto foi questionada por alguns, porque está faltando na versão siríaca, como também nas versões árabe e etíope; e porque o antigo intérprete latino não o tem; e não se encontra em muitos manuscritos gregos; nem citado por muitos dos pais antigos, mesmo por aqueles que escreveram contra os arianos, quando poderia ter sido de grande utilidade para eles: a tudo o que pode ser respondido, quanto à versão siríaca, que é a mais antiga, e da maior consequência, é apenas uma versão, e uma versão defeituosa. A história da mulher adúltera na oitava de João, a segunda epístola de Pedro, a segunda e a terceira epístola de João, a epístola de Judas e o livro das Revelações, estavam anteriormente em falta, até serem restauradas pelo bispo Usher. Cópia por De Dieu e Dr. Pocock, e que também, de uma cópia oriental, forneceu esta versão com este texto. Quanto ao antigo intérprete latino, é certo que pode ser visto em muitos manuscritos latinos de uma data anterior, e está na edição latina da Vulgata da Bíblia Poliglota de Londres: e a tradução latina, que leva o nome de Jerônimo, tem e que, em uma epístola sua a Eustochium, prefixada à sua tradução dessas epístolas canônicas, reclama da omissão dela por intérpretes infiéis. E quanto à sua falta em alguns manuscritos gregos, como o alexandrino e outros, basta dizer que pode ser encontrado em muitos outros; está em uma antiga cópia britânica e na edição Complutense, cujos compiladores fizeram uso de várias cópias; e de dezesseis cópias antigas de Robert Stephens, nove deles o tinham: e quanto a não ser citado por alguns dos pais antigos, isso não pode ser prova suficiente de sua espúria, pois pode estar na cópia original, embora não nas cópias usadas por eles, por descuido ou infidelidade dos transcritores; ou pode estar em suas cópias, e ainda não citado por eles, eles tendo Escrituras suficientes sem ele, para defender a doutrina da Trindade e a divindade de Cristo: e ainda assim, afinal, é certo que é citado por muitos deles; por Fulgêncio, no início do séculosexto’, contra os arianos, sem nenhum escrúpulo ou hesitação; e Jerônimo, como observado antes, tem em sua tradução feita no final do séculoquarto’; e é citado por Atanásio por volta do ano 350; e antes dele por Cipriano, no meio, doterceiroséculo, por volta do ano 250; e é referido por Tertuliano por volta do ano 200; e que estava dentro decemanos, ou pouco mais, da escrita da epístola; o que pode ser suficiente para satisfazer qualquer um da genuinidade desta passagem; e, além disso, nunca houve qualquer disputa sobre isso até que Erasmo o deixou de fora na primeira edição de sua tradução do Novo Testamento; e, no entanto, ele mesmo, com o crédito da antiga cópia britânica antes mencionada, colocou-a em outra edição de sua tradução”(John Gill[1697-1771], Ministro Batista, Com de 1 Jo 5:7)

“É fácil explicar a omissão deste versículo; pois, como o sétimo e o oitavo versículo começam e terminam com as mesmas palavras, isso deu ocasião à supervisão e omissão dos transcritores, enquanto não é crível que um versículo inteiro possa ser adicionado. E que foi apenas por engano e descuido dos transcritores pode aparecer ainda mais, porque encontramos parte do sétimo versículo, a saber, 'e estes três são um', citado por Tertuliano[Contra Práxeas, XXIII) e duas vezes por São Cipriano[Epist. 73. a Jubaiano, e em seu Tratado da ‘Unidade da Igreja’, 6, onde também o Dr. Fell defende que este versículo de São João seja genuíno. Tertuliano e São Cipriano escreveram muito antes da disputa com os arianos. Os socinianos também objetam que esta passagem não é trazida por Santo Atanásio e alguns outros pais contra os arianos, que dificilmente poderiam ter omitido se tivessem lido este versículo, mas isso apenas prova que essa omissão aconteceu em alguns manuscritos em seu tempo, ou, como algumas conjecturas, que os arianos haviam corrompido algumas cópias. São Fulgêncio fez uso dela contra os arianos, e também outros da época. Tanto católicos como protestantes, após diligente exame, receberam este versículo, que se encontra nos melhores manuscritos”(George Haydock[1774-1849], Teólogo Católico Romano, Com de 1 Jo 5:7)

“Sobre as três testemunhas celestiais, o pai Jerônimo, cuja veracidade nunca foi contestada, deve ser ouvido em legítima defesa contra os arianos. No prefácio de suas epístolas católicas, ele diz queeste sétimo versículo, que compreende muito abertamente o mistério da Santíssima Trindade e a Divindade de Cristo, foi apagado de algumas cópias do grego por tradutores arianos infiéis’. Ele então acrescenta que existia em todas as cópias gregas que ele possuía.

Tertuliano, que escreveu a Praxeas por volta do ano duzentos, alude a este versículo, como contido no que ele chama de os autógrafos dos apóstolos, então preservados nas igrejas às quais os apóstolos escreveram. Esta referência, como um pilar, permanece indiscutível.

Cipriano, em 240, e setenta anos antes de Ário, escreveu uma obra em latim, que está agora diante de mim, sobreA Unidade da Igreja’, e que tem estas palavrase estes três são um’. Por consequência, o texto existia antes que qualquer suspeita pudesse surgir. Du Pin menciona Erpenitus, que possuía um antigo manuscrito grego que continha este sétimo versículo das três testemunhas celestiais, um homem a quem nossos unitaristas modernos chamam de ‘um sujeito sem crédito’.

Erasmo, a quem todos consideramos um pai na crítica bíblica, ao se familiarizar com o manuscrito irlandês que chegou à posse do arcebispo Usher, e agora está no Trinity College, em Dublin, colocou este texto na terceira edição de seu testamento; e o argumento que pesou com ele não pode deixar de pesar com os outros. Suas palavras são: ‘Verdadeiramente sem dissimulação, é encontrado em uma cópia grega em inglês que contém o que está faltando na Vulgata’. Suas observações se estendem a cinquenta linhas.

A isto acrescentamos o testemunho do Professor F. Turrentin da Suíça, que deixou um compêndio de teologia em latim. Respondendo à objeção ariana, de que este versículo está faltando em várias cópias e adulterado em outras, ele diz: ‘Não, existe nas cópias gregas mais antigas, como Jerônimo testemunha, em seu prólogo de suas epístolas canônicas. Erasmo também confessa que existe nas cópias mais antigas da Grã-Bretanha e nas edições mais louváveis do testamento grego, como as edições Complutense e Antuérpia, e as de Montanus e Valton, todas com o texto acima. Ele poderia ter acrescentado que as bíblias russas também contêm essas palavras; um argumento forte e menos conhecido.

A estes, ele acrescenta as palavras que requerem este versículo, caso contrário, elas não têm significado. ‘E três são os que dão testemunho na terra’. A menos que suponhamos que há três que dão testemunho no céu, perdemos a cadeia de argumentação.

Quão estranho é, então, que o Sr. T. H. Horne dissesse: ‘Que esta cláusula não seja encontrada em um único manuscrito grego escrito antes do século XVI’. Pelo contrário, estava em todas as cópias de São Jerônimo. Tertuliano, o mais polido dos escritores, refere-se a ela; e Cipriano cita a última cláusula. O que digo, São João apenas repete aqui as palavras de Cristo, que o Pai deu testemunho dele e que as obras realizadas pelo Espírito Santo testificaram que o Pai o havia enviado[Jo 5:32,36; 10:17,30].

Esses fatos sendo declarados de maneira justa e histórica, as cópias de Jerônimo o continham; que Tertuliano se refere a isso; que São Cipriano cita a última cláusulae estes três são um’; que as cópias irlandesas o tinham, pois Turrentin usa o número plural; que todas as edições espanholas o contenham, assim como as da Rússia; que Erpenitus tinha uma cópia que a possuía; que o sentido da passagem é confuso sem ela, quais são as conclusões que devemos tirar? Certamente, que o testemunho de Jerônimo é verdadeiro; que os ortodoxos não poderiam ter motivos para interpolar isso, visto que eles têm as mesmas três testemunhas no evangelho de São João; e que sua acusação contra os arianos por apagar o texto é uma afirmação clara, pois na controvérsia foi alegado que alguns arianos haviam citado o texto.

Ora, conceder aos arianos as três testemunhas celestiais, a forte pedra fundamental, como recompensa pela corrupção do texto sagrado, seria uma grande injustiça para Jerônimo e outros dois pais, e a pior injustiça também para a fé. Igualmente lançaria um ódio sobre todos os concílios que adotaram o texto e completaria o triunfo daqueles que têm um objetivo inabalável de substituir a filosofia pela revelação. Veja a defesa de Hammond deste texto”(Joseph Sutcliff[1762-1856], Ministro Metodista, Com de 1 Jo 5:7)

E estes três são um, a saber, não apenas concordando em seu testemunho, como 1 Jo 5:8, mas na unidade da natureza: um testemunho expresso da Deidade trina, por qualquer descuido ou mau desígnio deixado de fora de algumas cópias, mas suficientemente demonstrado por muitos dos mais antigos, para pertencem ao texto sagrado: dos quais L. Brug. Não. in loc., com os outros críticos, e em geral, Dr. Hammond”(Matthew Poole[1624-1679], Ministro Congregacional, Com de 1 Jo 5:7)

“Pois que qualquer homem honesto e claro, por meio de julgamento, leia os versículos 6 e 8 deste capítulo[1 Jo 5:6,8], e deixe de fora [como aqueles opositores da verdade de Deus nos tentariam a fazer] o versículo 7; e deixe-o dizer, supondo que ele nunca tenha visto ou ouvido o versículo 7, se não o impressionaria, que havia algo faltando? Que conexão poderia haver entre a última palavra do sexto versículo e o início do oitavo? O E, que começa na oitava, é uma conjunção copulativa. E na suposição, o sétimo verso sendo omitido, o que haveria para juntar? A um expediente tão miserável são aqueles homens reduzidos, a fim de sustentar seu sistema miserável”(Robert Hawker[1753-1827], Ministro Anglicano, Com de 1 Jo 5:7)

“É bem sabido que a autenticidade deste versículo tem sido objeto de muita controvérsia. Os argumentos, em ambos os lados da questão, foram retirados dos antigos Manuscritos gregos e versões, e de citações feitas pelos pais, e de edições impressas, foram declaradas com a maior fidelidade e precisão por Mill em sua longa nota no final da primeira epístola de João, onde ele observa que este versículo está faltando em todos os MSS grego antigo do Novo Testamento que chegaram até nós, exceto alguns, que serão mencionados imediatamente. Está faltando da mesma forma no primeiro siríaco e em outras versões antigas, particularmente a copta, árabe e etíope, e em muitos dos atuais Manuscritos latinos. Com relação às citações dos pais, Mill reconhece que poucos dos escritores gregos, que viveram antes do concílio de Nicéia, citaram este versículo. O mesmo ele observa a respeito daqueles que, depois daquele concílio, escreveram em defesa da Trindade contra os arianos e outros hereges; o que, ele pensa, mostra que esse versículo não estava em suas cópias. Mas, por outro lado, as provas da autenticidade deste versículo são: ‘1º, alguns dos mais antigos e mais correta cópias gregas do Vaticano, das quais os teólogos espanhóis formaram a edição Complutense do Testamento Grego, e com as quais foram fornecidas pelo Papa Leão X, uma das quais Mill fala como peculiarmente eminente, de grande antiguidade e fidelidade aprovada. (2)Uma cópia grega, chamada por Erasmo, Codex Britanico, em cuja autoridade ele inseriu este versículo em sua edição ano, 1522, mas que ele havia omitido em suas duas edições anteriores. Isto é suposto ser um Manuscrito atualmente na biblioteca do Trinity College, Dublin, na qual este versículo é encontrado com a omissão da palavra αγισν, ‘santo’, antes de πνευμ, Espírito. Ele também quer a última cláusula de 1 João 5:8, ou seja, ‘e estes três são um’. Todos os Manuscritos de Stephens, sendo sete em número, que contêm as epístolas católicas, têm este versículo: apenas eles querem as palavras εν ουρανω, no céu. 4º, A versão Vulgata, na maioria dos MS. exemplares e edições impressas das quais se encontra, com algumas variações. (5º)O testemunho de Tertuliano, que alude a este versículo[Contra Práxeas, 25], e que viveu em uma época em que ele diz[‘Das Precrições Contra os Heréticos', XXX], queos escritos autênticosdos apóstolos foram lidos nas igrejas. Porautênticos livros’, Mill entende, ou os autógrafos dos apóstolos, que as igrejas, para quem foram escritos, preservaram cuidadosamente, ou transcrições corretas tiradas desses autógrafos. Também o testemunho de Cipriano, que floresceu em meados do século III, e que, em sua Epístola a Jubaiano, cita expressamente a última cláusula deste versículo. As objeções que foram levantadas contra os testemunhos de Tertuliano e Cipriano, Mill mencionou e respondeu em sua longa nota no final de 1 Jo 5:7, que ver na página 582 da edição de Kuster. (6º)O testemunho de muitos pais gregos e latinos em épocas subsequentes, que citaram a última cláusula deste versículo; e alguns que apelaram aos próprios arianos como reconhecendo sua autenticidade. Por fim, a edição Complutense, ano 1515, tinha este sétimo versículo exatamente como está nas cópias impressas atuais, com apenas esta diferença, que em vez ‘destes três são um’, substituiu a última cláusula de 1 João 5:8 - ‘e estes três concordam em um’, e o omitiu nesse versículo. Esses argumentos parecem a Mill de tal peso que, depois de equilibrá-los contra os argumentos opostos, ele deu como sua opinião decidida que, de qualquer maneira que esse versículo desaparecesse, era sem dúvida no autógrafo de São João e em algumas das cópias, que dele foram transcritos’”(Joseph Benson[1749-1821], Ministro Metodista, Com de 1 Jo 5:7)

Os trinitários, portanto, tiveram menos ocasião de interpolar este versículo, do que os antitrinitários tiveram que retirá-lo do cânon sagrado, se algum, em ambos os lados, pode ser considerado tão perverso a ponto de fazer tal tentativa: e é muito mais provável que algum transcritor possa, pela semelhança do início dos versos 7 e 8, ou por alguma obscuridade na escrita dessa parte de sua cópia, descuidadamente cometido um lapso sobre o verso 7, do que qualquer um deveria ser tão ousado para adicioná-lo ao texto: e dificilmente se pode pensar que o apóstolo, ao representar o fundamento da fé cristã e os vários testemunhos que foram dados a Cristo, devesse omitir o testemunho supremo; e ainda com uma referência às testemunhas recitadas antes, deve-se acrescentar 1 Jo 5:9 = ‘Se recebermos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior’, embora, de acordo com o sentido ariano do versículo 8, nenhum testemunho imediato de Deus tenha sido mencionado antes, se deixarmos de fora o versículo 7”(Thomas Coke[1747-1814], Ministro Metodista, Com de 1 Jo 5:7)

"Cipriano certamente parece ter lido a passagem, pois ele diz, 'Está escrito do Pai, do Filho e do Espírito Santo: 'E estes três são um'[Da Unidade da Igreja, 6]]. Mas tudo isso pode certamente ser provado a partir desta citação, e do fato de que a cláusula é certamente citada por dois escritores africanos do século V, Vigilio, Bispo de Thapsus, e Victor Vitensis, é que as palavras existiam em algumas cópias africanas da antiga versão latina"(William Webster e William F. Wilkinson, Com de 1 Jo 5:7)

Alguns dos escritores mais conhecidos que utilizaram 1 Jo 5:7 como parte da Escritura, incluem Pedro Lombardo[1100-1169], Joaquim de Fiore[1135-1202]('Exposição sobre o Apocalípse'), Gerbert de Aurillac[+ 1003], futuro 'papa' Silvestre['Scriptum', d.26], Pedro Abelardo[1079-1142]('Tratado da Unidade e Trindade Divina'), Bernardo de Claraval[1090-1153]('Sermões Sobre o Cântico dos Canticos'), Duns Scotus[1265-1308][I, Ord.26, nº67], Roger de Wendover[+ 1236], historiador, incluindo o Concílio de Latrão), Tomás de Aquino[1225-1274] e Guilherme de Ockham[1295-1347][Ord.d.27, q.3] e Nicolau de Lira[1270-1349]['Postillae Perpetuae sive Brevia Commentaria in Universa Biblia'], Emanual Calecas no século XIV['Panoplia Dogmatica'] no século XV fazem referência a 1 Jo 5:7 em seus escritos gregos.

Os ortodoxos gregos defendiam 1 Jo 5:7 como escritura joanina. A Confissão de Fé Ortodoxa, publicada em grego em 1643 pelo estudioso multilíngue Peter Mogila, refere-se especificamente à 1 Jo 5:7. “Assim, o evangelista ensina[1 Jo 5:7] = Há três que dão testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo e estes três são um'". Nesse sentido, o Dr. C. H. Papas diz:

"E o que diremos de Cyril Lucaris[1572-1638], o brilhante estadista e erudito? Ele foi o estimado patriarca do século XVII que se destaca como uma estrela brilhante em um dia escuro. Seu explendor ainda brilha até hoje como uma das maiores mentes e críticos textuais de todos os tempos. Se foi Ele quem deu aos gregos sua Bíblia em sua linguagem moderna. E como principal estudioso, Ele nunca por um momento questionou a Comma. Esses fatos não deveriam provocar as mentes dos que a rejeitam? Alguém poderia pensar que se a Comma não pertencesse à Bíblia Grega, a Igreja Ortodoxa Grega seria primeira a contestá-la. De todas as pessoas eles saberiam. Afinal, não foi a Igreja Ortodoxa Grega durante séculos a única guardiã dos manuscritos gregos?. Se alguém soubesse que a Comma era espúria, certamente seriam eles que saberiam. Mas, para surpresa de muitos, eles não apenas aceitam a Comma, mas também a defendem ferozmente. O assunto nem sequer está aberto ao debate. Faríamos bem em seguir o exemplo deles!"('In Defense of the Authenticity of 1 John 5:7'[Em Defesa da Autenticidade de 1 João 5:7], pp.75-76)

Uma das provas para se descobrir o texto genuíno das Escrituras(como disse A. A. Hodge) são a citação das Escrituras por meio dos cristãos pos-apostólicos:

"Citações das Escrituras apostólicas encontradas nos escritos dos primeiros cristãos. Essas são tão numerosas, que todo o Novo Testamento poderia ser reunido das obras de escritores escritas ante do 7º século; Elas provam o exato estado do texto no tempo em que foi redigido"(Confissão de Fé de Westminster Comentada, pp.69,70).

Se todas as citações dos textos do NT, feitas pelos pais da Igreja, não só comprovam o texto genuíno do NT, mas em sí reúne "todo o NT", então segue-se que a preservação total das Escrituras Gregas, não pode jamais ser encontrado no Texto Crítico, uma vez que textos como 1 Jo 5:7; Mc 16:9-20; Jo 8:1-11, etc, citados pelos pais da Igreja, não constam neste texto grego, mas apenas no Texto Receptus(Texto Majoritário). Cometeram os pais da Igreja o "pecado" de citar e colocar textos "apócrifos" do NT em suas obras? Ou de onde eles tiraram esses textos? Será que os defensores e usuários do TC(ARA, BLH, NVI, BV, etc), os 'modernos reformados" podem responder essa pergunta? Pedro chama as Escrituras de "o leite racional, NÃO FALSIFICADO"(1 Pd 2:2). Quem dentre ambos os grupos(defensores do TR e do TC)está se alimentando do puro leite?

E o que é mais triste é ver como a Cultura Cristã em suas publicações da Confissão de Fé e dos Catecismos de Westminster simplesmente omitiu o texto de 1 João 5:7, em seus capítulos sobre a Trindade, enquanto que esses símbolos primitivos constem o texto em suas edições originais. A primeira Confissão de Fé da Igreja Presbiteriana, a Confissão Escocesa(1560), cita o texto. Todavia, com a sua aliança espúria com a SBB, a Cultura Cristã, para agradar os defensores do Texto Crítico, não só publicou uma 'Bíblia'(ARA)com um hinário(Novo Cântico), além de publicar "A Bíblia de Estudos de Genebra"(também baseada na ARA, e portanto, no TC) mas também omitiu 1 Jo 5:7 da publicação da CFW e e dos Catecismos Maior e Menor. Engraçado é o fato de terem sido obrigados a citar a expressão de Mt 6:13('...porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'), simplesmente pelo fato dos autores dos Catecismos Maior e Menor de Westminster o terem citado por extenso em suas próprias perguntas(Catecismo Maior, Pergunta nº 196/Catecismo Menor, Pergunta nº 107), enquanto que a ARA põe tal expressão entre colchetes, afirmando com isso que tal texto é expúrio e não se encontra no texto original grego do NT, e, portanto, não é inspirada, i.e, não é palavra de Deus. Que esta expressão de Mt 6:13 é autêntica, o prova a Patrística, já que Tatiano(150 d.C) a cita(O Diatesseron, 9ª Seção). Até Calvino era contrário a omissão destas palavras da oração do Senhor(Institutas, III, 20:47). A liderança infiel de muitas igrejas reformadas e todos os que endossam o TC e a ARA não querem que o reino, o poder e a glória pertençam para sempre ao Senhor Jesus. Isso os incomoda!? Nesse sentido, já começaram a enjoar de confessarem a soberania de Deus? Vergonhosamente, as lideranças de muitas igrejas reformadas, já apostataram da doutrina da preservação das Escrituras(onde o Senhor prometeu preservar sua Palavra integralmente pura[Mt 5:18; 24:36; Gl 3:16)]) endossando o texto da ARA, que é baseado nos corrompidos manuscritos dos séculos IV-V - o Sinaítico e o Vaticano. Eis algumas das provas das corrupções dos manuscritos do TC:

a. O descobridor do Códice Sinaitico – Tischendorf contou em torno de 14.800 alterações feitas por nove pessoas diferentes dos copistas originais;

b. Ebernard Nestle — admitiu que teve de modificar o estilo do Texto Grego do Códice Sinaitico, que apre sentava um estilo do grego de Aristóteles e Platão, para o estilo Koinê;

c. O texto do Ms Vaticano omite 2877 palavras só nos evangelhos;

d. O Ms Sinaitico omite 3453 só nos evangelhos;

e. Em relação ao Textus receptus, o Texto Crítico difere 5337 vezes;

f. O Códice Sinaitico e o Códice Vaticano diver gem entre si cerca de 3000 vezes, só nos evangelhos

Essa é a razão pelo qual rejeitam 1 Jo 5:7 como parte da Palavra de Deus - o endossamento do TC e de sua tradução mais conhecida no Brasil - a ARA. Pelo menos, ao endossar a ARA, a infiel liderança de muitas igrejas cristãs infiéis, vai ter a diferença de ter um "Cristo" que não é escriturísticamente sempre eterno, já que tem "orígens"(Mq 5:2), que não ressuscitou corporalmente já que foi "vivificado no espírito"(1 Pd 3:18). [Sei que essa questão do AT é outra, já que o assunto aqui tratado é sobre a preservação das Escrituras Gregas. Mas, aqueles que deturpam e pervertem a tradução do NT, fariam o que com relação a tradução do AT? Alguém aqui esperaria algum gesto ortodoxo desses indivíduos?(Risos)] Da mesma forma, a mesma liderança e aqueles que seguem o seu exemplo(endossar a ARA)poderão até ir ao confessionário, já que "Tiago" nos manda confessar nossos pecados uns aos outros(Tg 5:16), invés de privadamente orar ao Senhor(Mt 6:5-6) confessando os pecados a Ele(Sl 32:5; At 8:22). Vale tudo nas igrejas onde se toleram o Texto Crítico e suas 'traduções', até porque o 'Cristo' do TC e dos tradutores do TC e da NVI, dá-nos a 'promessa' do universalismo: "Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna"(Jo 6:47). Todos estão tranquilos, crendo que "vão" para o céu! Hoje estão alagardando a porta estreita e estreitando a porta larga, por assim dizer, fechando a porta do inferno e apagando o seu fogo

Estou falando para você, leitor reformado. Acho que a infiel liderança e os membros infiéis de muitas igrejas protestantes devem estar encantados com essa 'promessa' do "Senhor". Realmente vale tudo nas igrejas que não tem a mínima objeção em usar traduções corruptas da Bíblia. Interessante que na primitiva Igreja Reformada da Holanda, se rejeitou a tradução católica da Bíblia da época e fez sua própria tradução da Bíblia, tudo por ordem do Sínodo de Dort em 1618(Paulo Anglada, Sola Scriptura,p.110) sendo essa tradução('a Statenvertaling')a usada para combater os Remonstrantes, que fora baseada não no TC, mas no Texto Receptus. Mas hoje, muitas igrejas reformadas brasileiras não fazem nenhuma objeção ante o uso de traduções que enalteçam os Remonstrantes, o pelagianismo ou até mesmo o semipelagianismo[como a ARA, que diz, pasmem - 'Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?"[Mt 19:16], até porque seus ministros e membros usam abertamente essas traduções, como a ARA, NVI, BLH, etc, que tem o interesse em omitir a crença em uma eleição particular. Nesse sentido, quando nosso Senhor disse "...porque há muitos chamados, mas poucos escolhidos"(Mt 20:16 ACF), Ele não poderia estar dizendo a verdade, porque tal expressão não apareçe nos manuscritos do TC[Sinaítico e Vaticano](4º e 5º Séculos), embora fosse citada pelos primitivos cristãos - os pais da Igreja; como Irineu(130-200)(Contra Heresias, IV, 15:2), Agostinho(354-430)(A Correção e a Graça, 7:14) e o historiador Sócrates(380-439)(História Eclesiástica, 5:10). Em At 13:48, a "Bíblia Viva" adultera o texto sagrado para colocar idéias pessoais do tradutor, substituindo a ideia da eleição para introduzir o livre arbítrio: "...e todos os que queriam a vida eterna, creram". E em 1 Pd 2:8, para manter a idéia pessoal do tradutor, a mesma Biblia Viva omite a a crença em uma dupla predestinação. A Bíblia na Linguagem de Hoje faz a mesma coisa em Rm 9:21-23. Essas bíblias feitas pelos tradutores do TC agradam a tudo e a todos. No AT, elas substituem 'sodomita' por 'prostituto cultual'(Vide NVI Dt 23:17; 1 Re 14:24; 15:12; 22:46; 2 Re 23:7), tudo para não ofender ao movimento homossexual!.

http://davidjstewart.blogspot.com.br/2015/08/dr-marten-woudstra-sodomite-homosexual-and-chairman-of-the-niv-old-testament-committee.html


http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/NVI-Mollenkott-Lesbica-JesusIL.htm

Ah, agora o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo só é pecado se for em adoração, adoração idólatra, dentro de um templo pagão, e ainda mais sem amor mas sim em troca de pagamento?!... Como esta tradução contenta o movimento pró-gays! Os gays devem estar pulando de alegria e gritando "aleluia"!. Até porque dois de seus tradutores americanos eram homossexuais declarados - Virgínia Mollenkott e Marten Woudstra! A NVI brasileira mantêm essa substituição!

Interessante que os arminianos das Assembléias de Deus, ao publicarem sua "Bíblia de Estudo Pentecostal", se basearam na "Almeida Revista e Corrigida"(99% baseada no Texto Receptus)e o Instituto Cristão de Pesquisas(de maioria absolutamente arminiana) ao publicar sua "Bíblia Apologética", endossou a 'Almeida Corrigida Fiel'(100% baseada do Texto Receptus). Os modernos reformados mantem uma crença de rejeição ao arminianismo, como já foi visto em Dort[1618-1619]. Eu que sou reformado, faria uma pergunta a você, 'reformado': Que pecado seria maior - A posição da Remonstrância ou a negação da preservação das Escrituras? Pense... Se as Escrituras não foram 100% preservadas, temos hoje então seguradas em nossas mãos, em hebraico e em grego, a mais absolutamente perfeita e infalível Palavra de Deus, perfeitamente inspirada? (A liderança e os membros de igrejas reformadas podem responder essa pergunta?) E se as Escrituras não foram 100% preservadas, então Deus não cumpriu a sua promessa(Mt 24:35)e se Ele não cumpriu a sua promessa, então não temos um Deus confiável, temos? Será possível Deus não cumprir suas promessas?(Jó 42:2; Jr 1:12). A doutrina da preservação das Escrituras é a coroa da fé cristã, pois se as Escrituras não foram 100% preservadas, não temos toda a Palavra inspirada por Deus, e se não temos preservada toda a palavra que saiu da boca de Deus, não poderemos ser objetos da promessa de Jesus: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus"(Mt 4:4). A pergunta é: nas modernas bíblias do TC(ARA, NVI, BLH, BV, etc), podemos encontrar 'toda a palavra que saiu da boca de Deus'? O simples fato de que todas as citações do NT, feita pelos pais da Igreja estejam contidas 100% no Texto Receptus(tambem chamado Texto Majoritário)mostra que o TC e suas 'bíblias' não contêm toda a palavra que saiu da boca de Deus. De fato, a preservação plenária das Escrituras Gregas só pode ser encontrada e defendida apenas dentro e através do Texto Receptus, que é o verdadeiro e único texto majoritário da Igreja. Faço minhas as palavras do ministro presbiteriano, Rev. Paulo Anglada(que é um fiel ministro da IPB):

"Os primeiros textos gregos impressos do Novo Testamento foram terminados quase que simultaneamente pelo Cardeal Ximenes[3m 1514] e por Erasmo[em 1516]. Eram, ambos, 'a comum continuação da tradição cristã'. Eles preservaram em essência, agora não mais manuscrito, mas impresso, o texto majoritário ou eclesiástico, o qual continuaria a ser amplamente adotado pela Igreja, inclusive pelos reformadores, como cópia fidedígna do texto original... Entretanto, o texto francamente aceito pela Igreja, mesmo nesta etapa de transição [do TC], continuou a ser o Textus Receptus, pois as evidências textuais acumuladas contrárias a ele não chegaram a ser aplicadas ao texto, e quando o foram, mesmo que em parte, esses textos foram rejeitados firmemente pelo consenso da igreja...O fato é que a não aceitação do texto majoritário como a fiel transmissão do texto original implica na rejeição da doutrina da preservação do Novo Testamento; pois, que outro texto do Novo Testamento teria o testeminho da história de haver sido preservado!?"(Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, pp.97,100,102).

"Tudo o que foi inspirado, palavra por palavra, tem sido preservado por Deus, através da Igreja, nas Escrituras o decurso dos séculos"(Ibidem, p.104).

A infiel liderança de tantas igrejas de linha reformada e boa parte de seus membros infiéis tem a coragem de repetir a mesma confissão acima, feita por Anglada ou discordam dela? Eles têm a coragem de responder tal pergunta, ou ficarão feito os inimigos de Jesus, dizendo que não sabem responder?(Mt 21:23-27). Todos eles sabem que não existe neutralidade em questões de fé?(Lc 11:23). Até quando ficarão em cima do muro? Lembrem-se que o lugar de indivíduos sem coragem, covardes, não é no céu, mas dentro do lago de fogo(Ap 21:8). Para as atuais liderança de muitas igrejas reformadas não há nenhum interesse em defender essa doutrina clara da Palavra de Deus - a preservação das Escrituras. Assim, essas atuais e infiéis lideranças, além de rejeitarem(por omissão ou por ação) essa verdade das Escrituras, negam(ou ignoram)até as próprias confissões de fé, como por exemplo, a Confissão de Fé de Westminster(1643-1649), que diz:

"O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras"(I:8).

Os 'pseudo-reformados'[a quem eu, como reformado, falo particularmente] pecam, ao negarem uma doutrina das Escrituras(i.e, a Preservação das Escrituras), e se são passivos ante o uso de traduções corrompidas das próprias Escrituras. Pecam assim por ação e omissão.

Não existe mais seriedade na Igreja do Senhor. Não existem mais reformados como antigamente. É tudo um faz de conta. Não devemos manter laços espirituais irrestritos com indivíduos que se dizem reformados, mas que se fazem passivos ante o abandono explícito da doutrina da preservação das Escrituras. Aqueles que se calam ante o uso de traduções falsificadas da Bíblia, são cúmpliçes desse pecado, e Deus condena tanto os que praticam o pecado, quanto os que consentem naqueles que o praticam(Rm 1:32). E não podemos manter laços espirituais irrestritos com quem abandona uma doutrina primária e fundamental da fé cristã!(2 Jo 9-11). Amigos bem intencionados advertiram Martinho Lutero que por amor a unidade ele não deveria de apegar com tanta veemência a um determinado artigo de fé. Ele replicou:

"Malditos sejam o amor e a unidade pelas quais a Palavra de Deus tenha de ser sacrificada!"(Comentário de Gálatas 4:17).

O bispo Hugo Latimer(1485-1555), que na Inglaterra, morreu na fogueira por causa de sua fé em Cristo, disse:

"A unidade deve ser de acordo com a Santa Palavra de Deus ou é preferível que haja guerra e não paz. Jamais devemos considerar a unidade tão importante a ponto de sacrificarmos a Palavra de Deus"(The Works of Hugh Latimer, Sometime Bishop of Worchester, Martyr, 1555, ed. George E. Corrie, Volume 1, p.487)

"Porque nós não somos como muitos, falsificadores da Palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus"(2 Co 2:17 ACF).