sexta-feira, 17 de maio de 2019

Calvinismo, Orígem dos Primitivos e Verdadeiros Batistas!!!



Alguns historiadores e outros eruditos batistas tem afirmado que a orígem primitiva dos batistas remonta ao século XVII, a homens como John Smith(1570-1612) e Thomas Helwys(1550-1616), como os verdadeiros pais das primitivas e modernas igrejas batistas:

- José dos Reis Pereira(História dos Batistas, p. 79).
- Pablo A. Deiros(Historia Del Cristianismo, p.170).
- Zaqueu Moreira de Oliveira(História do Cristianismo em Esboço, pp.201-202)
- Dale Mody(Baptism: Foundation For Christian Unity, p.241).

Contudo, essa 'versão' tem sido desmascarada como falsa por historiadores batistas sérios como Henry C. Vedder Justo Anderson, Joseph Iviney e tantos outros.

(1)Henry C, Vedder(1835-1935), em sua obra "A Breve História dos Batistas"(1907), aludindo a John Smith e sua igreja, afirma:

"A história das igrejas batistas não pode ser transportada pelo método científico, mais antigo que o ano de 1611, quando a primeira igreja anabatista consistindo inteiramente de ingleses, foi fundada em Amsterdã por John Smith, o Se-batista. Esta não era, estritamente falando, uma igreja batista, mas era a progenitora direta das igrejas na Inglaterra que alguns anos depois se tornou Batista, e portanto a história começa aí”(p.4[Introdução]).

Ele ainda dispara:

"Nossa preocupação é, no entanto, com a segunda igreja em Amsterdã. O Pastor Smith se familiarizou, possivelmente pela primeira vez, com a teologia de Arminio, e aqui, também é razoável supor que ele aprendeu a teoria menonita da natureza da igreja"(Ibidem, p.503).


Posteriormente, falando de um dos discípulos batizados por John Smith - Thomas Helwys(se referindo a este como um fundador de uma igreja anabatista, não batista), diz Vedder:


"Helwys, John Murton e outros retornaram a Londres, provavelmente algum tempo em 1611, e fundou a primeira igreja anabatista composta por ingleses conhecidos em solo Inglês. Esta igreja também era arminiana em teologia, e igrejas deste tipo vieram mais tarde a ser chamados batistas gerais, porque eles sustentavam uma expiação geral por todos os homens, enquanto os calvinistas ortodoxos sustentavam uma expiação 'particular', apenas para os eleitos"(Ibidem, p.205)


(2)Joseph Iviney(1773–1834), historiador batista, afirma que na época que John Smith se batizou e depois a Helwys e os demais, formando sua igreja, ele foi questionado e combatido por vários líderes antipedobatistas, que o denunciaram como promotor de idéias heréticas e como ministro ilegítimo para a prática do batismo:

"Os outros ministros separatistas aparentemente trataram o Sr.Smith com grande aspereza. Eles o acusaram de ter proclamado a guerra aberta contra a eternidade do pacto de Deus, e como sendo aquele que mataria as almas de bebês, privando-os dos selos visíveis da salvação. Eles também disseram, que não tendo sido ele capaz de encontrar qualquer ministro que tivesse sido batizado em uma profissão de fé, e contestando os sentimentos doutrinários dos batistas alemães, ele havia profanado a aliança ao primeiro batizar-se a si mesmo e depois seus seguidores”(A History of the English Baptists: including an investigation of the history of baptism in England, 1811, p.115)

O mesmo historiador batista afirma que Smith e seus liderados, eram heréticos pelagianos:

"O Sr. Smith e seus seguidores negaram o pecado original"(Ibidem, p.503)

(3)Justo Anderson. em sua obra "História dos Batistas"(Volume 2), ao falar de John Smith, nunca o considerou alguém influenciado pelos princípios batistas, mas menonitas:

"John Smith, Tomas Helwys e John Murton carregavam os sinais da influência menonita"(p,54).

Posteriormente, Anderson afirma que Smith também sofreu influência congregacionalista. Ele diz:

"Sem dúvida, o crescente 'brownismo' de Judson e seus presbíteros, mais outras questões de ordem eclesiástica, ocasionaram uma divisão e resultou na fundação de uma segunda igreja separatista de língua inglesa em Amsterdã. Esta igreja, encabeçada por Smith e Helwys, era 'brownista' em seu congregacionalismo"(Ibidem, pp.67-68)

O próprio John Smith, ex-ministro anglicano, escreveu acerca de seu abandono do puritanismo, para abraçar o congregacionalismo:

"Que nos aleijemos da profissão do puritanismo para abraçar o brownismo, e do brownismo avançamos ao batismo de crentes"(Ibidem, p.69).

Para ficar ainda mais claro que John Smith não pode ser coniserado pai dos primitivos batistas, vê-se por exemplo, heresias, como a negação da justificação somente pela fé. Em sua "Breve Confissão de Fé em 20 Artigos"[1609], Smith ensina essa heresia, afirmando:

"Nós cremos com o coração e com a boca confessamos que a justificação do homem perante o tribunal divino (que é o trono da justiça e da misericórdia) consiste, em parte, na imputação da justiça de Cristo apreendida pela fé, e em parte da justiça inerente, nos próprios santos, pela operação do Espírito Santo, que é chamada de regeneração ou santificação; uma vez que alguém é justo, ele pratica a justiça"(X)

Ou seja, ele ensinou a salvação pelas obras

Posteriormente, o historiador batista Justo Anderson nega ser John Smith o pai das primitivas igrejas batistas, não só devido a estas inconstâncias eclesiológicas do mesmo, mas devido ao fato de John Smith nunca haver sido batizado por imersão:

"A maior parte dos historiadores consideram a Smith e a sua congregação como os fundadores da denominação batista. Sem dúvida, a meu parecer, faltava um elemento muito importante, o batismo por imersão. Por suposição, a questão do candidato ao batismo era muito mais importante do que o modo! De nenhuma maneira queremos menosprezar a façanha de Smith, porém, os anabatistas já haviam descoberto aquela verdade. Se Smith tivesse sido batizado por imersão, sem dúvida, seria nosso fundador"(Ibidem, p.69)

"Por isso considero Smith e seus companheiros como 'precursores' e não 'fundadores' de nossa denominação"(Ibidem, p.74)

(4)O Dr. William H. Whitsitt(1841-1911), historiador batista, se refere a John Smith e Thomas Helwys, não como pais da igreja batista, mas simplesmente como 'anabatistas', citando uma carta de Matthew Saunders e Cuthbert Hutton, à igreja de Johnson, na data de 8 de julho de 1611:

"Mestre Smith, um anabatista de um tipo, e Mestre Helwys, de outro, e Mestre Busher, de outro"(A Question in Baptist History, p.68)

Mas há outras razões elencadas pelo historiador batista Justo Anderson, para não considerar Smith, como o fundador dos batistas, além da questão do modo do batismo - A inconstância doutrinária-eclesiológica e as heresias de John Smith. Aludindo a inconstância doutrinária e eclesiológica de Smith, diz o historiador Justo Anderson:

"Uns meses depois, Smith se arrependeu de seu 'auto-batismo', admitindo que havia se equivocado e que os menonitas waterlander tinham um batismo correto e, desta forma, uma igreja corretamente constituída. Por conseguinte, uns trinta e um membros e Smith, em fevereiro de 1610, prepararam em latim uma solicitação de ingresso e a levaram a Igreja Menonita. Com esse feito termina a peregrinação eclesiástica de John Smith. A Igreja Menonita demorou muito em aceitá-los. Houve um intercambio de Confissões de Fé que constituem peças muito importantes no desenvolvimento doutrinário dos batistas. Smith faleceu de tuberculose em Agosto de 1612. Sua congregação não foi aceita pelos menonitas até Janeiro de 1615"(História dos Batistas, Volume II, pp.69,70).

Sobre Helwys e sua igreja, ainda declara Anderson:

"Esta congregação era arminiana em sua teologia(por isso a palavra 'geral'), porém, apesar da perseguição, cria na magistratura. Batizavam por afusão. Era brownista em sua eclesiologia. O arminianismo moderado de Helwys é um reflexo da influência do anabatismo"(Ibidem, p.75)

De formas, que para o historiador batista Justo Anderson, o arminianismo endossado por Helwys, não é uma herança dos batistas, mas dos anabatistas

O mesmo historiador Justo Anderson, afirma que após Helwys, batizado por Smith, tomar conhecimento de que Smith havia se filiado a Igreja Menonita, e aderido doutrinas heréticas, o excomungou, juntamente com a maioria dos membros de sua igreja anabatista:

"Quando Smith e a maioria pediram ingresso a Igreja Menonita, Helwys e a maioria discordaram. Se reuniram e excomungaram a Smith e aos outros. ´É interessante examinar brevemente as diferenças entre os dois grupos, tal como se revelam na correspondência entre o grupo de Helwys e da Igreja Menonita. Helwys acusa Smith de crer em: (1)Uma Cristologia Hofmanita(carne celestial de Jesus); (2)Uma soteriologia pelagiana; (3)A inculpabilidade do primeiro homem; (4)Que a igreja e o ministério devem vir de uma sucessão correta; (5)Que um presbítero de uma congregação deve ser reconhecido por todas as congregações; (6)Que os magistrados não podem ser membros da igreja. Contudo, à luz de nosso estudo do anabatismo, e confiando na veracidade de Helwys, é patente a influência dos menonitas sobre Smith. Todos estes pontos tem a ver com a doutrina e prática dos anabatistas. Por isso, Helwys, sem deixar de apreciar a Smith, pensava que este havia pecado contra o Espírito Santo ao negar a eficácia de seu 'auto-batismo' e da congregação resultante. Portanto, Helwys e seu grupo tendo enfrentado o custo, retornaram a Inglaterra, e, em 1612, fundaram a primeira igreja 'batista geral' em solo inglês em um lugar chamado Spitalfields, nas periferias de Londres"(Ibidem, pp.70-71).

O mesmo historiador Justo Anderson, afirma que a igreja 'batista geral', fundada por Helwys, mais tarde, tentou se fundir aos menonitas:

"A antiga igreja de Helwys e Murton, juntamente com mais quatro, propuseram uma união com os menonitas. Sem dúvida, os menonitas rechaçaram o pedido à raiz da intransigência dos batistas ingleses sobre os pontos do juramento, a administração dos sacramentos, e a magistratura. As cinco congregações dos assim chamados 'batistas gerais' existentes em 1626 se multiplicaram e em 1644 havia quarenta e sete delas. Lutavam pela liberdade religiosa, e contra um crescente 'socinianismo' em suas fileiras. Eram arminianos em sua teologia e evangelizadores em seu propósito. Batizavam apenas a crentes, mas até 1641 praticavam a afusão"(Ibidem, pp.72-73).

As acusações de Helwys, que o motivaram a excomungar John Smith, procediam e eram verdadeiras. John Smith, em sua "Breve Exposição de Fé em Vinte Artigos"(1609), afirma:

"Que não há pecado original(literalmente, nenhum pecado devido a origem ou descendência), mas todo pecado é real e voluntário, isto é, uma palavra, um feito ou um desígnio contra a lei de Deus; e, portanto, as crianças não têm pecado"(V)

Há outras heresias claras em sua confissão de fé, quando ele nega existir a eterna reprovação de Deus, ainda emitida na eternidade, ou quando ele afirma que todos os homens sem exceção, foram destinados a vida eterna, apregoando assim um universalismo:

"Que Deus criou e redimiu a raça humana à sua própria imagem, e ordenou a todos os homens (ninguém sendo reprovado) para a vida"(II)

Quanto ao Thomas Helwys, também alegado como um dos fundadores dos batistas, suas crenças também se demonstraram heréticas, quando por exemplo ensinou a salvação pelas obras, além de negar que os filhos pequenos dos cristão estão excluídos da possibilidade de herdarem o pecado ou de receberem a regeneração, em sua "Declaração de Fé do Povo Inglês que Permanece em Amsterdã"(1611):

"E, portanto, que nenhum homem presuma pensar que, porque ele tem, ou teve uma vez graça, portanto, ele sempre terá graça: Mas que todos os homens tenham certeza de que, se eles persistirem até o fim, eles serão salvos; mas que todos trabalhem a sua salvação com temor e tremor"(VII)

"Que o batismo ou a lavagem com água é a manifestação externa de morrer para o pecado e andar em novidade de vida(Rm 6:2-4) E, portanto, de maneira nenhuma, pertence a crianças"(XIV)

Se as crianças estão excluídas do processo de morrerem para o pecado e de andarem em novidade de vida, estão excluídas não só da contaminação do pecado, como também da regeneração.

Sua confissão de fé ainda apresenta contradições - ora admitindo a perseverança dos santos(baseada nas obras do homem), ora, negando-a:

"Que Deus, antes da fundação do mundo, predestinou que todos os que nele crerem serão salvos(Ef 1:4, 12; Mc 16:16) e todos os que crerem não serão condenados(Mc 16:16),todos os que ele conheceu de antemão(Rm 8:29)"(V)

"Que um homem justo pode abandonar a sua justiça e perecer(Ez 18:24, 26). E, portanto, que nenhum homem presuma pensar que, porque ele tem, ou teve uma vez graça, portanto, ele sempre terá graça: Mas que todos os homens tenham certeza de que, se eles persistirem até o fim, eles serão salvos; mas que todos trabalhem a sua salvação com temor e tremor"(VII).

É uma mistura de agostinianismo, pelagianismo e romanismo.

Mas, há ainda outros erros em sua confissão de fé. Ele ensina que pessoas que não foram legalmente ordenadas por Deus nem pela igreja, podem administrar os sacramentos, além de ensinar a contemporaneidade do dom de profecia:

"Que, embora em relação a CRISTO, a Igreja seja uma(Ef 4:4), ainda que consiste em diversas congregações particulares, tantas quantas houver no mundo, cada uma das quais congregação, embora sejam apenas dois ou três, tenha CRISTO dado a eles, com todos os meios de sua salvação(Mt 18:20. Rm 8:32. 1 Co 3:22). São o Corpo de CRISTO (1 Co 12:27) e toda a Igreja(1 Co 14:23) E, portanto, podem, e devem, quando estão reunidos, orar, profetizar, partir o pão e administrar todas as santas ordenanças, embora ainda não tenham oficiais, ou que seus oficiais estejam na prisão, doentes, ou por qualquer outro meio impedidos pela Igreja(1 Pd 4:10; 2:5)"(XI).

Sobre isso, o historiador batista Justo Anderson, diz:

"Os 'gerais' autorizavam os leigos a administrarem as ordenanças quando não tinha um pastor, coisa que os menonitas repugnavam"(Historia dos Batistas, Volume II, p.76)

Em outra confissão de fé - 'Uma Breve Confissão de Fé'(1610), também de Thomas Helwys, lemos:

"O primeiro homem caiu no pecado e na ira e foi novamente por Deus, através de uma doce e confortável promessa, restaurada e afirmada para a vida eterna, com todos aqueles que eram culpados através dele, para que nenhum de sua posteridade (em razão desta instituição) seja culpado, pecaminoso ou nascido no pecado original"(IV)

"Que o batismo externo da água deve ser administrado somente sobre pessoas penitentes e fiéis como são (supracitado), e não sobre crianças inocentes, ou pessoas iníquas (Mt 3:2-3), comparado com Mt 24:19.20 e Jo 4:1"(LXX)

Aqui, Helwys repete o pelagianismo de Smith.

Em outro lugar nega a doutrina da reprovação:

"As causas e a base, portanto, da destruição e condenação do homem, são a livre escolha do homem das trevas ou do pecado, e nele vivendo. A destruição, portanto, sai de si mesmo, mas não do bom Criador. Por ser a bondade perfeita e o próprio amor (seguindo a natureza do amor e da bondade perfeita), ele deseja a saúde, o bem e a felicidade de suas criaturas; portanto de modo algum predestinou que elas devam ser condenadas, nem destinadas..."(VII)

Em seguida, afirma que batismo e ceia são sacramentos:

"Ele pregou as boas-novas prometidas, designou e ordenou os sacramentos"(XI)

"Neste santa igreja Deus ordenou os ministros do Evangelho, as doutrinas da santa Palavra, o uso dos santos sacramentos, a supervisão dos pobres e os ministros dos mesmos ofícios; além disso, o exercício da admoestação e correção fraterna e, finalmente, a separação do impenitente; quais santas ordenanças, contidas na Palavra de Deus, devem ser administradas de acordo com o seu conteúdo"(XXIII)

"Há dois sacramentos designados por Cristo, em sua santa igreja, cuja administração ele atribui ao ministério de ensino, a saber, o Santo Batismo e a Santa Ceia"(XXVIII)

E em outra confissão sua - 'Proposições e Conclusões Sobre a Verdadeira Religião Cristã"(1612-1614), Helwys, diz, negando o pecado original:

"Que o pecado original é um termo ocioso, e que não existe tal coisa como os homens pretendem pela palavra(Ez 18:20), porque Deus ameaçou a morte somente para Adão(Gn 2:17) não para sua posteridade, e porque Deus criou a alma(Hb 12:9)"(XVIII)

"Que as crianças são concebidas e nascidas em inocência sem pecado, e que assim morrendo são, sem dúvida, salvas, e que isso deve ser entendido de todas as crianças debaixo do Céu(Gn 5:2; 1:27 em comparação com 1 Co 15:49), pois onde não há lei não há transgressão, o pecado não é imputado enquanto não há lei(Rm 4:15,13), mas a lei não foi dada a crianças, mas para aqueles que pudessem entender (Rm 5:13; Mt 13:9; Ne 8:3)"(XX).

Helwys ainda negou, que após a queda, os homens estão debaixo da ira de Deus:

"Que Adão sendo caído Deus não o odiou, mas amou-o ainda, e buscou o seu bem(Gn 3:8-15), nem ele odeia qualquer homem que cai com Adão, mas que Ele ama a humanidade, e de Seu amor enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para salvar o que estava perdido, e para buscar as ovelhas que se desviaram(Jo 3:16)"(XXII)

Helwys ensinou a guarda do sábado:

"Que todas as pessoas mortificadas também são enterradas com Cristo, pelo batismo na Sua morte(Rm 6:4; Cl 2:12); guardando o seu sábado com Cristo no sepulcro(isto é)descansando de suas próprias obras, como Deus fez a partir dEle(Hb 4:10), esperando ali na esperança de uma ressurreição(Sl 16:21)"(XXXIX)

Helwys também ensinou que o batismo com o Espírito Santo e o com fogo são o mesmo:

"Que embora haja diversos dons do Espírito, ainda assim existe apenas um Espírito, o qual distribui a cada um como Ele quer (I Co 12:12, EF 4:4), que os dons exteriores do espírito que o Espírito Santo derrama sobre o dia de Pentecostes sobre os discípulos, em línguas e profecias, e dons e curas, e milagres, que é chamado de Batismo do Espírito Santo e fogo(Atos 5), eram apenas um figura e uma maneira de levar a coisas melhores, até mesmo os dons mais apropriados do espírito de santificação, que é a nova criatura; o qual é o único batismo (Ef 4:4, comp. com os de At 2:33,38 e Lc 17:20)"(LIII).

Helwys também ensina a ordenação feminina:

"Que Cristo estabeleceu em Sua igreja exterior dois tipos de ministros: a saber, alguns que são chamados pastores, mestres ou anciãos, que administram na palavra e sacramentos, e outros que são chamados diáconos, homens e mulheres: cujo ministério é, para servir as mesas e lavar os pés dos santos(At 6:2-4; Fl 1:1 1 Tm 3:2.2-3, 8)"(LVI)

Será que todas estas crenças e práticas, professadas por John Smith e Thomas Helwys, representam a posição e a fé histórica de todos os batistas?

Por estas e outras razões mencionadas, é que o historiador batista Justo Anderson afirma que os pais das primitivas igrejas batistas, são os calvinistas:

"Primeiro, porque os 'particulares' foram os pais históricos dos batistas modernos"(História dos Batistas, Volume 2, p.77).

"Os batistas desejam ser mais coerentes que os mesmos protestantes na prática de seus princípios. Se consideram a ponta de lança da Reforma. Encontram sua orígem denominacional no puritanismo inglês que era, na realidade, outra forma de calvinismo"(História dos Batistas, Volume I, p.152)

Até o historiador batista Albert Henry Newman, falando dos batistas modernos que tem abandonado o calvinismo, reconhece que a denominação batista é originada do sistema calvinista:

"Os partidos batistas dos tempos modernos, cujas relações históricas com os anti-pedobatistas do século XVI são evidentes, tem rechaçado o sistema calvinista, enquanto que os que surgiram do puritanismo inglês, com o Lolardismo como precursor e o calvinismo anglicano como sua principal característica, se tem destacado a causa de sua adesão aos princípios calvinistas; não, supostamente por causa da autoridade de Calvino ou de outros puritanos, senão porque lhes pareceram mais escriturísticos"(Antipedobatistas, p.5)(Justo Anderson; Historia dos Batistas, Volume 1, p.152).

(d)O historiador batista Champlin Burrage(1874-1951), aludindo a John Smith e Thomas Helwys, se referindo a eles, não como 'batistas', escreve:

"OS GERAIS INGLESES, OU ARMINIANOS ANABATISTAS ENTRE 1632 a 1641”(The Early English Dissenters In the Light of Recent Research [1550-1641] Volume 1, Capítulo XI).

Ele ainda diz:

Helwis, como Smith, COMO UM ARMINIANO, OU GERAL, ANABATISTA, CRIA NA REDENÇÃO UNIVERSAL, OU SEJA, QUE CRISTO MORREU PARA SALVAR A TODO O HOMEM E NÃO APENAS CERTAS PESSOAS ELEITAS, mas, em uma terceira publicação, procura mostrar que, embora ele detém essa doutrina, ele não sustenta a 'grande condenável heresia' do ´livre arbítrio, que normalmente deveria ser naturalmente concomitante com a doutrina anterior”(p.254)

(e)O historiador batista John T. Christian(1854–1925), em sua obra "Uma História dos Batistas"(Volume I, 1922 - Capítulo XVI[O Episódio de John Smith']), aludindo a John Smith e sua igreja, negando ser ele e sua igreja, fundadores dos batistas, diz:

"Afirmou-se que as Igrejas Batistas Gerais originaram-se com a igreja de Smith; que esta era a igreja mãe dos batistas; e mesmo que a denominação batista tenha se originado aqui no ano de 1609. Após um longo período de investigação, não podemos encontrar evidências de que alguma igreja batista tenha crescido a partir desta".

(f)J. B. Grambell, presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, em seu livro "Os Princípios Batistas Reestabelecidos", declara:

"Podemos revigorar nossa fé e renovar nossa coragem com a reflexão de que o poder divino tem sempre acompanhado a pregação da doutrina, quando feita no verdadeiro espírito da pregação. Grandes reavivamentos tem brotado da ação heróica da pregação das doutrinas da graça - predestinação, eleição, e toda aquela elevada cadeia montanhosa de doutrinas, sobre as quais Jeová se assenta entronizado, soberano em graça, bem como em todas as outras coisas. Deus honra a pregação que honra a Ele. Existe muita pregação aguada hoje em dia, tentando induzir os pecadores a entrarem em trégua com o seu Criador - 'Parem de pecar e venham para a Igreja'. Mas a situação não requer uma trégua, e, sim, uma rendição. Vamos trazer a artilharia pesada do céu e trovejar contra essa nossa época presunçosa, como fizeram Whitefield, Edwards, Spurgeon, e Paulo, e haverá muitos mortos para o Senhor, ressuscitando para andarem em novidade de vida"(Dr. Thomas J. Nettles., Por Sua Graça e Por Sua Glória, 1986, p.216)

(g)Robert B. Selph, ministro batista, em seu livro "Os Batistas e a Doutrina da Eleição", diz:

"Estou plenamente confiante de que uma investigação de mente aberta conduzirá a mesma conclusão a que eu também cheguei: a doutrina da eleição incondicional é a herança doutrinária básica da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos e dos batistas em geral"(pp.19-20).

(h)Edwin S. Gaustad(1923-2011), Professor de História da Universidade de Califórnia, Estados Unidos, em seu livro "Piedade Batista: A Última Vontade e Testemunho de Obadias Holmes", diz:

"O caráter calvinista destes batistas da Nova Inglaterra, no Século XVII, fica assim claramente definido, e o testemunho de Obadias Holmes o coloca bem no centro dessa discussão"(p.84)

(i)Richard Fuller(1804-1876), fundador do Movimento Batista do Sul dos Estados Unidos, em seu livro "Doutrina Batista", diz:

"'Você aceita a doutrina da predestinação?'. Certamente que sim. A fim de rejeitá-la, eu teria que estultificar meu intelecto, descartar as profecias que se baseiam nessa doutrina, renunciar aos inequívocos ensinos da Bíblia, acreditar que Deus abandonou a Terra ao acaso e a desordem, e mergulhar em não sei quantos absurdos"(Dr. Thomas J. Nettles., Sermões Batistas do Sul, p.112)

(i)Thomas Armitage(1819-1896), historiador batista, diz:

"Depois disso, os batistas galeses, que eram principalmente firmes, hiper-calvinistas sustentando os cinco pontos dos particulares, tiveram uma calorosa controvérsia entre si sobre o arminianismo. A 'heresia arminiana', como era chamada, estava entrando, no entanto, e pelo menos três ministros foram afetados por isso. O principal ponto em disputa era se era o dever de pecadores a se voltarem para Deus, por causa de suas obrigações com a lei moral. Mas em 1733, Enoque Francisco teve o bom senso de publicar sua 'Palavra na Estação', na qual ele levou a terreno calvinista moderado, tão habilmente apresentado posteriormente por Andrew Fuller, a saber: 'Que a expiação de Cristo é suficiente para toda a humanidade, mas que sua eficácia é confinada somente aos eleitos, e que a oferta de salvação deve, portanto, ser feita a todos que ouvem o Evangelho'. Essa posição amenizou a controvérsia, mas continuou até o presente século, e causou grandes problemas nas igrejas que tinham mais de um ministro, que discordou sobre o assunto. Em Hengoed, Morgan Griffith era um calvinista estagnado, mas Charles Winter, seu co-pastor, era um arminiano completo, e eles debateram o assunto calorosamente. Foi combinado que Winter não deveria pregar nada contrário, para Griffith, que arranjo se manteve até a morte de Griffith em 1738, quando a Igreja expulsou Winter e outras 24 pessoas com ele, que formaram uma Igreja Batista Arminiana, perto de Merthyr Tydvil, que, no entanto, logo se extinguiu. Outras igrejas tiveram problemas"(History of the Baptists [New York, 1890, Bryan, Taylor & Co], p.536)

(j)Adam Taylor(1738–1816), historiador batista, tentando procurar fundamento histórico para amalgamar os primitivos batistas com o arminianismo, diz:

"Embora vários autores atrasados ​​tenham classificado a congregação em Bellalley entre as igrejas batistas específicas e tenham afirmado que os senhores Lamb e Denne eram calvinistas estritos, ainda assim, sem hesitação, os classificamos entre os batistas gerais"(The history of the English General Baptists. Volume 1, [1818], p.99)

Todavia, mais tarde coloca os supostos batistas gerais como 'uma seita desprezada':

"É muito evidente, que os oponentes do bispo eram batistas gerais: como o Dr. Calamy nos informa que eles concordaram com seu domínio sobre o livre arbítrio, etc. um modo de falar, pelo qual os calvinistas freqüentemente se esforçavam para desprezar o caráter dessa seita desprezada"(Ibidem, p.296)

Os Primitivos Batistas Brasileiros eram calvinistas!:

Com relação a história dos primitivos batistas brasileiros, as igrejas da CBB representavam a primitiva denominação batista brasileira, fundada em 15.10.1882, por William Bagby, um missionário da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, a parte calvinista da denominação batista norte-americana. O historiador batista José dos Reis Pereira, falando da fundação da Igreja Batista do Brasil, afirma que William Buck Bagby, missionário da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos[batistas calvinistas] foi o fundador da igreja batista:

"Propomos, portanto: [a]Que a data de 15 de outubro de 1882, quando foi fundada pelos Missionários William e Ana Bagby, Zacarias e Kate Taylor e pelo ex-padre Teixeira de Albuquerque, a Primeira Igreja Batista da Bahia, seja considerada, oficialmente, a data do início da obra batista brasileira"(História dos Batistas no Brasil - 1882-1982, 1982, p308)

"Em 15 de outubro de 1882, cinco pessoas estabeleceram a igreja batista brasileira, com cerca de 650 mil membros"(Ibidem, p.313)

"O trabalho batista no Brasil foi iniciado por missionários norte-americanos, enviados pela Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, a Junta de Richmond"(Ibidem, p.315)

Após a Igreja Batista do Brasil ser estabelecida por William Bagby, por influência de Bagby e de diversas igrejas batistas, a então recém formada Igreja Batista do Brasil, na Convenção Batista de 1916, endossa a Confissão de Fé Batista de New Hampshire[1833] como a 'Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil', conforme testemunho do historiador batista José Pereira Reis:

"Antes, entretanto, foi organizada a igreja, no dia 15 de outurbro de 1882. Eram cinco os membros fundadores: o casal Bagby, o casal Taylor e o ex-padre Teixeira de Albuquerque. Bagby foi acolhido para moderador e Albuquerque para secretário. A igreja adotou a Confissão de Fé de New Hampshire, posteriormente adotada pela Convenção Batista Brasileira com o nome de 'Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil'"(Ibidem, p.22)

"Na Convenção de 1910 em São Paulo, foi eleito presidente o Dr. Joaquim Nogueira Paranaguá. Reeleito em 1911, na Convenção de Campos, o Dr. Paranaguá foi o único leigo eleito para a presidência da Convenção até dos dias de hoje.

Nessa Convenção foi, pela primeira vez, na palavra do Missionário J. J. Taylor, levantada a questão sobre se a Convenção era de igrejas ou de mensageiros. O Missionário Bagby propôs que o artigo dos Estatutos referente à constituição da Convenção fosse modificado no sentido de que a Convenção fosse composta por de mensageiros das igrejas. Na Convenbção de 1916, realizada em São Paulo, suas duas idéias foram aprovadas: a Convenção passou a ser composta de mensageiros das igrejas e deveria reunir-se de dois em dois anos. Manteve-se, nos Estatutos, a disposição de que as igrejas poderiam nomear um mensageiro e tinham direito a nomear mais um, na proporção de cada cinquenta mil réis, contribuídos durante o ano para a Convenção ou suas Juntas. Esse dispositivo caiu posteriormente, sendo a representação das igrejas determinada apenas pelo número de seus membros. Nessa mesma Convenção de 1916, foi adotada a Confissão de Fé de New Hampshire, sob o título de 'Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil"(Ibidem, p.87)

"A décima Convenção foi realizada em São Paulo, em junho de 1916, e F. F. Soren foi, pela quarta vez, eleito presidente. Nela foram informados os Estatutos e resolvida a realização das assembléias de dois em dois anos. Foi quando também se oficializou, como já foi visto, a Confissão de New Hampshire como Declaração de Fé"(Ibidem, pp.91-92)

Pois bem, as primitivas igrejas batistas, oriundas de Bagby, segundo José Reis Pereira), em 1916-1917, endossaram essa mesma confissão, posteriormente chamada de a “A Declaração de Fé das Igrejas do Brasil”, na qual professavam a crença nos cinco pontos do calvinismo: Total Depravação, eleição Incondicional, Expiação Limitada[Particular], Graça Irresistível[Vocação Eficaz ou Chamada Eficaz] e Perseverança dos Santos:

"Cremos que o homem foi criado em santidade, sob a lei de seu Criador; mas por transgressão voluntária caiu daquele santo e feliz estado; em conseqüência do que todos os homens são agora pecadores, não por constrangimento, mas por escolha; sendo por natureza completamente destituídos daquela santidade requerida pela Lei de Deus, inegavelmente inclinado para o mal, e por isso sob justa condenação à ruína eterna, sem defesa ou desculpa"(III)

"Cremos que, a fim de serem salvos, os pecadores devem ser regenerados, ou nascidos de novo; que a regeneração consiste em dar uma disposição santa à mente; que ela é efetuada de uma maneira acima da nossa compreensão pelo poder do Espírito Santo, em conexão com a verdade divina, de maneira a assegurar nossa obediência voluntária ao evangelho; e que sua evidência apropriada aparece nos santos frutos do arrependimento, fé e novidade de vida"(VII)

"Cremos que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e também graças inseparáveis, operadas em nossas almas pelo Espírito regenerador de Deus; pelo que sendo profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e incapacidade, e do caminho da salvação por Cristo, nós retornamos para Deus com contrição, confissão e súplica por misericórdia não fingidas; ao mesmo tempo recebendo genuinamente o Senhor Jesus Cristo como nosso profeta, sacerdote e Rei, e confiando nele somente como único e todo-suficiente salvador"(VIII)

"Cremos que a eleição é eterno propósito de Deus, segundo o qual Ele graciosamente regenera, santifica e salva pecadores; que sendo perfeitamente consistente com a livre agência do homem, abrange todos os meios em conexão com o fim; que é uma demonstração gloriosíssima da bondade soberana de Deus, sendo infinitamente livre, sábia, santa, e imutável; que ela exclui completamente a vanglória, e promove humildade, amor, oração, louvor, confiança em Deus, e ativa imitação de sua livre misericórdia; que ela encoraja o uso dos meios no mais alto grau; que ela pode ser percebida pelos seus efeitos em todo aquele que verdadeiramente crê no evangelho; que é o alicerce da segurança cristã; e que verificá-la com respeito a nós mesmos demanda e merece a máxima diligência"(IX)

Da mesma forma, o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, elaborou sua própria confissão de fé, denominada “Declaração de Fé do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil”(1955), igualmente professa a sua crença nos cinco pontos do calvinismo(Artigos V,VI,VIII, XII):

(1)Total Depravação:

"Deus originalmente criou o homem à sua própria imagem e livre do pecado, mas pela tentação de Satanás, o homem transgrediu o mandamento de Deus, caiu de sua santidade e justiça original, sendo que sua posteridade, tendo herdado sua natureza corrompida e totalmente oposta a Deus e a sua Lei, está debaixo de condenação; e tão logo os filhos de Adão sejam capazes de ação, tornam-se transgressores efetivos pela prática do mal"(VI)

(2)Eleição Incondicional, expiação particular, graça irresistível e perserverança dos santos:

"A eleição é a eterna escolha, da parte de Deus, de algumas pessoas para a vida eterna - não por algum mérito que nelas tivesse previsto, mas unicamente pela misericórdia de Deus em Cristo - em consequência da qual elas são chamadas, justificadas e glorificadas"(V)

"Regeneração é uma transformação de coração, operada pelo Espírito Santo, que desperta os mortos em transgressões e pecados, iluminando as suas mentes, para poderem compreender a Palavra de Deus, para levá-los à salvação, renovando toda a sua natureza de modo a serem levados a viver em amor e santidade prática. É uma obra somente da livre e especial graça de Deus"(VIII)

"Aqueles a quem Deus aceitou no Amado e santificopu pelo seu Espírito nunca cairão do estado de graça, para o qual Deus, na sua infinita misericórdia, os trouxe; e certamente perseverarão até o fim; ainda que caiam por sua negligência e tentação em pecado, pelao que entristecem o Espírito, prejudicam a sua tranquilidade de alma, trazem vitupérios sobre a Igreja e castigos temporais sobre si mesmos; porém serão outra vez renovados para o arrependimento e serão guardados pelo poder de Deus por meio da fé para a salvação"(XII)

O próprio fundador do "Jornal Batista", William Entzminger, escreveu um artigo no Jornal Batista, em 16 de março de 1916 esclarecendo que os batistas brasileiros sustentavam a mesma visão calvinista presbiteriana e congregacional da predestinação:

"No mundo protestante a doutrina em questão desde séculos tem dado causa a acalorados debates, e mesmo a disputas agressivas, principalmente entre os calvinistas e arminianos, achando-se no Brasil estas duas correntes teológicas representadas, de um lado pelos presbiterianos, batistas e congregacionalistas, que aceitam a doutrina da Predestinação; do outro lado pelos metodistas, que a contestam"(p.2)

Na mesma página, ele ainda diz:

"Segundo a doutrina da predestinação, Deus, desde a eternidade decretou o que ía fazer através dos ciclos dos anos a decorrer; formulou os seus decretos acerca da criação dos mundos; da sua conservação e governo; desde a eternidade organizou o programa a ser executado desde a fundação dos mundos até a sua consumação".

Todavia, mais tarde, na 67ª Assembleia da CBB(em 1985), estas duas antigas confissões foram substituídas por uma confissão híbrida(arminiana-calvinista), a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. Nela encontramos as doutrinas calvinistas da “Depravação Total”(4º Artigo); e da “Perseverança dos Santos”(6º Artigo), ao mesmo tempo que encontramos os dogmas arminianos do “livre-arbítrio”, “eleição condicional”(6º Artigo) e da “expiação geral”(5º Artigo)(J. Reis Pereira; Breve História dos Batistas, pp.91,104-106).

Se De fato, J. Reis Pereira, historiador batista, deixa claro que os batistas da CBB, numa canetada, como os mórmons e testemunhas de jeová fizeram, mudaram a doutrina ofical da denominação, abandonando os cem anos anos de calvinismo, que a denominação havia endossado, desde William Buck Babgby:

"A aprovação, na 67ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira, de uma 'Declaração Doutrinária' que vem substituir a 'Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil'"(Breve História dos Batistas, p.91)

Caros irmãos, o termo 'batistas' definitivamente não rima com arminianos, mas com calvinistas. Que façamos a prosa e verso de uma maneira verdadeiramente linda e poética!

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