quinta-feira, 19 de julho de 2018

Argumentos falaciosos do Pr. Carlos Vailatti, (ministro da Igreja Evangélica Jaboque) em sua negação do determinismo divino!














Em seu post, onde curiosamente eu fui bloqueado, banido e impedido de comentar (kkkkkk), ele profere algumas declarações que passarão por meu escrutínio:

"a. O verbo hebraico yatsar, que aparece no Sl 139:16, sendo traduzido em umas versões por "formados", e em algumas versões como "fixados”, “planejado”, “determinado”, e “determinados”., é definido pelo Léxico Hebraico Inglês do Antigo Testamento de Driver, Briggs e Brown, e também por Holladay por "moldar, modelar".

Refutação: (a)O ministro arminiano não diz a verdade, porque com referência ao uso deste verbo hebraico, o The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon diz que no caso do Sl 139:16, este verbo é usado para designar "DIAS QUE FORAM PREORDENADOS NO PROPÓSITO DIVINO"(p.227). (b)O Léxico Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento de William Holladay, afirma que esse verbo também é usado para se referir ao fato de Deus "criar e formar O DESTINO"(p.199), citando 2 Rs 19:25, apesar de também definir que em Sl 139:16 "yatsar" se refira a "ser formado". Gesenius reza o verbo de Sl 139:16 por "SER PREDESTINADO"(Gesenius's Hebrew and Chaldee lexicon to the Old Testament scriptures, p.361)

Portanto, diante das definições dos léxicos hebraicos, no Sl 139:16, é possível as traduções que rezam fixados”, “planejado(s)” e “determinado(s)”.

b. Outro argumento falacioso, diz respeito ao uso de Ec 7:17:

"Por conseguinte, se Deus determinou inalteravelmente todos os dias de vida que alguém viverá, como argumentam alguns, por que a Bíblia ensina então que a vida de uma pessoa pode ser tanto abreviada (“[...] por que morrerias fora de seu tempo?” – Ec 7:17"

Refutação: Com relação a Ec 7:16, na expressão "por que morrerias fora de teu tempo?", o advérbío hebraico בְּלֹ֥א(lo), de acordo com The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English, significa "ANTES". Salomão está fazendo uma pergunta, não uma afirmação. E essa pergunta confirma a ideia de que ninguém morre antes do tempo. Ninguém é perú.

c, Outro argumento falacioso, diz respeito ao uso de Ex 20:12:

"...quanto prolongada (“[...] para que se prolonguem os teus dias [...]” – Êx 20:12;

Refutação: O verbo hebraico יַאֲרִכ֣וּן(yik·kā·ṯê·ḇū), que vem de "arak", que segundo o The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English, significa, em um sentido geral "existir por longo tempo, quase sempre por causa do tempo"(p.73), e num sentido mais específico, em Ex 20:12 tem um significado de "crescer por longo tempo, continuar por muito tempo, (ou seja, exibir duração ou continuidade)"(Ibidem). O sentido da palavra não indica que algum ser humano vá viver algum tempo de vida acima do já previamente determinado por Deus. O sentido da palavra significa apenas viver muito, ter uma vida longa.

d. Outro argumento falacioso, diz respeito ao uso de Ef 6:3-3:

"[...] e vivas muito tempo sobre a terra” – Ef 6:2-3)? Em outras palavras, Deus estabelece a longevidade de um indivíduo de forma condicional ou incondicional? Tal ato divino leva em consideração a presciência das ações das criaturas ou não? A decisão divina concernente à durabilidade da vida terrena de um indivíduo é alterável ou inalterável?"

Refutação: O verbo grego μακροχρόνιος(makrochronios), de acordo com o Léxico Grego do NT de J. H. Thayer, significa "longa vida". A longevidade não significa que algum ser humano vá viver algum tempo de vida acima do já previamente determinado por Deus. mas que, a rigor de Ex 20:12, (pois é uma mera citação do mesmo verso), indica apenas que como consequência de honrar os pais, o indivíduo vai viver muito bem, vai ter uma vida longa. Vários textos nas Escrituras mostram que o homem não ultrapassará o limite de tempo previamente determinado por Deus(Gn 6:3; Jó 14:5; Dt 31:2; Ec 3:2; Gn 25:7-8; Sl 39:5).

e. Outro argumento falacioso diz respeito a questão de Ezequias:

"Se tal determinismo divino da longevidade de alguém é incondicional e inalterável, como podemos explicar o prolongamento da vida do rei Ezequias, que, primeiro, é retratado como tendo os seus “dias contados” (2 Rs 20:1 // Is 38:1), mas que, logo em seguida, recebe um acréscimo de longevidade de quinze anos (2 Rs 20:6 // Is 38:5)? Que Deus, levando em consideração a Queda, determinou “a punição consequente do pecado”, isto é, a morte do ser humano, é simplesmente verdade. Entretanto, que Ele determina de forma incondicional e inalterável (ou arbitrária) “quando” alguém irá morrer, sem levar em consideração a Sua presciência e o Seu conhecimento médio, bem como os Seus demais atributos divinos, é falso"

Refutação: (a)2 Rs 20:1; Is 38:1 não estabelecem o dia específico de sua morte, mas apenas estabelece que ele certamente morreria. (b)Quando lemos que Deus aparentemente mudou seus planos, decidindo por exemplo, não matar aqueles a quem antes havia ameaçado, não foi realmente Deus que mudou, e sim os homens. Quando estes mudam sua atitude para com Deus, agindo e continuando a agir corretamente para com ele, Ele retirou sua ameaça, exatamente porque não muda, porque é sempre o mesmo, a aborrecer o mal e a amar o bem, e está pronto sempre a perdoar e aceitar os de coração quebrantado e contrito(Ex 32:14; Jz 2:18; Sm 24:16; 1 Rs 21:17-29; Am 7:1-6; Sl 106:43-45; Jr 18:8). Como disse o ministro arminiano Joseph Sutcliffe(1786-1856), Ministro Metodista:

"Deus viu que nada mais amável do que esse chocante e tremendo golpe levaria a mente real à lembrança e provocaria os bons sentimentos de arrependimento que se seguem no salmo subseqüente"(Comentário de Isaías 38:1)

Assim ocorreu com Ezequias. Parece que a expressão "Põe em ordem a tua casa"(Is 38:1) indica que ele, embora fiel ao Senhor, tenha tido algum tipo de negligência com relação ao povo. O verbo hebraico "ṣaw", que aparece aqui traduzido como "põe em ordem", de acordo com The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English, significa "DÊ CONTA DE SUA CASA(em preparação para a morte)"(p.845). A expressão "acrescentarei aos teus dias quinze anos" é, ao meu ver, uma linguagem antropopática, uma linguagem que atribui a Deus palavras, sentimentos e atos humanos. Em outras palavras, quando Deus diz: "te acrescentarei aos teus dias quinze anos", está simplesmente dizendo: 'Você vai viver muito". Ou seja, o que Deus quis simplesmente dizer aqui é que o rei Ezequias, como qualquer um servo fiel e obediente(Is 38:3), teria uma vida longa, pois é isso que Deus promete aos que vivem em penitência, fidelidade e sabedoria:

"Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz"(Pv 3:1-2)

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência. Porque por meu intermédio se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te aumentarão"(Pv 9:10,11)

Isso confirma o texto de Jó, que afirma que nenhum ser humano ultrapassará o tempo de vida previamente estabelecido por Deus:

"Visto que os seus dias ESTÃO DETERMINADOS, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, E NÃO PASSARÁ ALÉM DELES"(Jó 14:5)

f. O penúltimo argumento falacioso, diz:

"Que Deus, levando em consideração a Queda, determinou “a punição consequente do pecado”, isto é, a morte do ser humano, é simplesmente verdade. Entretanto, que Ele determina de forma incondicional e inalterável (ou arbitrária) “quando” alguém irá morrer, sem levar em consideração a Sua presciência e o Seu conhecimento médio, bem como os Seus demais atributos divinos, é falso"

Refutação: Deus não determina nada, com base em sua presciência. Se isso fosse verdade, Ele teria determinado que os habitantes de Tiro, Sidom e Sodoma, (que Ele previu que creriam em Cristo se tivessem presenciado seus milagres [Mt 11:2-24]), presenciassem os milagres de Cristo e fossem salvos. Ele determina tudo apenas com base em sua vontade, nunca com base em sua presciência dos atos do homem.

g. O último argumento falacioso, diz:

"Por fim, cremos que uma última palavra seja pertinente à presente discussão. Ainda que admitamos, em nome do debate, que Deus determine, de fato, a duração de vida de uma pessoa (como Jó 14:5 parece indicar, todavia, sem especificar o contexto em que isto se dá e de que forma, se condicional ou incondicional, alterável ou inalterável), disso não se segue necessariamente, contudo, que Deus também tenha determinado “o que ela fará” em todos esses dias que Ele graciosamente lhe concedeu"

Refutação: Dizer que Deus não determinou todas as ações do homem, é além do erro de negar textos claros das Escrituras, como Gn 45:5; Pv 16:33; Ef 1:11, sendo também uma falácia rejeitada até por. Arminio, que afirmou que Deus, em sua providência, decretou todas as ações das suas criaturas, sejam boas ou más:
"Nesta definição de Providência Divina, eu de forma alguma a privo de qualquer partícula daquelas propriedades que concordam ou pertencem a ela; mas eu declaro que ela preserva, regula, governa e dirige todas as coisas e que NADA NO MUNDO ACONTECE ACIDENTALMENTE OU POR ACASO. Além disto, eu coloco em sujeição à Providência Divina tanto o livre-arbítrio quanto até mesmo as ações de uma criatura racional, de modo que nada pode ser feito sem a vontade de Deus, nem mesmo as que são feitas em oposição a ela , somente devemos observar uma distinção entre as boas e as más ações, ao dizer, que 'DEUS TANTO DESEJA E EXECUTA BOAS AÇÕES' quanto que 'Ele apenas livremente permite as que são más'. Além disto ainda, EU PRONTAMENTE ADMITO, QUE ATÉ MESMO TODAS AS AÇÕES, SEJAM QUAIS FOREM, RELATIVAS AO MAL, QUE POSSAM POSSIVELMENTE SER IMAGINADAS OU CRIADAS, PODEM SER ATRIBUÍDAS AO EMPREGO DA DIVINA PROVIDÊNCIA, tendo apenas um cuidado, 'não concluir deste reconhecimento que Deus seja a causa do pecado'"(Declaração de Sentimentos, II).

E não só Armínio, mas diversas autoridades arminianas, também reconheceram que as Escrituras estabelecem que Deus decreta todas as ações do homem, como se segue:

"Isto descobre uma mente verdadeiramente nobre: não só perdoa e esquece, MAS TAMBÉM DESEJA QUE AQUELES QUE O INJURIARAM ESQUEÇAM O MAL QUE FIZERAM, para que não sofram por causa disso; E com profunda piedade ATRIBUI TUDO À PROVIDENCIA DE DEUS"(Adam Clark [1760-1762], Com. de Gn 45:5)

"Quatro vezes ele repete este pensamento, QUE A MÃO DE DEUS TENHA DIRIGIDO TODO ESTE ASSUNTO. Ele vê a maravilhosa Providência nela agora, e deseja que todos a vejam"(Daniel Wheldon [1808-1885], Com. de Gn 45:5).

"Pois é o propósito de Paulo traçar a origem da santa Igreja de volta a Deus, o Poderoso Governador de todas as coisas. Daí não se segue que os eventos físicos e volições livres funcionem da mesma forma. No primeiro, A ENERGIA IMANENTE DE DEUS ORIGINA E DIRIGE TODA A AÇÃO POR TAL UNIFORMIDADE que nos assume o aspecto da lei necessária; Mas no agente livre Deus fornece a energia para a ação, enquanto é a própria propriedade da liberdade do agente que internamente - na área de sua liberdade - DIRIGINDO SUAS PRÓPRIAS AÇÕES. NO ENTANTO, ESTAS AÇÕES LIVRES SÃO PRERROGATIVAS DA SABEDORIA INFINITA TOMANDO EM SEU PLANO, E TRABALHANDO DE ACORDO COM O SEU PRÓPRIO CONSELHO PARA SEUS FINS GLORIOSOS"(Daniel Whedon, Ministro Metodista, Com. de Ef 1:11)

"Em tais casos, o destino é um recurso em direção a Deus, E ELE DISPÕE DELE DE ACORDO COM A SUA BONDADE, MISERICÓRDIA E VERDADE. O RESULTADO, PORTANTO, NÃO PODE SER FORTUITO"(Adam Clark, Com. de Pv 16:33)

"TODO JULGAMENTO OU DECISÃO DELE, É DO SENHOR. O RESULTADO FOI CONSIDERADO COMO UMA DECISÃO DIVINA"(Daniel Whedon, Com. de Pv 16:33)

"O evento, embora casual para os homens, É DIRIGIDO PELA PROVIDÊNCIA DE DEUS"(John Wesley[1703-1791], Ministro Metodista, Com. de Pv 16:33)

"Tentando obter orientação ou orientação ou para determinar, eles lançam sortes. Mas a direção real, A ORDENAÇÃO DA COISA VEM DE DEUS"(Charles W. Smith [1927-2013], Ministro Pentecostal, Com. de Pv 16:33)

"Em grande parte deve ser considerado em três aspectos; Ou, mais propriamente, eles são de três tipos distintos. Um tipo é votação civil, de uso geral nos estados para evitar intrigas e parcialidades; Outro é um apelo supersticioso à divindade imaginária, Chance ou Fortuna; E HÁ UMA TERCEIRA, QUE É UMA REFERÊNCIA DO EVENTO PARA O CÉU, PELA DIREÇÃO E DECRETO DE DEUS. Do segundo, ou apenas repreensível, a revelação é inteiramente inocente; Porque era costumeiro para o povo judeu referir todos os eventos a Deus, somente e imediatamente; E RECONHECIDAMENTE A SORTE DO JUDEUS E CRISTÃOS ERA DEVIDA AO DECRETO DIVINO"(Thomas Coke[1747-1814], Ministro Metodista, Com. de Pv 16:33)

"Em outras palavras, A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA PÚBLICA PELO MAGISTRADO É UMA ORDENANÇA DE DEUS; NELA AS ESCALAS SÃO MANTIDAS OU DEVEM SER MANTIDAS POR UMA MÃO FIRME E IMPARCIAL; E devemos nos submeter a ela por causa do Senhor, e ver sua autoridade na do magistrado(Rm 13:1; 1 Pd 2:13). A observação da justiça no comércio entre homem e homem é também uma designação divina. Ele ensinou aos homens a discrição para fazer escalas e pesos, para o ajuste de direito exatamente entre comprador e vendedor, que nem poderia ser injustiçado. E todas as outras invenções úteis, para a preservação do direito, são dele. Ele também designou, por sua lei, que os homens sejam justos; É, portanto, uma grande afronta a ele, e ao seu governo, falsificar, e assim fazer o erro sob a cor e pretensão de fazer o que é direito, que é a maldade no lugar do juízo"(Joseph Benson[1748-1821], Ministro Metodista, Com. de Ef 1:11)

"José revela que Deus muitas vezes sobrepõe soberanamente a sua providência E CONTROLA AS MÁS AÇÕES DOS SERES HUMANOS A FIM DE EXECUTAR A SUA VONTADE"(Bíblia de Estudo Pentecostal, Nota sobre Gn 45:5)

"DEUS TINHA USADO OS ASSÍRIOS PARA CASTIGAR SEU POVO que enveredara pela impiedade"(Bíblia de Estudo Pentecostal, Nota sobre Is 10:5)

"Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, EMBORA ELE POSSA SOBERANAMENTE CONTROLAR TAIS AÇÕES, DE TAL MANEIRA QUE SEJA CUMPRIDA A SUA VONTADE. SEGUNDO O TESTEMUNHO DE JOSÉ, DEUS ESTAVA AGINDO ATRAVÉS DOS DELITOS DE SEUS IRMÃOS, PARA A PRESERVAÇÃO DA VIDA"(Bíblia de Estudo Pentecostal, p.106).

Portanto, é absurdamente temerário dar crédito a explicação falaciosa que este ministro arminiano dá do Sl 139:16, e do comentário que ele tece de algumas traduções do mesmo verso.

Soli Deo Gloria!

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