quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Debulhando o defensor do Texto Crítico e “Refutador” do Site SollaScriptura - 4ª Parte



Agora apresentaremos o 4º artigo, publicado por este neófito, no blog "OS BEREANOS":

https://bereianos.blogspot.com/2013/08/o-solascriptura-ttorg-e-suas-acusacoes_12.html?m=1

Esteja atento a cada falácia do mesmo, e a cada resposta nossa.


1º Argumento: "Este é o quarto artigo da série de cinco que estou escrevendo como contraponto aos artigos encontrados no site solascriptura-tt.org. Abordarei um questão importante que é simplesmente ignorada em toda essa discussão, tanto por quem acusa como por quem defende: precisamos aprender a separar a Crítica Textual da Teologia!

Quero primeiramente apontar para a falácia de acusar o Texto Crítico de "atacar" ou comprometer a divindade de Cristo ou esse e aquele conceito teológico quando algum versículo no Texto Crítico não condiz com a doutrina/teologia. Isso tomando sempre como base o Texto Recebido.

O texto grego de Erasmo de Roterdã foi o primeiro a ser impresso e, por isso, popularizado. Foi um domínio circunstancial que imperou por 300 anos, aproximadamente, até que alguns corajosos começaram a questionar o trabalho de Erasmo que havia sido por ele mesmo qualificado como: “mais precipitado do que editado”! Levando, ainda, em consideração que a filologia evoluiu com o passar do tempo, além da descoberta de muitos outros manuscritos do NT, a análise desses novos manuscritos foi simplesmente inevitável. E tudo veio a somar!

Como o Texto Recebido foi o primeiro a ser entregue em forma impressa e popularizado, as primeiras edições bíblicas impressas adotaram-no como base para tradução. Quem se preocuparia em coletar papiros e pergaminhos, fazer cópias à mão quando um exemplar, editado e bem impresso, estava à disposição e por um preço muito mais em conta? Eu mesmo, com meus próprios olhos, pude avaliar a qualidade da primeira edição de O Novo Testamento Grego de Erasmo impresso em 1516. A obra tem uma qualidade de impressão muito, muito boa. Não vejo porque alguém se importaria em ter o trabalho de buscar as fontes quando alguém já havia entrado na empreitada e distribuído os resultados de seu trabalho pelo meio impresso e por preço acessível. Por que alguém procuraria as fontes hoje e teria o trabalho minucioso da análise quando os Aland já nos entregaram tudo prontinho, mastigado, e com a experiência que nós não temos? O mesmo aconteceu naquela época.

Os defensores da ACF não editam suas próprias traduções, eles simplesmente confiam na tradução entregue a eles pela editora. A fé no trabalho de terceiros faz parte dessa realidade. É claro que há um julgamento da parte do leitor, limitado por seu próprio conhecimento do assunto, mas até onde se pode julgar, a decisão de confiar ou não é tomada. O mesmo aconteceu ao senhor Almeida. Ele confiou na obra de Erasmo, assim como os reformadores, os editores da King James etc. Foi isso o que aconteceu com a King James Version e a primeira Almeida. Naquela época, não havia dúvida de que o texto a ser consultado para tradução deveria ser o Texto Recebido.

Quando levamos em consideração a reforma protestante, adivinha sobre qual texto os reformadores se debruçaram para compor a teologia reformada? O Texto Recebido. É claro! Essa revolução quanto à crítica do texto só tomaria vulto dois séculos mais tarde por força das circunstâncias, a saber, avanços em matérias de análise de ordem linguística e a descoberta de muitos outros papiros e pergaminhos do NT.

Quando os reformadores criaram suas teologias, eles fizeram a exegese dos textos que cobriam aquelas palavras ou frases como constam no Texto Recebido e estão de fora do Texto Crítico que só entraria em cena mais tarde. Não tinha como ser diferente!"


Resposta: (a)Olhe o argumento já repetido tantas vezes por esse neófito:

"O texto grego de Erasmo de Roterdã foi o primeiro a ser impresso e, por isso, popularizado. Foi um domínio circunstancial que imperou por 300 anos, aproximadamente, até que alguns corajosos começaram a questionar o trabalho de Erasmo que havia sido por ele mesmo qualificado como: “mais precipitado do que editado”! Levando, ainda, em consideração que a filologia evoluiu com o passar do tempo, além da descoberta de muitos outros manuscritos do NT, a análise desses novos manuscritos foi simplesmente inevitável. E tudo veio a somar!"

Com base nisso, pergunto:

(i)Quem foi que começou a questionar o trabalho de Erasmo? Hereges e um ladrão e adulterador de um manuscrito já adulterado? kkkkkk

(ii)Erasmo disse de sua obra: "mais precipitado do que editado”? Fontes, provas???

(iii)Se outros manuscritos do NT, não representam nenhum estado de catolicidade e continuidade, não servem pra nada, exceto para o mesmo destino do Sinaítico - lata do lixo

(b)Olhem a frase do neófito:

"Por que alguém procuraria as fontes hoje e teria o trabalho minucioso da análise quando os Aland já nos entregaram tudo prontinho, mastigado, e com a experiência que nós não temos? O mesmo aconteceu naquela época"

Diante disso, tecemos os seguintes comentários;

(i)Apelo a autoridade novamente? Ser maria vai com as outras? Ser piolho? Ah, sim. Entendo perfeitamente. Você está falando no TEXTO EM GREGO, DA UNITED BIBLE SOCIETIES. Este popular texto em grego, publicado em Münster, Alemanha, é aproximadamente idêntico à 26a. edição do texto de Nestlé-Aland. A 1a. edição foi publicada em 1965; a 3a, em 1983. Ele é editado por Kurt Aland, Matthew Black, Carlo M. Martini, Bruce Metzger, Allen Wikgren e Eugene Nida. Nenhum destes homens é um verdadeiro crente na Bíblia; todos são ou comprometidos com o Modernismo, ou seus simpatizantes. Carlo Martini é um bispo católico romano e professor de Criticismo do Novo Testamento, no Pontifício Instituto Bíblico em Roma. Eugene Nida é um dos principais pais da filosofia da equivalência dinâmica, que clama que a Bíblia não precisa ser traduzida literalmente, mas pode ser 'adaptada à cultura do homem'. Ele nega a expiação pelo sangue de Jesus Cristo e diz que o sangue não foi uma propiciação para nossa salvação. Também não acredita que a Bíblia é a absoluta, perfeita Palavra de Deus. Bruce Metzger é o modernista editor da Revised Standard Version, do Concílio Nacional de Igrejas (filiado ao Concilio Mundial de Igrejas, apóstata, liberal, ecumenista e modernista). Ele editou a New Oxford Annotated Bible RSV e a Reader's Digest Condensed Bible, ambas cheias de comentários heréticos sobre as Escrituras. Em suas notas editoriais nestes volumes, Metzger questiona a autoria, a data tradicional e a inspiração supernatural dos livros escritos pelas mãos de Moisés, Daniel, João, Paulo, e Pedro; ensina que algumas histórias do Velho Testamento são mitos; chama Jó de uma fábula folclórica e Jonas de uma lenda.

Quando este neófito diz "Por que alguém procuraria as fontes hoje e teria o trabalho minucioso da análise quando os Aland já nos entregaram tudo prontinho, mastigado, e com a experiência que nós não temos? O mesmo aconteceu naquela época", , age, não como bereano, mas como piolho, como maria vai com as outras. A opinião dos Aland fala pro ele.

Parabéns. Você está em "excelente" companhia e com um "excelente documento", semelhante as obras de Joseph Smith, Allan Kardec, Charles Taze Russell, e outros hereges.

(c)Olhem bem a frase deste neófito:

"Os defensores da ACF não editam suas próprias traduções, eles simplesmente confiam na tradução entregue a eles pela editora. A fé no trabalho de terceiros faz parte dessa realidade"

Comentário: Essa frase deste piolho e maria vai com as outras, tentando acusar alguém daquilo que ele mesmo faz, haja visto a sua frase anterior:


"Por que alguém procuraria as fontes hoje e teria o trabalho minucioso da análise quando os Aland já nos entregaram tudo prontinho, mastigado, e com a experiência que nós não temos? O mesmo aconteceu naquela época"


Parabéns pelo troféu óleo de peroba!!! kkkkkk

(d)Olhem a frase deste neófito:

"É claro que há um julgamento da parte do leitor, limitado por seu próprio conhecimento do assunto, mas até onde se pode julgar, a decisão de confiar ou não é tomada. O mesmo aconteceu ao senhor Almeida. Ele confiou na obra de Erasmo, assim como os reformadores, os editores da King James etc. Foi isso o que aconteceu com a King James Version e a primeira Almeida. Naquela época, não havia dúvida de que o texto a ser consultado para tradução deveria ser o Texto Recebido"


Comentário: (i)No seu caso, sua decisão já foi tomada, já que disse que não precisa pesquisar nenhuma fonte, se os Aland já deixaram tudo pronto? kkkkkk. (ii)Almeida confiou no senhor Erasmo, e você confiou nos senhores Kurt Aland, Wilson Paroshi, Barbara Aland, o ladrão Tishendorf, Vogels, Merk, Bover, Soden, Nestle, John Mill, Richard Bentley, Johann Saubert, Johann Jokob Wettstein, Johann Jakob Griesbach e Karl Lachmann. Detalhe. Johann Jakob Griesbach trabalhou na elaboração do "The Empathic Diaglott", feita por um herege cristadelfiano, Benjamin Wilson, cuja obra é publicada pela Sociedade Torre de Vigia, a mãe dos testemunhas de jeová. Agora, só falta mencionar o senhor Lúcio Ferro!!! (iii)Todos os tradutores reformados(Tyndale, Lutero, Olivetan, Cipriano de Valera, Cassiodoro de Reyna, o Sínodo de Dort(1618-1619),Diodatti e João Ferreira de Almeida basearam suta tradução do NT no Texto Receptus de Erasmo. Os reformadores, em suas obras e Confissões de Fé também. Até os anabatistas fizeram o mesmo.

(e)Olhem a frase deste neófito:

"Quando levamos em consideração a reforma protestante, adivinha sobre qual texto os reformadores se debruçaram para compor a teologia reformada? O Texto Recebido. É claro! Essa revolução quanto à crítica do texto só tomaria vulto dois séculos mais tarde por força das circunstâncias, a saber, avanços em matérias de análise de ordem linguística e a descoberta de muitos outros papiros e pergaminhos do NT.

Quando os reformadores criaram suas teologias, eles fizeram a exegese dos textos que cobriam aquelas palavras ou frases como constam no Texto Recebido e estão de fora do Texto Crítico que só entraria em cena mais tarde. Não tinha como ser diferente!"


Comentário:(a)Está é a prova que na prática, você não é nem um reformado, tampouco um protestante. Você não usa o texto grego que eles endossavam. No dia 31 de Outubro, comemore o dia das bruxas. Seja coerente. Você não é protestante.

(f)Olhem a frase deste neófito:

"É claro! Essa revolução quanto à crítica do texto só tomaria vulto dois séculos mais tarde por força das circunstâncias, a saber, avanços em matérias de análise de ordem linguística e a descoberta de muitos outros papiros e pergaminhos do NT"

Comentário: Revolução? Que revolução? Usando dois textos gregos corrompidos, que divergem até entre si? kkkkk. Os próprios Westcott, Hort, Metzger e outros adeptos do TC, sabiam das corrupções destes manuscritos gregos.


2º Argumento: "Quando a Crítica Textual questiona a presença de algum elemento de texto no Texto Recebido, sua intenção não é a de confrontar nenhum conceito teológico, como a divindade de Cristo; mas, sim, de questionar a obra "mais precipitada do que editada" do senhor Erasmo.

Com a popularidade inicial do Texto Recebido e seu domínio por aproximadamente 300 anos, além da hegemonia da KJV em língua inglesa, tanto o Texto Recebido como a KJV receberam o status de Palavra de Deus! A turma defensora da KJV atribui a esta versão o mesmo grau de inspiração da própria Escritura. E nossos tupiniquins, defensores da Almeida Corrigida e Fiel, não deixam por menos.

Irmãos, precisamos nos conscientizar de que a tradução bíblica já teve um passado bem sombrio promovido pela ignorância, radicalismo da fé fanática e disputa de poder.

Diferente do que muitos acreditam, a King James Version não foi a primeira tradução da bíblia para o inglês. A Bíblia de Tindale foi a primeira; e, naquela época, Tindale tinha sido proibido de fazer a tradução. Precisou sair de seu país para realizar o trabalho. Sua preferência por algumas palavras para a tradução comprometeria o poderio politico da igreja, por exemplo, a ICAR responde à ameaça influenciando as autoridades a proibir a tradução da Bíblia para a língua inglesa, alegando que o inglês era um idioma pobre demais para transmitir o real significado do texto sagrado. As limitações da língua corromperiam o sentido original do texto. Tindale foi dedurado, preso e queimado vivo por traduzir a Bíblia para a língua inglesa!

A King James foi traduzida a partir dos originais. Mas em sua primeira edição já constava uma nota de reconhecimento da qualidade da tradução de Tindale. Especialistas dizem que a King James mais parece uma copia da Bíblia de Tindale com pequenos ajustes. Basta, portanto, aprender um pouquinho mais de nossa própria história, que deveria ser obrigação de todos os cristãos, para perceber que essa insistência na preservação do texto pelo dogmatismo conduz a igreja por caminhos vergonhosos.

Os dogmas são afirmados com o amparo do texto bíblico, ou melhor, com o amparo de nossa compreensão do texto bíblico. Nem sempre o que entendemos é o que o texto bíblico diz! Se não fosse assim, não haveria tanta diferença entre uma denominação e outra. As diferenças são justamente reveladas pela compreensão diferenciada de certos textos bíblicos. Não foi isso o que causou a reforma a protestante?

Portanto, logo percebemos que não podemos deixar o texto bíblico como refém do dogmatismo para não acharmos que o nosso parecer é o correto e mandar queimar os outros. Se o dogmatismo estivesse acima do texto bíblico, a reforma não teria acontecido, pois Lutero jamais poderia ter pensado ou interpretado de forma diferente. No caso de Lutero, percebemos que ele estava certo, e a ICAR estava realmente no caminho do erro. Mas o tempo provou que o dogmatismo que acendeu a lenha debaixo dos pés de Tindale estava completamente equivocado!

Dizer que o Texto de Erasmo é a Palavra de Deus inspirada não passa do mesmo dogmatismo bizarro! Ele mesmo, Erasmo, editou sua obra cinco vezes. Comparei as duas edições de 1516 e 1527 e pude perceber varias diferenças. A mais significativa é a comma joanina, que não faz parte do primeiro texto, mas aparece na edição de 1527. Percebi, durante o pouco tempo em que tive os exemplares originais nas mãos durante minha visita à Biblioteca Nacional, que havia muitas alterações nos artigos e no emprego do nomina sacra. Entre a primeira e a quinta edição, há alterações suficientes para mostrar que o texto não pode ser totalmente original, sofreu alterações regidas por critérios e metodologias semelhantes ao que encontramos no Texto Crítico e essas alterações no texto não batem com a precisão do conceito de inspiração que os proponentes do solascriptura-tt.org querem nos fazer engolir. Pois a principal queixa é: “não pode acrescentar nem retirar um "i" ou "til" do texto bíblico”. O próprio Erasmo - salve, salve e idolatrado - fez bem mais do que isso em apenas 11 anos! Querem alegar o que agora, que a primeira edição não era a Palavra de Deus inspirada, só a quinta edição era!? Vamos parar com as anedotas!

Precisamos aceitar a realidade, de uma vez por todas, que não temos os originais que saíram das mãos dos escritores. A Crítica Textual é uma ciência, sem compromissos com a teologia, de apenas buscar pelas evidencias o texto cópia mais próximo do original. Após trabalhar meus argumentos até este ponto na série de artigos, creio que apenas a crítica do texto pode nos permitir confiar no texto bíblico como palavra inspirada, livre da intromissão de copistas descuidados e tendenciosos, livre do dogmatismo que influenciou copistas a fazer ajustes aqui e ali... para que a nossa teologia possa, enfim, firmar os pés num texto limpo e preciso.

O próximo artigo será publicado no próximo dia 15 de agosto."


Resposta: (i)A Crítica Textual, quando, munida do TC, nega a divindade de Cristo em Jo 3:13('que está no céu').; a divindade de Cristo em sua NTLH com o acréscimo de "Filho" em At 20:28, a Trindade, na omissão de 1 Jo 5:7; a ressurreição e a aparição de nosso Senhor a Madalena(Mc 16:9); a incredulidade de alguns apóstolos(Mc 16:13-14); a Grande Comissão(Mc 16:15); a salvação pela fé(Mc 16:15); a necessidade do batismo(Mc 16:116); a existência dos dons miraculosos, como credenciais do ministério dos apóstolos, bem como sua restrição à sua época(Mc 16:17-18,20) e a Ascenção do Senhor e a sua entronização como Rei(Mc 16:19); o perdão a mulher adúltera(Jo 8:1-11), etc. (ii)Se as traduções da KJV, Reina Valera, Bíblia de Lutero, Bíblia de Tyndale, Bíblia de Olivetan, Bíblia do Sínodo de Dort, Bíblia de Diodatti e a Bíblia de João Ferreira de Almeida se basearam no texto grego que é portador de catolicidade e continuidade - o TR, não resta a menor dúvida de que suas traduções podem ser chamadas de Palavra de Deus. (iii)As traduções anteriores a KJV, foram todas baseadas no Texto Receptus - Bíblia de Lutero; Novo Testamento de Tyndale; Bíblia de Olivetan; Bíblia dos Bispos; Biblia dos Taberneiros; Reina Valera; Biblia de Mateus; A Grande Bíblia; Bíblia de Genebra, etc. (iii)Olhe o que este neófito disse:

"Especialistas dizem que a King James mais parece uma copia da Bíblia de Tindale com pequenos ajustes. Basta, portanto, aprender um pouquinho mais de nossa própria história, que deveria ser obrigação de todos os cristãos, para perceber que essa insistência na preservação do texto pelo dogmatismo conduz a igreja por caminhos vergonhosos"

Novamente, o argumentum ad verecundiam. A opinião de terceiros, sem nenhuma prova documental, não vale de nada.

(iv)Os problemas de má interpretação das Escrituras, não justifica fazermos uma tradução adulterada da Bíblia, que não segue nem traduz conforme o que está no original.

(v)As diferenças denominacionais também não justifica fazermos uma tradução adulterada da Bíblia, que não segue nem traduz conforme o que está no original.

(vi)Olhem a frase deste neófito:

"Dizer que o Texto de Erasmo é a Palavra de Deus inspirada não passa do mesmo dogmatismo bizarro! Ele mesmo, Erasmo, editou sua obra cinco vezes. Comparei as duas edições de 1516 e 1527 e pude perceber varias diferenças. A mais significativa é a comma joanina, que não faz parte do primeiro texto, mas aparece na edição de 1527. Percebi, durante o pouco tempo em que tive os exemplares originais nas mãos durante minha visita à Biblioteca Nacional, que havia muitas alterações nos artigos e no emprego do nomina sacra. Entre a primeira e a quinta edição, há alterações suficientes para mostrar que o texto não pode ser totalmente original, sofreu alterações regidas por critérios e metodologias semelhantes ao que encontramos no Texto Crítico e essas alterações no texto não batem com a precisão do conceito de inspiração que os proponentes do solascriptura-tt.org querem nos fazer engolir. Pois a principal queixa é: “não pode acrescentar nem retirar um "i" ou "til" do texto bíblico”. O próprio Erasmo - salve, salve e idolatrado - fez bem mais do que isso em apenas 11 anos! Querem alegar o que agora, que a primeira edição não era a Palavra de Deus inspirada, só a quinta edição era!? Vamos parar com as anedotas!"

Diante disso, faz-se mister tecermos os seguintes comentários:


(1)Se o texto de Erasmo possui catolicidade e continuidade, não resta dúvida que podemos chama-lo de 'Palavra de Deus'.

(2)Quem vai acreditar que esse neófito leu a primeira edição de Erasmo, se o cara se utiliza de argumentos falsos até de Paroshi?

(3)O fato de Erasmo não produzir seu texto usando os dois manuscritos alexandrinos, corrompidos(Vaticano e Sinaítico) já mostra a sua preocupação com a tradução do NT em grego, para uso dos fiéis.

(4)Haviam vários manuscritos ou papiros gregos que usavam "nomina sacra":

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomina_sacra

Isso serve para desqualificar seu conteúdo? Não, não serve.

(5)O rolo de Isaías, aberto e lido por Cristo em Lc 4:17, era uma cópia do livro original(talvez fosse copía de outras cópias), mas, mesmo sendo uma cópia, ele a chamou de "ESCRITURA"(lc 4:21). Ele fez o mesmo com relação as cópias dos Salmos. Chamou-as de "ESCRITURA"(Jo 10:34-35)

(6)As alterações que possam haver nas edições de Erasmo, não elimina o fato de que aquele era o texto grego usado por toda a igreja desde os pais da igreja, pois as citações dos pais da Igreja majoritariamente confirmam o texto de Erasmo, não o TC. Sua inclusão de 1 Jo 5:7 prova isso, visto que sendo o texto citado por mais de 300 pais da igreja, e encontrada em outros manuscritos gregos. A alteração (ou as alterações) visava(m) não deixar de fora nenhum texto bíblico que fora usado pela igreja durante 14 séculos, até chegar o século XVI. Sua catolicidade e continuidade apontam para a veracidade daquele texto como sendo o texto grego usado e preservado pela igreja durante séculos.

(7)Quando o neófito diz: "Dizer que o Texto de Erasmo é a Palavra de Deus inspirada não passa do mesmo dogmatismo bizarro! Ele mesmo, Erasmo, editou sua obra cinco vezes. Comparei as duas edições de 1516 e 1527 e pude perceber varias diferenças. A mais significativa é a comma joanina, que não faz parte do primeiro texto, mas aparece na edição de 1527", não prova nada contra a primeira edição do NT grego de Erasmo, nem torna legítima nenhuma acusação contra a 1ª edição desse NT, no sentido de não puder chama-la de "palavra de Deus'. A questão dele não ter colocada 1 Jo 5:7 logo na sua primeira edição, foi de não ter encontrado naquela época nenhum manuscrito grego disponível com o texto, o que não prova que o texto de 1 Jo 5:7 não existia, haja visto o número gigantesco de pais da igreja citando-o como parta da epístola de João. Sim. O fato de 1 Jo 5:7 não ser encontrada na 1ª edição do NT grego de Erasmo, não prova que esse NT deixe de ser considerado 'Palavra de Deus'. Por exemplo, em Ap 22:18,19, o Senhor admite a possibilidade de alteração e adulteração do texto (por indivíduos que vivem uma vida de pecado) e esta possibilidade mesmo sendo real, não implicaria que se isso realmente acontecesse (e realmente aconteceu). que o autógrafo ou as cópias do autógrafo do Apocalípse deixaria de ser "inspirado", porque existiam ou existiram outras cópias do Apocalípse em outros lugares, em grego ou em outros idiomas, constando o texto inteiramente preservado, sem acréscimos ou decréscimos dos hereges. O aviso de possível adulteração, mutilação ou alteração no texto grego do NT ainda no 1º século da igreja, era real, haja visto que Irineu(130-200), discípulo de Policarpo (e este, discípulo de João), afirmara que hereges como
Teodocião de Éfeso e Áquila so pçonto, Cerinto e Marcião e seus discípulos, adulteraram o Evangelho de Lucas e as Epístolas de Paulo:

"Marcião, que mutila o Evangelho segundo Lucas..."(Contra Heresias, III; 11:7)


"Por isso, Marcião e seus discípulos puseram-se a recortar as Escrituras, rejeitando completamente algumas, mutilando o Evangelho de Lucs e as epístolas de Paulo e tendo por autênticas apenas as que mutilaram"(Ibidem, III; 12:12).

"Se os marcionitas se recusarem não terão o Evangelho, porque é mutilando o Evangelho de Lucas, como dissemos acima, que se gloriam de ter o Evangelho"(Ibidem, III; 14:4)

"Com efeito, se tivessem sabido da nossa existência e que nos serviríamos do testemunho das Escrituras, não teriam hesitado em queimar com as suas próprias mãos as suas Escrituras..."(Ibidem, III; 21:1)


(vii)Vejam a afirmação infantil desse neófito:


"Precisamos aceitar a realidade, de uma vez por todas, que não temos os originais que saíram das mãos dos escritores. A Crítica Textual é uma ciência, sem compromissos com a teologia, de apenas buscar pelas evidencias o texto cópia mais próximo do original. Após trabalhar meus argumentos até este ponto na série de artigos, creio que apenas a crítica do texto pode nos permitir confiar no texto bíblico como palavra inspirada, livre da intromissão de copistas descuidados e tendenciosos, livre do dogmatismo que influenciou copistas a fazer ajustes aqui e ali... para que a nossa teologia possa, enfim, firmar os pés num texto limpo e preciso."

Diante disso, faz-se mister tecermos os seguintes comentários:


(1)O rolo de Isaías, aberto e lido por Cristo em Lc 4:17, apesar de não ser um autógrafo, era uma cópia do livro original(talvez fosse cópias de outras cópias), mas, mesmo sendo uma cópia, ele a chamou de "ESCRITURA"(lc 4:21). Ele fez o mesmo com relação as cópias dos Salmos. Chamou-as de "ESCRITURA"(Jo 10:34-35)

(2)Se a Crítica Textual não tem nenhum compromisso com a teologia, então nenhuma de suas traduções do NT, merecem crédito, pois como disse o Rev. Paulo Anglada, um dos pré-requisitos para se ser um tradutor das Escrituras é que este seja portador de "inquestionável reputação, ortodoxia e conhecimento teológico”(Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p.164). Nunca devemos nos esquecer que Deus confiou seus oráculos sagrados ao seu povo(Rm 3:2), portanto a um grupo de pessoas que tinha compromisso com a sua verdade e com o seu ensino.

(3)Se a Crítica Textual obedecer aos critérios de catolicidade e continuidade, bem como de "inquestionável reputação, ortodoxia e conhecimento teológico”(Sola Scriptura, A Doutrina Reformada das Escrituras, p.164), não tenho nenhuma dúvida que podemos confiar no texto bíblico como Palavra inspirada de Deus.

(vii)Olhem o que o neófito diz:

" ...creio que apenas a crítica do texto pode nos permitir confiar no texto bíblico como palavra inspirada, livre da intromissão de copistas descuidados e tendenciosos, livre do dogmatismo que influenciou copistas a fazer ajustes aqui e ali... para que a nossa teologia possa, enfim, firmar os pés num texto limpo e preciso".


Comentário: Se isso é verdade, por que então este neófito defende o Texto Crítico (Vaticano e Sinaítico), que segundo a opinião dos próprios defensores do TC, é um texto corrompido e adulterado? E tão corrompido, a ponto de omitir 1 Jo 5:7, que segundo Jerînimo((347-420 d.C), em seu "Prólogo as Epístolas Católicas", afirma que o texto "foi omitido por copistas desonestos", o que também comprova sua existência nas primitivas bíblias das primitivas igrejas. Na mesma obra, Jerônimo ainda diz:


"Em que lugar particularmente onde lemos sobre a unidade da Trindade, que é colocada na Primeira Epístola de João, no qual também os nomes de três, ou seja, da água, do sangue, e do espírito, que eles colocam em sua edição e omitem o testemunho do Pai e da Palavra, e do Espírito, em que a fé católica é especialmente confirmada e a única substância do Pai, do Filho e do Espírito Santo é confirmada"

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