quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Debulhando o defensor do Texto Crítico e “Refutador” do Site SollaScriptura - 3ª Parte




Agora apresentaremos o 3º artigo, publicado por este neófito, no blog "OS BEREANOS":


https://bereianos.blogspot.com/2013/08/o-solascriptura-ttorg-e-suas-acusacoes.html?m=1


Esteja atento a cada falácia do mesmo, e a cada resposta nossa.


1º Argumento: "O terceiro artigo da série será dedicado à crítica, mais uma vez, devido ao número de e-mails e comentários que tenho recebido sobre as obras dos doutores Dell Johnson e Wilbur Norman Pickering. Ambos os estudiosos defendem o Texto Recebido, e como nada pode ser perfeito nesse mundo, não há nada que me impeça de criticar a obra deles. O livro do Dr. Wilbur pode ser encontrado no formato PDF na internet, é só procurar. E um vídeo com a palestra do Dr. Dell Johnson está na íntegra no Youtube. E no final, farei mais alguns comentários gerais sobre outros pontos fora do escopo desses dois estudiosos mencionados.

Conheço a obra do Dr. Wilbur há tempo. Li e não me convenceu. Na verdade foi uma decepção. Pelo título fui influenciado a achar que ele defenderia o trabalho da Crítica Textual. Ele abre o livro apresentando muito bem o trabalho da Crítica Textual, e nessa fui induzido até me surpreender com uma guinada para defesa do texto tradicional.

É claro que há argumentos para os dois lados, tudo vai da análise e da escolha daquilo que melhor preenche seus paradigmas. Mas a defesa do Texto Receptus é complicada, e muitos problemas comprometedores são ignorados para fazer sua defesa possível. Eu prefiro ficar com todos os recursos que disponho, falo dos MSS, e ir trabalhando assim... Mas o trabalho do Pickering é bem feito e pode ser recomendado como uma literatura de apoio para quem deseja encontrar uma defesa bem elaborada para o Texto Recebido. O que me irrita profundamente é demonizar o trabalho de estudiosos da Crítica Textual e se apoiar em premissas (que não passam de falácias do espantalho) como fazem o pessoal lá do solcascriptura-tt.org."


Resposta:(a)O trabalho feito pelos estudiosos da Crítica Textual, não tem nenhum valor, porque se baseia em dois manuscritos gregos corrompidos (Vaticano e Sinaítco) - um deles(o Sinaítico), roubado por Tischendorf. As citações patrísticas, bem como as discordâncias entre ambos os textos gregos, apontam para a inconfiabilidade dos mesmos, bem como na comprovada adulteração e mutilação dos mesmos. Ademais, substituir "virgem"(Is 7:14 ACF) por "jovem"(Is 7:14 NTLH), não é traduzir. Virgem nunca será sinônimo exato de jovem, pois uma pessoa pode ser jovem, sem ser virgem, ou ser virgem, ser jovem. Outra coisa, dizer em Cl 2:8(NTLH) que os demônios governam o universo; ou dizer em Tg 5:16 que os cristãos devem confessar seus pecados uns aos outros(ARA, NVI, BV, NTLH), ou acrescentar "Filho" em At 20:28(NTLH), para negar que Cristo é o Deus encarnado, não pode ser outra coisa, senão obra do demônio, visto se tratar de acrescentar algo às Escrituras, algo que nunca esteve lá, em nenhum manuscrito grego. Nesse caso, deve-se ter em mente que houve manipulação humana proposital, já que se sabe que o criador da BLH(antigo nome da NTLH), Dr. Robert Bratcher, não acreditava na divindade de Cristo, assim como os testemunhas de jeová, que acrescentaram "outras" em Cl 11:16-17, em sua TNM. Mais uma outra coisa. Introduzir personagens fictícios na genealogia de Jesus - 'Admim' e 'Arni'(Lc 3:33 ARA, NVI, BV, NTLH), fazendo com que o "Lucas" do TC entre em contradição com Mateus(Mt 1:3-4), não é uma obra de demônios? A quem interessa colocar dúvidas sobre a Palavra de Deus, senão a Satanás?(Gn 3:1-4)


2º Argumento: "Voltando ao trabalho do Dr. Wilbur, podemos notar o seguinte:

1) à semelhança do pessoal lá do solascriptura-tt.org, ele faz uso da crítica de Westcott e Hort como espantalho. E o resto da história, não tem? Ignora um pouco todo o desenvolvimento da crítica textual e pressupõe que as versões modernas estão orientadas apenas pelo NT grego de Westcott e Hort, o que não é verdade, apesar de mencionar o trabalho de Nestle-Aland e outros.

2) O currículo do Dr. Wilbur é invejável, mas sei lá quais influências ele teve em seus estudos no exterior. Sei que há um grupo fundamentalista que idolatra a King James, e ele pode ter sido influenciado. Acho no mínimo curiosa a semelhança do que ele escreve com o que lemos nos sites que defendem o TR tanto no contexto da ACF quanto da KJV.

3) Dizer, por exemplo, que a Crítica Textual se apoia numa premissa falha e reconhecida como: “ter na antiguidade do texto um critério para escolher um MSS como o melhor”, quando a própria metodologia da Crítica Textual afirma que o critério é norteador, mas não soberano e deixa bem claro quais os riscos de se conduzir uma crítica com este critério a ferro e fogo. A crítica que eles fazem desse critério da metodologia da crítica do texto não passa de mais um espantalho! Estão afirmando algo sobre a Crítica Textual que não faz parte da metodologia, pelo menos não daquele jeito.

4) Onde está a menção da desconfiança de Erasmo quanto ao acréscimo da coma joanina na obra do Dr. Wilbur? Isso ele não menciona!

5) Onde está a menção da tradução que Erasmo fez do final de Apocalipse do latim para o grego por não ter um exemplar completo para fechar sua obra de o NT grego?

6) Por que ele não apresenta a declaração de Erasmo que avalia seu próprio trabalho como "mais precipitado do que editado"?

O Texto Recebido não é ignorado pela Crítica Textual. O texto bizantino (majoritário) também está lá, mas é apenas mais uma parte do quebra-cabeça. Triste é agarrar-se ao fundamentalismo, dar status de Palavra de Deus à KJV ou à ACF (Texto Recebido) e dizer que o resto é obra de demônios e ataques satânicos.

Em muito da defesa de Wilbur encontramos premissas dogmáticas que não podem fazer parte de princípios da metodologia científica como inspiração, inerrância estrita e rígida e que Deus zela por sua palavra etc. Não estou dizendo que Deus não zelou por sua palavra, que não exista inspiração nem nada disso, mas que estes não são critérios aceitáveis quando estamos tratando a discussão no nível acadêmico, da metodologia científica. Entende? Minha frustração com o trabalho dele foi vê-lo apoiar-se em premissas dogmáticas (uma boa parte fundamentalista) após tanto labor metodológico da primeira parte de seu livro quando trata da metodologia da Crítica Textual. Se era para acabar nisso, ignorando os princípios que devem reger um trabalho de metodologia científica, então simplesmente declarasse seus dogmas em defesa do Texto Recebido e pronto!"


Resposta: (a)O Dr. Pickering condena o TC, com documentos irrefutáveis, usados pela igreja(Versões, Lecionários, Manuscritos, Papiros, Citações dos pais da igreja), não argumentos fantasmas, ou o argumentum ad verecundiam, como faz este neófito. Pickering se utiliza de fontes históricas, enquanto este neófito se utiliza de citações de terceiros. Quem merece mais crédito? Quem tem argumentos academicamente falando mais convincentes e mais formidáveis - Pickering ou este neófito? (b)Não existe nenhum grupo que idolatra a KJV. Existe sim um grupo que defende traduções do NT baseadas no TR, o que é bem diferente, e nesse caso, a KJV, está inserida. (c)Onde estão as provas da desconfiança de Erasmo com relação a 1 Jo 5:7? Em Paroshi? O problema desses caras é serem maria vai com as outras - piolhos. Não podem nunca serem chamados de bereanos, que não acreditavam cegamente nas palavras dos líderes da igreja, mas recorriam as fontes, para verificarem se suas palavras eram confiáveis(At 17:10,11).

Em uma carta do Instituto Cristão de Pesquisas(11.01.1991), dirigida a minha pessoa, autografada pela falecido Natanael Rinaldi, o falecido e experiente apologista diz:

"Segue um comentário sobre 1 Jo 5:7, onde a própria Torre de Vigia informa que esse texto foi inserido por Erasmo na 3ª edição do seu Novo Testamento e baseado no Códice Montfornianus, não sendo apócrifo como elas dizem".

(d)As bíblias do TC, como não contém "toda a palavra que sai da boca de Deus"(Mt 4:4), mas também palavras de ingerência humana, onde muitos de seus tradutores eram ímpios e liberais, como os autores da NVI (dois homossexuais faziam parte do comité de tradução - Marten Woudstra e Virginia Mollenkot), da BLH(nome atual - NTLH) - Robert Bratcher, que não cria na inerrância e inspiração das Escrituras, nem na divindade de Cristo (e)O Dr. Pickering trabalhou com documentos irrefutáveis, usados pela igreja(Versões, Lecionários, Manuscritos, Papiros, Citações dos pais da igreja), não argumentos fantasmas, ou o argumentum ad verecundiam, como faz este neófito. Logo, se entende sua frustração.


3º Argumento: "Outra coisa impressionante, no trabalho do Dr. Wilbur, são os argumentos pueris que encontramos aqui e ali durante a leitura, como:

"A lógica simples impõe a conclusão que, acima de 3000 vezes, um ou outro tem que estar errado — isto é, eles têm mais de 3000 erros entre si. (Se você fosse escrever os quatro evangelhos à mão, será que conseguiria fazer 3000 erros? ou 1500?) Aleph e B discordam, na média, em quase cada verso dos evangelhos. Uma tal demonstração gravemente solapa a credibilidade daqueles MSS." [página 92]

Mas que argumento poderia ser mais cômico do que este? É claro que os 3000 erros não foram causados por um só copista, mas pelo acúmulo de todas as cópias que multiplicaram os erros até chegar neste conjunto aí... sem falar que esse conjunto de MSS tem esse número de erros por comparação com outro conjunto de MSS. Querer descreditar o MS com esse argumento (Se você fosse escrever os quatro evangelhos à mão, será que conseguiria fazer 3000 erros? ou 1500?) só pode ser piada para quem mostra tanto domínio do assunto!!!

O vídeo da palestra do Dr. Dell Johnson é infinitamente pior! Assisti ao vídeo, e a posição do doutor Dell Johnson é a posição fundamentalista, claramente. Nos EUA, eles defendem a KJV; aqui, a ACF. Como sempre, é feito muito alardeio desnecessário sem prova alguma. As únicas argumentações de sustentação para o que defendem são do tipo: "e se..." ou "o diabo é quem coloca em dúvida a Palavra de Deus..." etc.

Se Deus preserva sua Palavra, então porque cópias com erros foram feitas? Onde está a prova de que as cópias que originaram o Texto Recebido não foram adulteradas, mas preservadas... com base em quê afirmam isso? Ninguém mostra! Reclamam da Crítica Textual, mas foi exatamente o que Erasmo de Roterdã fez quando compilou seu famoso Texto Recebido, adotado pela King James. Se Erasmo não fez uma crítica do texto, como ele escolheu o melhor manuscrito das cópias que ele tinha à disposição? Por que ele relutou em acrescentar a coma joanina e mostrou desconfiança para o texto que lhe apresentaram?

A diferença é que a coisa evoluiu desde a época de Erasmo. Tenho certeza que Erasmo faria o mesmo que os outros fizeram se estivesse vivo um pouco mais tarde na história, com acesso a um número bem maior de manuscritos. Quanto a essa possibilidade, os defensores do Texto Recebido alegam que não seria verdade, porque Erasmo já dispunha dos mesmos manuscritos que a Crítica Textual utiliza hoje... baita mentira! Erasmo compilou seu Texto Recebido com base em oito ou dez conjuntos de manuscritos, nem todos completos. Precisou pegar um texto incompleto de Apocalipse com um amigo, porque ele não tinha um só exemplar!

Ele fala que o critério utilizado pelos críticos textuais é absurdo. Um dos critérios da metodologia para a crítica do texto é: “uma leitura mais complexa (difícil) é mais provável de ser a primeira”. O Dr. Dell Johnson então diz que isso é um absurdo, os estudiosos estão achando que a “palavra inspirada” precisa ser aquela que contem contradição! Ora, a leitura mais complexa não quer dizer que seja uma leitura contraditória ou com erros, mas que a leitura mais complexa deve ser a mais correta (a primeira) porque não teria sido simplificada por um copista posterior. Dificilmente um copista transformaria um texto simples em mais complexo, mas o contrário, para facilitar a compreensão, sim!

Os críticos textuais não estão duvidando da Palavra de Deus, mas da qualidade dos manuscritos. Imagine que alguém, hoje, século XXI, resolva escolher a melhor bíblia sem levar em consideração de como elas chegaram até nós. A pessoa poderia dizer, eu acho que a NVI é a melhor tradução por esse e aquele motivo... e colocar em dúvida a NTLH como tradução confiável. Ainda que ele tenha razão, ele não está duvidando da Palavra de Deus, mas da tradução NTLH em particular. Assim os críticos textuais não estão duvidando da Palavra de Deus, mas do conjunto de cópias que deram origem ao Texto Recebido, utilizado pela KJV e algumas outras. Eles têm fé na Palavra de Deus, tanto é que dedicam suas vidas inteiras em busca do melhor texto, aquele que melhor reflete o original que saiu da pena dos autores originais. Procure ver o testemunho de vida de Tischendorf, por exemplo."


Resposta: (a)Dizer que os argumentos do Dr. Pickering são pueris, é atestado de incompetência e reconhecimento de derrota, uma vez que Pickering afirma que os manuscritos Vaticano e Sinaítico discordam entre si. O que ele disse, não foi refutado por ninguém, mesmo algum defensor do TC, com provas documentais. O neófito defensor do TC, omite as palavras de Pickering, onde este cita até os críticos textuais, defensores do TC, reconhecendo esta discordância entre ambos os manuscritos:

"Metzger também alega queo estilo e vocabulário da passagem em foco diferem notavelmente daqueles do restante do quarto evangelho’. MAS OS FALANTES NATIVOS DO GREGO NAQUELA ÉPOCA NÃO ESTARIAM EM MELHOR POSIÇÃO QUE OS CRÍTICOS MODERNOS PARA NOTAREM ALGO ASSIM? ENTÃO COMO PODEERIAM ELES PERMITIR UMA PASSAGEM TÃO ‘ESTRANHA’ SER FORÇADA PARA DENTRO DO TEXTO? SUGIRO QUE A RESPOSTA EVIDENTE ÉR QUE ELES NÃO O FIZERAM: A PASSAGEM ESTAVA LÁ DESDE O INÍCIO. TAMBÉM PROTESTO CONTRA O USO DOS COLCHETES AQUI. UMA VEZ QUE OS EDITORES CLARAMENTE ENCARAM A PASSAGEM COMO ESPÚRIA ELES DEVERIAM SER CONSISTENTES E A ELIMINAREM, COMO A NEB E A BÍBLIA DE WILLIAMS O FAZEM. DESTA MANEIRA, TODA A EXTENSÃO DO SEU ERRO FICARIA EXPOSTA PARA TODOS VEREM. As Bíblias NIV, NASB, NRSV, Berkeley e TEV também usam colchetes para questionar a validade desta passagem”(Qual é o Texto Original do Novo Testamento, pp.209,210)

Pickering cita novamente o crítico textual Bruce Metzger(defensor do TC), como reconhecendo a adulteração proposital nos manuscritos do Tc, quando se refere a Jo 6:47, referente a omissão de "em mim":

"Metzger diz das palavrasem Mim”: “NENHUMA BOA RAZÃO PODE SER SUGERIDA PARA EXPLICAR SUA OMISSÃO”(B.M. Metzger, The Text of the New Testament (London: Oxford University Press, 1964) p. 214 - Ibidem, p.p.207)


Pickering fala sobre a Falsificação dos Textos do NT, afirmando, citando novamente o crítico textual Bruce Metzger(defensor do TC):


METZGER OBSERVA A RECLAMAÇÃO DE JERÔNIMO:


JERÔNIMO RECLAMOU DOS COPISTASQUE ESCREVEM NÃO O QUE ENCONTRAM, MAS AQUILO QUE PENSAM SER O INTENCIONADO, E ENQUANTO TENTAM RATIFICAR OS ERROS DOS OUTROS, MERAMENTE EXPÕEM OS SEUS PRÓPRIOS’”(Metzger, The Text, p. 195). (Exatamente, produzindo assim leituras que nos pareceriam ser ‘mais difíceis’ MAS QUE SÃO DE FATO ESPÚRIAS)


Depois de relatar um incidente em uma assembléia dos bispos cipriotas em 350 d.C, Metzger, segundo Pickerging, conclui:


“Apesar da vigilância de eclesiásticos com o temperamento do Bispo Esperidião, é aparente, mesmo ao exame casual de um aparato crítico, que copistas, ofendidos por erros (reais ou imaginados) de grafia, de gramática, e de veracidade histórica, DELIBERADAMENTE INTRODUZIRAM MUDANÇAS NAQUILO QUE ESTAVAM TRANSCREVENDO”([Metzger, The Text, p.195], citado por Pickering, Ibidem, p.53)

Posteriormente, novamente Pickering, cita o crítico textual Bruce Metzger(defensor do TC), para confirmar a falsificação do texto de Mc 16, com a omissão dos versos 9-20, encontrada no TC:

"Considere o que Bruce Metzger escreve concernente ao MS 2386:


ESTE ÚLTIMO, NO ENTANTO, É APENAS UMA TESTEMUNHA APARENTE DA OMISSÃO, POIS EMBORA A ÚLTIMA PÁGINA DE MARCOS TERMINE COM εφοβουντο γαρ ["porque temiam"], A PRÓXIMA FOLHA DO MANUSCRITO ESTÁ FALTANDO, E LOGO APÓS 16:8 ESTÁ O SINAL INDICANDO O ENCERRAMENTO DE UMA LEITURA-LIÇÃO ECLESIÁSTICA, UMA CLARA IMPLICAÇÃO DE QUE O MANUSCRITO ORIGINALMENTE CONTINUAVA COM MATERIAL ADICIONAL DE MARCOS”(Metzger, p. 122)

Por fim, Pickering, citando críticos textuais defensores do TC, produzido no Egito, mostra que mesmo eles reconhecem as falsificações dos manuscritos do TC:


" que dizer sobre o Egito? C.H. Roberts, num tratamento erudito dos papiros literários cristãos dos primeiros três séculos, parece favorecer a conclusão que a igreja alexandrina era fraca e insignificante para o mundo grego cristão no segundo século(Roberts, pp. 42-43, 54-58). Aland afirma: “Egito se destacava das outras províncias da Igreja, até onde podemos julgar, pelo domínio, desde cedo, do gnosticismo'(K. e B. Aland, p. 59). Prossegue nos informando que “ao final do segundo século” a Igreja egípcia era “dominada pelo gnosticismo”, e adianta mais: “AS CÓPIAS EXISTENTES NAS COMUNIDADES GNÓSTICAS NÃO PODIAM SER USADAS, POR ESTAREM SUSPEITA DE SEREM ADULTERADAS'(K. Aland, "The Text of the Church?" Trinity Journal, 1987, 8NS:138)


Isto é bastante esclarecedor — O QUE ALAND ESTÁ NOS DIZENDO, EM OUTRAS PALAVRAS, É QUE DURANTE O SÉCULO SEGUNDO (100 A 200) A TRADIÇÃO TEXTUAL DO EGITO NÃO ERA CONFIÁVEL. A AVALIAÇÃO DE ALAND AQUI É BEM PROVAVELMENTE CORRETA. Notem o que Bruce Metzger diz sobre a Igreja primitiva no Egito:


'Entre os documentos cristãos que durante o segundo século se originaram no Egito ou á circulavam entre tanto ortodoxos como Gnósticos, estão numerosos evangelhos apócrifos, atos, epístolas e apocalipsesHá também fragmentos de obras dogmáticas e exegéticas compostas por cristãos alexandrinos, principalmente Gnósticos, durante o segundo séculoDe fato, baseado nos comentários de Clemente de Alexandria, quase todo o tipo de seita cristã digressiva se representava no Egito durante o segundo século. Clemente menciona os Valencinianos, Basilidianos, Marcionitas, Peratae, Encratitas,Docetistas, Haimetitas, Cainitas, Ofitas, Simonianos e Eutiquianos. NÃO SE SABE QUE PORCENTAGEM DE CRISTÃOS NO EGITO ERA ORTODOXA'(Metzger, Early Versions, p. 101)


Quase dá para imaginar se Isaías 30:1-3 não seria uma profecia sobre a crítica textual do N.T.! Mas precisamos parar para refletir sobre as implicações das afirmações de Aland. É campeão do tipo de texto egípcio (“alexandrino”), MAS APESAR DISSO, ELE MESMO NOS INFORMA QUE DURANTE O SEGUNDO SÉCULO A TRADIÇÃO TEXTUAL DO EGITO NÃO ERA CONFIÁVEL, E JÁ NO ANO 200 O USO DO GREGO J´]LÁ HAVIA PRATICAMENTE CESSADO. POIS BEM, BASEADO EM QUE PODE ELE ARGUMENTAR QUE MAIS TARDE O TEXTO EGÍPCIO TORNOU-SE O MELHOR? ALAND TAMBÉM AFIRMA QUE NO SEGUNDO SÉCULO, NO TERCEIRO SÉCULO, E ATÉ NO QUARTO SÉCULO A ÁSIA MENOR CONTINUAVA SENDO 'A TERRA-CORAÇÃO DA IGREJA'. ISTO SIGNIFICA QUE AS QUALIFICAÇÕES SUPERIORES DA ÁREA EGÉIA PARA PROTEGER, TRANSMITIR, E CERTIFICAR O TEXTO DO NT VIGORAM QUARTO SÉCULO ADENTRO! Acontece que Hort, Metzger e Aland (além de muitos outros) ligaram o tipo de texto 'Bizantino' com Luciano (de Antioquia), que morreu em 311 DC. ORA, VEJAM, UM TEXTO PRODUZIDO 'NA TERRA-CORAÇÃO DA IGREJA' NÃO SERIA MELHOR DO QUE QUALQUER COISA QUE TIVESSE EVOLUÍDO NO EGITO?"(Qual o Texto Original do Novo Testamento?, pp.73-t4)

(b)Olhem o que o neófito disse:

"Se Deus preserva sua Palavra, então porque cópias com erros foram feitas? Onde está a prova de que as cópias que originaram o Texto Recebido não foram adulteradas, mas preservadas... com base em quê afirmam isso? Ninguém mostra!"


Comentário: (a)Primeiro, ele põe em dúvida a doutrina da preservação das Escrituras. Nesse sentido, ele não pode sequer dizer que é reformado ou confessional, pois as Confissões de Fé Reformadas afirmam que Deus preservou toda a sua palavra integralmente(Confissão de Fé de Westminster[1643-1649], I:8/Confissão de Fé Batista de 1689. I:8/Declaração de Fé e Ordem de Savoy, 1658, I:8). (b)Segundo, ele afirma que "cópias com erros foram feitas",. mas não apresenta nenhuma prova documental. (c)Se ele afirma que as cópias que originaram o TR, foram adulteradas, que ele apresente as provas, caso contrário, não passará de um caluniador barato, violador do 9º mandamento!(Ex 20:16). O ônus probandi está em quem levanta a acusação. Até ele provar sua suspeita ou afirmação, não passará de um grande mentiroso. Enquanto isso, nós, com provas abundantes, comprovamos a adulteração dos manuscritos corrompidos do TC.

(c)Olhem a afirmação desse neófito:

"Assim os críticos textuais não estão duvidando da Palavra de Deus, mas do conjunto de cópias que deram origem ao Texto Recebido, utilizado pela KJV e algumas outras".

Resposta: Enquanto nenhum crítico textual não provar suas declarações contra o TR, continuarão como caluniadores baratos, mentirosos e violadores do 9º mandamento(Ex 20:16). O ônus probandi é de quem levanta a acusação. Enquanto esta acusação não é provada, o acusador não passa de um caluniador barato!


(d)Olhem a declaração ridícula deste neófito:

"Eles têm fé na Palavra de Deus, tanto é que dedicam suas vidas inteiras em busca do melhor texto, aquele que melhor reflete o original que saiu da pena dos autores originais. Procure ver o testemunho de vida de Tischendorf, por exemplo"


Resposta: (a)Tishendorf é um exemplo de quem dedicou a sua vida inteira em busca do melhor texto? Tischendorf era tão enamorado com o manuscrito Sinaitico que ele alterou a oitava edição do seu texto em grego (1869-72) em 3.369 casos, largamente em conformidade com o Sinaitico. Note que este manuscrito(pelo qual Tishendorf se apaixonou) que tão poderosamente influenciou os homens que desenvolveram as teorias do moderno criticismo textual, foi descoberto em uma cesta de lixo em um monastério da Igreja Católica Greco-Ortodoxa. Mesmo os monges espiritualmente cegos que viviam neste local demoniacamente oprimido o consideraram digno apenas de queimar! Dr. James Qurollo observa:

"Eu não sei qual deles tinha a verdadeira avaliação do seu valor. Tischendorf, que queria comprá-lo, ou os monges, que estavam se aprontando para queimá-lo!?”


Tishendorf é um exemplo de quem dedicou a sua vida inteira em busca do melhor texto, e o melhor texto era aquele que estava jogado na cesta do lixo de um mosteiro? Tishendorf é um exemplo de quem dedicou a sua vida inteira em busca do melhor texto, e esse texto era exatamente aquele de quem os próprios monges tinham tanta vergonha e desprezo (devido suas rasuras e falsificações), a ponto de quererem queimá-lo? Tishendorf é um exemplo de quem dedicou a sua vida inteira em busca do melhor texto, a ponto de roubá-lo, segundo testemunho do Dr. R. L. Hymers? Um ladrão é um exemplo de alguém que dedicou a vida inteira em busca do melhor texto? Que tal canonizarmos Judas Iscariotes, que também era ladrão?(Jo 12:4-6)

(e)Olhem o que o neófito diz:

"Se Erasmo não fez uma crítica do texto, como ele escolheu o melhor manuscrito das cópias que ele tinha à disposição"

Comentário: É evidente que Erasmo fez uma crítica do texto, quando sabendo da inferioridade do TC (devido suas mutilações e adulterações), preferiu o corpo de documentos (não corrompidos, e portando o texto preservado) que deram sustento ao TR.

(e)Olhem o que o neófito diz:

"A diferença é que a coisa evoluiu desde a época de Erasmo. Tenho certeza que Erasmo faria o mesmo que os outros fizeram se estivesse vivo um pouco mais tarde na história, com acesso a um número bem maior de manuscritos"

Comentário: Interessante, que Westcott e Hort, quando escolheram apenas dois manuscritos gregos(Sináiitco e Vaticano) também não tiveram acesso a um número bem maios de manuscritos? kkkkkk

(f)Olhem o que o neófito disse:

"Ele fala que o critério utilizado pelos críticos textuais é absurdo. Um dos critérios da metodologia para a crítica do texto é: “uma leitura mais complexa (difícil) é mais provável de ser a primeira”.

Comentário: Daí vem a minha pergunta: Os corrompidos manuscritos Vaticano e Sinaítico representam esta leitura? kkkkk. E se a leitura mais complexa(difícil) é mais provável de ser a primeira, pra que fazer traduções em equivalência dinâmica como NVI e NTLH? kkkkk

(g)Olhem o que o neófito disse:

"Dificilmente um copista transformaria um texto simples em mais complexo, mas o contrário, para facilitar a compreensão, sim"

Comentário: Substituir "Aarão" e "Aminadabe" por "Arni" e "Admim" não é transformar um texto simples em mais complexo, ao não só introduzir personagens fictícios e fantasmas na genealogia de Jesus, como também criar uma contradição entre o "Lucas" do TC, com Mateus?(Mt 1:3-4)


4º Argumento: "Enfim, são acusações que apontam para o lado errado, induzindo ao erro, sem argumento de sustentação para o que defendem e muito, mas muito, se sustenta por declarações como: "é porque EU estou falando pra vocês...". Isso não é argumento... ouvir isso da boca de um doutor, vira piada!

Se você tiver o interesse em pesquisar o assunto do ponto de vista acadêmico, com rigor da metodologia científica sem delírios dogmáticos, procure ler autores como Wilson Paroschi, Kurt Aland e Barbara Aland, sobre o assunto de crítica textual do Novo Testamento. Já indiquei os livros desses autores no primeiro artigo da série.

Agora, deixemos os doutores Wilbur e Johnson em paz e vamos à crítica de algumas coisas que não fazem o menor sentido. As citações foram extraídas de e-mails enviados a mim esta última semana.

Citação 1

E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar. (Ap 8.13 - ACF)
Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar! (Ap 8.13) - ARA

Aqui o Texto Crítico altera “Anjo” para “Águia”. O que essa “águia” está fazendo no céu? Águia fala? De onde veio, então, a águia? Do Texto Crítico? O Texto Recebido traz Anjo, corretamente.

Permita-me responder às perguntas acima:

O que essa “águia” esta fazendo no céu?

Bem, se fosse peixe, estaria nadando; tatu, cavando; a águia, voando. E o único lugar que dá pra voar é no céu!

Águia fala?

Claro que não! Mas serpente fala? Como pode uma serpente ter enganado a Eva com tanta eloquência?

De onde veio, então, a águia? Do Texto Crítico? O Texto Recebido traz Anjo, corretamente.

Claro que águia vem do Texto Crítico. E “corretamente anjo como no Texto Recebido” só na sua cabecinha com essa lógica de jardim de infância ironicamente respondida acima...

Veja que o “esculachador” do Texto Crítico não se dá conta que Apocalipse é uma obra repleta de imagens fantásticas, de dragões e bestas. É um texto, por sua própria característica literária, repleto de símbolos, alegorias e visões nada literais! Dada a natureza da literatura apocalíptica, faz muito mais sentido João ter tido a visão com a águia e não, necessariamente, com um anjo. O que provavelmente ocorreu foi uma releitura interpretativa de algum copista que trocou “águia” por “anjo” justamente por se deixar levar pela mesma imaginação desprovida de critério como demonstrado no comentário citado acima.

Citação 2

“A pretensão dos inimigos da Palavra de Deus é que se alguém, de algum modo conseguir desacreditar Erasmo em seu Texto Grego, então poderá desacreditar a VA. Então, esses homens direcionaram suas armas de fogo contra Erasmo, atacando-o pessoalmente e atacando o seu Texto Grego.”

Chega ser engraçado vê-los se fazerem de coitados atacados assim. Logo eles que gostam de dizer que os diretores das sociedades bíblicas do mundo inteiro são satanistas; que Westcott e Hort são filhos de satanás, descrentes heréticos; que uma certa tradutora da NVI era lésbica etc.
Criticaram o Erasmo? Que dó dele...

Falácia da Autoridade

Algumas pessoas ainda dizem que sou “audacioso” em criticar as obras dos doutores que estão em defesa do Texto Recebido. “André, eles são doutores!”

Ok, eu sei bem disso. Como também sei que ser doutor não significa outra coisa senão dar continuidade aos estudos para além de um bacharelado e mestrado. Estuda-se muito para isso? Sim, é claro. Mas o que se estuda até esse ponto? Os doutorandos estão isentos de suas próprias convicções e paradigmas? Claro que não! E se há doutores do lado de lá, há um bom número de doutores do lado de cá defendendo o Texto Crítico também!

E quero lembrar que estou criticando as obras dos autores A ou B, e não as pessoas!

Próximo artigo será publicado dia 8 de agosto"


Resposta: (i)Dá até vontade de rir. Procurar "Wilson Paroschi, Kurt Aland e Barbara Aland", infere que estas pessoas representam o ponto de vista "acadêmico, com rigor da metodologia científica sem delírios dogmáticos"? Por exemplo, Parochi provou onde a sua afirmação que Erasmo baseou alguma edição de seu texto grego baseando-se na Vulgata ou na Biblia Católica Compultense? Será que repetir a mesma mentira dezenas de vezes, a torna verdade? As técnicas do Nazismo e do comunismo não morreram!!! (b)A citação de Ap 8:13, na ARA, não encontra apoio nos primitivos escritores cristãos pós-apostólicos, que rezam Ap 8:13, como "E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar":

(i)Origenes(182-254)(Comentário do Evangelho de João, I:14)
(ii)Vitorino(281-365 d.C)(Comentário de Apocalípse, 8:13)

Em outras palavras, o testemunho do grego Orígenes, anterior aos manuscritos Vaticano e Sinaítico, comprova que esses manuscritos foram adulterados.

(ii)Olhe a frase do neófito:

"Chega ser engraçado vê-los se fazerem de coitados atacados assim. Logo eles que gostam de dizer que os diretores das sociedades bíblicas do mundo inteiro são satanistas; que Westcott e Hort são filhos de satanás, descrentes heréticos; que uma certa tradutora da NVI era lésbica etc.
Criticaram o Erasmo? Que dó dele."


- Ninguém, além de Westcott e Hort, para dizer que eles eram ímpios:

Eu rejeito esmagadoramente a palavra infalibilidade das Sagradas Escrituras"(Life and Letters of Brooke Foss Westcott, Volume I, p.207).

"Mas eu não sou capaz de ir tão longe assim como você, em afirmar a infalibilidade absoluta de um escrito canônico”(Life and Letters of Fenton John Anthony Hort , Volume 1, p.422)

“Você já leu Darwin? Como gostaria de conversar com você sobre isso! Apesar das dificuldades, estou inclinado a julgá-lo incontestável. Em qualquer caso, é um deleite ler tal livro”(Ibidem, p.414)

- Que Virginia Nollenkot, tradutora da NVI, era homossexual, sua própria fala em uma entrevista e uma carta a denunciam(Episcopal magazine, Witness [Junho de 1991], pp. 20-23), Carta de Virginia Mollenkott a Michael J. Penfold datada em 18.12.1996). Aliás, agora se entende o porque, na NVI, 'sodomita' por 'prostituto cultual'(Vide NVI Dt 23:17; 1 Re 14:24; 15:12; 22:46; 2 Re 23:7), tudo para não ofender homossexuais que faziam parte do comitê de tradução, nem ao movimento homossexual!. Ah, agora o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo só é pecado se for em adoração, adoração idólatra, dentro de um templo pagão, e ainda mais sem amor mas sim em troca de pagamento?!... Como esta tradução contenta o movimento pró-gays! Os gays devem estar pulando de alegria e gritando "que maravilha”! Ofereça um exemplar da NVI para Leão Lobo, Luiz Mott e Jean Wyllys!!!

(iii)Com relação 'a falácia da autoridade"; a mesma que você critica, você a usa, para a sua defesa do corrupto e desacreditado TC, quando cita "Wilson Paroschi, Kurt Aland e Barbara Aland", como pessoas que representam o ponto de vista "acadêmico, com rigor da metodologia científica sem delírios dogmáticos". Você é um falacioso, querendo chamar os outros daquilo que você exatamente é. O problema seu é ser piolho, maria vai com as outras. Você não é um bereano. Nunca vai as fontes. Seu caráter é próprio de um membro de seitas - ser mero seguidor de homens.



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