quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Debulhando o defensor do Texto Crítico e “Refutador” do Site SollaScriptura - 5ª Parte




Agora apresentaremos o 5º artigo, publicado por este neófito, no blog "OS BEREANOS":


https://bereianos.blogspot.com/2013/08/o-solascriptura-ttorg-e-suas-acusacoes_19.html?m=1


Esteja atento a cada falácia do mesmo, e a cada resposta nossa.


1º Argumento: "Chegamos então ao último artigo da série. Por simples Graça, já foi possível ouvir de algumas pessoas que a série foi abençoadora, contribuiu para construir uma fé mais sólida e espantar o medo promovido pela ignorância. E minha proposta para fechar a série é lançar algumas questões para reflexão.

Deus se revela ao homem por meios inteligíveis. Ele escolheu comunicar-se com o homem através de seus sentidos, emoções e linguagem. Sua “comunicação” com o homem nunca está fora de seu próprio tempo, apesar de ser um ser eterno e fora do tempo. Nunca está fora do contexto cultural, social ou alheio às necessidades humanas. Um dos conceitos básicos com relação aos atributos divinos é o seu “ser pessoal”. Deus é um ser pessoal que se relaciona com sua criação. Sua capacidade e “interesse” em ter um relacionamento com sua criação no nível mais pessoal possível foi grandioso ao ponto de se fazer carne, à semelhança de sua criação pecaminosa com suas limitações, para resgatá-los para si mesmo! Deus falou com o homem por meios de sonhos e visões, depois por meio de seus profetas; mas nada pode se comparar com sua manifestação em carne. Nada poderia ser mais pessoal do que tocar na carne leprosa com mãos humanas para curar, falar aramaico com som audível e inteligível para ensinar sua lei sem derreter montanhas e fulminar a carne de pecado! Enquanto debaixo da lei ninguém poderia tocar no monte de onde se ouvia a voz divina e continuar vivo; agora, por meio da Graça em Jesus Cristo, todos podiam se assentar no monte para ouvir as instruções do Logos Divino e ganhar a vida eterna!

Quando o Verbo da Vida se faz carne e fala ao povo em aramaico, não estamos diante de novidade alguma! Deus já havia, por meio de Neemias e Esdras, traduzido sua Lei do hebraico para o aramaico, visando entregar ao seu povo eleito a sua Palavra em linguagem que eles pudessem compreender para continuar a obedecer. Por causa da dispersão dos judeus entre as nações e o domínio do império helênico com sua influência também na língua, as sagradas letras são traduzidas para o grego. Isso é manifestação da Graça de um Deus zeloso por sua Palavra e por seu relacionamento com o homem. Sua Palavra é preservada e se transforma com o homem, em parte, porque Deus é um Deus pessoal. Hoje, não pode ser diferente! Deus continua desejando ser entendido e assim revelado a todas as pessoas independente de suas competências e instrução escolar. Deus é SENHOR de analfabetos e doutores. Não devemos limitar o conhecimento de Deus aos instruídos, é nossa obrigação facilitar o acesso dos fracos e humildes ao conhecimento de Deus. Devemos produzir Bíblias em áudio para quem não sabe ler, e aí não adianta falar um “almeidês” que eles não podem entender. Precisamos utilizar uma linguagem que eles compreendam com clareza a revelação divina, assim como ele mesmo, o Verbo da Vida, nos ensinou: “... Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender” - Marcos 4:33.

Assim também pensavam os escritores do Novo Testamento. Não escreveram suas cartas e evangelhos em outra língua senão aquela que poderia ser compreendida por todos: o grego coiné. Não era o grego clássico que poderia ser compreendido apenas pela elite, mas um grego comum falado pelo povo comum e de maneira alguma longe da compreensão também da elite com bom e refinado grego. As citações do Antigo Testamento são, em sua maioria, da Septuaginta – a tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego.

A Septuaginta está longe de ser considerado um primor de tradução. Seria melhor para Paulo, fariseu culto e muito bem habilitado para fazer perfeita exegese do texto original hebraico, ter utilizado como fonte a Bíblia hebraica para suas citações e construções teológicas. Contudo, Paulo preferiu a clareza do texto citado em grego coiné à precisão exegética do texto original hebraico. Onde estava a neura dos hagiógrafos do Novo Testamento? Por que devemos insistir numa tradição quando não encontramos um paralelo sequer nos textos bíblicos?"


Resposta: (a)A expressão do neófito - "Nunca está fora do contexto cultural, social ou alheio às necessidades humanas. Um dos conceitos básicos com relação aos atributos divinos é o seu “ser pessoal”, parece querer inserir de que a Escritura tenha que se adaptar a cultura do homem, o que é um erro. 1 Co 11:1-16, nos revela isso. Paulo ali nos mostra que era costume das mulheres orarem sem o véu e dos homens orarem com a cabeça coberta(terem cabelereiras enormes, como era praxe entre os gregos). Ele escreve para mudar essa visão. Embora as mulheres soubessem que o cabelo lhes fora dado em lugar do véu(1 Co 11:15), lhes foi recomendado que usassem véu na igreja ou fora dela(1 Co 11:5-6,10,13) e a razão, segundo a opinião de vários comentaristas, era que sendo Corinto uma cidade portuária, e havendo ali um grande centro de prostituição, por causa das adoradoras da deusa Diana, as mulheres receberam a recomendação de usarem véu, para não serem confundidas com prostitutas. Afirmamos isso, porque, por natureza própria, ela não precisa de véu, porque seu cabelo lhe foi dado em lugar do véu(1 Co 11:15). Da mesma forma ocorria com os homens gregos. Estavam acostumados a terem suas enormes cabeleireiras, e foram condenados por Paulo, por terem cabelos longos, o que os impedia de orar ou profetizar, sem cometer desonra(1 Co 11:4), porque enquanto às mulheres era permitido terem cabelos longos, a eles não era(1 Co 11:14-15). Isso mostra que a cultura do homem tem de ser adaptada às Escrituras, não as Escrituras à cultura dos homens.

(b)O fato de que as palavras hebraicas, quando citadas no NT. serem traduzidas em seu sentido literal(Jo 1:41; 4:25) mostra que Deus se importava com a tradução de equivalência formal, invés da dinâmica, como apregoam os defensores do TC. Eles violam o sentido literal do espírito das Escrituras, que é traduzir de acordo com o que está no original. Por isso, os apóstolos faziam questão até de uma palavra, quando o assunto é a tradução de um texto do AT(Gl 3:16)

(c)Jesus não estava preocupado em falar a todos os homens, de uma maneira a facilitar sua compreensão(Mc 4:9-12). Se assim o fosse, não falava a alguns deles por parábolas, enquanto aos seus falava diretamente, de uma maneira as vezes possível de entender. Mas suas citações das Escrituras, eram feitas de acordo com o sentido literal do AT(Jo 10:34). Ele não usava palavras substitutivas.

(d)Paulo citou no Sl 97:7 pela tradução da LXX em Hb 1:6, e chama isso de 'Palavra de Deus'., ao se referir a uma tradução do AT.

(e)Eles citavam o grego koiné, mas mesmo o citando, quando faziam menção de uma palavra hebraica, a traduziam de forma literal, conforme o sentido real da palavra no AT(Jo 1:41; 4:25)


2º Argumento: "Jesus disse: “As palavras que eu lhes disse são espírito e vida” – João 6:63. É evidente que essa declaração é verdadeira! Mas será que essa natureza de suas palavras está na “literalidade da letra”? Se a vida pudesse ser encontrada na precisão da letra, por que Jesus repreendeu os fariseus que buscavam encontrar a vida eterna nas “letras”? Ninguém conhecia a “letra” melhor do que um fariseu. Eles viviam contando cada letra, interpretando cada palavra, tudo minuciosamente. Toda a Torá era decorada, letra por letra, muito antes de atingir a vida adulta. Conhecer a “letra”, em sua literalidade e precisão, nunca foi garantia de vida eterna!

“Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna” – João 5:39. Como assim “pensam”? Não é para ser assim!? Pode ser frustrante para alguns pensar que estudar, examinar, analisar minuciosamente as letras da Palavra não resulta em encontrar nelas, automaticamente, a vida eterna. A “mágica” não está na “letra”! O dia que eu depender da “literalidade da letra” estarei longe da vida, antes ela me matará! O eleito será salvo pela regeneração do Espírito, pelo dom da fé que lhe será dado. Parafraseando 2 Coríntios 2:14-18, digo: Antes da regeneração do Espírito qualquer palavra não terá valor para a vida, terá cheiro de morte! Somente o Espírito faz, para os que vão sendo salvos, a “letra” ter um cheiro suave e agradável que dá vida! Então, qual tradução é capaz de realizar um trabalho como esse? Será a Almeida, NVI ou NTLH? Texto Recebido ou Texto Crítico? Quem é capaz de dar vida ao homem, morto em seus delitos e pecados? Se é a letra, por que os fariseus não enxergaram Cristo nas Escrituras (originais!) por meio de tanta dedicação à letra?


Siga a série através dos links abaixo:
O solascriptura-tt.org e suas acusações (série 1 de 5)
O solascriptura-tt.org e suas acusações (série 2 de 5)
O solascriptura-tt.org e suas acusações (série 3 de 5)
O solascriptura-tt.org e suas acusações 3 - Addendum
O solascriptura-tt.org e suas acusações (série 4 de 5)
O solascriptura-tt.org e suas acusações (série 5 de 5)"


Resposta: (a)Se Jesus afirma que suas palavras são "espírito" e "vida", primeiro atenta para o sentido da palavra, depois para o seu significado literal. O termo grego πνεῦμα(pneuma) de acordo com o Léxico Grego do NT de J. H. Thayer, significa aqui "o espírito racional, o poder pelo qual um ser humano sente, pensa, vai, decide; a alma". Em outras palavras. Ele quis dizer que suas palavras atingiam o raciocínio do homem, ao ponto de fazê-lo sentir, pensar, decidir. Eram ensinos que depois se tornavam prática na vida do homem. (b)Apesar do fariseu conhecer a letra e não enxergar Cristo como Salvador, contudo, o próprio Cristo fazia questão de que nenhum til ou jota da lei deveriam ser omitidos(Mt 5:18). Com isso, apela para a literalidade da palavra, ao citar de forma específica uma letra ou um sinal vocálico. Cristo não era um partidário da equivalência dinâmica, como os falsos mestres do TC. (c)Cristo, que sendo a própria vida(Jo 14:6) apelou para a literalidade da letra em Mt 5:18. (d)Interessante, que o NT chama a Palavra de Deus de "muitas letras"(At 26:24), as quais são por Paulo chamadas de "palavras de verdade e de um são juízo"(At 26:25). Acaso, a verdade não nos leva a salvação? De acordo com Cristo, a verdade não só liberta, mas também santifica(Jo 8:32; 17:17), e isto infere a tradução em equivalência formal, de forma literal - letra por letra('as muitas legras')e as mensagens que advém dela, são capazes de levar a homem a não só ser liberto da condenação do pecado(Jo 8:32), mas também a ser livre do domínio do pecado('ser santo' - Jo 17:17). Se isto não for garantia de salvação, o que mais o será?


(d)O neófito diz:


"O eleito será salvo pela regeneração do Espírito, pelo dom da fé que lhe será dado"

Contudo, o Texto Critico omite até a doutrina da eleição particular, ao omitir a expressão ""...porque há muitos chamados, mas poucos escolhidos"(Mt 20:16; 22:14 ACF), expressão essa citada pela igreja pós-apostólica:

(i)A Epistola de Barnabé(IV:14), que é datada do ano 120 d.C.
(ii)Irineu(130-200)(Contra Heresias [180 d.C], IV, 15:2),
(iii)Orígenes(184-254), filósofo e teólogo grego(Comentário do Evangelho de Mateus, XII:12).
(iv)Tertuliano(160-220)(De Fuga in Persecutione, 14).
(v)Basílio(330-379), teólogo e bispo de Cesareia(Homília 15),
(vi)Crisóstomo(347-407)(Homília 64 Sobre Mateus),
(vii)Rufino de Aquiléia(340-410)(Apologia Contra Jerônimo, 44)
(viii)Jerônimo(347-420)(Comentário de Mateus 24:12).
(ix)Agostinho(354-430), cita-a(A Correção e a Graça, 7:14), (x)Pedro Crisólogo(+ 433 d.C)(Sermão sobre Romanos 7:1-6)
(xi)Sócrates(380-439), historiador cristão(História Eclesiástica, 5:10).
(xii)Leão, o Grande(+461), bispo de Roma, cita-o(Sermões, 62:4)
(n)Gregório Magno(540-604)(Homílias 19,38)

O Texto Crítico favorece o arminianismo, não o Calvinismo, com a sua doutrina da eleição particular e pessoal.

(e)O neófito diz sua última sandice:

"Parafraseando 2 Coríntios 2:14-18, digo: Antes da regeneração do Espírito qualquer palavra não terá valor para a vida, terá cheiro de morte! Somente o Espírito faz, para os que vão sendo salvos, a “letra” ter um cheiro suave e agradável que dá vida! Então, qual tradução é capaz de realizar um trabalho como esse? Será a Almeida, NVI ou NTLH? Texto Recebido ou Texto Crítico? Quem é capaz de dar vida ao homem, morto em seus delitos e pecados? Se é a letra, por que os fariseus não enxergaram Cristo nas Escrituras (originais!) por meio de tanta dedicação à letra?"

E diante disso faz-se mister tecermos o seguinte comentário:


A resposta é muita simples. É aquela que consta "toda a palavra que sai da boca de Deus"(Mt 4:4). A ARA, NVI, NTLH, BIBLIA VIVA contém, 'toda a palavra que sai da boca de Deus"? Não não contém, porque elas negam canonicidade ou omitem textos como Mt 6:13; Mc 16:9-20; Jo 8:1-11; 1 Jo 5:7. Nesse caso, a única tradução, em português, que contém toda a palavra que sai da boca de Deus, é a Almeida Corrigida Fiel, baseada no Texto Massorético(Hebraico) e Receptus(Grego). Pedro nos recomenda a usarmos "o leite racional, não falsificado"(1 Pd 2:2). Tomamos o leite racional, não falsificado, quando lemos a Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil,



"Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus"(2 Co 2:17)


Deus nos abençoe!!!

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