segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Olavo de Carvalho e o seu analfabetismo teológico!!!



Fui procurado agora a pouco por um irmão, que me pediu para "refutar" um post ridículo do "Olavo de Carvalho", intitulado "Por que não sou “evangélico”, disponível em seu blog:

https://blogdoolavo.com/por-que-nao-sou-evangelico/

É de dar dó as afirmações acéfalas deste homem, mas vou transcrever aqui, dando uma breve e rápida resposta ao mesmo:

1º Argumento: "Não sou autoridade nenhuma em matéria de Teologia – como alegam sê-lo tantos que vêm usurpar o espaço no meu Facebook para me xingar de tudo quanto é nome –, mas uma coisa que sei fazer é ler. Ler e compreender. Faço isso não só em português e em outras línguas modernas, mas em algumas antigas. Não leio com a mesma fluência do português, do inglês ou do francês em grego clássico, mas compreendo esse idioma o suficiente para consultar dicionários, tirar dúvidas sobre o sentido de algumas palavras e averiguar o acerto ou erro de uma tradução. É com base nisso que asseguro:

Em parte nenhuma do Evangelho Nosso Senhor diz que ler a Bíblia ou mesmo acreditar nela vai nos salvar. Não há ali sequer uma frase, um trechinho, uma palavra, em que Ele nos recomende a leitura do grande livro. O que Ele diz, isto sim, e com palavras inconfundíveis, é que a salvação, o ingresso na vida eterna, só vem por um único meio: comer o Seu Corpo e beber o Seu sangue. Nem mesmo um retardado mental pode confundir essas duas ações com a leitura de um livro, por santo e sublime que seja."


Resposta: (a)Olavo de Carvalho, falando de política, é um gigante. Falando de teologia é um anão. A Bíblia afirma em vários lugares que crer nela, nos levará a vida eterna ou salvação:

"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam"(Jo 5:39)

"E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus"(2 Tm 3:15)

"E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,

Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos"(Lc 16:27-29)

(b)Se a vida eterna dependesse de alguém participar da Ceia do Senhor, comendo do pão ou bebendo do vinho, Judas Iscariotes, que participou da Ceia do Senhor(Lc 22:19-22), não teria sido chamado de "diabo"(Jo 6:70); "ladrão"(Jo 12:6) e "filho da perdição"(Jo 17:12). Falando dele, as Escrituras dizem:

"Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.

Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos"(Jo 13:10,11).

Aliás, horas antes desse homem (Judas) participar da Ceia(como já avisado por Jesus, de que Judas participaria - Mt 26:23), já se havia dito sobre o veredito do destino irrevogável de sua alma:

"Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido"(Mt 26:24).

Portanto, nada que Judas fizesse (ex: participar na Ceia do Senhor), o tornaria receptor de salvação. Ele estava desde a eternidade, irrevogavelmente, destinado a perdição. Apenas uma coisa o impediria dele ir para o quinto dos infernos - Ele nunca ter nascido!!!

Mas já que nasceu, o inferno já estava lhe esperando. Não tinha como escapar dele. Ele não podia anular o decreto de Deus, exposto nos registros proféticos do AT. A Palavra de Deus jamais poderia ser anulada.

2º Argumento: "Um rito, por definição, é a repetição formal e exata de um ato fundador, o qual dessa maneira salta a barreira do tempo e se torna novamente presente com o mesmo poder e eficácia do instante originário em que se realizou. Quando batizamos um bebê, não estamos apenas rememorando o que fez João Batista, mas repetindo com atual vigor e efeito o que ele fez nos tempos bíblicos: integrar uma nova alma humana no Corpo Místico de Cristo, abrindo-lhe em potência as portas do Céu"

Resposta: (a)João Batista, com o seu batismo com água, apontava para dois batismos - um com o Espírito Santo, e outro com fogo(Mt 3:11). O primeiro, para os eleitos e crentes; o segundo, o de juízo(Mt 3:11,12); para os réprobos e condenados. (b)O batismo com água não integra ninguém no corpo místico de Cristo, mas o batismo com o Espírito Santo:

"Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito"(1 Co 12:13).

(c)Cornélio e os seus foram batizados com o Espírito Santo, antes de serem batizados com água(At 10:44-48). Logo, a regeneração, ou o ingresso no Corpo Místico de Cristo, ocorre antes do batismo com água, mediante o batismo com o Espírito Santo;

(d)Simão mago, foi batizado com água, mas continuava sendo um "íniquo"(At 8:13-23). Logo, o batismo com, água não opera nem a regeneração, nem remove a iniquidade, tampouco é garantia de salvação para o batizado.

3º Argumento: "Tanto em Lucas 22:19 quanto em Coríntios 11:24-26, Jesus, ao consagrar o pão e o vinho, ordena a Seus discípulos: “Fazei ISTO em memória de mim”. A expressão grega é muito clara: “toyto poiête” – “fazei isto”. Ele não disse “fazei um memorial disto”, mas “fazei ISTO”: consagrar o pão e o vinho, transformando-os no Corpo e no Sangue do Redentor. Isso é o ponto culminante da Revelação cristã, a chave mesma da salvação. Lutero, Calvino e seus seguidores reduziram esse ato a um simples “memorial”, esvaziando-o da sua eficácia ritual no presente e negando a transformação real das duas substâncias. Curiosamente, não fizeram o mesmo com o rito do batismo. O famoso “batismo nas águas” das igrejas evangélicas não se apresenta como um puro “memorial” do que João Batista fazia, mas como um rito atual, investido das mesmas propriedades do batismo conferido por João Batista. Se o batismo tem esse poder, por que não o teria a Eucaristia?"

Resposta: (a)A expressão "fazei isto", se refere a que - transformar o pão no corpo de Cristo, ou partir o pão em memória de quem estaria futuramente ausente - Cristo? O próprio texto de Lc 22:19, diz:

"E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo...".

Da mesma forma, lemos em 1 Co 11:23-25 =

"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;

"E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim".

Então, a expressão "fazei isto", se refere a "partir o pão", "dá-lo", e "tomar o cálice", e dá-lo a todos, conforme lemos em Mt 26:26-27 =

"E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos"(Mt 26:26,27).

Portanto, ao dizer "fazei isto", ordena que sempre administrem o sacramento da ceia do Senhor, em memória dele:

"E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim"(Lc 22:19).

O substantivo grego ἀνάμνησις(anamnésis), aqui traduzido por "memória", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente "uma lembrança, recordação". Ora, ninguém pode se lembrar de quem está presente, mas sim de quem está ausente, como é o caso de Jesus(1 Co 11:26). Logo, Jesus não pode estar presente fisicamente nos elementos da Ceia, conforme preceitua Paulo:

"Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha"(1 Co 11:25,26).

Outra coisa a se lembrar. Sempre que os cristãos participavam da ceia do Senhor, estavam comendo apenas "pão" e bebendo apenas "vinho", não comendo literalmente o corpo do Senhor, ou bebendo literalmente o seu sangue, como se fossem canibais ou vampiros:

"Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha"(1 Co 11:26).

Portanto, quando Jesus disse: “Isto é o meu corpo”(Mt 26:26), estava falando em sentido figurado, não literalmente, até porque Jesus estava ali pessoalmente, em corpo, segurando aquele pedaço de pão. Da mesma forma, quando ele diz: “Eu sou a porta”(Jo 10:7), será que ele está dizendo ser uma porta literal de madeira e dobradiças? Ou quando, ele disse: "Eu sou a videira verdadeira..."(Jo 15:1), estava afirmando ter se transformado em um "arbusto (vegetal lenhoso de porte variável) com gavinhas, conhecido desde tempos remotos no Egito; cujo seu fruto, a uva, tanto pode ser doce como azeda"? Estava Jesus afirmando ser ou haver se transformado literalmente em um vegetal?

E quando ele disse: "Vós sois o sal da Terra"(Mt 5:13), estava transformando literalmente seus discípulos em cloreto de sódio? Ou quando ele disse: "Eu sou o caminho..."(Jo 14:6), estava ele dizendo haver se transformado em uma estrada de barro ou pedras? E quando Paulo disse: "e a pedra era Cristo"(1 Co 10:4), estava ele transformando Cristo em matéria mineral sólida e resistente, da natureza das rochas, encontrada na superfície e no interior da Terra??? Poderíamos então, fazermos a Ceia do Senhor, partindo pedras, invés de 'pão'? kkkkkk

Ou quando Jesus disse:

"Eu sou... a resplandecente estrela da manhã"(Ap 22:16),

Estaria ele dizendo haver se transformado em "um corpo celeste produtor e emissor de energia, com luz própria, e cujo deslocamento na esfera celeste é quase imperceptível ao observador na Terra"???

E quando Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo"(Jo8:12), estava ele dizendo haver se transformado em "uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível"?

É preciso entender que quando ele disse estas afirmações: "... isto é o meu corpo"(Mt 26:26) e "...Isto é meu sangue"(Mc 14:24), o apóstolo escreveu por "isto" o termo grego ἐστί(esti), traduzido por "é", de acordo com O Dicionário Grego do NT de Strong, se refere a "terceira pessoa do singular do presente indicativo de εἰμί", e εἰμί significa literalmente, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson "Ser, existir". Obviamente, εἰμί aparece nos demais versos abaixo, onde Jesus se idêntica, identifica os outros, ou é identificado como sendo "algo":

- "...Eu sou(εἰμί) a luz do mundo"(Jo 8:12)

- "...Eu sou(εἰμί) a porta”(Jo 10:7)

- "...Eu sou(εἰμί) a videira verdadeira..."(Jo 15:1)

- "...Eu sou(εἰμί) o caminho..."(Jo 14:6)

- "...Eu sou(εἰμί)... a resplandecente estrela da manhã"(Ap 22:16),

- "...Vós sois(ἐστέ, segunda pessoa do plural do presente indicativo de εἰμί) o sal da Terra"(Mt 5:13)

- "... "e a pedra era(ἦν, verbo imperfeito de εἰμί) Cristo"(1 Co 10:4)

Ou seja, considerando que a raiz da palavra grega de Mt 26:26 e Mc 14:24, na expressão "é", é a mesma empregada nos demais versos('εἰμί'), não se pode afirmar que o pão e o vinho se transforam no corpo e sangue de Cristo, sem igual e absurdamente dizer que Cristo se tornou literalmente em:

(i)"Uma porta literal de madeira e dobradiças"(Jo 10:7 - 'Eu sou a porta').

(ii)"Um arbusto (vegetal lenhoso de porte variável) com gavinhas, conhecido desde tempos remotos no Egito; cujo seu fruto, a uva, tanto pode ser doce como azeda"('Eu sou a videira verdadeira...' - Jo 15:1)

(iii)"Uma estrada, via, acesso, trilha, trilho, passagem, rua, avenida ...'('Eu sou o caminho...' -Jo 14:6)

(iv)"Uma matéria mineral sólida e resistente, da natureza das rochas, encontrada na superfície e no interior da Terra'('e a pedra era Cristo' - 1 Co 10:4).

(v)"Um corpo celeste produtor e emissor de energia, com luz própria, e cujo deslocamento na esfera celeste é quase imperceptível ao observador na Terra"('Eu sou... a resplandecente estrela da manhã' - Ap 22:16)

(vi)"Uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível"('Eu sou a luz do mundo' - Jo 8:12)

(vii)"Um edifício"('...porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro' - Ap 21:22)

De igual forma, considerando que a raiz da palavra grega de Mt 26:26 e Mc 14:24, na expressão "é", é a mesma empregada nos demais versos('εἰμί'), não se pode afirmar que o pão e o vinho se transforam no corpo e sangue de Cristo, sem igual e absurdamente dizer que Cristo transformou literalmente seus apóstolos em

(i)'Cloreto de sódio"('Vós sois o sal da Terra' - Mt 5:13)

(ii)'"Uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível"('Vós sois a luz do mundo' - Mt 5:14)

(iii)"Pequeno galho de árvore, de planta"('Eu sou a videira, vós as varas' - Jo 15:5)

(iv)"Um edifício"('...o templo de Deus, que sois vós' - 1 Co 3:17)

(v)"Uma matéria mineral sólida e resistente, da natureza das rochas, encontrada na superfície e no interior da Terra"('Vòs também, como pedras vivas' - 1 Pd 2:5).

De igual forma, considerando que a raiz da palavra grega de Mt 26:26 e Mc 14:24, na expressão "é", é a mesma empregada nos demais versos('εἰμί'), não se pode afirmar que o pão e o vinho se transforam no corpo e sangue de Cristo, sem igual e absurdamente dizer que Cristo transformou literalmente João Batista no Profeta Elias, quando disse:

"...E, se quereis dar crédito, é(ἐστί - 'a terceira pessoa do singular do presente indicativo de εἰμί') este o Elias que havia de vir"(Mt 11:14).

Era João Batista literalmente o profeta Elias? O próprio João Batista diz que "não"(Jo 1:21). Se não era literalmente o profeta Elias, o era figuradamente, por haver semelhanças entre ambos os ministérios:

(i)Ambos foram perseguidos por um casal ímpio no poder(1 Re 19:1-2; Mc 6:21-28)

(ii)Elias teve problemas com os profetas de Baal. João Batista teve problemas com os fariseus(1 Re 18:10-38; Mt 3:7-10; Lc 7:30)

(iii)Elias feriu o Jordão e atrevessou o rio. João batizava no Jordão(2 Re 2:8; Mt 3:4-6)

(iv)Elias viu uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem; João Batista viu o Sol da Justiça - Cristo(1 Re 18:44; Ml 4:2 comp. com Jo 1:29)

(v)Elias lutou, principalmente contra a idolatria de Baal, deus cananeu-fenício da chuva, do clima, da tempestade que molha a terra. João pregava principalmente o arrependimento, e a vinda do Messias(1 Re 18:18; Mt 3:8-11)

(vi)Elias tinha como discípulo Eliseu. João Batista tinha alguns discípulos, alguns deles se tornaram discípulos de Jesus(1 Re 19:17; Jo 1:35-37)

(vii)O sucessor de Elias, Eliseu, o servia e aprendia com ele. O sucessor de João Batista, Jesus, não precisou que ninguém o ensinasse(2 Re 6:18; Jo 16:30)

(ix)Elias predisse profeticamente acontecimentos futuros. João Batista foi alvo de profecias passadas, cumprindo as previsões de Isaías e Malaquias(1 Re 18:1; Mc 1:2-4)

(x)Eliseu servia Elias. João Batista serviu Jesus preparando o caminho e endireitando as veredas. Ou seja: Eliseu serviu seu predecessor, João serviu seu sucessor(2 Re 3:11; Mt 3:3,13-14)

(xi)Elias viu o Senhor enviar fogo do céu para queimar o sacrifício. João Batista 'viu' o próprio Senhor, que desceu do céu para se sacrificar(1 Re 18:37-38; Jo 1:29)

(xii)Elias profetizou acerca do temível destino que os maus terão nesta vida (suas profecias foram cumpridas em detalhes acerca das mortes desonrosas dos maus rei Acabe, rainha Jezabel e rei Acazias(1 Re 21:17-19; 21:23). João Batista predisse acerca do temível destino que os maus terão após a vida(Mt 3:7)

(xiii)Elias conclamou o povo a escolher apenas o SENHOR como Deus(1 Re 18:36) João Batista conclamou o povo a se arrepender dos pecados e praticar boas obras, e apontou Jesus como Messias(Mt 3:1-2,8; Lc 3:7-14)

(xiv)João comia gafanhotos e mel silvestre(Mt 3:4). Elias comia pão e carne, trazidos por corvos(1 Re 17:6), bolos de farinha com azeite de panela e botija cujos conteúdos não se acabavam(1 Re 17:9-16), e comida trazida por anjo(1 Re 19:6-8)

(xv)Elias lutou para que o povo largasse o culto a Baal e cultuasse ao Senhor(1 Re 18:37). João lutou para que o povo largasse o culto hipócrita (apenas exterior) ao Senhor e o cultuasse de todo o coração(Lc 3:10-14)

(xvi)Elias tentou convencer o rei a não praticar obras horríveis(1 Re 18:17-18). João exortou povo a praticar boas obras(Jo 3:7-9; Lc 3:7-14)

(xv)A rainha Jezabel queria matar Elias pois ele pregava contra sua idolatria a Baal(1 Re 18:40; 19:1-2). A rainha Herodias queria matar João por ele pregava contra sua relação ilícita e incestuosa com seu cunhado, o rei Herodes(Mc 6:18)

(xvi)Elias condenou a idolatria, o assassinato, a gananciosa ambição e o roubo(1 Re 18:17-18; 21:16-22) João condenou o incesto, o suborno, o egoísmo e a indiferença para com os pobres(Mc 6:18; Lc 3:10-14)

(xvii)Elias repreendeu o rei Acabe por ele ter tomado a vinha de Nabote através de assassinato(1 Re 21:16-22). João Batista exortou o povo a compartilhar seus bens com os despossuídos(Lc 3:10-11)

(xviii)Elias profetizou contra Acabe e contra Jezabel, após Acabe ter ficado com a vinha de Nabote, depois que Jezabel levantou acusações falsas contra Nabote(1 Re 21:17-25) João Batista exortou soldados a não aceitarem suborno, denúncias falsas e contentarem-se com seu soldo(Lc 3:14).

(xix)Elias se vestia com um cinto de couro(2 Re 1:6-8). João Batista se vestia de vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos(Mt 3:4).

Portanto, assim como a expressão "E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir"(Mt 11:14), usando a mesma palavra grega de Mt 26:26 e Mc 14:24: não prova que João Batista era Elias; tampouco a mesma palavra grega prova que o pão e o vinho se transformaram no 'corpo' e 'sangue' de Cristo em ambos os textos. Nesse caso, se Cristo disse que João Batista era o Elias que havia de vir, e se João negou que fosse o próprio Elias, então em que sentido João era Elias? Figurada ou metaforicamente ou representativamente, como no caso do pão e do vinho, na Ceia do Senhor, com relação a Cristo, nas expressões "Isto é o meu corpo", e "Isto é o meu sangue".


(b)A ‘transubstanciação’, de acordo com o “AURÉLIO”, significa literalmente “mudança duma substancia em outra”. Todavia, o vinho, mesmo depois de ser dado por Jesus, continua sendo o “fruto da vide”(Lc 22:18).


E vale apenas salientar que para Paulo, sempre que a Ceia do Senhor era repetida, todas as vezes os cristãos estavam apenas 'comendo o pão" e 'bebendo o cálice':


"Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha"(1 Co 11:26).


Portanto, mesmo durante a celebração da Ceia do Senhor, o pão continua sendo pão, e o vinho continua sendo vinho:

"Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor"(1 Co 11:27).

Na Ceia do Senhor, segundo Paulo, ninguém estava comendo literalmente a carne e bebendo o sangue do Senhor, mas apenas comendo "este pão"; e bebendo este "cálice".

Outra coisa, que mostra que a ceia do Senhor, instituída por Jesus naquele momento, era algo de natureza simbólica, uma vez que até ele tomou do vinho:

"E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai"(Mt 26:29).

Bebeu Jesus seu próprio sangue? Outra coisa, se a expressão "Isto é o meu sangue", se referindo ao cálice de vinho, se refere a transformação da substância do vinho em sangue, então no reino dos céus, após a volta de Jesus, o vinho se transformará em seu sangue? Como sua morte será renovada dentro do próprio reino dos céus, se o próprio Jesus disse ser isto impossível de acontecer nessa época? =

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto"(Ap 21:4).

(c)Olavo de Carvalho é um verdadeiro analfabeto funcional em matéria de teologia histórica. Ele diz que "Lutero, Calvino e seus seguidores reduziram esse ato a um simples 'memorial', esvaziando-o da sua eficácia ritual no presente e negando a transformação real das duas substâncias". Lutero nunca ensinou que a Ceia do Senhor é um memorial, mas seu conceito era papista nesse sentido, visto que afirma:


"Pois já manifestei claramente em meu livrinho que aqueles que, em linguagem simples, dizem: 'sob o pão está o corpo de Cristo', ou então 'no pão está o corpo de Cristo. não devem ser condenados, uma vez que, com essas palavras, confessam sua fé de que o corpo de Cristo está verdadeiramente na Santa Ceia"('Da Ceia de Cristo).

Portanto, o conceito de Lutero é o mesmo errôneo conceito papista, de visar crêr que o pão e o vinho realmente se transformam no corpo e sangue de Cristo. Lutero não defendia o conceito de um memorial, mas de uma presença física de Cristo na Ceia.

(d)Olavo de Carvalho, como já disse acima, é um verdadeiro analfabeto funcional em matéria de teologia histórica. Ele diz que "Lutero, Calvino e seus seguidores reduziram esse ato a um simples 'memorial', esvaziando-o da sua eficácia ritual no presente e negando a transformação real das duas substâncias". Já afirmamos que o seu conceito da visão de Lutero é errada. Agora vamos demonstrar igualmente o seu erro em consideração a visão de Calvino. Ele afirma simultaneamente se tratar ali não só de um memorial, mas também afirma a real presença de Cristo na Ceia, porém, alude a presença espiritual, afirmando sim que Cristo está presente, e, portanto, não negando a sua presença na Ceia:


"Agora, porém, voltamos a pergunta: o que ele quis dizer ao referir-se ao pão? A fim de chegarmos ao significado genuíno, devemos ter em mente que ele está falando figuradamente; porque, com toda certeza, negar tal coisa é ser excessivamente desonesto. Por que, pois, é o termo corpo aplicado ao pão? Creio que todos concordariam que é pela mesma razão que João denomina o Espírito Santo de pomba(Jo 1:32). Até aqui estamos de acordo. Além do mais, no caso do Espírito Santo, a razão era que ele aparecera na forma de uma pomba, daí o nome do Espírito ser transferido para o sinal visível. Por que não poderíamos dizer que aqui se usa uma metonímia de maneira semelhante, e que a designação corpo é dado ao pão por ser este um sinal ou símbolo do corpo?


Mas segundo minha tese, a participação no corpo do Senhor, que nos é oferecido na Ceia, exige não uma presença local, nem a descida de Cristo, nem uma extensão infinita de seu corpo, nem qualquer outra coisa desse gênero; porque, em vista de ser a Ceia um ato celestial, não há absurdo algum em dizer que Cristo permanece no céu e, não obstante, é recebido por nós. Pois o modo como ele mesmo se nos comunica é através do poder secreto do Espírito Santo, poder esse que é capaz não só de manter-nos juntos, mas também de juntar as coisas que são separadas da substância -de fato, por uma imensa distância.

Então, que fé é essa? Você vê o pão, e nada mais; porém você ouve dizer que ele é um símbolo do corpo de Cristo. Esteja plenamente certo de que o Senhor realmente executará o que o leitor entender ser o sentido das palavras, a saber: que seu corpo, o qual o leitor de forma alguma vê, é o alimento espiritual para cada um de nós. Lembremo-nos que tal fato é uma obra secreta e grandiosa efetuada pelo Espírito Santo, e seria algo pecaminoso tentar medí-lo pelo tacanho padrão de nosso próprio entendimento.

Alguns extraem uma inferência desta frase, dizendo que, nestas circunstâncias, Cristo não está presente na Ceia, visto que não pode haver memorial [memória[ de algo [ou alguém] que se acha ausente. Isso pode ser facilmente respondido: segundo esse raciocínio sobre a Ceia como recordação[recordatio], Cristo realmente está ausente dela. Pois ele não se acha presente visivelmente, e nem é visto por nossos olhos como vemos os símbolos, os quais, por representa-lo, nos estimulam a lembrar-nos dele. Finalmente, a fim de estar presente conosco, ele não deixa seu lugar, senão que, do céu, nos envia a eficácia de sua carne para estar presente em nós"(Comentário de 1 Coríntios 11:24)

Portanto, se vê que o Olavo de Carvalho não detém nenhum conhecimento genuíno do pensamento de Lutero e de Calvino acerca da Ceia do Senhor. É nesse sentido, um analfabeto teológico.

(e)Quando a Bíblia alude a prática de algum ser humano comer carne humana, associa tal prática ao pecado(Lm 4:8-11). Da mesma forma, a prática de tornar o sangue objeto comestível, comendo-o ou bebendo-o, é condenada não só no AT(Lv 17:14), como também no NT(At 15:20,28-29); e se Cristo veio para cumprir a lei e os profetas(Mt 5:17), como poderia estar, em violação desse lei, ordenando que seus discípulos pratiquem canibalismo e comam sangue? Como poderia ele mesmo, que tomou do próprio vinho da Ceia(Mt 26:29)(que segundo o Olavo, foi transformado por Ele em seu próprio sangue), descumprir a lei e os profetas, tomando seu próprio sangue, se a Bíblia diz que ele nunca cometeu um único ato de injustiça?(Is 53:9)

4º Argumento: "Recusando-se a obedecer a ordem explícita de Jesus Cristo, Lutero, Calvino e tutti quanti instituíram em lugar dela o biblismo, o culto do texto bíblico, fazendo deste, em vez da Eucaristia, o centro da revelação cristã, reduzindo portanto o cristianismo a uma “religião do livro” (ahl-al-kitab) tal como a entendem os muçulmanos"

(b)Ao dizer "Isto é o meu corpo", estava ali, Jesus, presente fisicamente, transformando o pão e o vinho, em seu corpo e sangue, criando um outro homem Jesus? Note a expressão "Isto é o meu corpo". O termo grego τοῦτο(touto), ali traduzido por "Isto", de acordo com O Dicionário Grego do NT de Strong, significa "Aquela coisa: ali, em parte, em si mesmo". Enquanto que o termo grego ἐστί(esti), traduzido por "é", de acordo com O Dicionário Grego do NT de Strong, se refere a "terceira pessoa do singular do presente indicativo de εἰμί", e εἰμί significa literalmente, de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson "Ser, existir", nunca "se transformar" ou "se tornar". Nesse sentido, Jesus, de acordo com aquela expressão existiria figuradamente como "pão" e "venho", assim como, ao dizer que era a "porta"; o "caminho"; a 'videira', estava afirmando existir de forma figurada(espiritual) como "porta"; "caminho"; e 'videira', para que seu povo adentrasse espiritualmente na vida eterna, para se alimentar de pastagens espirituais; caminhasse nesse caminho santo e se alimentasse e matasse sua sede, usufruindo dessa árvore espiritual, que era, é, e sempre ele o será.


Portanto, ao dizer "Isto é o meu corpo"; será que Jesus estava, naquele exato momento, afirmando que aquele pão e aquele vinho por ele segurados, existiam como um outro corpo dEle, como um outro homem Jesus? Criou Jesus um clone de si mesmo na Ceia do Senhor? Poderia o corpo de Jesus estar em dois lugares ao mesmo tempo? A Bíblia diz que não!(Jo 11:21). Isso equivaleria ao nestorianismo, que importaria na divisão de naturezas, uma vez que o segundo Jesus fabricado não teria sido concebido de forma sobrenatural, oriundo de uma mulher virgem e de Deus Pai, mas de uma palavra de Jesus. Nesse caso, esse novo "Jesus", fabricado instantaneamente, era 'criatura do próprio Jesus", invés de ser 'Filho de Deus'. Nesse sentido, teríamos a ridícula idéia de que Jesus 'criou a si mesmo', ou a um clone de si mesmo, ou poderíamos concluir sabelianamente que este novo Jesus, criado misticamente, seria 'Filho de Si mesmo". Nesse caso, esta interpretação papista importaria em sabelianismo, negando o conceito ortodoxo da Trindade e das duas naturezas de Cristo. Certamente, toda essa tôla e acéfala interpretação medieval papista, importa na negação da palavra de Paulo, que afirma que temos um só homem, que é nosso mediador, não dois ou vários deles (multiplicados e criados instantaneamente pela palavra mágica de um sacerdote):

"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem"(1 Tm 2:5)


O texto não diz "Jesus Cristo homens", nem "Jesuises Cristos homens", mas "Jesus Cristo homem". Não temos dois Mestres encarnados, mas um só:

"...porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo"(Mt 23:10)


Se é verdade que o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo, não precisamos esperar a segunda vinda de Cristo, nem orarmos, olhando para o céu, pedindo a intercessão de Cristo por nós, se o temos em todas as missas na Terra, a cada domingo. Oremos ao "pão" e ao "vinho"(que não deixamos de tomar, como fazem os maniqueus católicos, que só observam o padre tomar o vinho, enquanto eles não podem beber o vinho), como nosso ou nossos "intercessor[es]" ou "mediador[es]" entre Deus e os homens.

Outra coisa, se Jesus, sendo homem não suportou por muito tempo carregar sobre seu corpo uma pesada cruz, a ponto de Simão Cireneu ter que carregá-la(Mt 27:32); como poderia Jesus ter transformado aquele pão em seu próprio corpo, enquanto o segurava? Sabendo-se que ele era de alta estatura(Lc 2:52), como sua mão poderia segurar um corpo de um homem bastante alto? Jesus era um homem como nós, com as mesmas limitações. Sentia sede, cansaço, e não podia carregar um peso além daquilo que suas forças permitiam. Como, pois, poderia estar ali segurando literalmente em uma das mãos um corpo de homem alto, sem o exaurimento de suas forças? Era ele um super homem?

(c)Lutero, Calvino e todos os reformadores e demais protestantes, celebram a morte do Senhor, através da Santa Ceia. Celebrar a morte do Senhor, não é renová-la, pois este seu sacrifício foi "único", e sendo "único", não pode mais se repetir:

"Mas este (Jesus) havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus”(Hb 10:12).

Dizer que Cristo morre várias vezes, é negar Hb 9:27, que diz que "...aos homens está ordenado morrerem uma vez". A crença que ensina que uma mesma pessoa morre várias vezes, se encaixa na visão espírita, onde um mesmo espírito, tendo pluralidade de existências, parte do corpo várias vezes, após a morte da pessoa. O Catolicismo Romano tem crenças similares às espíritas.

(d)Após Cristo haver morrido e após ter ressuscitado, não pode mais morrer novamente:

"Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele"(Rm 6:9)

Sim, não há possibilidade de se renovar a morte de Cristo(Hb 7:24-27; 10:11-12,14)

5º Argumento: "É meu direito e meu dever considerar isso uma heresia, um escarnio e um escândalo, temendo pelo destino eterno de todos os que se deixaram enganar por tão grosseira patifaria"

Resposta: (a)Negar a transubstanciação é uma heresia? Se é heresia, então, um dos papas, Gelásio I(492-496), em sua obra “As Duas Naturezas de Cristo”, foi um "herege", quando disse:

“O sacramento do corpo e sangue de Cristo, que recebemos, é uma coisa divina, pois por ela somos feitos participantes da natureza divina-. No entanto, a substância ou a natureza do pão e do vinho não cessam. E certamente a imagem e à semelhança do corpo e sangue de Cristo são celebradas no desempenho dos mistérios".

(b)Tudo que acontece literalmente em cada celebração da Ceia do Senhor, é apenas uma proclamação ou anúncio público de sua morte em favor dos eleitos:

"Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha"(1 Co 11:26)

O verbo grego καταγγέλλω(kataggelló), aqui traduzido por "anunciai", de acordo com o Léxico Grego do Novo Testamento de J. H. Thayer, significa literalmente "proclamar publicamente". Os cristãos, portanto, quando anunciam a morte do Senhor, na Santa Ceia, proclamam publicamente que Cristo morreu por todos os pecadores eleitos por Ele. Eles nunca renovam a sua morte, nem transformam pão e vinho, em corpo e sangue de Cristo. Essa intepretação é delírio e fruto do analfabetismo funcional dos católicos romanos, diante de uma total incapacidade de interpretar uma sentença em português.

(c)Se o senil do Olavo de Carvalho realmente crê que na missa papista, ele come, canibalisticamente, literalmente, o corpo humano do Senhor, havendo segundo ele o pão se transformado no corpo físico de Cristo, então deveria mostrar algum laudo de algum perito do IML afirmando conter na hóstia algum componente de pele humana, tais como epiderme; a derme; a hipoderme; folículos pilosos; glândulas sudoríparas; glândulas sebáceas; penas, escamas e cascos. E se o senil do Olavo de Carvalho realmente crê que na missa papista, o padre toma realmente o sangue de Cristo (porque nenhum papista pode tomar o vinho, mas apenas o padre - o que mostra que se há alguém que não participa da verdadeira comunhão, é o povo católico romano, que come a hóstia, mas como maniqueus, não tomam o vinho), então deveria mostrar algum laudo de algum perito do IML afirmando conter no vinho algum componente do sangue, tais como o plasma; glóbulos vermelhos; os glóbulos brancos e as plaquetas.

(d)Quanto a ser o Cristianismo a religião do livro, nos escoramos em Paulo, que afirma que a Igreja está alicerçada sobre as Escrituras, não as Escrituras sobre a Igreja:

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina"(Ef 2:20)

E nesse sentido, nossa fé e prática estão cativas a Bíblia, porque é apenas a ela que devemos recorrer, ao mesmo tempo que somos proibidos a fazermos ou crermos em qualquer coisa que ela não nos preceitue:

"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles"(Is 8:20)

"...para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito..."(1 Co 4:6)

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.

Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema"(Gl 1:8,9).

Mas, quanto ao Catolicismo Romano, do Olavo de Carvalho, é a religião sem o Livro, ou melhor, que ataca a integridade e a natureza das Escrituras:

"Como tenha mostrado a experiência, que as versões da Sagrada Bíblia em língua vulgar se permitirem a cada passo, e sem diferença de pessoa, mas é o dano que daí resulta do que utilidade”(Papa Pio IV, ‘Bula Dominici Gregis’, 24.03.1564).

Para Roma, a Bíblia faz mal ao cristão, e não lhe é útil.

(e)Mulçumanos não são como os protestantes, mas como os católicos romanos. Protestantes crêem apenas que Deus só fala canônica e autoritativamente pelas Escrituras(Is 8:20; 1 Co 4:6; 2 Tm 3:16-17; Ap 22:18-19). Mulçumanos, são como os católicos. Não acreditam que Deus fala apenas pela Bíblia Sagrada, mas crêem em visões e em revelações extra-bíblicas. Crêem que o anjo Gabriel aparecei a Maomé, que lhes trouxe uma outra fonte de revelação divina - o Alcorão -; assim como os papistas, que crêem que após o fechamento do Canon com o livro de Malaquias, Deus continuou falando ao povo de Israel, através de livros apócrifos como 1º e 2º Macabeus, Tobias, Judite, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc (além dos acréscimos a Ester e Daniel), introduzindo tais livros não canônicos à Bíblia em 1547; e também crêem que a falecida Virgem Maria apareceu a três crianças em Fatima em 1917, conversando com elas, trazendo-lhes "revelações", contrariando um preceito bíblico, que diz:


"Entre ti não se achará quem...consulte os mortos..."(Dt 18:10,11)

"Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles"(Is 8:19,20)


Católicos conversam com "defuntos". São espíritas. Conforme o profeta Isaías, vivem na escuridão, Não tem luz em suas almas.


Olavo de Carvalho, falando de política, é um gigante; mas, falando de teologia, é um anão. Achar sabedoria e consistência nele, sempre que o assunto é teologia, é como perguntar se você já viu enterro de anão!




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